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Freud e a Psicanálise: História e Características

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FREDU E A PSICANÁLISE
Resumo- disciplina história da psicologia
O QUE É PSICANÁLISE?
A Psicanálise é um campo de investigação teórica e clínica da psique humana, ou em outras palavras, é o campo de estudo preocupado em explicar o funcionamento da subjetividade humana, auxiliando no tratamento de transtornos mentais.
Um dos maiores objetivos da Psicanálise é criar um vínculo entre terapeuta e paciente, a fim de compreender os processos reprimidos pelo subconsciente, que geram sintomas como a angústia ou a ansiedade. Todo esse acompanhamento é realizado por meio da interpretação das ações e pensamentos do indivíduo.
O método psicanalítico é um procedimento para a investigação dos processos mentais. Essa investigação busca pensamentos, sentimentos, emoções, fantasias e sonhos por meio da análise do indivíduo. ... Esse método se baseia na investigação da pessoa, buscando entender o que existe em seu inconsciente.
BIOGRAFIA DE FREUD
Freud Nasceu a 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravia. (atualmente Pribor, República Checa), Estudou em Viena. Foi aluno do fisiólogo Brücke. Licenciou-se em Medicina em 1881. De 1885-86, foi aluno de Charcot, em Paris. Charcot trabalhava no asilo de Salpetriére e chamou a atenção da comunidade médica ao adotar a hipnose como técnica terapêutica. 
Em 1887, estuda as doenças nervosas e introduz a hipnose na sua prática clínica. De 1893-96, trabalha com Josef Breuer em casos clínicos como o de “Anna O”. Como resultado deste trabalho, surge a obra, de 1895, escrita em parceria com Breuer, “Estudos sobre a histeria”.
Em 1897 Freud começa a sua autoanálise (que foi muito importante para o desenvolvimento das teorias psicanalíticas). Nesse mesmo ano, rompe com a teoria traumática da neurose, de Breuer. Datam desta altura o reconhecimento da sexualidade infantil e do complexo de Édipo. Em 1900 publica a sua obra mais conhecida e, seguramente, a mais importante para o autor: “A interpretação dos sonhos”
O ano de 1923 fica marcado pelo fato de Freud ter sido diagnosticado com um câncro na cavidade bucal, considerado incurável e extremamente agressivo. Até à sua morte será submetido a um total impressionante de 33 cirurgias. Apesar das dores constantes e de ter que usar uma prótese no maxilar superior, Freud manteve-se ativo e continuou a sua atividade de clínico e investigador. Em 1933, em Berlim, os livros de Freud são queimados, na sequência da subida dos nazistas ao poder. A psicanálise é banida porque Freud é Judeu e porque contradiz o totalitarismo. Em 1938 abandona Viena e refugia-se na Inglaterra, na sequência da anexação da Áustria pela Alemanha nazista. Freud morre em Londres no dia 23 de setembro de 1939. 
Caracterização da psicanálise
A Psicanálise caracteriza-se como uma corrente da Psicologia que busca o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objetivo de descobrir e resolver os conflitos intrapsíquicos geradores de sofrimento psíquico. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma disciplina científica que visa descobrir e mapear as estruturas da Psique e de um método terapêutico, assente numa relação profunda entre o psicanalista e o paciente.
Uma das mais importantes descobertas de Freud é a de que há uma sexualidade infantil: o psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento, confrontam os instintos sexuais (a Libido) e a realidade. Podemos dizer que, em termos psicanalíticos, nós somos o resultado da história da nossa infância.
Outra descoberta importante é a de que a nossa mente consciente não controla todos os nossos comportamentos. Mesmo os nossos atos voluntários, resultantes de uma deliberação racional, estão dependentes de uma fonte motivacional inconsciente.
A descoberta do inconsciente trouxe uma revolução à Psicologia e à forma como esta encara o ser humano
O desejo e a insatisfação são elementos inerentes à nossa vida psíquica. Todos os nossos comportamentos resultam duma fonte energética inesgotável e cuja manifestação assume múltiplas formas... Trata-se do núcleo instintivo que dá vida à nossa Psique, constituído por duas polarizações antagónicas: A Libido, o desejo sexual, a que Freud deu o nome de Eros. E o impulso de morte, ligado à agressividade (auto e hetero dirigida), a que Freud deu o nome de Thanatos.
