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Universidade Paulista- UNIP Ana Karina Araújo de Oliveira Elen dos Santos Silva Farias Emiliana Costa Oliveira Juan Santiago Paino Letina Iara Santiago Silva Liliany Oliveira da Silva Maria Juliana Araújo de Souza Mayara Sousa Lima Sther Silva de Sousa Victoria Raquel Silva Campos Avaliação do Sistema Neurológico Boa Vista/RR 2021 Ana Karina Araújo de Oliveira Elen dos Santos Silva Farias Emiliana Costa Oliveira Juan Santiago Paino Letina Iara Santiago Silva Liliany Oliveira da Silva Maria Juliana Araújo de Souza Mayara Sousa Lima Sther Silva de Sousa Victoria Raquel Silva Campos Avaliação do Sistema Neurológico Trabalho para obtenção de nota na disciplina Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem, do curso de Enfermagem, sala 01. Orientador: Cleber Albarado Boa Vista/RR 2021 Avaliação do estado mental Exame neurológico é uma avaliação clínica, não invasiva, que busca identificar e dimensionar transtornos que afetam o sistema neurológico. Ela é composta por uma série de testes físicos que analisam a função das estruturas responsáveis pelo funcionamento do corpo humano. Anamnese, nível de consciência, reflexos, equilíbrio e sensibilidade são algumas etapas do exame neurológico. Traumas, concussões, suspeita de tumores ou AVC (acidente vascular cerebral) podem motivar a avaliação, que também costuma ser realizada em pacientes internados. Dependendo da suspeita clínica, o médico pode focar no estudo minucioso de determinadas respostas neurológicas, sejam elas voluntárias ou não. Nesses casos, um exame completo pode incluir testes de diagnóstico por imagem, como eletroencefalograma e polissonografia, que colaboram para diagnósticos assertivos. Anamnese e o exame clinico é divido em duas etapas: anamnese e o exame físico. A partir disso, o profissional da saúde consegue obter informações gerais sobre o estado de saúde do seu paciente, analisa-las, e consequentemente identificar doenças ou outras complicações que estão associadas aos sinais e sintomas. Outo exame realizado e avaliação do estado mental, essa avaliação pode ser feita através da fermenta como MEEM (mini- exame do Estado Mental), formado por uma série de perguntas. Quando o paciente não apresenta dano neurológico severo, o médico segue para a análise do conteúdo da consciência, que detalha o nível de compreensão e elaboração de tarefas complexas, como as relativas a linguagem e comunicação. Usando o MEEM, fazendo perguntas como a localização, data, hora, repetição de palavras, leitura, desenho e resolução de problemas matemáticos. Ao final do teste, o neurologista compara a pontuação do paciente as notas de corte consideradas normais, que dependem de fatores como idade e escolaridade. Distúrbios das funções cerebrais superiores As funções cerebrais superiores, o cérebro é formado por duas metades chamadas de hemisférios cerebrais, a metade esquerda controla o lado oposto do organismo, ou seja, as ordens dos movimentos dirigidos para o lado direito partem do hemisfério esquerdo. Se o hemisfério dominante é o lado direito do cérebro a pessoa será canhota. Cada hemisfério controla uma série de funções, por exemplo, o hemisfério direito é que nos confere a capacidade de reconhecer rostos e objetos. Já o lado esquerdo do cérebro controla nossa capacidade de leitura e escrita, assim como nos permite identificar regras gramaticais. Entre os principais distúrbios de linguagem, estão: · dislalia (lesões do palato): alterações de articulação das palavras; · disartria (lesões dos nervos cranianos VII, IX, X e XII): causa falhas na articulação das palavras; · dislexia: dificuldade em aprender a ler; · afasia: incapacidade de expressar a linguagem. As agnosias referemse à incapacidade de reconhecimento de som (agnosia auditiva), de visão (cegueira cortical ou psíquica), de objetos colocados na mão (estereoagnosia), do próprio corpo em relação ao espaço (somatoagnosia), da fisionomia alheia (prosopoagnosia) ou da própria (autoprosopoagnosia). As apraxias (lesões nos lobos parietais e frontais) são a incapacidade de atividade gestual consciente. Podem se manifestar de diferentes modos: apraxia construtiva: perda da capacidade de gestos organizados (exemplo: desenhar); apraxia ideomotora: incapacidade de gestos simples ordenados (exemplo: bater palmas); apraxia ideatória: incapacidade de organizar gestos simples (exemplo: virar a garrafa para encher um copo); apraxia de vestir: incapacidade de vestirse ou despirse. Avaliação do nível de consciência O teste do nível de consciência serve para medir o grau de alerta comportamental do paciente, detectando se ele está em coma ou mesmo a gravidade do impacto após um trauma cranioencefálico. O protocolo mais comumente utilizado nesta etapa é a escala de coma de Glasgow. Essa ferramenta atribui pontuação específica (de 3 a 15 pontos) de acordo com as respostas do paciente a três tipos de exame: abertura ocular, capacidade verbal e motora. Um escore abaixo de 8 indica estado de coma ou trauma grave. De 9 a 12, a situação é moderada. Já uma pontuação acima de 13 aponta impactos leves. Avaliação pupilar A avaliação do padrão pupilar consiste em avaliar o tamanho das pupilas, sua simetria e presença de reflexo foto motor. o Tamanho pupilar é controlado pelo sistema nervoso simpático e parassimpático. O primeiro ocasionando dilatação (MIDRÍASE – 7 a 8 mm), o segundo ocasionando contração (MIOSE – 1 a 2 mm). Uma diferença pupilar de 1 mm é considerada normal. É considerada uma variação normal de 2 a 6 mm, com diâmetro médio de 3,5 mm. Classificação Pupilar: · Isocóricas – pupilas com diâmetros iguais. · Anisocóricas – uma pupila maior do que a outra provável lesão no cérebro (no lado inverso da pupila dilatada); · Midríase – pupila dilatada; · Miose – pupila contraída. Provável choque anafilático (overdose, intoxicação, uso de anestésico nas cirurgias, etc.); · Fotorreagentes – quando reagem à exposição da luz contraindo-se e dilatando no escuro. A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares, principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, estes devem ser avaliados de hora em hora nas primeiras 12 horas. Avaliação do controle do equilíbrio Na inspeção específica para avaliação do controle do equilíbrio, é necessário observar posições, expressões e movimentos. Tremores decorrentes de alterações no sistema nervoso: · Tremor parkinsoniano; · Tremor intencional ou cerebelar, de movimento e/ou atitude · Asterix (flapping); · Movimentos coreicos; · Balismo; · Atetose; · Mioclonia; · Astasia; · Abasia. Para avaliar o equilíbrio dinâmico, é necessário solicitar que a pessoa caminhe normalmente e depois com um pé na frente do outro; em um primeiro momento normalmente, depois nas pontas dos pés e, por fim, nos calcanhares. Solicitar ainda que a pessoa ande rapidamente para a frente e depois para trás. O exame pode acabar detectando uma disbasia, que é distúrbio de marcha. A disbasia pode se dar de várias formas: · Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica; · Marcha de pequenos passos; · Marcha parkinsoniana; · Marcha paraparética, espástica ou em tesoura; · Marcha escavante uni e bilateral; · Marcha atáxica, ebriosa (cerebelar); · Marcha talonante ou tabética; · Marcha anseriana ou miopática. Avaliação da função motora A função motora é dependente da integridade do sistema piramidal, extrapiramidal, do troco cerebral, da função cerebelar e do córtex motor. A avaliação permite relacionar possíveis estruturas comprometidas. Para avaliar o sistema motor, verificam‑se tônus, miotomia, distonia e força muscular. Avaliação da função sensitiva As sensações somáticas são divididas em: · sensações mecanorreceptivas (sensação de tato e posição do corpo); · sensações termorreceptivas (frio/calor); · sensação de dor (ativada por qualquer fator que cause lesão no corpo). Referência Bibliográfica BARROS, Daniele Porto. BARROS, DéboraGomes. LECCA, Carla Garcia Gomes. MARTINS, Monique. SILVEIRA, Miriam Sanches do Nascimento. ZINN, Gabriela Rodrigues. Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem: Avaliação do sistema neurológico. São Paulo: Sol, 2019. Disponível em:< http://www.unipvirtual.com.br/material/2014/SU-P0026/unid_3.pdf>. Acesso em: 21 de março de 2021. BARROS, A. L. B. L. . Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2016. Disponível em: <http://www.faesb.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/2020/03/Anamnese-e-Exame-F%C3%ADsico-3%C2%AA-Ed_.pdf>. Acesso em: 21 de março de 2021. CORTEZ, Raitônio. Avaliação Pupilar em Pacientes. Piauí, 2020. Disponível em:< https://enfermagempiaui.com.br/avaliacao-pupilar-em-pacientes/>. Acesso em: 21 de março de 2021.