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SEMINÁRIO NATIONAL HEALTH SERVICE (NHS)

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Contexto Histórico:
Ideia inicial começou a ser discutida em 1909 pelos partidos de esquerda e direita. Em 1934 pela Associação Médica Socialista. Em 1944 foi defendida também pelo partido conservador.
Criação do NHS: 1948
3 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial: os britânicos haviam acabado de sair da experiência devastadora da Segunda Guerra; o país estava destruído e falido; em 8 meses, 42.000 pessoas morreram. E, a primeira forma de cooperar com tudo isso foi providenciar cuidados médicos gratuitos para a população. 
Um panfleto circulava pelo país: “O NHS começa dia 5 de julho. Irá fornecer-lhe todos os cuidados médicos, dentários e de enfermagem. Qualquer pessoa, rica ou pobre, homem, mulher ou criança pode usá-lo. Não há custos, exceto para alguns casos especiais. Não há obrigações de seguros, mas não é uma caridade. Estão pagando quando são contribuintes (impostos) e irá aliviar as suas preocupações financeiras em tempos de doença.”
O NHS é o sistema de saúde mais antigo do mundo. Seu surgimento veio para reiterar o artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante a dignidade da pessoa humana.
Estrutura:
· O NHS permaneceu centralizado e integralmente público até 2004. Hoje, os quatro países que compõem o Reino Unido - Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte - têm sistemas de saúde ligeiramente diferentes.
· Indicadores de qualidade: quanto melhor a qualidade do serviço, melhor a remuneração, tanto o setor, quanto o profissional da saúde. Os pagamentos da equipe de saúde seguem os indicadores.
Crítica: quando esse monitoramento se excede, acaba-se colocando muito recurso financeiro no CONTROLE do serviço EM SI + o ruim é se prender muito aos indicadores que estão listados no sistema e que geram pagamento/bonificação financeira e perder a visão MACRO 
· CCGs – Clinical Commissioning Groups (comissão/ secretaria da saúde daquela área). A CCG compra os tratamentos dos hospitais. 
· General practitioners (GPs) – Médico que fica nos CCGs. Tratam as condições médicas comuns e encaminham pacientes para hospitais e outros serviços médicos para tratamento urgente e especializado. Eles se concentram na saúde da pessoa como um todo, combinando os aspectos físicos, psicológicos e sociais do cuidado.
· Se o paciente conseguir adquirir hábitos mais saudáveis (Ex.: parar de fumar), a equipe de saúde/médico recebe bonificação financeira por isso (Forma de estímulo).
· Care Quality Commission: responsável por fiscalizar os serviços de saúde e seus estabelecimentos, de forma a garantir o padrão de qualidade.
Cada profissão da área da saúde conta com um Conselho Geral (General Council) que irá regular cada setor, a fim de propiciar o melhor atendimento.
	
· NHS Walk-in Centres (1999): Centros onde o agendamento não é necessário. Utilizado principalmente para tratamentos pouco complexos, como, por exemplo, resfriados. 
	Obs: Quem atende são as/os enfermeiras(os)
· NHS Direct: Linha telefônica 24h operada por enfermeiros, fazendo encaminhamento para um médico se necessário.
· Care Trusts (2002): Eles podem realizar uma variedade de serviços, incluindo assistência social, serviços de saúde mental ou serviços de atenção primária.
· Mental Health Trusts: Saúde mental
Na internet não há muita informação sobre como funcionam, de fato, esses serviços, como é a equipe etc. 
· Contraponto: Em um dos relatos, uma brasileira que mora na Inglaterra há 8 anos apontou que percebe uma negligência com a saúde mental, a falta de suporte psicológico para a população em geral. Ressaltou também que esse serviço só é oferecido em casos extremos, como de iminência de suicídio.
· Ambulance Trusts: Serviço de transporte de pacientes. 
· Durante a pandemia: pessoas que perderam o emprego na pandemia foram contratadas para ligar para as pessoas com covid e saber como elas estão se sentindo, se estão seguindo a quarentena direitinho, Etc.
	
Recursos: 
· Os serviços de saúde da Inglaterra são financiados pelo Department of Health and Social Care, baseado em uma tarifa por paciente e tipo de tratamento.
· O NHS provê serviços de cuidado à saúde por meio dos fundos nacionais, assim como caridades e empreendimentos sociais. 
· O fundo prevê um orçamento de aproximadamente 80 bilhões de euros destinados para as demandas da saúde, isso inclui: GPs, dentistas, farmácia e alguns tipos de serviços ópticos, além de serviços de triagem e programas de imunização.