A infância “persegue-nos” ao longo de toda a vida, uma vez que é nesse período que a personalidade se desenvolve. Ao longo da infância o inconsciente vai dividir-se e dar origem às outras instâncias da Psique. Por isso o sujeito passa por períodos de crise, de ruptura e de reconfiguração das estruturas psíquicas. 
Por esta razão estamos sujeitos a traumas e a conflitos intrapsíquicos que ficam guardados no inconsciente e marcam a forma como nos relacionamos conosco mesmos e com os outros.
O Inconsciente corresponde aos conteúdos instintivos, hereditários, da mente, bem como aos conteúdos recalcados ao longo da história de vida do indivíduo.
O Inconsciente não esquece nada, todos os incidentes da história de vida do indivíduo ficam aí retidos e guardam a mesma força e vivacidade do momento em que foram vividos. O Inconsciente é imune ao tempo.
Os processos que estão na origem das neuroses, são idênticos aos que servem de fundamento à vida psíquica saudável, pelo que é possível usá-los para conduzir os pacientes à solução dos seus conflitos psíquicos.
E esses conflitos marcam a personalidade do indivíduo e torna-os únicos. Por isso a Psicanálise assenta na análise das mensagens que o inconsciente dos pacientes envia à consciência, através dos sonhos, dos atos falhados, das fobias e dos desvios comportamentais.
A ESTRUTURA DA PSIQUE 
O Consciente corresponde à dimensão racional da Psique. Ao nível do Consciente tomamos conhecimento da realidade exterior e, também, dos nossos conteúdos mentais não recalcados ao nível do inconsciente. Ao longo da história do Ocidente, os filósofos e os investigadores da mente (a partir do século XIX, designados como psicólogos), tomaram esta dimensão da Psique como a mais importante e, até, em muitos casos, a encararam como a própria mente. Freud defendeu que a consciência abarca apenas uma dimensão da Psique. 
O Inconsciente é, então, a mais importante instância da Psique, e a mais vasta. É aí que está a chave para a interpretação do sentido de todos os comportamentos do sujeito e, em geral, da sua vida psíquica. Entre o Consciente e o Inconsciente, existe uma antecâmara, o Pré- consciente, que permite que alguns conteúdos do Inconsciente acedam à consciência, mas “travestidos”, “disfarçados”, por forma a evitar distúrbios ao nível do Consciente. Assim, os conteúdos de origem libidinal, ligados ao instinto sexual, podem aceder à consciência sob uma forma simbólica, não geradora de tensão.
Mas, para além disso, existe um mecanismo de segurança que impede que os conteúdos ameaçadores da sanidade mental e da sobrevivência física ou social do indivíduo acedam à consciência: trata-se da Barreira da Censura que é responsável pelo recalcamento desses conteúdos perigosos. Esta instância daria lugar aos mecanismos de defesa do Ego, quando Freud desenvolveu a sua teoria psicanalítica. 
A ESTRUTURA DA PSIQUE
O ID
O id (isso) é o termo usado para designar uma das três instâncias apresentada na segunda tópica das obras de Freud. Possui equivalência topográfica com o inconsciente da primeira tópica embora, no decorrer da obra de Freud, os dois conceitos: id e inconsciente apresentem sentidos diferenciados. Constitui o reservatório da energia psíquica, onde se localizam as pulsões. Faz parte do aparelho psíquico da psicanálise freudiana de que ainda fazem parte o ego (eu) e o superego (Super-eu). Formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes e regido pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata. É a energia dos instintos e dos desejos em busca da realização desse princípio do prazer.
O EGO
O Ego é a soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo (da Psique), a qual tem porfunções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante selecção e controlo, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do id. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer o id sem transgredir as exigências do superego. 
Quando o Ego submete-se ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele. Para Jung, o Ego é um complexo; o “complexo do Ego”. Diz ele, sobre o Ego: “É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral do nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registos da nossa memória” (Jung).
O SUPEREGO
É inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente, a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do quot; eu ideal quot; isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.
Consciente: Contato com o mundo exterior Pré-Consciente: Material sob a superfície Princípio da Realidade da consciência Inconsciente: Material muito abaixo da superfície da Imperativos Morais consciência. Não pode ser diretamente acedido (pela Princípio do Prazer consciência).
