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Laboratório de Contação de Histórias

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LABORATÓRIOS DIDÁTICOS 
I SEMINÁRIO DE ARTE NA EDUCAÇÃO 
UEA – Universidade do Estado do Amazonas 
Escola Superior de Artes e Turismo 
Escola Normal Superior 
De 30 de outubro a 1º de novembro de 2012 
 
 
 
 
 
Eu conto, tu contas, ele(a) conta... 
 
 
Evany Nascimento 
Outubro, 2012 
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS 
I SEMINÁRIO DE ARTE NA EDUCAÇÃO 
UEA – Universidade do Estado do Amazonas 
Escola Superior de Artes e Turismo 
Escola Normal Superior 
De 30 de outubro a 1º de novembro de 2012 
 
 
 
“Para que uma estória? 
Quem não compreende 
pensa que é para divertir. 
Mas não é isto. 
É que elas têm o poder 
de transfigurar o cotidiano.” 
Rubem Alves 
 
Proposta de Laboratório: 
Eu conto, Tu contas, Ele (a) conta... 
 
Mediadora: 
Evany Nascimento 
 
Tema-central: Contação de histórias 
Sub-temas: 
 Literatura infantil 
 Folclore brasileiro 
 Música 
 Vídeos 
 Jogos 
 
Metodologia: aprender fazendo 
Referencial teórico: lista de livros, cds, links para 
pesquisas posteriores. 
Período: dias 30 e 31 de outubro de 2012. 
Horário: 8h às 12h 
 
 
oficinaEu conto, tu contas, ele (a) conta..., pretende 
explorar o universo da contação de história a partir da 
Literatura Infantil, explorando também outras 
linguagens artísticas como a música, numa experiência 
transdisciplinar. Construída a partir de experiências da 
mediadora em atividades com crianças, jovens e adultos 
(educadores ou não). Os participantes experimentarão técnicas 
de contação de história, conhecerão produtos nessa área e 
vivenciarão jogos pedagógicos. Ao final, muitas histórias 
poderão ser contadas sobre essa vivência. 
 
PROGRAMAÇÃO 
1º dia - Literatura infantil e técnicas de contar histórias a partir 
dos textos. 
 Chegança 
 Novelo temático 
 A história nossa de cada dia 
o Livro de abertura 
 Tapete mágico 
o O livro que me conquistou 
o Uma história sem pé nem cabeça 
 Eu conto, tu contas, ele(a) conta... 
 Canção Tear 
 
2º dia - Histórias do folclore brasileiro ou da literatura, 
musicadas e animadas. 
 Chegança 
 Novelo musical 
 A história nossa de cada dia 
o Livro de abertura 
 Palavra cantada 
o Histórias musicadas 
o Histórias animadas 
 Eu conto, tu cantas, ele(a) dança... 
 Canção Tear 
1º de novembro 
Tema principal: Uma história sobre as atividades. 
 Ensaio para uma apresentação (ou não) 
A 
[Digite o título da 
barra lateral] 
 [Digite o conteúdo da 
barra lateral. A barra 
lateral é um suplemento 
autônomo do 
documento principal. Ela 
está alinhada à 
esquerda/direita ou na 
parte superior/inferior 
da página. Use a guia 
Ferramentas de 
Desenho para alterar a 
formatação da caixa de 
texto da barra lateral.] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Outra maneira bem 
diferente de encarar os 
contos é conta-los por puro 
prazer e que é, 
predominantemente, a 
razão de ser da maioria dos 
contadores de histórias 
modernos.” 
Dra.ClarissaPinkolaEstés – 
Contos dos Irmãos Grimm 
 [Digite o conteúdo da 
barra lateral. A barra 
lateral é um suplemento 
autônomo do documento 
1. Literatura infantil e técnicas de contar histórias 
 
 
 
iteratura Infantil.A literatura infantil e infanto-juvenil está vivendo hoje um 
momento muito bom, se formos levar em conta as grandes produções editoriais, o 
rico material de ilustração e a quantidade de eventos que divulgam o livro e a leitura. 
Há muito material e há muito material bom. Grandes clássicos estão sendo revisitados 
como os contos dos Irmãos Grimm; outros livros são adaptados ao público infantil, 
como os clássicos da literatura brasileira; e muitos livros de imagens são publicados 
com o foco no público infantil. A indústria produz para um público. Os autores buscam 
leitores. Designers e artistas plásticos apresentam sua arte. Então há muito material e 
há leitores ávidos e interessados por descobrir novas histórias. É no meio desse 
caminho que está a função do mediador de leitura ou contador de história. A função 
de ser ponte entre o livro e o leitor. 
 
