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Disciplina: Sociedades Anônimas 
Docente: IRAPUA GONÇALVES DE LIMA 
BELTRAO 
 
Turma: 
JUR8125_22 
Matrícula: 
20181102767 
Aluno (a): Anthony Lobato Dias Data: 17/05/2021 
Governança corporativa, práticas 
e legislação: Caso - Petrobras 
 
Governança corporativa, práticas e legislação 
Visando analisar as práticas de governança são adotadas para garantir 
que a administração da empresa seja eficiente, apresentando informações 
confiáveis e relevantes, assim, se mantendo competitiva e divulgando 
informações privilegiadas no mercado. Para os acionistas é fundamental que as 
informações divulgadas mantenham tais características, para que eles possam 
investir com confiabilidade e diminuição dos riscos (Freitas et al, 2014). 
Estes tipos de práticas poderiam ter ajudo a evitar o desandar da 
PETROBRAS, que considerada uma das maiores empresas petrolíferas do 
mundo, a mesma é uma entidade de economia mista, fundada em 1953. Ela 
tinha a missão de descobrir petróleo para extinguir a dependência brasileira na 
importação de combustíveis. No decorrer dos anos e com os avanços 
tecnológicos e novas descobertas, a Petrobrás está presente nos segmentos de 
exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, 
distribuição de derivativos, gás natural, energia elétrica, gás-química e 
biocombustíveis. A Petrobrás conta com aproximadamente 725.447 acionistas, 
presente em 19 países, contando com cerca de 78.470 empregados 
(PETROBRAS, 2017). 
A partir deste momento trataremos o tema em tópicos abrangentes ao 
assunto citado. 
 
1. Regulação 
Segundo o IBGC (2016), existem alguns princípios básicos que norteiam 
a governança corporativa, um deles é o da transparência, que disponibiliza 
informações além daquelas previstas em regulamentos e leis, não limitando-se 
apenas ao desempenho econômico-financeiro, mas também aos fatores que 
acompanham a ação gerencial e que condizem com a preservação, e 
potencializam o valor da organização. 
Outro princípio é o da equidade, que qualifica um tratamento igualitário 
entre os sócios e os stakeholders, considerando todos os seus direitos, 
necessidades, deveres, interesses e expectativas. A prestação de contas 
(accountability) é um princípio importantíssimo e deve ser demonstrada de forma 
clara, tempestiva, concisa e compreensível. Os responsáveis pela divulgação 
dessas informações assumem as consequências de seus atos. 
Por fim, o princípio da responsabilidade corporativa refere-se aos 
responsáveis pela governança, devendo zelar pelas informações, reduzir as 
externalidades negativas e aumentar as positivas, considerando os seus 
modelos de negócios a curto, médio e longo prazo. 
 
2. Práticas de Governança corporativa 
Vislumbrando o tema em posterior aos seus princípios é possível afirmar 
que a governança corporativa pode ser definida como um conjunto de 
mecanismos tanto internos como externos, de incentivo e controle, que buscam 
mitigar os custos decorrentes dos conflitos de agência, ou seja, buscam reduzir 
os custos decorrentes dos conflitos de interesse entre os agentes da 
organização. 
A probabilidade de ocorrer conflitos de agência faz com que os 
investidores tenham mais cautela no momento de aplicar seus recursos, desse 
modo, procuram empresas que tenham melhores práticas de governança 
corporativa, para que não sejam deixados de lado pelos gestores e acionistas 
controladores. Assim, a governança fornece maior segurança e confiabilidade 
para os acionistas. Esses mecanismos possibilitam maior proteção aos 
investidores, aproximam eles do mercado, fornecendo condições necessárias 
para gerar maior liquidez, o que poderá apresentar benefícios para os próprios 
investidores (Andrade & Rosseti, 2004). 
 
