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SISTEMA CARDIOVASCULAR Semiologia Aplicada a Enfermagem André Alvim Érica Coelho Ana Cecília de Godoy SISTEMA CARDIOVASCULAR • Responsável pela CIRCULAÇÃO DO SANGUE, de modo a levar os NUTRIENTES , OXIGÊNIO e hormônios a todo o corpo, e transportar o sangue com dióxido de carbono (CO2) e metabólitos. • Formado pelo CORAÇÃO e os VASOS SANGUÍNEOS . ANATOMIA CARDÍACA • O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino. , INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO ANATOMIA CARDÍACA • O coração possui quatro câmaras: Os Átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; Os Ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. CICLO CARDÍACO 1- Sístole: • Ventrículos contraem, aumentando a pressão e forçando o fechamento das valvas mitral e tricúspide; • Esse fechamento valvar impede o fluxo retrógrado para o interior dos átrios e coincide com a B1 TUM. • A seguir, as valvas aórtica e pulmonar se abrem, e os ventrículos ejetam o sangue para o interior da aorta e da artéria pulmonar. CICLO CARDÍACO 2- Diástole: • Ventrículos se esvaziam e relaxam. No inicio da diástole, as valvas semilunares se fecham para impedir o fluxo retrógrado para os ventrículos. • Isso coincide com a B2 TA. • A medida que os ventrículos relaxam, as valvas mitral e tricúspide se abrem e o sangue proveniente dos átrios, começa a fluir para o interior dos ventrículos. CICLO CARDÍACO 2- Diástole: • Quando os ventrículos se enchem, próximo ao final da diástole, os átrios se contraem para enviar o restante do sangue para os ventrículos. Sístole: Ventrículos contraem; Fechamento das valvas mitral e tricúspide; B1 TUM. Diástole: Ventrículos relaxam; Fechamento das valvas semilunares; B2 TA. CIRCULAÇÃO 1) Circulação pulmonar (ou pequena circulação): • O sangue rico em CO2 sai do ventrículo D, através da artéria pulmonar, vai até os pulmões, onde ocorre a hematose, e retorna rico em O2, através das veias pulmonares, para o átrio E. • Seguindo para o VE e a grande circulação. CIRCULAÇÃO 2) Circulação sistêmica (ou grande circulação): • O sangue (rico em O2) sai do ventrículo E, através da aorta, logo após, vai para todo o organismo, através dos ramos da aorta. Após nutrir o organismo, o sangue retorna (agora rico em CO2), através das veias cavas, para o átrio D. ÁTRIO DIREITO: recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior, seio coronário (sangue do músculo cardíaco) . ÁTRIO ESQUERDO: recebe o sangue oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos). O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva Bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela Valva Aórtica Vascularização cardíaca: A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias. FLUXO VEIA > ÁTRIO > VENTRÍCULO > ARTÉRIA LADO DIREITO (SANGUE VENOSO) Veia cava Átrio direito Ventrículo direito Artéria pulmonar LADO ESQUERDO (SANGUE ARTERIAL) Veia pulmonar Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo Artéria aorta PEQUENA CIRCULAÇÃO GRANDE CIRCULAÇÃO GRANDE CIRCULAÇÃO SINTOMAS CARDIOVASCULARES • Os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares podem se originar no próprio coração ou em outros órgãos que sofram repercussão do mau funcionamento do coração. SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica B) PALPITAÇÕES C) DISPNEIA D) SÍNCOPE SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica CUIDADO!! DOR OU DESCONFORTO TORÁCICO DEVE SER CRITERIOSAMENTE AVALIADO! DOR ISQUÊMICA MIOCÁRDICA Sensação de aperto, compressão da região retroesternal: “Dor anginosa” Dor leve: relativamente bem tolerada Dor moderada: quando o paciente se sente bastante incomodado, agravando-se mais com os exercícios. Dor intensa: grande sofrimento, acompanhada de sudorese, palidez e sensação de morte iminente.IN TE N SI D A D E DOR ISQUÊMICA MIOCÁRDICA Localização/ Irradiação : Retroesternal, hemitórax esquerdo, face anterior do pescoço, borda ulnar do braço