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Giárdia 
Introdução: 
 Família: Hexamitidae 
 Classe: Mastigophora – flagelados 
 É um dos principais protozoários de animais 
domésticos 
 
Formas de apresentação: 
 Trofozoíto = forma móvel; possui dois discos 
suctórios (causam a doença – são os dois “olhos”), 8 
flagelos, 2 axóstilos – os discos suctórios mantem o 
parasito grudado nas vilosidades – são encontrados 
normalmente dentro do animal 
 Cisto = não possuem flagelo; sobrevivem no 
ambiente; são adquiridos por ingestão – demoram 
muito pra morrer no ambiente – normalmente são 
achados nas fezes do animal 
 
Ciclo biológico: 
 Cistos estão no ambiente/alimentos/água → são 
ingeridos pelo animal → viram trofozoítos → se 
multiplicam → vão para as vilosidades (duodeno) → 
se acoplam as vilosidades e se alimentam dos 
nutrientes 
 Heteroxenos 
 Transmissão: ambiente, água contaminada, 
alimentos contaminados 
 
 
Reprodução: 
 Assexuada = divisão binária ou bipartição 
 
Giardíase: 
 ZOONOSE!! 
 Transmissão: ingestão do cisto! 
 Doença de extrema relevância na saúde publica 
 Pode ser adquirida por animais em qualquer idade 
 Sintomas: diarreia com gordura (esteatorreia) e 
fétidas, cólicas abdominais, flatulência, distenção 
abdominal, náuseas, emagrecimento, febre, dor de 
cabeça, fadiga e síndrome da má absorção 
 A incubação da giardíase ocorre de 9 a 15 dias 
após o paciente ingerir o cisto 
 A maioria é assintomática 
 A maioria dos casos está associada a população 
de cães jovens ou aglomerados em canis – em gatos 
domésticos é mais difícil, porém gatos errantes (soltos 
na rua) tem maior susceptibilidade 
 
Mecanismo de patogenicidade: 
 Por meio dos discos ventrais, os trofozoítos se 
aderem fortemente na superfície epitelial não 
alternado, na maioria das vezes, a conformação das 
vilosidades – impede a absorção de água e nutrientes 
 Tapete impression prints = marcas deixadas na 
superfície quando o trofozoíto descola, arrancando 
consigo as microvilosidades 
 
  Quando ela se adere ao epitélio, a giárdia: provoca 
a apoptose dos enterócitos, perda da função da 
barreia epitelial, hipersecreção de CL, má absorção 
de glicose, água e Na, encurtamento difuso das 
microvilosidades, reação imune, inibição das enzimas 
na “borda em escova” e interferência no metabolismo 
biliar 
Mecanismo de escape: 
 O trofozoíto possui proteínas de superfícies, 
chamadas de Proteínas Variantes de Superfície (VSP), 
contornando toda a sua superfície 
 Essas VSPs impedem que o sistema imune 
reconheça a giárdia – são 150 a 200 genes diferentes, 
em cada trofozoíto, que codificam para VSP 
 
Diagnóstico: 
 Técnica de Faust = flutuação fecal em sulfato de 
zinco 
 É necessário conservar as fezes por 3 dias e fazer 
o exame das mesmas em dias alternados com o 
intervalo de uma semana – a sensibilidade do exame 
aumenta pra 95% 
 Conservante liquido MIF (mertiolate-iodo-formol) = 
coloca-se as fezes num potinho e adiciona o MIF – 
outra técnica para diagnostica giardíase 
 É necessária a observação do trofozoíto (ou nas 
fezes ou em lavados intestinais) ou do cisto (na técnica 
de flotação fecal) para ter o exame diagnostico de 
giardíase 
 
Controle: 
 O controle é feito no ambiente, já que a imunidade 
contra a giárdia não é muito eficaz 
 Produtos de limpeza que possuem como base 
amônia quaternária (elimina os cistos): 
• Cloreto de benzalcônio 
• Glioxal 
• Herbalvet 
 Lembrando que: mesmo passando esses 
produtos, reinfecções são comuns por conta da 
enorme dificuldade de conseguir eliminar os cistos de 
giárdia

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