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Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde frente à pandemia da COVID-19

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Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde frente à pandemia da COVID-19.
O novo coronavírus pode ser enquadrado como agente biológico de classe de risco. Trata-se de transmissão de alto risco individual (podendo propagar-se de pessoa a pessoa) e risco moderado para a comunidade e meio ambiente Portanto, todos os resíduos infectantes de assistência à saúde provenientes de indivíduos suspeitos ou confirmados de infecção pela COVID-19 são classificados na categoria A1, o que significa um aumento da quantidade de resíduos perigosos gerados, que expõem os trabalhadores que os manuseiam, dentro e fora do hospital, grupo A1 (Resíduos Infectantes) devem ser acondicionados em sacos vermelhos, mas, excepcionalmente, durante a pandemia, na falta, poderão ser utilizados sacos brancos leitosos com o símbolo de infectante, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade. Os coletores devem ser de material lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa de abertura sem contato manual, com cantos arredondados. Reforça-se que esses resíduos devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. Os resíduos dos Grupos B e C devem permanecer no fluxo previsto; durante este período, todos os resíduos do Grupo D devem ser tratados como infectantes, portanto não há resíduos comuns nem recicláveis; para o Grupo E, o coletor deve ser colocado em saco vermelho ou branco, com a simbologia de infectante antes do descarte.
Mediante o advento da pandemia da COVID-19 drásticas mudanças foram e continuam sendo necessários na esfera dos atendimentos nos serviços de saúde em todo o mundo, essa atual realidade demanda novos critérios de biossegurança durante o atendimento clínico e posteriormente no manejo dos resíduos e limpeza do ambiente, para garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde. De fato, com o alto número de hospitalizados, aumento no número de hospitais, a quantidade de resíduos gerados por esses aumentaram exponencialmente, logo, aumenta o perigo de contágio e contaminação cruzada, assim como impactos ambientais negativos que ocorrem devido ao descarte incorreto dos equipamentos de proteção individual. 
Assim, os resíduos sólidos da área de saúde são divididos em cinco categorias de A a E de acordo com a escala de periculosidade, depois de definida a categoria os resíduos seguem as seguintes etapas: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externos e destinação final.
 De acordo com a literatura, redução do uso de ferramentas de trabalho em comum, limpeza e desinfecção rotineiras de superfícies, equipamentos e outros elementos do ambiente de trabalho, estabelecimento de formas de lidar com o absenteísmo, organização de turnos de trabalho (alternância e formação de equipes para aumentar as medidas de distanciamento e redução do número de trabalhadores nos locais) e do trabalho remoto, adiamento de procedimentos eletivos, fornecimento de EPI conforme o tipo de risco e exposição; organização do distanciamento social nas unidades, monitoramento e divulgação das comunicações oficiais de saúde pública para gestores e trabalhadores.
Mais especificamente, em relação ao atendimento odontológico evitar ou minimizar procedimentos que produzam gotículas ou aerossóis, bem como, o uso de ejetores de saliva com bomba a vácuo que ajudam na redução destes contaminantes. Os enxaguatórios e anti-sépticos bucais podem ser indicados para ajudar a reduzir uma porção infecciosa, mas não eliminam o vírus da saliva humana.
Resíduos sólidos neste momento de pandemia do Covid-19 é imprescindível para garantir que o vírus não se espalhe ainda mais, não sofra mutações ao se adaptar as novas condições ambientais e se mantenha ativo por um período maior de tempo. Um fator bastante debatido é que durante a pandemia do Covid-19, muitos resíduos de serviço de saúde estão sendo gerados no resíduo domiciliar, incluindo luvas, máscaras, lenços, medicamentos usados ou vencidos O gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde (RSS) requer um conjunto de procedimentos de gestão, planejamentos e ações sequenciais a fim de eliminar qualquer possibilidade de infecção e promover um encaminhamento seguro e eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública e ambiental (Brasil, 2018)
Os resíduos devem ser acondicionados em sacos vermelhos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, independentemente do volume e identificados pelo símbolo de substância infectante. Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, à ruptura, à vazamento e ao tombamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados. Estes resíduos devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. OBSERVAÇÃO: Apesar da RDC 222/2018 definir que os resíduos provenientes da assistência a pacientes com coronavírus tem que ser acondicionados em saco vermelho, EXCEPCIONALMENTE, durante essa fase de atendimento aos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), caso o serviço de saúde não possua sacos vermelhos para atender à demanda, poderá utilizar os sacos brancos leitosos com o símbolo de infectante para acondicionar esses resíduos. Reforça-se que esses resíduos devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada. 
Depois de armazenar os resíduos em saco branco/vermelho podemos dispor em contêineres separados do restante do grupo A? Ou precisamos acondicioná-los em recipiente rígido diferente de contêineres? Os sacos com os resíduos podem ser acondicionados em contêineres, podendo estar junto do restante do grupo A, desde que estes também sejam encaminhados para tratamento antes da disposição final ambientalmente adequada. Reforçamos que os resíduos resultantes de pacientes com suspeita ou confirmação da COVID19 são classificados no subgrupo A1 e devem ser tratados. 
A Nota Técnica da ANVISA n. 04/2020 recomenda o acondicionamento dos resíduos dos serviços que tratem pacientes suspeitos de infecção por coronavírus em sacos vermelhos. Isso significa que não podemos mais autoclavar o resíduo e em seguida depositar no aterro sanitário? O processo de autoclavagem é um dos métodos de tratamento de resíduos. O saco vermelho deve ser utilizado para acondicionar resíduos que obrigatoriamente serão tratados, porém, não significa que estes resíduos devam ser incinerados, ou seja, podem ser utilizados outros processos de tratamento que garantam o nível 3 de inativação microbiana, de acordo com a Resolução - RDC nº 222/2018, que dispõe sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Portanto, os resíduos poderão continuar sendo auto clavados, bem como podem ser utilizados 25 Perguntas e Respostas Pedidos de informação recorrentes sobre COVID-19 recebidos pela Gerência Geral De Tecnologia em Serviços De Saúde outros processos de tratamento disponíveis, antes da disposição final ambientalmente adequada. Como fazer o descarte de resíduos de pacientes com suspeita ou certeza de contaminação por coronavírus, que estão em isolamento domiciliar? A Anvisa regulamenta o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, através da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 222/2018, que dispõe sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Sobre os resíduos domiciliares, recomendamos consultar o órgão de limpeza pública do seu estado ou município e a vigilância sanitária local. 
Qual recomendação para descarte das máscaras descartáveis usadas em áreas administrativas e de escritório? Podem ser descartadas em lixo sanitário comum, visto que não se trata de uso especializado em serviços de saúde? A Anvisa regulamenta o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222/2018. Para os serviços que estão fora doescopo da RDC e também para os domicílios, orientamos buscar informações no órgão de limpeza pública local.