Onde encontrar: Em Manaus é possível encontrar boas publicações da Editora Valer, 
como a série do Zezinho na Floresta, do escritor Elson Farias, nosso maior 
representante na literatura infantil regional. A Saraiva virou ponto de referência para 
produções que raramente se encontrava na cidade, é outro local que vale a pena 
visitar na busca de títulos. A Livraria Nobel (Shopping Millenium) também tem um 
acervo de títulos nacionais bem interessante. A Livraria Paulinas, além de um acervo 
de publicações de grandes autores nacionais e internacionais oferece também cursos, 
oficinas e palestras para professores. (Sete de Setembro, atrás da Igreja Matriz, 
Centro). 
 
ontação de histórias.Nós somos contadores de história desde que 
começamos a falar. Contamos sobre o que vemos, ouvimos, fazemos. 
Contamos sobre os outros e sobre nossos sonhos. A contação de história 
vem da nossa herança indígena de tradição oral e de um povo que demorou 
a ser letrado (lembrando de nossos bisavós e avós, que moravam no interior 
por exemplo). Especialmente no Norte e Nordeste essa tradição é mais forte. Podemos 
perceber na nossa forma de escrever que a tendência de contar uma história continua, 
mesmo nos trabalhos científicos. É uma narrativa diferenciada, mais demorada, com 
aspectos subjetivos. Então por isso eu lembro que somos contadores de história. 
Na sala de aula essa nossa habilidade pode render muita simpatia e arrebatar muitos 
leitores e futuros contadores de história. Nesses dois dias vamos buscar explorar essa 
habilidade que trazemos focando a sala de aula e as possibilidades de atividades que 
podem ser desenvolvidas. 
L 
C 
 
hegança. Este é um termo que podemos adotar 
para a atividade de boas-vindas de uma aula, curso 
de formação, encontro, oficina, laboratório, o que for. É 
a primeira atividade. Pode ser uma música que todos 
cantem, um jogo, alguma coisa que oportunize a 
participação e a integração de todos para o início das 
atividades. É muito importante porque é a abertura, a 
recepção o “seja bem-vindo” a este encontro. As 
energias se confluem com todas as expectativas e 
pensamentos de alegria pelo que está por vir. 
 
Escolhi uma cantiga de roda chamada Abra a roda tin do 
lê lê. 
 
 Abra a roda tin do lê lê 
 Abra a roda tin do lá lá 
 Abra a roda tin do lê lê 
 Tin do lê lê 
 Tin do lá lá 
 
 E vai andando... 
Bate palma... 
Me dê sua mão... 
Requebradinha... 
Vai andando... 
De trenzinho... 
De marcha a ré... 
Bem baixinho... 
Etc... 
 
Como se brinca: Uma roda cantando e fazendo os gestos 
que o texto sugere, expressando os comandos que vão 
surgindo espontaneamente. 
 
(Escolher alguém para conduzir a chegança do dia 
seguinte.) 
 
NA SALA DE AULA. É preciso um espaço para a atividade. 
Funciona bem com pequenos e com pessoas que gostam 
de encontros festivos. Mistura dança, expressão 
corporal, atenção, concentração e principalmente 
alegria que circula entre todos os participantes.Já tive a 
oportunidade de fazer essa canção em encontros de 
C 
Os livros que amo... 
As coisas que vejo são 
como o beijo do príncipe: 
elas vão acordando os 
poemas que aprendi de cor 
e que agora estão 
adormecidos na minha 
memória. Assim, ao não-
pensar da visão, une-se o 
não-pensar da poesia. E 
penso que o meu mundo 
seria muito pobre se em 
mim não estivessem os 
livros que li e amei. Pois, se 
não sabem, somente as 
coisas amadas são 
guardadas na memória 
poética, lugar da beleza. 
“Aquilo que a memória 
amou fica eterno”, tal 
como disse a Adélia Prado, 
amiga querida. Os livros 
que amo não me deixam. 
Caminham comigo. Há os 
livros que moram na 
cabeça e vão se 
desgastando com o tempo. 
Esses, eu deixo em casa. 
Mas há os livros que 
moram no corpo. Esses são 
eternamente jovens. Como 
no amor, uma vez não 
chega. De novo, novo, de 
novo... 
Rubem Alves – Sob o 
feitiçodos livros. Folha de 
São Paulo, Caderno 
Sinapse, 24 de janeiro de 
2004. In Prazer em Ler, 
Instituto C&A. 
 
formação de professores e outros educadores e 
atividades recreativas com crianças. A canção era 
sempre bem-vinda. Vale pela brincadeira. 
 