3. Fraude 
A fraude é cometida de forma intencional, ao contrário do erro, que é não 
intencional. Segundo Houaiss (2007), apud Costa e Wood (2012, p.2), fraude é 
"qualquer ato ardiloso, enganoso, de má-fé, com o intuito de lesar ou ludibriar 
outrem, ou de não cumprir determinado dever". Como salienta a NBC T11 – IT 3 
a fraude é “ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis”, ainda 
podendo ser caracterizada por modificação, adulteração de registros ou 
documentos, de modo a alterar os registros de ativos, passivos e resultados, 
adequação indébita de ativos, ocultação de transações nos registros contábeis, 
falta de comprovantes nos registros e uso de práticas incompatíveis de 
contabilidade. 
A fraude ocorre quando a alta administração tenta obter vantagem 
indevida em benefício próprio ou para a companhia. Para Iudícibus; Marion e 
Pereira (2003, p.111),significa “enganar os outros em benefício próprio. Pode ser 
roubo, desfalque, estelionato, falsificação, etc. Por exemplo, falsificação de 
documentos, apropriação indevida de bens, cálculos errados”. 
É importante diferenciar a fraude de erro, NBC TI 01 afirma que o erro é 
quando não se tem a intenção de fazer de forma dolosa. Pode ocorrer por falta 
de atenção, distração na hora de executar determinado serviço, ou má 
interpretação no momento de elaborar informações, registros e demonstrações 
contábeis, bem como de transações, operações da entidade, tanto em termos 
físicos quanto monetários. No tocante à fraude, é aplicado ao ato doloso de 
manipular e/ou omitir fatos, podendo também ser através de adulteração de 
documentos, relatórios, registros, informações e demonstrações contábeis, tanto 
em termos físicos quanto monetários. Vejamos o quadro a seguir: 
Quadro1: Erro x Fraude 
 
ERRO FRAUDE 
Ação Involuntária Ação premeditada 
Esquecimento, desatenção, imperícia Dolo com intenção 
Forma estranha à vontade da 
empresa 
Com o intuito de “lavagem de 
dinheiro” 
 
Ato não-intencional Ato intencional de omissão ou 
manipulação 
Omissão Falsificação ou alteração de registros 
e documentos 
Má interpretação de fatos nas 
demonstrações contábeis 
Omissão de transações nos registros 
contábeis 
Erros aritméticos Aplicação de práticas contábeis 
indevidas 
Incorreta classificação das contas Desvios de dinheiro, despesas 
fictícias 
Podem levar à falência da empresa Responsabilidade penal e civil 
Ocorrem também por falta de 
conhecimento 
Para ocultar desvios ou transações 
ilegais 
 
Fonte: Menegussi e Ianesko (2007, p.13). 
Em análise aos quesitos da fraude, foram realizados estudos na empresa 
Petrobras, verificou-se que diversas práticas de governança são adotadas pela 
mesma, mas não sendo de boa qualidade. Podemos citar alguns exemplos, 
como: a existência do conselho de administração, porém, desorganizado, com 
funções que deveriam ser distribuídas de forma que as pessoas realmente 
exercessem aquilo para as quais foram atribuídas, com tomada de decisão 
deixando a desejar. Ademais, o conselho começava agir com tomadas de 
decisões corretas, apenas quando a situação das empresas já era de difícil 
recuperação. 
Com o escândalo da Petrobrás, fica evidente a importância da auditoria 
independente que nesse caso era a empresa PricewaterhouseCoopers (PwC), 
ela emitiu um parecer com negativa de opinião, o que gerou uma queda nas 
ações da Petrobrás. Com essa atitude ficou evidente que algo de errado estava 
acontecendo na Petrobrás (Revista Exame, 2015). Ainda segundo a revista, o 
ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, assumiu que a estatal tinha 
contratos fraudulentos com propinas prefixadas em 3%. 
A operação Lava Jato tenta desmanchar um dos maiores escândalos de 
corrupção do Brasil, onde foram constatados problemas em governança 
corporativa, nos quais o conselho de administração não tinha completa 
independência e agia em benefício próprio (IMFUNESP,2016), adentrando o 
quadro como resumo de fraude. 
PETROBRAS Manipulação de Informações Contábeis, Falta 
de Independência do Conselho de 
administração 
2014 
 
De acordo com o quadroapresentado, podemos visualizar que a empresa 
estudada cometera fraude, se destacando o conflito de interesses, a falta de 
independência do conselho de administração, o uso de informações privilegiadas 
e a manipulação das informações contábeis. 
 