Sigmund Freud. Conhecido como o pai da psicanálise, Sigmund Freud foi o responsável pela revolução no estudo da mente humana. Nascido em 1856 em Freiberg, Morávia, hoje República Checa, Freud foi o primogênito de Jacob Freud e de Amalie Nathanson. Aos 17, ele ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina.
Teoria da motivação Fundamentos da teoria: 
1. Todas as nossas motivações são pulsionais. 
2. A pulsão é uma força ou energia que tem como fonte uma tensão orgânica contínua e como objetivo a descarga da tensão acumulada. 3. A líbido (desejo sexual) é a principal manifestação da energia pulsional, pelo que desempenha um papel preponderante nos nossos comportamentos. 
4. A não libertação das energias pulsionais acumuladas (na maior parte das vezes pela intervenção do superego) gera conflitos intrapsíquicos que conduzem à ansiedade e à neurose. 
5. Se a saída normal (para a libertação dessas energias) estiver bloqueada, a libertação tenderá a realizar-se por outras vias. 
6. Existe um conjunto de mecanismos de defesa do ego que permitem resolver os conflitos intrapsíquicos, garantindo o equilíbrio psíquico do indivíduo.
MECANISMOS DE DEFESA
Os mecanismos de defesa do ego São estratégias inconscientes de resolução de conflitos intrapsíquicos e da redução das energias pulsionais que estão na sua origem.
Recalcamento – Mecanismo de repressão de pensamentos, recordações, sentimentos, pulsões e desejos que, por provocarem ansiedade e porem em causa o equilíbrio intrapsíquico, são excluídos da consciência e mantidos no inconsciente. 
Racionalização (ou intelectualização) – É um conjunto de estratégias de justificação de comportamentos, pensamentos, tendências psíquicas, lógicas e formuladas a posteriori, com o fim de evitar sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto- estima. 
Projeção – Tendência que os seres humanos têm para atribuir aos outros, comportamentos, sentimentos e desejos que, sendo deles próprios, são muitas vezes tidos como inaceitáveis.
Deslocamento – Mecanismo libertador que ocorre quando um indivíduo, não podendo atingir determinado objeto, o substitui por outro, sobre o qual descarrega as suas tensões acumuladas. 
Regressão – Mecanismo segundo o qual o indivíduo adopta formas de conduta próprias de estádios anteriores de desenvolvimentos (em que o indivíduo se sentia em segurança). 
Compensação (ou formação reativa) – Mecanismo de defesa contra qualquer tipo de inferioridade fisiológica ou psicológica, seja ela real ou não, que consiste na adopção de comportamentos contrários ao desejo. 
Sublimação – Mecanismo que consiste uma atividade social e moralmente inaceitável por outra, moral e socialmente aceitável.
O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
 A noção de estádio está inseparavelmente ligada à concepção de Freud de aparelho psíquico e do seu funcionamento — funcionamento normal e sobretudo patológico, e do seu desenvolvimento no tempo ao nível do indivíduo e também ao nível da espécie. 
Nesta perspectiva, Freud encontra duas premissas essenciais à Psicanálise, isto é, dá como adquirido a existência de um inconsciente e de uma sexualidade. Baseado nestas premissas elaborou então três períodos, subdivididos em cinco estádios de desenvolvimento psico- sexual. 1º período ( 0-5 anos) ● Fase oral (0-2 anos) ● Fase anal (2-3 anos) ● Fase fálica (3-5 anos) 2º período (6-13 anos) ● Fase de latência 3º período (13-... anos) ● Fase genital.