Outras atividades como chegança: Pode ser bem 
interessante no começo do ano, do semestre, do 
bimestre, da semana. Uma música, uma brincadeira 
conquista o aluno pela afetividade, pela alegria. Isso 
muda o clima das aulas, da ideia que se tem de espaço 
de ensino e melhora a relação professor-aluno. Pode 
cantar? Se acha que não tem muito jeito pode levar um 
gravador para a sala de aula e colocar a música. 
Também é válido. Pode ser uma surpresinha com papeis 
grudados embaixo da carteira (isso no primeiro dia 
quando as carteiras ainda não estão marcadas). Isso 
lembra aquela musiquinha “de antigamente”: “Bom dia 
coleguinha como vai?”. Ainda hoje alunos universitários 
lembram-se dela. Há outras canções que podem ampliar 
esse repertório. Só nos resta buscar. 
 
 
ovelo temático. Trata-se de uma atividade para 
conhecer o perfil do grupo com três itens 
principais: nome – escola – música preferida. O grupo 
fica em círculo, de pé e um novelo (barbante) começa a 
ser jogado. Quem pega o barbante fala o seu nome, 
segura um ponto do barbante e joga o novelo para outra 
pessoa, que pega e faz o mesmo. Aos poucos começa-se 
a formar uma grande teia. 
 
Como atividade pedagógica: Vale mesmo como 
brincadeira para conhecer um grupo e pode ser usado 
para momentos bem pontuais, escolhendo-se o tema, 
por exemplo: filme preferido, comida preferida, cor... E 
na desmontagem do novelo pode-se vir com a ideia 
oposta: filme que não gostou, comida que não gosta, cor 
que não gosta. Através dessa brincadeira dá para traçar 
várias análises do perfil do grupo e dos indivíduos. 
 
N 
 
 
 
história nossa de cada dia. Atividade prática de contação 
de história. 
 Livro de abertura. Título para o livro que abrirá a 
atividade. Livro escolhido: A contadora de filmes. Trata-
se de uma história linda que acompanha a vida de uma 
menina, da infância até a idade adulta. É também uma 
história triste e com momentos de entusiasmo e 
esperança. Para contar essa história (assim como outras) 
é preciso estudar bem o texto para captar isso. É a 
própria menina que narra toda a história e ela sofre, e 
tem momentos de felicidade ao reviver sua trajetória. É 
preciso captar os momentos dessa memória. É preciso 
conhecer bem o livro e traçar o perfil de quem está 
contanto a história (no caso dessa que tem uma 
narradora). 
 
 Tapete mágico. Atividade de contação de história com 
todos em círculo sentados. Pode ser preparada 
antecipadamente colocando-se um tapete ou tecido no 
chão com vários livros, almofadas, brinquedos, 
instrumentos musicais... Os brinquedos podem ajudar a 
contar a história e os instrumentos, podem servir para 
fazer a sonoplastia. 
 
NA SALA DE AULA: Pode ser montado esse 
espaço na própria sala de aula ou em um canto 
da biblioteca ou outra sala. Os livros podem ser 
do acervo da escola; os brinquedos, as crianças 
podem trazer de casa assim como os objetos 
para produzir som. 
 
o O livro que me conquistou. Momento para que 
os participantes falem um pouco sobre um livro 
de sua preferência. Pode-se orientar para 
questões básicas como: autor, título do livro, 
ilustrador, personagens, em que momento leu, 
quantas vezes leu, etc... Mas a atividade de 
narrativa livre também é muito rica, porque as 
A 
 
 
 
percepções sobre leitura são diferentes para 
cada um. 
 
o Uma história sem pé nem cabeça. Momento 
para uma criação coletiva. Semelhante à teia, 
aqui as pessoas continuam em círculo, sentadas 
e são orientadas a começar a desenvolver uma 
história que pode ser com a leitura de uma frase 
do seu livro preferido. A ideia é divertir-se com o 
processo de construção mesmo que ele não faça 
sentido como narrativa. O sentido maior está no 
jogo. 
 