esquerdo, região epigástrica. Duração: Início e término, contínua ou intermitente ? O que desencadeia ou piora: Esforços ou emoções ? O que melhora: Medicamentos, repouso? DOR ISQUÊMICA MIOCÁRDICA ANGINA DOR ISQUÊMICA MIOCÁRDICA • Angina instável Duração da dor: pode chegar a 20 min. Fatores precipitantes: pode ocorrer em repouso. Já existe alteração histológicas, não estando relacionada ao esforço físico. Fatores de alívio: alivia parcialmente com nitratos (nitrato sublingual – dor 5 a 10 min após administração). • Angina estável: Duração da dor: de 2 a 3 min. Fatores precipitantes: atividade física, estresse emocional. Fatores de alívio: repouso, reversão do fator precipitante, nitratos (nitrato sublingual – dor 3 a 4 min após administração). ANGINA DOR ISQUÊMICA MIOCÁRDICA • Infarto Agudo do Miocárdio Duração da dor: dura mais de 20 min ou até horas. Pode ocorrer em repouso. Geralmente tem início súbito. Fatores de alívio: não alivia ou alivia parcialmente com repouso ou nitratos sublingual. ATENÇÃO Precordialgia intensa, acompanhada de náusea, vômitos e sudorese sugere IAM IAM SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica DOR PERICÁRDICA O mecanismo provável da dor da pericardite é o atrito entre os folhetos do pericárdio com estimulação das terminações nervosas ou uma grande e rápida distensão do saco pericárdico. Tipo: Pode ser do tipo constritiva, peso, ou queimação. Localização: Retroesternal e se irradia para o pescoço e as costas. Duração: Costuma ser contínua, durando várias horas. O que desencadeia ou piora: Não se relaciona os exercícios, agrava-se com o decúbito dorsal, com a movimentação na cama, com a deglutição e a movimentação do tronco. SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica DOR DE ORIGEM AÓRTICA • Os aneurismas de aorta > NÃO provocam dor. • A dissecção aguda de aorta > dor intensa. • Tipo: Lacerante, intensa e súbita • Localização: Retroesternal, ou face anterior do tórax, com irradiação para o pescoço, região interescapular e ombros. Durante a crise dolorosa o paciente fica inquieto, pode comprimir o tórax contra a parede ou a cama, buscando alívio da dor. SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA • Tipo: Caráter atípico - pontada, pressão • Localização: A dor limita-se a região mamilar, no nível do ictus cordis. • Duração: Persiste por horas ou semanas. • O que desencadeia ou piora: Agrava-se quando o paciente tem contrariedades ou emoções. • O que melhora: A dor pode desaparecer com analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos. A dor de origem psicogênica ocorre em indivíduos com ansiedade e/ou depressão. SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica B) PALPITAÇÕES C) DISPNEIA D) SÍNCOPE PALPITAÇÕES Sensação desagradável de um batimento cardíaco mais forte ou mais rápido. • Batimentos cardíacos anormais; • Associados a arritmias cardíacas: Taquicardia, bradicardia sinusais, extra- sístoles atriais ou ventriculares. Ansiedade Prolapso da válvula mitral Hipotensão postural • Importante avaliar: início e fim, temporalidade, fatores desencadeantes, sintomas associados , regularidade. SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica B) PALPITAÇÕES C) DISPNEIA D) SÍNCOPE DISPNEIA • Dispneia (de causa cardíaca): dispneia de esforço e ortopneia. • Associada a: Uso de vários travesseiros para dormir Edema de MMII Alívio com repouso, diuréticos, digitálicos e vasodilatadores. SINTOMAS CARDIOVASCULARES A) DOR TORÁCICA: i. Dor de isquemia miocárdica ii. Dor origem pericárdica iii. Dor de origem aórtica iv. Dor de origem psicogênica B) PALPITAÇÕES C) DISPNEIA D) SÍNCOPE SÍNCOPE • Síncope ou desmaio: Perda da consciência acompanhada por perda de tônus postural causada pela diminuição da perfusão cerebral. • Quando de origem cardíaca: De início rápido, sem manifestações neurológicas associadas (crises convulsivas, cefaleia). Recuperação da consciência ocorre rapidamente. SÍNCOPE • Causas cardíacas (fluxo sanguíneo