NHS vs SUS
Semelhanças:
· Surgem depois de uma crise;
SUS: pós Ditadura - durante o processo de redemocratização/NHS: pós Segunda Guerra Mundial
· Base universal;
· Acesso gratuito;
· Financiado por impostos;
· Organização de uma maneira hierárquica;
· Em ambos o cidadão não paga por medicamentos e consultas, bem como tem acesso ao hospital em caso de urgência.
Diferenças: 
· “Iniciativa”;
SUS: veio mais da sociedade organizada do que do próprio governo, apesar de ter pessoas dentro do governo favoráveis;
NHS: partiu mais do próprio governo.
· Recurso público que é “investido” no sistema de saúde;
SUS: 4% do PIB;
NHS: 8% do PIB.
· Gestão;
SUS: pulverização da gestão; temos o Ministério da Saúde que verticaliza algumas ações, mas a responsabilidade maior está nos municípios brasileiros; 6000 municípios brasileiros
NHS: gestão mais concentrada; 300 CCGs na Inglaterra.
· “Regulamentação”
	SUS: falta;
	NHS: excesso - uso dos indicadores de qualidade.
· Turistas etc;
SUS: atendimento universal
NHS: Caso você seja turista no Reino Unido e precise de atendimento médico, só poderá ser atendido caso seu caso seja urgente. Ademais, depois do atendimento, a pessoa deve pagar pelos serviços recebidos, o que não é barato. Caso haja necessidade de viajar, é altamente recomendável um seguro de viagem.
NHS: Cidadão é cadastrado em função da área em que reside, tendo como referência um médico generalista de sua área de residência. O cidadão precisa, necessariamente, passar pelo GP da sua área se quiser marcar uma consulta com especialista. O médico cobra o honorário do NHS. O cidadão é primeiro redirecionado para o médico de sua respectiva área para depois ser redirecionado para um especialista se for necessário. 
SUS: paciente vai aos ambulatórios para realizar consultas ou demanda espontânea. O SUS é descentralizado, o atendimento nem sempre é com o mesmo médico, por exemplo, na UBS etc. Em alguns casos, o paciente pode agendar consulta direto com especialista, sem precisar de um encaminhamento do seu médico.
Na Inglaterra, um médico ganha em média £$85.000 anualmente, sendo que o salário mínimo é £$16.700. Em Reais, o salário anual dá uma média de R$650.000, sendo aproximadamente R$54.000 por mês. 
No Brasil, um médico ganha em média R$11.000 por mês, sendo que o salário mínimo é R$1.100.
Em comparação, mesmo tendo um salário muito alto, o médico ganha em média 5 vezes mais que o salário mínimo na Inglaterra, sendo que no Brasil esse valor é 10 vezes mais alto que o menor estipêndio.
RELATOS
1) Relato pessoal anônimo de estrangeira brasileira que se casou com nativo, teve 2 filhas na Ingleterra e residiu no país por cerca de 15 anos.
· Demora para marcação de consulta, filas, pessoas nos corredores (6h aguardando pedirata no pronto socorro). 
· Demora para marcação de consultas e pronto socorro
· Tio do esposo contraiu infecção bacteriana hospitalar e faleceu. 
· Histórico de infecção hospitalar bacteriana.
· Pai dela (brasileiro) foi muito bem atendido ao necessitar de atendimento emergencial (sinais e sintomas de infarto), realizaram os exames necessários, o acolhimento foi satisfatório.
· Bom atendimento emergencial e acolhimento.
· Pai do esposo com osteoporose caiu, foi para o hospital, fez o Raio X, aguardou 1 semana em casa, com dor, até receber o resultado do exame e laudo de fissura óssea
· Demora para receber resultado de exames e diagnóstico
· Nas consultas presenciais, o médico nem sequer encostou no paciente para aferir sinais vitais. Se os sintomas de dor ou febre são recentes, prescrevem paracetamol e encaminhamo paciente para casa. 
· Consulta com pouco contato físico com paciente (aferição de sinais vitais).
· Afirmou categoricamente que preferiu o acolhimento do SUS.