NA SALA DE AULA: Serve para brincar com os 
livros e assim tirar a ideia de que eles precisam 
ler lidos do começo ao fim, porque a leitura 
também pode ser feita aos pedacinhos. Isso 
também oportuniza conhecer vários livros. E 
quem nos garante que a criança não vai pegar o 
livro e ler depois, assim como os outros que 
participaram da história maluca? E mais que isso, 
quem nos garante que a criança não vai começar 
a inventar suas próprias histórias malucas? Vale 
o experimento. 
Já experimentei essa atividade com alunos do 5º 
ano e funcionou bem! Fizemos na biblioteca da 
escola e o objetivo era exercitar a leitura e a 
pontuação. Também já experimentei com 
crianças do ECAE nas rodas de leitura onde cada 
um pegava seu livro preferido e lia um trecho. A 
diversão é garantida. 
 
 
u conto, tu contas, ele(a) conta...Atividade para leitura em 
grupo com orientação quanto à entonação vocal, 
expressão corporal, efeitos sonoros, elementos cênicos. Cada 
participante escolhe um livro e começa a leitura em diferentes 
momentos: 1º) estudo do texto; 2º leitura com entonação 
E 
 
 
 
vocal; 3º leitura utilizando expressão corporal; 4º estudo e pesquisa de efeitos sonoros 
e elementos cênicos. 
 
 Canção Tear. Escolhida a música da Denise Mendonça, Folias Cirandeiras. 
 
Quero ver você entrar agora nessa roda 
Nessa ciranda que não vai parar de rodar 
Quero ver o teu sorriso 
Solto feito estrela guia 
A me iluminar 
 
Deixa teu coração brincar 
Deixa teu corpo balançar 
Deixa a alegria te contagiar, girar 
Nesta folia, nesta ciranda 
Quero estar pra sempre com você 
 
 
 
 
2. Histórias do folclore brasileiro ou da 
literatura, musicadas e animadas 
 
 
stórias do folclore brasileiro.O folclore brasileiro é 
riquíssimo em estórias que são transmitidas oralmente 
através das gerações. Hoje muitas delas encontram-se 
compiladas em algumas publicações. Cada uma traz variações, 
algo comum da oralidade incorporada aos textos escritos. 
Alguns desses textos são os mitos de origem: como nasceu o 
Amazonas, a vitória-régia, o guaraná, a mandioca, a noite... isso 
só pra falar das nossas lendas regionais. Abaixo, para inspirar 
novas pesquisas, segue duas dessas belas estórias. 
 
 Como nasceu o Amazonas 
Dizem que a lua queria se casar com o sol, mas se isso acontecesse 
o mundo seria destruído porque o sol queimaria tudo e as lágrimas 
da lua inundariam a terra. Como não puderam se casar, cada um foi 
para o seu lado. 
Ainda assim, a lua chorou um dia inteiro, e suas lágrimas correram 
pelas terras buscando o mar. Só que este não aceitou as lágrimas da 
lua e elas tiveram de voltar, mas não deram conta de subir as altas 
montanhas de onde tinham descido. Tiveram, mais uma vez, de 
descer, formando, no trajeto, o rio Amazonas. 
 
Como nasceu a vitória-régia 
Considerada uma das maiores flores aquáticas do mundo, 
inspiradora de contos, versos e canções, a vitória-régia não existia 
no começo dos tempos. Dizem que existia uma índia muito bonita 
chamada Naiá. Apaixonada pela lua, que era um belo e jovem 
guerreiro, ela recusava a todos os que queriam namorá-la. Em vez 
disso, todas as noites corria pelas matas, procurando ver a lua no 
céu e seguindo seu amado guerreiro. Um dia, à beira de uma grande 
lagoa, acreditou que a luz tinha descido e mergulhou nas águas à 
procura dela. Morreu afogada, mas a lua, com pena de sua sorte e 
não querendo transformá-la numa estrela, como tantas outras 
índias, fez dela uma bela flor, que bóia sobre as águas e que, todas 
as noites, abre suas pétalas para acolher os raios de luar... a vitória-
régia. 
 
Fonte: O Grande Livro do Folclore, Carlos Felipe. 
 