cerebral): Arritmias Débito cardíaco reduzido Diminuição do volume sanguíneo • Causas extra cardíacas: Hipotensão postural Metabólicas (hipoglicemia, alcalose respiratória por hiperventilação) Neurogênicas Obstrução extra cardíaca do fluxo de sangue Síndrome conversiva – desmaio histérico ANAMNESE • História de Saúde Pregressa (HSP): Tratamentos anteriores (medicamentos, cirurgias cardíacas, cateterismo cardíaco, angioplastia, implante de marca-passo, cardioversão, desfibrilação)? HAS? DM? Dislipidemia? Uso atual de medicamentos? Regular ou não? ANAMNESE • História Familiar (HF): Portadores de doenças cardiovasculares ou de doenças que representam risco para cardiopatias (HAS, DM, coronariopatias)? Qual o grau de parentesco (pais, avós, tios, irmãos)? ANAMNESE • História Psicossocial e hábitos de vida: Obesidade ? Sedentarismo? Estresse? Tabagista (há quanto tempo e quantos cigarros/dia)? Ex-tabagista (quanto tempo fumou, há quanto deixou de fumar e quantos cigarros/dia fumava)? FATORES DE RISCO PARA DCV FATORES NÃO MODIFICÁVEIS Idade Gênero Etnia Genética FATORES MODIFICÁVEIS Excesso de peso e obesidade Ingestão de sal e de álcool/ Tabagismo Sedentarismo/Estresse Diabetes Mellitus Fatores sócioeconômicos EXAME FÍSICO - Nível de consciência - Avaliação dos sinais vitais - Exame da pele e mucosas - Exame do pescoço - Exame do tórax - Exame do abdome - Exame dos membros IMPORTANTE AVALIAR ELETROCARDIOGRAMA AFIM DE IDENTIFICAR ARRITMIAS E SINAIS DE ISQUEMIA CARDÍACA EXAME FÍSICO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Atentar para sinais de hipoperfusão cerebral em decorrência de diminuição do débito cardíaco, arritmias cardíacas ou obstrução mecânica: alterações do nível de consciência. Débito cardíaco: quantidade de sangue que é bombeada em minuto. (FC x VS) Arritmia: alterações elétricas que provocam modificações no ritmo do coração. Obstrução mecânica: trombos, coágulos, estenose EXAME FÍSICO AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS Pulso e frequência cardíaca: • Frequência (taquisfigmia ou bradisfigmia) • Regularidade (ritmo regular ou irregular) • Intensidade (cheio ou filiforme) Respiração • Frequência (taquipneia) • Ritmo e amplitude (Dispneia e/ou utilização de musculatura acessória) Pressão arterial: Hipertensão? Hipotensão? Temperatura axilar: Hipotermia? EXAME FÍSICO EXAME DA PELE E MUCOSAS • Pele: atentar para coloração, turgor e temperatura. • Mucosas: atentar para coloração e hidratação. Hipovolemia: palidez e cianose cutânea, sudorese fria, turgor da pele diminuído, mucosas hipocoradas e desidratadas. EXAME FÍSICO EXAME DO PESCOÇO Inspeção das veias jugulares Distensão das veias da região direita do pescoço: alterações de pressão e volume dentro do átrio direito. Veias jugulares ingurgitadas (túrgidas ou distendidas): presentes na insuficiência cardíaca ou no tamponamento cardíaco. EXAME FÍSICO EXAME DO TÓRAX • Alterações mais frequentes: Dispneia Taquipneia Hemoptise Crepitações EXAME FÍSICO EXAME DO ABDOME • Ausculta da aorta abdominal: sopros? • Palpação hepática na ICC: Aumentado (+ de 3 cm do RCD): hepatomegalia. • Avaliar fluxo urinário: Diminuído ou ausente ( DC): oligúria ou anúria. EXAME FÍSICO EXAME DOS MEMBROS Perfusão capilar periférica, coloração e edema em MMII: • Diminuição da perfusão capilar periférica e cianose: diminuição do fluxo de sangue para a periferia (vasoconstrição periférica) e SaO2. • Edema em MMII: insuficiência cardíaca direita • Necessário diferenciar o edema de origem cardíaca (IC), postural, da insuficiência venosa, renal, medicamentoso. EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Inspeção •Palpação •Ausculta EXAME FÍSICO DO TÓRAX ICTUS CORDIS O ictus cordis (choque de ponta ou impulso apical) corresponde ao ponto mais externo do movimento do coração, resultante do impacto da ponta do coração, a cada sístole ventricular. • Está localizado entre o 4º e 5espaço intercostal E, na linha hemiclavicular. • É observado com mais