2) A pessoa que me fez o primeiro relato disse que não tem quase nada para reclamar do sistema de saúde da Inglaterra , todas as experiências que essa pessoa e a família dela tiveram foram muito boas. Atendimento rápido, preciso, sem preconceitos nem segregação. Um membro da família dessa pessoa passou 6 meses lá ficando com eles e precisou de consulta médica, atenderam independente de ser imigrante, de estar de passagem e etc. Essa pessoa disse que em todos os bairros tinham unidades de saúde, desde as mais gerais às mais especializadas e que o atendimento era igual independente de cor, etnia, classe social, gênero, nacionalidade, etc. Inclusive a pessoa disse que o membro da família que precisou ser atendido não sabia falar inglês e eles deram um jeito de atender e dar um diagnóstico eficiente. A pessoa pode ter tido muita sorte, não sabemos, mas esse foi o relato. A única coisa que essa pessoa disse que ficou a desejar foi o atendimento odontológico, que é extremamente básico - comum na Europa como um todo -, hoje a pessoa faz odonto e percebe isso claramente. A pessoa precisaria usar aparelho, mas lá na Inglaterra a sua formação dentária não era considerada problemática, aqui no Brasil é, não só por questões estéticas, mas funcionais, mesmo assim não liberaram o aparelho para a pessoa pelo público e pelo privado era muito caro. Isso a gente pode perceber bem pelos filmes europeus, geralmente os ingleses e os franceses têm os dentes tortos
3) A segunda pessoa que fez o relato falou que nunca teve nenhum problema com o NHS. Essa pessoa foi operada, teve todo o pré e pós operatório impecável. Além disso tinha uma irmã mais nova que sempre estava doente e sempre era muito bem atendida.
4) A terceira pessoa que fez o relato também precisou passar por uma cirurgia e o relato cirúrgico foi bem parecido com o da segunda pessoa. Não teve problemas com o NHS e sempre foi atendido bem rapidamente.
5) 
· eu classifico o sistema de saúde britânico também como fraco/moderado.
· Uma qualidade do NHS é ele ser gratuito em uma parte dos serviços que oferece. E outra qualidade é o serviço prestado pelos paramédicos e pelas ambulâncias, que sempre atendem prontamente os pedidos de ajuda em casos de emergência.
· Eu acredito que o NHS tem muitos defeitos e muitas coisas que precisam ser modificadas para se tornar um serviço de qualidade. O NHS não se preocupa com a prevenção das doenças em geral, para se ter uma consulta com um especialista ou fazer exames, que normalmente fazemos com frequência no Brasil, é preciso que a pessoa esteja em numa situação já avançada e tenha passado por vários médicos clínicos geral, e tomado vários medicamentos. Normalmente quando se consegue uma consulta com especialista ou um exame um pouco mais caro, como uma ressonância magnética, O paciente já se encontra em uma situação degradante. Outro defeito do NHS é a negligência com a saúde mental. Não há suporte psicológico para a população em geral e esse serviço só é oferecido em casos extremos, como de iminência de suicídio. Sinto também que os médicos não são tão instruídos e isso fica evidente pela quantidade de vezes em que recorrem ao Google para pesquisar sintomas ou medicamentos na frente do paciente. A resistência para utilizar medicamentos como antibióticos e anti inflamatórios faz com que muitas doenças e condições levem o dobro ou triplo de tempo para serem tratadas com a utilização de medicamentos não específicos, como paracetamol. A demora no tratamento muitas vezes faz com que a condição piore e o paciente seja obrigado a tomar o medicamento específico de qualquer forma depois de tentar tratar com medicamentos não específicos. Outro defeito é o atendimento nos prontos-socorros, no qual muitos pacientes não têm acesso ao médico, apenas a um enfermeiro, o que pode gerar erro ni diagnóstico.
· Uma experiência positiva que ocorreu comigo foi o atendimento emergencial feito por para médicos em uma cidade do interior da Inglaterra. A ambulância chegou prontamente e os para médicos foram muito solícitos, me acalmaram e me trataram com muito respeito. Eu tenho várias experiências ruins com o NHS, mas sinto que a pior foi a negligência com uma doença degenerativa que eu tenho na coluna, a qual não lhes era muito conhecida E a demora para o encaminhamento para um especialista. Eu tive que ir a outro país fazer os exames de ressonância e trazer os resultados para Inglaterra. Mesmo assim, a fila para o atendimento com o especialista era de um ano. Isso fez com que eu procurasse atendimento em outro país, pois não conseguiria esperar até chegar este atendimento. Quando finalmente tive a consulta com o especialista, ele não pode me atender presencial mente e me atendeu por telefone, não me dando outra possibilidade de ter uma consulta presencial mesmo depois da espera de um ano. 