 
E 
 
 
 
istórias musicadas.O folclore brasileiro tem muitas 
dessas histórias. Geralmente apresentam um narrador 
que conta a história e os personagens que tem suas 
falas cantadas. São ótimas opções para cantosdramatizados, 
onde se pode juntar contação de história, música, teatro e 
dança. 
 
istórias animadas. Na internet, no canal youtube, por 
exemplo, é possível encontrar muito material de 
contação de história que pode ir para a sala de aula 
através da tv, ou num telão, numa sessão de cinema com 
pipoca. Alguns vídeos apresentam os livros lidos e com imagens; 
outros trazem a própria contadora de história em ação. 
 
NA SALA DE AULA: São recursos materiais que podem ser 
usados de forma direta ou como ideia de produções que podem 
ser feitos pelo professor/contador de história. Hoje as máquinas 
fotográficas e celulares já vem com esses recursos de vídeo, daí 
é só explorar a criatividade. Com alunos maiores isso pode virar 
projeto coletivo. Uma música conta uma história. A história 
sugere imagens. A leitura de um livro pode virar vídeo. Tudo é 
possível! 
 
 Chegança.De responsabilidade de alguém do grupo, 
escolhido no dia anterior. 
 
 Novelo musical. Semelhante à atividade do Novelo 
temático, o tema deste é a música preferida de cada um. 
À medida que o novelo for passando os participantes 
vão cantando um trecho de uma de suas músicas 
preferidas e quem souber canta junto. Passou o novelo, 
o próximo começa a sua música e assim vai até todos 
estarem na teia. 
 
 A história nossa de cada dia. Roda de história com a 
participação de dois ou três participantes que vão contar 
uma história de contação de história. Algummomento 
engraçado ou emocionante que viveu como contador de 
história ou ouvinte de uma história. (História de vida) 
o Livro de abertura.Escolhidoa história O flautista 
de Hamelim texto de Robert Browning. 
H 
H 
 
 
 
 
O flautista(Paródia da canção folclórica O Pastorzinho, 
Evany Nascimento) 
 
Havia um flautista que andava a passear 
Saiu de sua casa pôs-se a tocar 
 
Dó ré mi fá, fá, fá 
Dó ré dó ré, ré ré 
Dó sol fá mi, mi, mi 
Dó ré mi fá, fá fá 
 
Chegando à cidade o rei então pediu 
Pegue esses ratos e jogue-os no rio 
 
O flautista levou todos os ratos para o rio 
Livrou toda a cidade e o povo então sorriu 
 
Mas sua recompensa o rei não quis pagar 
Zombou do bom flautista e nem quis lhe ajudar 
 
Saindo da cidade o flautista tocou 
Uma canção tão linda que as crianças encantou 
 
 
alavra cantada. Este é o nome de um grupo formado por 
músicos e pesquisadores que produzem material 
infantil: Sandra Peres e Luiz Tatit. São músicas que 
carregam uma história contada com os sons e com as palavras. 
Há vários vídeos do grupo no youtube. 
 
o Histórias musicadas. Escolhida para esta 
atividade a história: Estória da coca. 
 
o Histórias animadas. Escolhidas duas histórias 
para ilustrar: Bom dia todas as cores, de Ruth 
Rocha e A menina que odiava livros. Estes vídeos 
estão disponíveis no youtube. 
 
 
 Eu conto, tu cantas, ele(a) dança... Exercício prático de 
uma história cantada com elementos de dança e teatro. 
Pesquisa em grupo em sala. Ao final, apresentar as 
experiências. 
P 
 
 
 
 
 Canção Tear. Momento de encerramento do segundo 
dia de atividade. A canção escolhida foi Oh minha 
amada, de Denise Mendonça. Esta canção faz uma 
referência aos contos de fada e pode ser um canto 
dramatizado, com divisão de grupos e coreografia. 
Consiste em dois grupos, um responde ao outro. 
 