Estádio oral (0 a 2 anos): O estádio oral pode-se subdividir em duas fases, uma primitiva e outra tardia, que compreendem, respectivamente, o 1º e o 2º ano de vida. A região buco-labial é a zona erógena deste estádio, que é constituído por duas atividades, a sucção e o morder. A primeira relação que o bebé tem com a mãe e a exploração de objetos é feita através da boca. Na fase tardia do estádio oral, com o aparecimento dos dentes, a sucção transforma-se em morder. Segundo Freud, é ao longo deste estádio que o Ego se diferencia do Id, visto que o início da sua atividade tem a ver com o princípio do prazer (ex: o mamar que gera prazer — assim, o seio materno é o primeiro objeto sexual do indivíduo). Neste estádio o Super-Ego ainda não existe, visto que o bebé ainda não tem a noção do mundo. Imagem de Karin Kuhlmann
Estádio anal (2 a 3 anos): Entre o estádio oral e o estádio anal existe um deslocamento das zonas erógenas. Agora a zona erógena dominante é a região anal, à qual estão ligadas duas atividades: a retenção e a expulsão das fezes. O adulto educa a criança para que esta tenha controlo esfincteriano. Inicialmente parece não haver controlo por parte da criança; só quando ela atinge uma certa maturação biológica do esfíncter, é que pode controlar a situação. Assim, ela pode reter as fezes ou não, começando a ter algum poder, podendo dar satisfação ou não a quem a rodeia. Seguindo este comportamento da criança, vê-se que o Ego já está formado. Em relação ao Id, tornou-se capaz da atrasar a satisfação das pulsões e de afastar algumas. Devido a imposições e com medo da punição, a criança começa a interiorizar certas punições parentais. Assim começa-se a formar o Super-Ego. 
Neste estádio a zona erógena são os órgãos genitais; no rapaz o pénis e na Estádio rapariga o clitóris. São frequentes as experiências genitais, como por exemplo a masturbação. 
Fálico: A sexualidade infantil que até agora era autoerótica, começa a ter um objeto: o pai ou a mãe. Assim, com a escolha amorosa de um dos pais, do (3 a 5 anos) sexo oposto ao da criança, surge o complexo de Édipo. Este complexo surge acompanhado de sentimentos, como por exemplo, de afeição ou de rivalidade, face ao progenitor do mesmo sexo da criança. 
A resolução do complexo de Édipo vai permitir a criança libertar-se da relação forte que tem face ao progenitor do sexo oposto (filho-mãe; filha-pai), provocando novos relacionamentos com outras pessoas. A forma como o complexo de Édipo é resolvida poderá condicionar todas as futuras relações. Durante este estádio, as três instâncias do aparelho psíquico estão constituídas (Id, Ego e Super-Ego), podendo estar em conflito, durante o qual o Ego constitui os seus mecanismos de defesa, essencialmente o recalcamento e a sublimação. 
Estádio de Latência (6 aos 13 anos): Durante este estádio, o desenvolvimento sexual sofre uma paragem. A criança investe os seus interesses na escola e amigos, nos aspectos sociais que mais lhe interessam. Aqui, o Ego tomou-se forte com a ajuda do Superego, dominando as suas pulsões. As energias do Id são investidas na socialização. Ao mesmo tempo, o Super-Ego desenvolve-se devido a recalcamentosde tendências repreensíveis (vergonha, nojo, moral). 
Estádio Genital (dos 13 anos até ao final da adolescência): A zona erógena é a mesma do estado fálico; atingindo o indivíduo neste estádio a maturação sexual. O Ego tenta lutar contra as pulsões do Id. Podem reaparecer as tendências recalcadas, como por exemplo o complexo de Édipo; podendo conduzir esses indivíduos à homossexualidade. Os perigos que vêm do Id aumentam, visto haver uma separação do Ego e do Superego, consequência de uma revolta do Ego contra o Superego. Essas revoltas tomam-se evidentes nos comportamentos nem sempre muito quot; normais quot; do adolescente. Para a Psicanálise, é o modo como o indivíduo consegue resolver os problemas, nestas fases, que vai determinar as características fundamentais da personalidade que persistirão até ao fim da sua vida.
