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ESTOMAS -Derivado do grego em que “osto” é boca e “tomia” abertura -Uma via de “entrada” ou de “saída” de alguma coisa -Via aérea -Via digestiva -Via urinária -Traqueostomia (indicações: pacientes com lesão de traqueia, pacientes com intubação prolongada, pacientes com cirurgia de cavidade oral – na oncologia, por exemplo) → é a abertura da traqueia – as vezes, provisória. -Traqueostoma → ostomia da traqueia. Na cirurgia de laringectomia a gente resseca a laringe, retira a “caixinha da voz” e joga a traqueia na pele direta. É permanente. -Cricotireoidostomia → entre cartilagem tireoide e cartilagem cricoide está a membrana cricóidea, que é o local da incisão. Com o próprio bisturi da incisão já fazemos uma dilatação romba e já estaremos na traqueia → aí passa o cano. -Gastrostomias: duas formas de fazer: ❖ Endoscópica: Entro com o endoscópio, leva-o para o estômago com o aparelho próximo da parede abdominal, onde perceberemos a luz (ou senão enfia uma agulha na barriga e a vê por dentro na endoscopia) e aí passamos a prótese; ❖ Técnica aberta: Abre a barriga, abre o estômago, joga uma sonda dentro do estômago e puxa essa sonda para fora. -Indicações de gastrostomias: Pacientes neurológicos, pacientes acamados, pacientes que não conseguem comer pela boca por algum motivo, paciente com tumor de cavidade oral. -Jejunostomias: Mesma coisa da gastrostomia, mas a sonda é colocada no jejuno ao invés de no estômago. Como jogar o alimento no estômago é mais fisiológico, sempre que possível damos preferência à gastrostomia. -Complicações da gastrostomia e da jejunostomia: Extravasamento perincisão (vazamento de suco gástrico ou suco entérico pela incisão; dermatite grave próximo à incisão; fístulas pós-operatórias (fica vazando dieta perto ao ponto cirúrgico); perda da sonda. -Gastrostomias com mais de 30 dias pode repassar a sonda → vai para o estômago de todo jeito. -Jejunostomias são muito realizadas em pacientes com CA de esôfago → se for operar esse paciente, precisamos do estômago para reconstruir o tubo gástrico, já que tiramos o esôfago. -Ileostomias → em alça ou terminal ❖ Em alça: pega uma alça do delgado e traz para fora da cavidade abdominal e secciono ela parcialmente → ficarei com uma boca proximal e uma boca distal → usamos quando pensamos em algo provisório – mais fácil de fechar → exemplo: nos tumores de reto, fazemos a ressecção do tumor, fazemos a anastomose primária (porque é uma emenda de risco, paciente as vezes é irradiado, pode estar desnutrido, é uma região de reto baixo – pouco vascularizada) e fazemos a ileostomia em alça para que não passe comida (cocô) nessa região; ❖ Terminal: usamos mais quando tem ressecção de órgão, por exemplo, em tumores de ceco perfurados (não faz anastomose íleo-transverso, pois há grande risco de deiscência – reconstrução de trânsito fica para depois). -Colostomias: ❖ Em alça: Puxa a alça e faço uma abertura na colostomia e ficará com o aspecto de dupla boca; ❖ Terminal: Muito usada no Hartmann → fazemos uma amputação do coto distal e fazemos uma colostomia do coto proximal. -Entre ileostomias e colostomias, as colostomias são mais fisiológicas (eliminação de fezes pelo intestino grosso – ao invés de pelo fino CONCEITO ESTOMAS OSTOMIAS DE SAÍDA na ileostomia) e depletam menos o paciente. Na ileostomia, ainda sairá o suco entérico → paciente as vezes desidrata muito, assa muito a pele, gera dermatite pelo contato das fezes com a pele. -Para fechar, a ileostomia é bem mais fácil. -Se é um tumor de intestino que está obstruído, onde só o cólon vai estar distendido, fazemos a colostomia. -É mais fisiológico fazer a colostomia no sigmoide → mais próximo do normal → porém, é mais difícil porque o sigmoide está colado, sendo necessário abrir a barriga no meio. Portanto, é mais fácil fazer colostomia de transverso. Fazemos do proximal para não correr o risco de lesar a Arcada de Riolan. Lesar essa arcada pode danificar a reconstrução intestinal posterior. -Em oncologia: TALVEZ, NUNCA e SEMPRE. Sempre fazer colostomia do transverso proximal, nunca do transverso distal e, se for fácil, fazer do sigmoide. -Colostomia úmida: Paciente com tumor de reto que tivemos que retirar a bexiga junto → na hora de puxar a colostomia, implantamos o ureter no cólon, tornando-se uma colostomia úmida → sai cocô e xixi. Não é boa para a qualidade de vida do paciente, mas a vantagem é que evita uma nova ostomia – ostomia urinária. -Colostomia dupla boca – Mikulicz: Fazemos uma cirurgia onde não pode ser feita a reconstrução no momento. Ao invés de fazer a emenda, leva as duas bocas para fora. -Nefrostomias: Normalmente feita por urologistas, por meio de punção da pelve renal guiada por escopia, US ou TC, na qual introduz-se uma sonda na pelve renal. Motivos de realizar: obstrução ureteral, duplo j não subiu, tumor de bexiga, alguma obstrução. -Ureterostomias → duas técnicas: ❖ Ureter na pele: Coloca-se o ureter na pele, bilateral ou emenda-se um ureter no outro e trazemos só um para fora (paciente fica com bolsa única); ❖ Bricker: Resseca-se um pedaço do delgado, implanta-se ambos os ureteres no delgado e leva para fora (semelhante a ileostomia, só que úmida e com a diferença que esse pedaço de delgado está excluso – não irá passar cocô). -Cistostomias → comum em pacientes com hiperplasia prostática → pode ser: ❖ Cirúrgica ❖ Por punção ESTOMAS URINÁRIOS