Oh, minha amada 
Idolatrada 
Ouça minha voz 
Que o vento traz 
Pra te dizer 
Do amor que explode 
Dentro do peito 
Que por ti implora 
 
Abre a janela 
Bela donzela 
Pra que meus olhos 
Tenham a luz do sol 
 
E pra que possa sossegar 
Meu desatinado coração 
Pois não há maior amor no mundo 
Do que eu tenho pra te dar 
 
Oh, minha amada 
Idolatrada 
És para mim uma flor 
Oh bela, meu amor 
 
 
 
 
 
 
 
 
ibliografia comentada 
 
1. A CONTADORA DE FILMES. Hernán Rivera Letelier. Título original: La contadora 
de películas. Tradução: Eric Nepomuceno. São Paulo: Cosac Naify, 2012. A 
história de uma menina de uma família pobre que vive em uma vila de mina. A 
família junta moedas e ela vai ao cinema, quando chega conta aos outros o que 
assistiu. Todo o povoado começa a frequentar a casa para assisti-la contar 
filmes. O texto é belíssimo! E a gente, acostumado a contos de fada e finais do 
tipo "e foram felizes para sempre", vai lendo e esperando que tudo termine 
bem. Mas o autor fala de sonho e de realidade. Contar filmes é o sonho que a 
mantém naquele lugar. No final... melhor ler pra descobrir. 
2. ABRINDO CAMINHO – Texto: Ana Maria Machado / Ilustração: Elizabeth 
Teixeira. São Paulo: Ática, 2008. Livro que parece ter surgido a partir do poema 
de Carlos Drummond de Andrade “Tinha uma pedra no meio do caminho” e da 
música “É pau, é pedra, é o fim do caminho”. Fala de nomes como Dante, 
Carlos, Tom, Cris, Marco, Alberto. Divertido é descobrir quem são cada um 
desses personagens. 
3. A MENINA QUE BRINCAVA COM AS PALAVRAS. Texto: Fabiano dos Santos 
Piuba. Ilustrações: Daniel Diaz. São Paulo: Cortez, 2009. É a história de uma 
menina que vai descobrindo as palavras e formas de brincar com elas e assim 
vai entendendo e construindo seu mundo. 
4. GIRAFA NÃO SERVE PRA NADA – Texto: José Carlos Aragão / Ilustrações: Graça 
Lima.É um livro que fala das descobertas de um menino e suas aventuras com 
as palavras buscando sempre uma função para todas as coisas. É bom também 
para refletirmos o que falamos para as crianças quando respondemos às suas 
perguntas. 
5. O GRANDE LIVRO DO FOLCLORE. Carlos Felipe. Belo Horizonte: Editora Leitura, 
2004. É uma pesquisa sobre vários aspectos do folclore brasileiro incluindo as 
histórias, culinária, religiosidade, danças e medicina popular. Está dividido nas 
cinco regiões geográficas: norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste. Bom 
como apanhado geral do folclore. 
6. O LIVRO DOS SONS – Texto: Liana Leão / Ilustrações: G.Zamoner. São Paulo: 
Cortez, 2005. Fala sobre o som do corpo, dos animais e de vários objetos. Bom 
para trabalhar educação musical e leitura sonora da história. Rende 
brincadeiras musicais. Texto em forma de poesia. 
7. O GAMBÁ QUE NÃO SABIA SORRIR – Texto: Rubem Alves / Ilustrações: André. 
São Paulo: Edições Loyola, 2001.A História que trata das diferenças e de como a 
ciência às vezes não compreende essas diferenças. Bom para educadores. 
 
B 
 
 
 
iscografia 
 
1. Ciranda Brasileira – Denise Mendonça 
2. Rua dos Cataventos – Denise Mendonça 
3. Mil Pássaros, Sete Histórias de Ruth Rocha – Palavra Cantada 
4. Criancices – Pe. Zezinho 
5. Os Saltimbancos – Chico Buarque 
6. Brincadeiras de Roda, Estórias e Canções de Ninar – Narração: Elba Ramalho / 
Canto: Solange Maria / AntonioNóbrega 
Links para vídeos no youtube 
 
http://www.youtube.com/watch?v=ZhGHEZUzQX0 
Bom dia todas as cores. Com a narração de Ruth Rocha, o vídeo traz as imagens do livro, como 
se fosse se abrindo à medida que a história é contada. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=DrKqaHUVcRQ&feature=related 
O macaco e a velha. Animação de um áudio da história do tempo dos disquinhos. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q&feature=related 
A menina que odiava livros. “Animação conta a história de Nina, uma menina que não gostava 
de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.” 
 