· Outra experiência ruim foi quando, ao viajar de avião com uma amigdalite (que já não havia sido tratada corretamente no NHS), tive um problema no ouvido no qual houve sangramento. Ao procurar o pronto-socorro, fui instruída a esperar mais um dia, o que causou ainda mais sangramento. Quando voltei ao médico, ele não quis me passar um antibiótico e me passou apenas uma solução para limpar o ouvido. Três dias depois eu já não conseguia escutar nada e voltei ao médico. O médico que me atendeu examinou o meu ouvido e disse que havia um buraco muito grande no meu tímpano e que se tivesse sido tratado com o antibiótico correto desde o início isso não teria acontecido. Desde o início da amigdalite até o final do tratamento correto se passaram cerca de 4 semanas e eu fiquei sem audição por cerca de um mês.
6)
· Fraco / Moderado
· É gratuito (exceto prescrição de remédio e medicina dentária).
Resposta rápida de ambulância quando existe risco de vida.
Serviço telefónico e por chat na internet caso queira perguntar algo simples.
· Sistema de prevenção de saúde MUITO FRACO.
· Vacinação não obrigatória (até no caso do COVID-19).
· Filas de espera para uma consulta com especialista geralmente duram vários meses (agravado pelo fato do sistema privado ter muito pouca oferta e ser extremamente caro/inacessível).
· Pedi num posto de saúde para marcar exames de sangue de rotina e recusaram, falando que na Inglaterra não fazem exames de rotina (só poderiam fazer exame de sangue se eu tivesse suspeita de algum problema de saúde específico).
· Bom atendimento emergencial e acolhimento, independente de ser imigrante;
· Todos os bairros tinham unidades de saúde;
· Vacinação não obrigatória (até no caso do COVID-19);
· Gratuito, exceto prescrição de remédio e medicina dentária;
· Atendimento odontológico extremamente básico;
· Demora para marcação de consultas;
· Demora para marcação de consultas;
· Negligência com a saúde mental;
· Foco no tratamento, e não na prevenção;
· UBS composta apenas por enfermeiros;
· Demora para o encaminhamento para um especialista;
· Opinião geral: grande aprovação nacional.
Opinião Pública: Grande aprovação nacional.
Críticas:
· O NHS utiliza um sistema chamado QALYS (Quality-adjusted life years), para avaliar a prioridade médica da condição do paciente solicitante e a possibilidade de atendimento presencial.
· Assim, o acesso “espontâneo” é praticamente reservado a emergências, com os demais casos sofrendo com longas filas.
· A gratuidade do NHS gera uma redução de sua estrutura, o que se observa pelo baixo índice de médicos e leitos hospitalares por habitante.
· Essa situação é agravada pelo método de abordagem do NHS. O foco ainda consiste em “diagnóstico e tratamento”, negligenciando prevenção.
· Além disso, o NHS sofre severas críticas da ala conservadora do Parlamento Britânico em razão do alto custo que gera para o orçamento nacional.
· Diversos artigos noticiavam focos de infecção de bactérias resistentes, provocado pela disseminação de antibióticos receitados previamente aconsultas presenciais.
· Apesar dessas críticas, observa-se que em situações de emergência, a porcentagem de pacientes atendidos em até 4 horas é mediano, em comparação a países desenvolvidos.
· Ainda sobre países desenvolvidos, a OCDE elaborou critérios para avaliar o tratamento dispensado a 12 doenças que compõem as principais causas de morte nesses países. A tabela abaixo mostra um desempenho medíocre do NHS.
· Para finalizar, a pesquisa abaixo mostra que comparativamente aos membros da OCDE, os cidadãos do RU avaliam maior índice de experiências adversas enquanto recebendo tratamento médico ao mesmo tempo que, contrariamente a essa noção, avaliam seu sistema de saúde melhor do que os demais países avaliados.
· - observa-se que em situações de emergência, a porcentagem de pacientes atendidos em até 4 horas é mediano em relação a outros países desenvolvidos, ou seja para emergencias, FUNCIONA. O grande problema observado é na demora de atendimento para consultas agendaras não emergenciais.