FONTE: PAULO GOMES-
PARTE I
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Freud e a Psicanálise I 
1. 1.      Sigmund Freud e a Psicanálise PARTE I A consciência e o inconsciente Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Professora  Joana  Inês  Pontes  
2. 2.       1. FREUD (1856-1939) E A PSICANÁLISE§  Freud formou-se em Medicina e especializou-seno tratamento de perturbações neuróticas (taiscomo a cegueira e a paralisia) começando a utilizara hipnose como método terapêutico.§  Freud desenvolveu um método de tratamento quepossibilitava e “exigia” que o paciente falasse acercade si mesmo livremente, de modo a fornecer pistasque permitissem desocultar as memórias enterradasno seu inconsciente – interpretação dos sonhos. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
3. 3.       1. FREUD (1856-1939) E A PSICANÁLISE§  O aspecto mais importante da sua teoria é oconceito de Inconsciente dinâmico – váriosprocessos mentais inconscientes interagemdeterminando, sem que nos apercebamos,pensamentos, sentimentos e comportamentos.§  A prática clínica de Freud esteve na base de umateoria do desenvolvimento psico-afectivo em quese destaca a tese da existência de sexualidadeinfantil (num sentido lato). Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
4. 4.       1. FREUD (1856-1939) E A PSICANÁLISE§  A criação da psicanálise por Freud é ao mesmotempo um método terapêutico e uma teoria sobre amente, o homem e as suas diversas atividades erepresentou uma das grandes aventurasintelectuais do séc. XX. A chegada da Psicanálise Texto manual – pág.51-52 Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
5. 5.       2. A PSICANÁLISE E O INCONSCIENTE§  A grande revolução da psicanálise não é adescoberta do inconsciente, mas a afirmação de queeste domina a nossa vida psíquica – é a realidadepsíquica fundamental. §  A o a f i r m a r q u e o n o s s o comportamento é governado por desejos do inconsciente, Freud negava que o homem fosse dono de si mesmo: o controlo da nossa mente e ações escapa-nos. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
6. 6.       2. A PSICANÁLISE E O INCONSCIENTEAs concepções de Freud sobre o psiquismodespertaram grande polémica na sua época:1)  A ideia que o inconsciente dominava feria o preconceito moral de que somos agentes conscientes dos motivos dos nosso atos.2)  A ideia de que estes impulsos são de natureza “sexual” violentava a consciência moral de uma sociedade que reprimia profundamente as manifestações de sexualidade (Freud afirmava que os impulsos sexuais reprimidos desempenhavam um papel de destaque). Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
7. 7.       2. A PSICANÁLISE E O INCONSCIENTE3) Numa altura em que os psicólogos, em geral,rejeitavam o estudo do inconsciente, Freud nãopodia deixar de causar enorme estranheza. Afinal,identificava a psicologia com o estudo dos processosmentais inconscientes, “algo muito menosobservável” que os fenómenos conscientes.Apesar desta recusa inicial, a psicanálise acaba porse desenvolver e o método psicanalítico vai aplicar-se a diversos domínios da cultura (psicanálise dareligião, da mitologia, etc.) Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
8. 8.      3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 1ª Tópica §  O inconsciente é, para Freud, o “lugar psíquico ou um sistema do nosso aparelho psíquico que contém pensamentos, desejos, sentimentos, impulsos que estão situados nas profundezas da nossa mente, aquém da consciência” Manual: p.55-57 Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
9. 9.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 1ª Tópica§  Segundo Freud é do inconsciente que emanam os processos psíquicos, por isso, o nosso comportamento é fundamentalmente determinado por processos mentais inconscientes (área maior).§  O inconsciente constitui-se durante a nossa vida psíquica, sobretudo, no decorrer da infância e os seus conteúdos estão ao muito longe da superfície.INCONSCIENTE: estrutura da nossa mente quemais influencia o nosso comportamento. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
10. 10.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 1ª Tópica§  A porção de espaço que no iceberg corresponde ao inconsciente, exprime, assim simbolicamente que os nossos comportamentos e processos mentais são dominados por uma dimensão situada nas profundezas do psiquismo, onde estão impulsos e desejos essencialmente de natureza sexual que exercem influência no comportamento humano.§  A passagem dos impulsos e desejos inconscientes é controlado por um mecanismo denominado censura que recalca o que pode perturbar a nossa integridade psíquica e a adaptação ao meio social. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
11. 11.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 1ª Tópica§  Mas, a censura não consegue impedir que as pulsões inconscientes (medos, impulsos sexuais inaceitáveis, impulsos destrutivos e imorais, desejos irracionais, experiências infantis traumatizantes) encontrem em formas substitutivas e indirectas de manifestação tais como actos falhados, neuroses e sonhos. Todos nós já esquecemos uma palavra ou nome tendo porém a impressão de o ter “na ponta da língua”; ou então, escrevemos uma palavra em lugar da pretendia. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