http://www.youtube.com/watch?v=cqYNRMr9EOQ&feature=related 
O Livro que só queria ser lido», uma adaptação do conto homónimo de José Jorge Letria, p'los 
Valdevinos - Teatro de Marionetas. 
Sinopse: 
Era uma vez um livro que teve o seu tempo, que esteve na moda, que passou de mão em mão, 
que teve leitores apaixonados e depois acabou na prateleira do esquecimento e da solidão; 
alimenta apenas um sonho: o de voltar a ser lido, que é uma forma de ser amado. 
Na sua solidão, teve por companhia cúmplice uma velha máquina de escrever, também ela 
condenada ao esquecimento. Juntos, foram encontrando formas de ultrapassar a tristezade se 
sentirem esquecidos. 
O Livro que só Queria Ser Lido, é um elogio do livro e da leitura e transmite uma verdade 
essencial: os livros partilharão sempre connosco, pela vida fora, a magia da aventura e do 
saber. 
http://www.youtube.com/watch?v=ZUA1XSC3ZdU&feature=related 
De onde vem o livro?Vídeo que fala da história do livro, de como são ilustrados e produzidos. 
D 
http://www.youtube.com/watch?v=ZhGHEZUzQX0
http://www.youtube.com/watch?v=DrKqaHUVcRQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=cqYNRMr9EOQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=ZUA1XSC3ZdU&feature=related
 
 
lossário 
 
 
ECAE – Espaço Cidadão de Arte e Educação, projeto de incentivo e promoção da leitura 
com atividades de arte-educação. Faz parte do CSELA – Centro Social e Educacional do 
Lago do Aleixo, um centro comunitário que coordena vários projetos sociais no bairro 
Antônio Aleixo. Trabalhei como coordenadora de atividades do ECAE de 2003 a 2008, 
onde experimentei várias técnicas e atividades de arte-educação e de mediação de 
leitura. O ECAE realiza exposições e espetáculos musicais a partir de um projeto 
temático que se desenha no começo do ano. O centro de tudo é a Biblioteca Santa 
Bakita, uma biblioteca comunitária. 
 
INSTITUTO C&A–Organização das Lojas C&A criada em 1991 que promove formação 
de funcionários para atividades em organizações não governamentais. Apoia 
financeiramente projetos e instituições de arte e incentivo à leitura. 
 
TEAR – É uma escola de formação que desde 1980 atua nos campos da Educação, Arte 
e Cultura, a partir de 2002 como ONG e 2005 como Ponto de Cultura. Promove e 
realiza no Rio de Janeiro e, em outros estados: cursos de formação nas várias 
linguagens da arte (teatro, dança, música, artes visuais e literatura); espetáculos 
artísticos e eventos culturais; cursos de arte-educação; consultorias e projetos sociais. 
Seu diferencial é criar um espaço educativo estético e ético que favoreça os processos 
de desenvolvimento humano. 
http://www.institutotear.org.br/ 
 
COMEÇOS DE HISTÓRIAS: 
Era uma vez... 
Certa vez... 
Há muito tempo... 
Numa terra bem distante... 
Dizem que um dia... 
No começo do mundo... 
Era pleno inverno... 
Num certo país... 
Há mil anos atrás... 
Num época em que os animais ainda falavam... 
Há muitos e muitos anos... 
Perto de uma vasta floresta... 
Há muitos séculos... 
 
G 
http://www.institutotear.org.br/
 
 
FINAIS DE HISTÓRIAS: 
E foram felizes para sempre... 
E viveram felizes até morrer. 
Quem não acreditar nesta história terá de pagar uma prenda. 
 
Entrou por uma porta, 
Saiu pela outra. 
O rei meu senhor, 
Que me conte outra! 
 
Entrou pela perna do pato 
Saiu pela perna do pinto 
Quem ouviu essa história 
Que me conte cinco! 
 
E entrou por uma porta 
E saiu pela fechadura 
Quem ouviu a minha história 
Que me dê uma “raspadura”. 
 
 
 
Evany Nascimento 
é arte-educadora e devoradora de livros. Cursou Educação 
Artística na UFAM. Trabalhou como mediadora de leitura 
e coordenadora do Projeto ECAE – Espaço Cidadão de 
Arte e Educação, de 2003 a 2009. Consultora do Instituto 
C&A (Programa Prazer em Ler) no período de 2003 a 
2006. Realiza oficinas de musicalização, contação de 
história, mediação de leitura e educação patrimonial. 
Atua nas áreas de arte-educação, design e patrimônio. 
Atualmente cursa doutorado em Design na PUC-Rio. 
 
 
 
 
 
 
 
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