facilidade em pacientes com cardiomegalia e/ou com emagrecimento acentuado. • Maior dificuldade de visualização em mulheres (mamas) e em pacientes obesos, idosos e portadores de DPOC. EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Pulsações epigástricas e supra-esternais podem ser visualizadas em indivíduos normais (magros). Entretanto, se muito acentuadas podem representar: Hipertrofia ventricular D: em região epigástrica (idosos, obesos ou portadores de DPOC). HAS, Aneurisma de Ao ou estenose de Ao: na região supra- esternal. EXAME FÍSICO DO TÓRAX Confirmar localização do ictus cordis e pulsações anormais detectados na inspeção. Verificar a presença de frêmitos cardíacos. • Quando o ictus cordis não pode ser visualizado na inspeção, pode-se localizá-lo por meio da palpação. • Deve ser procurado entre o 4º e o 5espaço intercostal E, na linha hemiclavicular, e pode ter sua extensão medida por meio das polpas digitais. EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Extensão do ictus cordis: Dever-se detectar quantas polpas digitais são necessárias para cobrir o ictus cordis. Normalmente, são necessárias de 1 a 2 polpas digitais. EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Mobilidade do ictus cordis: O coração tem alguma mobilidade no tórax, de modo que, se o paciente for colocado em decúbito lateral esquerdo, o ictus irá mover-se mais para fora da LHCE e p/ próximo da parede torácica. EXAME FÍSICO DO TÓRAX Ictus deslocado para cima: elevação do diafragma (gravidez, ascite). Ictus deslocado para baixo: hipertrofias e dilatações do VE. Ictus deslocado para fora da linha hemiclavicular: hipertrofias de VD. A. Em condições normais B. Na hipertrofia ventricular direita observa-se levantamento em massa da região precordial, mais nítido nas proximidades do esterno, que não corresponde ao ictus cordis. C. Na hipertrofia ventricular esquerda sem dilatação da câmara, o deslocamento do ictus cordis é mínimo ou não existe, mas ele se torna mais forte. D. Na hipertrofia ventricular esquerda associada à dilatação desta cavidade o ictus cordis está desviado para baixo e para fora, além de ser mais amplo. EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Na palpação do precórdio, pode-se verificar a presença de frêmitos cardiovasculares. • Os frêmitos são vibrações finas que representam o fluxo turbulento de sangue através das valvas cardíacas. • Representam a tradução palpável dos sopros cardíacos intensos. • A pesquisa de frêmito deve ser feita com a mão espalmada sobre o precórdio, usando preferencialmente a palma da mão para melhor sentir as vibrações. EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Primeira escolha: artérias carótidas. • Avaliar em seguida: radial, pedioso, braquial, femoral. Pulso EXAME FÍSICO DO TÓRAX • Por oferecer uma estimativa grosseira das dimensões do coração, não é maisrealizada no exame físico. • Mais eficaz: Radiografia torácica e ECO. Cardiomeg alia Normal EXAME FÍSICO DO TÓRAX A ausculta é realizada em pontos do tórax nos quais é captado o RUÍDO das valvas (focos de ausculta). Borda esternal EXAME FÍSICO DO TÓRAX Foco aórtico: 2° espaço intercostal D, junto ao esterno. Foco Pulmonar: 2° espaço intercostal E, junto ao esterno. Foco Ao acessório: 3 ° espaço intercostal E, junto ao esterno. Foco Tricúspide: 5°espaço intercostal E. Corresponde à base do apêndice xifoide. Foco Mitral: 5°espaço intercostal E, na linha hemiclavicular. (Corresponde ao ictus cordis) EXAME FÍSICO DO TÓRAX ATENÇÃO: estes focos não correspondem à região onde se localizam anatomicamente as valvas. São regiões em que melhor se ouve cada uma das valvas. A P T M Foco Aórtico: 2° EID Foco Pulmonar: 2° EIE Foco Ao Acessório: 3° EIE Foco Tricúspide: 5° EIE Foco Mitral: 5° EIE, na LHC AA BULHAS CARDÍACAS B1: “TUM” • Fechamento das valvas mitral e tricúspide • Marca o início da sístole: Contração ventricular Ejeção ventricular. • Coincide com o ictus cordis e com o pulso arterial (carotídeo). • Melhor audível no foco mitral com o paciente em decúbito dorsal a 30° ou 40 °. BULHAS CARDÍACAS B1 hiperfonética Espessura da caixa torácica diminuída: - Crianças ou adultos magros. - Contratilidade do VE e estados hiperdinâmicos (HAS, febre, ansiedade, anemia, atividade física) B1 hipofonética Espessura da parede torácica aumentada: - Obesos, atletas, anasarca, portadores de DPOC. - Contratilidade cardíaca (miocardiopatias e coronariopatias). IAM e ICC. BULHAS CARDÍACAS B2: “TÁ” • Fechamento das valvas pulmonar e aórtica • Marca o final da sístole e início da diástole • Relaxamento/enchimento ventricular. • Melhor audível na base do coração, com o paciente em decúbito dorsal a 30 ou 40° • Som de alta frequência (melhor audível com o diafragma) • Componente aórtico melhor audível no foco aórtico. BULHAS CARDÍACAS B2 hiperfonética: Espessura da caixa torácica diminuída - Crianças ou adultos magros. - Contratilidade do VD e estados hiperdinâmicos HAS, HAP, febre, ansiedade, anemia, atividade física. B2 hipofonética Espessura da parede torácica aumentada: - Obesos, atletas, anasarca, portadores de DPOC. - Hipotensão arterial sistêmica - Insuficiência cardíaca - IAM BULHAS CARDÍACAS B3: “TUM-TÁ-TU” • Ritmo de galope • Som de baixa frequência (audível melhor com a campânula) • Coincide com o fim do enchimento ventricular (diástole ventricular) • Sangue se chocando no ventrículo hipertrofiado • Melhor audível no foco mitral , com o paciente em decúbito lateral E • B1 e B2 ficam abafadas BULHAS CARDÍACAS • Pode ser fisiológica ou patológica: Fisiológica: em adultos jovens e em crianças sob circunstância de DC aumentado. (Atletas, febre, gravidez, FC , anemia, ansiedade.) Patológica: marcador de disfunção severa ventricular esquerda ou de sobrecarga de VE. (Miocardiopatia dilatada, HAS, estenose aórtica.) BULHAS CARDÍACAS B4: “TU-TUM-TÁ” - Pré-sistólico • Coincide com a contração atrial forçada frente a um ventrículo com dificuldade de relaxamento. • Redução da complacência ventricular: Hipertrofia ventricular E (HAS, miocardiopatia dilatada, IAM, fibrose miocárdica). • Melhor audível no foco mitral. Som de baixa frequência (audível melhor com a campânula). B1 e B2 ficam abafadas. BULHAS CARDÍACAS B1 Sístole B2 Diástole B1 B2 B3 B1 B4 B1 B2 B4 B1 SOPROS • Sopros sistólicos: Aparecem durante a sístole, entre B1 e B2. • Podem ocorrer devido a um fechamento inadequado (insuficiência) das valvas mitral e tricúspide ou por estreitamento (estenose) das valvas aórtica e pulmonar. SOPROS • Sopros diastólicos: Aparecem durante a diástole, entre B2 e B1. • Podem ocorrer devido a um fechamento inadequado (insuficiência) das valvas aórtica e pulmonar ou por estreitamento (estenose) das valvas mitral e tricúspide. SOPROS • Sopros: São sons que ocorrem em pontos específicos do ciclo cardíaco, resultantes de: Fluxo sanguíneo turbulento Mecanismo de formação dos sopros cardiovasculares: fluxo sanguíneo laminar (A), o qual, por não formar turbilhões, não origina sopro, estenose (B), dilatação (C) e obstáculo intraluminar (D). SOPROS Importante avaliar sua localização no ciclo cardíaco, sua sonoridade, onde é mais facilmente audível e sua intensidade. • Passagem de sangue através de uma área estreitada (estenosada) fluxo turbulento. • Passagem de sangue através de uma área dilatada (insuficiência) fluxo turbulento. • Anemia Diminuição da viscosidade do sangue (viscosidade tem efeito amortecedor sobe a turbulência) BULHAS CARDÍACAS B1 B2 Insuficiência mitral/tricúspide: B1 B2 B1 Insuficiência aórtica/pulmonar: REFERÊNCIAS BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de. Anamnese e Exame Físico: Avaliação Diagnóstica de Enfermagem no Adulto (Imagens e conteúdo). Porto Alegre: ArtMed, 2016. JENSEN, Sharon. Semiologia para enfermagem: conceitos e prática clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. PORTO & PORTO. Semiologia médica. Editora Guanabara Koogan, 8ª edição. 2019. IMAGENS: Google imagens e livros.