Buscar

Obesidade: Causas, Diagnóstico e Tratamento

Prévia do material em texto

É definida como um estado anormal no qual ocorre
excesso de gordura corporal, em relação a massa
magra. É uma doença caracterizada pelo acúmulo
de tecido adiposo resultante do desequilíbrio entre
consumo e gasto energético.
É um problema de saúde devido à grande
morbimortalidade das doenças relacionadas a
obesidade.
A obesidade central ou visceral, em que ocorre
acumulo de gordura no tronco e na cavidade
abdominal, está associada a risco muito maior de
várias doenças do que um acúmulo de excesso de
gordura com distribuição difusa no tecido
subcutâneo.
É uma doença multifatorial relacionada a fatores
genéticos, mas com influência importante de
exposições ambientais, econômicos, de estilo de
vida e demográficos.
Índice de massa corpórea (IMC)
Circunferência abdominal (CA)
Relação Cintura/Quadril (RCQ) - alterada
> 0,9 cm (H) e 0,85 cm (M)
Relação Cintura/Altura (alterada de ≥ 0,55)
Distribuição de gordura corporal 
Avaliação indireta de composição corporal (BIA)
O diagnóstico da obesidade não pode ser feito
apenas pelo peso. Para o diagnóstico, pode-se
utilizar de alguns parâmetros:
2x mais riscos de doenças cardiovasculares.
5x mais risco de DM
3-4x mais risco de IAM
2x mais risco de morte em evento coronariano
agudo. 
CA = ponto médio entre o rebordo costal inferior e a
crista ilíaca. 
VIA OREXÍGENA
A grelina é produzida pelo fundo gástrico quando
este está vazio, estimulando o centro da fome do
hipotâlamo a produzir AgRP e NPY (neuropeptídeo
Y). 
VIA ANOREXÍGENA
Quando o alimento entra no organismo, ativa uma
série de estímulos no estômago, intestino, tecido
adiposo, fígado, pâncreas e sangue, que vão
informar ao hipotálamo para liberar os estímulos da
saciedade, que são:
Intestinal → GLP-1, peptídeo YY, colecistoquinina e
oxintomodulina.
Pâncreas → insulina, amilina e polipeptídeo
pancreático. 
Tecido adiposo → leptina. 
Pode ocorrer mutações que desativam o gene que
codifica a leptina, levando a quadros de obesidade
grave. Além disso, também pode haver uma
resistência à leptina. 
Obesidade sindrômica → síndrome associada
à obesidade 
Obesidade monogênica → mutação em um
único gene 
Quando se tem esses dois casos de obesidade
dependentes de genética, o meio ambiente importa
pouco. 
Obesidade poligênica → vários polimorfismos
em vários genes. Nesse caso, o meio ambiente
influencia muito. 
Neurológicas → traumas, tumores, irradiação
do SNC, uso de medicamentos (lesão do centro
da fome e da saciedade) – situação de difícil
tratamento 
Endocrinológicas → hipotireoidismo, Cushing
Uso de medicamentos/indução por drogas →
antidepressivos, antipsicóticos,
anticonvulsivantes, glicocorticoides, beta-
bloqueadores, glitazonas, sulfoniureias 
Psicológicas → depressão, ansiedade,
transtorno alimentar 
CAUSAS PRIMÁRIAS
São dependentes do gene.
CAUSAS SECUNDÁRIAS
São causas externas, que não tem relação genética. 
Pode-se ter causas primárias associadas às causas
secundárias, o que pode piorar/intensificar ainda
mais o quadro. 
Dieta: restrição calórica moderada, ingerindo
de 1000 a 1500 kcal por dia. Reduzir o consumo
excessivo de açúcar, gordura saturada e sal.
Atividade física: no geral, recomenda-se a
prática de exercícios de no mínimo 30 minutos
por dia, em pelo menos 5 dias por semana. Para
pacientes liberados para atividades mais
intensas, é recomendado exercícios de 60
minutos diários, entre 3 a 5 dias por semana.
O tratamento clínico se baseia
na mudança dos hábitos de vida,
incluindo reeducação alimentar e realização
de exercícios.
medicamentos anorexiantes 
sacietógenos adrenérficos e serotoninérgicos
redutores da absorção de gordura
APENAS PARA: pacientes que tiveram falha no
tratamento clínico (pelo menos 2 anos), com: 
IMC > 30 kg/m2 
OU
IMC > 25 kg/m2 com comorbidade associada
GRUPOS DE FÁRMACOS: 
 
TÉCNICAS RESTRITIVAS:
TÉCNICAS MISTAS: 
As técnicas podem ser: restritivas (reduz o tamanho
do estômago), desabsortivas (levam a má absorção
de alimentos e desnutrição), ou mistas (restrição do
tamanho do estômago + disabsorção dos alimentos).
Balão gástrico: inserido por endoscopia e reduz a
ingestão de alimentos, só pode ficar por 6 meses.
Não é tão eficiente na perda de peso.
Banda gástrica ajustável: fita ao redor do estômago
Sleeve gástrico (gastrectomia vertical): grampea-
mento do estômago, isolando toda a sua curvatura.
Como se retira o fundo gástrico, não produz grelina.
 By-pass: grampeamento da pequena curvatura do
estômago, reconstruindo o trânsito com Y de Roux. 
Gastrectomia horizontal: exclui todo o jejuno e
parte do íleo. Muito desabsortiva. 
Switch: gastrectomia vertical com preservação do
piloro.

Mais conteúdos dessa disciplina