12. 12.       3. AS MANIFESTAÇÕES DO INCONSCIENTEExistem três manifestações que influenciam oinconsciente:NEUROSES: manifestações ou sintomas de algo que foirecalcado, impedido de aceder à consciência.Geralmente, o doente ignora aquilo que recalca, nãoconhece os desejos escondidos do seu insconsciente.Est a s d oe n ç a s p s í q u i c a s a o t ra d u zi r- s e e mperturbações físicas, resistem à medicação.Muitas neuroses derivam da representação dosimpulsos sexuais agressivos. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
13. 13.       3. AS MANIFESTAÇÕES DO INCONSCIENTESONHOS: realização ilusória (simbólica) de desejosinconscientes (recalcados). Para Freud, o sonho era a viareal de acesso ao Inconsciente (desnuda-o)O sonho é para Freud uma “expressão nocturna dasnossas frustações diurnas”, o sonho ´soaparentemente é absurdo, pois possui muito sentido:os desejos interditos e recalcados encontram neleuma satisfação velada, deviada e simbólica.Durante o sonho, a vigilância da censura enfraquece,por isso, mais facilmente lhe escapam asrepresentações inconscientes. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
14. 14.       3. AS MANIFESTAÇÕES DO INCONSCIENTEACTOS FALHADOS: são o modo, por vezes grotesco, masnunca doentio, de os conteúdos e representaçõesinconscientes vencerem a barreira da censura.Diariamente cometemos algums falhas a que nãodamos relevo especial, para Freud são cruciais:§  Dizer “Está um belo sono” em vez de “belo dia” manifesta inconscientemente desejo de dormir.§  Uma mulher co tendência para a tagarelicepede ao merceeiro “um pacote de leite de longa conversação, em vez de “longa conservação.§  Dizer I live you em vez de I love you… Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
15. 15.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 2ª TópicaManual:p.57-58 Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
16. 16.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 2ª Tópica APARELHO CARACTERÍSTICAS PSÍQUICO §  Formado por tudo o que herdamos está presente à nascença (pulsões inatas, desejos). §  É totalmente inconsciente: contém uma parte de ID elementos psíquicos recalcados.“Viver segundo §  Está desligado do mundo real: é completamente o princípio do irrealista, não distingue o que é desejável do que é prazer” permitido ou possível. §  Não actua segundo princípios lógicos e morais: é a parte obscura, impenetrável, da nossa personalidade, e o pouco que sabemos dela aprendemo-lo estudando a elaboração do sonho) Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
17. 17.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 2ª TópicaAPARELHO PSÍQUICO CARACTERÍSTICAS §  Instância que se constitui diferenciando-se do id no primeiro ano de vida (a sua energia vem do id) §  Tem preocupações lógicas, de espaço e de tempo, assim como de coerência entre a força do id e os EGO / EU constrangimentos da realidade - tenta ser moral. “Sejamosrealistas!” §  Desempenha o papel de mediador em relação ao id: opõe-se a certos desejos do id; a sua actividade é sobretudo consciente, embora uma parte sejainconsciente, como os mecanismos de defesa. §  O conhecimento é consciente ou pré-consciente, e é composta de percepções externas e internas. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
18. 18.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 2ª TópicaAPARELHOPSÍQUICO CARACTERÍSTICAS §  Instância formada a partir de uma parte do ego, após o complexo de Édipo, por volta dos 3-5 anos. §  Resulta da educação que recebemos, do conjuntoSUPEREGO/ de punições e recompensas. SUPEREU §  Vigia-nos dentro de nós: reprime certos actos, “Cumpre o favorece outros.teu dever!” §  O seu papel é triplo: i) inibe os impulsos, sobretudo, de natureza sexual do id; ii) persuade o Ego a substituir objetivos realistas por objetivos moralistas; iii) procura a perfeição moral. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
19. 19.       3. ESTRUTURA DA MENTE HUMANA 2ª TópicaPara Freud, vida psíquica desenrola-se sob o signo doconflito intrapsíquic – é dinamizada por um conflito deforças que se desenrola praticamente no inconsciente. POTÊNCIA OBSTÁCULOS ACTOInstintos, pulsões, Pensamentos,     impulsos sexuais percepções     inaceitáveis (actos  conscientes)   recalcados ID  (infra-‐eu)   SUPEREGO  (Super  Eu)                                                                    EGO  (Eu)   Algo ultrapassa a censura e manifesta-se em sonhos e actos falhdos. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
20. 20.       Realizado por: Joana Inês PontesConsultas:Rodrigues, Luís(2009) Psicologia B. Lisboa: Plátano Editora, pp.16-28 Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes 
PARTE II

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