· - Ainda sobre países desenvolvidos, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) elaborou critérios para avaliar o tratamento dispensado a 12 doenças que compõem as principais causas de morte nesses países. Nessa tabela, vemos que comparado a outros países desenvolvidos, o NHS não fornece o melhor tratamento disponivel a essas doenças. Apesar de ser gratuito, observa-se esse problema de qualidade
· - Para finalizar, outra pesquisa mostra que comparativamente aos membros da OCDE, os cidadãos do reino unido dizem ter maior índice de experiências adversas no sistema de saúde, mas ainda assim avaliam esse sistema melhor do que os demais países avaliados, provavelmente pelo custo. O que permite fazer uma outra relação com o SUS, pois apesar de diversas situações adversas por que passam os usuarios do SUS, ele é amplamente defendido pela população e muito bem avaliado, especialmente em razão do atendimento gratuito
Propostas:
· Buscando solucionar críticas de longas filas, atendimento reduzido e alto custo para o Erário, os britânicos avaliam elevar a carga tributária para melhorar o NHS. Obviamente essa medida enfrenta forte oposição, tanto por membros do Parlamento, quanto por expressiva parcela da sociedade inglesa.
· Ainda quanto à questão financeira, estuda-se estipular uma taxa de L 10,00 (dez libras) para aqueles que não comparecerem a agendamentos médicos, uma vez que uma omissão injustificada infla desnecessariamente o sistema.
· Por fim, o NHS busca adotar uma concepção há muito tempo abraçada pelo SUS: alterar a abordagem de “diagnóstico e tratamento” para focar em “prevenção”. Essa medida, além de ser mais benéfica para a sociedade, reduz custos de tratamentos.
QUESTÕES PARA O DEBATE
1) Pergunta 1: Qual o ponto de destaque do Sistema de Saúde inglês que se mostra alinhado com as perspectivas contemporâneas de saúde?
a) O ponto de destaque refere-se à visão ampliada de saúde com a qual o Governo inglês lida com a temática proposta, ou seja, o entendimento do escopo coletivista da saúde, que compreende o indivíduo-sociedade e busca contemplá-lo nessa modalidade. Por exemplo, os NHS Walk-in Centres (1999) e os Care Trusts (2002), fornecem atenção primária para casos menos complexos, além de orientar ações locais comunitárias promotoras de saúde, seja no âmbito social, seja no âmbito individual. Além disso, cabe ressaltar que o NHS foi um dos primeiros serviços de saúde integral e universalizante do globo, o que reforça seu pioneirismo e considerável nível de eficácia.
2) Quais as principais semelhanças do modelo inglês com o SUS? E as principais diferenças?
a) O acesso universal e gratuito, de modo a contemplar a sociedade como um todo e garantir saúde de qualidade para todos os cidadãos. Criação pós períodos de insegurança social, como a 2 Guerra e a Ditadura civil-militar, o que reforçou a noção de necessidade de manutenção desse bem público
b) O nível de investimentos em relação ao PIB. Enquanto o SUS recebe 4% de todo produto interno bruto, o NHS recebe 8%, o que dificulta e muito o gerenciamento de recursos e manutenção de programas assistenciais, como a distribuição de remédios caros. O SUS é bastante capilarizado, ao contrário do NHS, cabendo aos municípios a maior parte da gestão. Isso, por sua vez, dificulta o gerenciamento e a unicidade do SUS, dificultando a disponibilização imediata de recursos, além de promover o desbalanço na mobilização de profissionais da saúde
3) Faça dois apontamentos críticos acerca do NHS
a) A falta de um suporte para saúde mental mais amplo, uma vez que o serviço de psicologia e apoio psicológico em si só é oferecido em casos extremos, como a iminência de suicido. Outro fator complicante é que, apesar de haver em seus pilares a visão ampliada de saúde, infelizmente, muitos médicos ainda focam apenas na doença e tratamento e não promovem um caráter preventivo de saúde, o que torna o sistema, muitas vezes, mais oneroso (CITAR UM DOS RELATOS)
”Eu acredito que o NHS tem muitos defeitos e muitas coisas que precisam ser modificadas para se tornar um serviço de qualidade. O NHS não se preocupa com a prevenção das doenças em geral, para se ter uma consulta com um especialista ou fazer exames, que normalmente fazemos com frequência no Brasil, é preciso que a pessoa esteja em numa situação já avançada e tenha passado por vários médicos clínicos geral, e tomado vários medicamentos. Normalmente quando se consegue uma consulta com especialista ou um exame um pouco mais caro, como uma ressonância magnética, O paciente já se encontra em uma situação degradante. Outro defeito do NHS é a negligência com a saúde mental. Não há suporte psicológico para a população em geral e esse serviço só é oferecido em casos extremos, como de iminência de suicídio.”
	
exame de rotina