4. Apresentação das medidas protetivas de governança corporativa 
Por meio da análise feita em cada caso, percebeu-se que muitas das 
práticas de governança foram burladas, nesse sentido, várias medidas poderiam 
ter sido tomadas para que as práticas de governança fossem adotadas evitando 
os escândalos. No que diz respeito ao conflito de interesses, os conselheiros e 
executivos devem ser fiéis com a organização em geral e não tomar decisões 
visando interesses próprios. Os conselheiros devem atuar utilizando seus 
conhecimentos técnicos, deixando de lado a parte emocional, financeira e agir 
sem influência de relacionamentos pessoais ou profissionais (IBGC, 2016). Para 
que evitasse o conflito de interesses e o uso de informações privilegiadas, os 
sócios e investidores deveriam ter acesso de maneira igualitária às informações 
das entidades. 
A auditoria é considerada uma boa prática para qualquer tipo de 
organização, ao contrário do que ocorria nos casos estudados, elas deveriam 
auxiliar nos assuntos responsáveis pelo conselho de administração e de forma 
independente forneceria neutralidade nas demonstrações financeiras, 
consequentemente, daria confiança aos sócios e partes interessadas. É 
importante diferenciar auditoria de conselho fiscal, no qual o primeiro é um órgão 
que assessora o conselho de administração, já o segundo tem o objetivo de 
fiscalizar as ações da administração (IBGC, 2016). 
5. Conclusão 
O objetivo desta pesquisa foi verificar como os mecanismos de 
governança corporativa podem auxiliar no combate às fraudes organizacionais. 
Diante das análises realizadas no caso da empresa citada, percebeu-se 
que existia o conselho de administração, mas sendo muitas vezes 
desorganizado, com funções mal distribuídas e tomadas de decisões que 
deixavam a desejar. 
A auditoria é um dos elementos mais importantes da governança e 
fundamental para qualquer organização, não tinha independência e capacidade 
de exercer essa atividade. Já o código de conduta não era respeitado, onde as 
empresas não seguiam os princípios éticos e morais. 
No tocante às fraudes, foi observado que a falta de independência do 
conselho de administração era comum e não obedecia às práticas de 
governança corporativa, tampouco, cumpriam seus deveres perante a 
organização. O conflito de interesses, juntamente com o uso de informações 
privilegiadas e a manipulação das informações contábeis, tinham o objetivo de 
obter vantagens indevidas para os sócios, não defendendo o interesse dos 
acionistas e demais partes interessadas, ou seja, eles agiam apenas em 
interesse próprio, para angariar vantagens. 
Ficou evidente que a companhia estudada deixou de cumprir com as 
práticas de governança corporativa. Nesse sentido, a aplicação de medidas 
corretivas, como política de prevenção de atos ilícitos, visando dar mais 
segurança no cumprimento das leis, conselho de administração bem organizado, 
com funções bem definidas, somado com a auditoria, que exerce o papel de 
auxiliar o conselho de administração, apresentando confiança e transparência 
nas demonstrações financeiras, para que não haja conflito de interesses. 
 Essas medidas são imprescindíveis para que qualquer empresa possa 
evitar escândalos corporativos. 
 
 
Referencias: 
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2016). Código das melhores 
práticas de governança Corporativa. 5.ed, São Paulo. 
BASSAN, P. Balanço auditado da Petrobrás mostra perda bilionárias (2015). 
Disponível em:<http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/04/balanco-
auditado-da-petrobras-mostraperdas-bilionarias.html>. Acesso em: 18 de maio 
de 2021. 
Saito, R.; Silveira, A. M. (2008). Governança Corporativa: custos de agência e 
estrutura depropriedade. Revista de Administração de Empresas, v. 48, n. 2, 
art. 6, p. 79-86. 
Andrade, A; Rossetti, J. P. (2004). Governança corporativa: fundamentos, 
desenvolvimento etendências. São Paulo: Atlas. 
Costa, A. P. P.; Wood, T. J. (2012). Fraudes Corporativas. Revista de 
Administração de Empresas. v. 52. São Paulo. 
Menegussi, E. M. M.; Ianesko, J. A. (2008). A importância da auditoria contábil 
na prevenção e combate aos erros e às fraudes nas organizações. Revista 
Eletrônica Lato Sensu - Unicentro, 6.ed. 
PETROBRAS. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/>. Acesso em: 21 
de Maio de 2021.

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