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ENGENHARIA GENÉTICA 
 A Engenharia Genética é a manipulação direta do genoma de um organismo utilizando biotecnologia.
 Foto: GeK / Shutterstock.com
 É um conjunto de tecnologias, baseadas na tecnologia do DNA recombinante, utilizadas para alterar a composição genética de um ser vivo, incluindo o isolamento, a manipulação e a transferência de genes intra e interespecíficos para produzir organismos novos ou melhorados.
 Aplicações da engenharia genética
 Quanto mais se aprende sobre o genoma dos seres vivos, mais aplicações da engenharia genética surgem. Esta tem aplicação na medicina, na pesquisa, na indústria e na agricultura, e, pode ser usada em diversas de plantas, animais e micro-organismos. Aí estão as produções, em larga escala, de insulina, de hormônio do crescimento, de interferon alfa humano com atividade biológica contra infecções ocasionadas por vírus e contra algumas formas de tumores malignos humanos, de vacinas e anticorpos monoclonais humanos. Uso de organismos geneticamente modificados para produção de biocombustível, biorremediação e biomineração. Produção de alimentos geneticamente modificados como soja, milho, peixes.
 É através da engenharia genética que os pesquisadores criam modelos animais para o estudo de doenças humanas como câncer, obesidade, artrite, ansiedade e mal de Parkinson. E usando a terapia gênica, que é a extensão da tecnologia transgênica ao tratamento de doenças humanas, genes causadores de doenças são substituídos por genes saudáveis.
 Ética em engenharia genética 
 Apesar de todas as contribuições importantes, a engenharia genética não é não mais amplamente utilizada devido às preocupações éticas. Existe um grande debate em muitos países sobre o uso seguro de transgênicos e OGM para o ambiente e para a saúde da população, pois ainda não se sabe quais podem ser as consequências do uso destes em longo prazo.
 A aplicação da engenharia genética a seres humanos levanta um conjunto maior de questões éticas, morais, sociais e espirituais sobre a modificação do genoma humano. E podemos refletir brevemente: Até que ponto o aperfeiçoamento biológico do corpo humano, expandindo suas capacidades, adicionando aptidões e competências ausentes nos corpos naturais, traz benefícios para o indivíduo, para a coletividade e para a evolução da espécie humana?
 
 Alimentos Transgênicos 
 A transgenia é um processo pelo qual organismos de uma espécie são modificados geneticamente através da introdução de material genético de outra espécie, utilizando técnicas de engenharia genética. Assim, os alimentos transgênicos são os alimentos derivados normalmente de sementes e plantas cujos materiais genéticos tenham sido modificados com o intuito de obter benefícios tanto para as plantações (resistência a herbicidas, produção de toxinas contra pragas das culturas agrícolas) quanto para os consumidores (aumento da qualidade nutricional ou produção de substâncias medicinais).
 Há milhares de anos os seres humanos vêm apurando as culturas agrícolas através da seleção das melhores sementes para o plantio, alterando lenta e mecanicamente os genomas das plantas. O surgimento da tecnologia dos geneticamente modificados trouxe presteza para esse processo e fez com que as expectativas sobre as aplicações do melhoramento genético agro-alimentar fossem progressivamente aumentando.
 Desde o início dos anos 2000, as culturas de alimentos transgênicos foram se consolidando como uma tendência global. Atualmente, 81% dos grãos de soja e 35% do milho crescido são transgênicos. Em todo o mundo, existem 28 países que cultivam plantas geneticamente modificadas e o Brasil é o segundo maior produtor com 36,6 milhões de hectares plantados, perdendo apenas para os Estados Unidos.
 Um dos benéficios da transgenia seria a criação de culturas agrárias mais resistentes a pragas e que não necessitem de tantos defensivos agrícolas. Contudo, o uso contínuo de sementes transgênicas pode ter aumentado a resistência de ervas daninhas e insetos, fazendo com que o uso de agrotóxicos aumentasse gradativamente. Uma prova disso é que as lavouras de soja, milho e algodão, principais culturas das grandes empresas de transgenia, lideram o consumo de agrotóxicos no Brasil.
 Outra preocupação em relação ao meio ambiente é o risco de escape gênico através da polinização cruzada entre as espécies transgênicas e as naturais não modificadas. O escape gênico pode levar à eliminação dos espécimes naturais que são menos resistentes a pragas e herbicidas, resultando em perda de variedade genética das populações de vegetais.
 O projeto genoma
 Genoma é o conjunto do material genético que caracteriza uma espécie, portanto, o projeto genoma humano visa mapear o DNA dos seres humanos. O conceito genoma, também pode ser utilizado para designar o material genético de um indivíduo. Nas últimas décadas, pesquisadores de vários países do mundo, inclusive do Brasil, estão trabalhando em diversos projetos relacionados ao tema. Um dos objetivos é mapear o genoma de diferentes espécies, ou seja, sequenciar as bases nitrogenadas de seus DNAs para localizar os genes e determinar as suas funções. Outros objetivos incluem localizar genes não conhecidos ou não identificados, analisar os produtos da síntese proteica e possibilitar a manipulação genética e as terapias gênicas.
 O genoma traz codificado no DNA dos seus 46 cromossomos as instruções que irão afetar, não apenas sua estrutura, seu tamanho, sua cor e outros atributos físicos, como também sua inteligência, sua suscetibilidade a doenças, seu tempo de vida e até alguns aspectos de seu comportamento.
 O padrão genético do ser humano contém aproximadamente 3 bilhões de pares de bases químicas. Decifrar o código genético é compreender as dezenas de milhares de genes que compõem o DNA humano, tarefa que necessita de muitos pesquisadores empenhados, auxiliados por máquinas de última geração – o que implica, também, recursos financeiros.
 A grande meta do Projeto Genoma Humano é compreender esses mecanismos, inclusive o de doenças, para que se possa aplicar tecnologia para alterar certas instruções com vistas a garantir uma melhoria na qualidade de vida do organismo.
O Projeto Genoma Humano é um empreendimento internacional, iniciado formalmente em 1990 e projetado para durar 15 anos, com o objetivo de identificar e fazer o mapeamento dos genes existentes no DNA das células do corpo humano, determinar as sequências dos 3 bilhões de bases químicas que compõem o DNA humano e armazenar essas informações em bancos de dados acessíveis.
 BIBLIOGRAFIA:
 
.WWW.INFOESCOLA.COM 
.WWW.BRASILESCOLA.COM
.WWW.PLANETABIOLOGIA.COM

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