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A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA DETECÇÃO DE ERROS E 
FRAUDES 
 
Carla Geane Braz Coelho 
Stephanie Kalynka Rocha Silveira 
RESUMO 
O presente trabalho forneceu um estudo teórico sobre a importância da auditoria interna 
na detecção de erros e fraudes. Para tal foi realizada uma revisão bibliográfica nos 
buscadores “Scielo” e “Google Acadêmico” A importância administrativa da auditoria e 
as implicações da prestação de serviços são imensuráveis. Considerando que a 
auditoria visa a um exame detalhado e descritivo da controladoria de uma corporação, 
contemplando aspectos fiscais, contábeis e também administrativos, a matéria assume 
relevância basilar, fundamental à sobrevivência da empresa a longo prazo. Por conta 
disso, é de grande relevância a sua atuação para a detecção de erros e fraudes no 
âmbito empresarial. Nesta perspectiva, optou-se pela pesquisa bibliográfica, e, para 
concretizá-la, será realizada uma avaliação dialética das posições de teóricos 
competentes acerca dos assuntos em questão. Almeja-se com o presente trabalho 
ajudar a preencher lacunas teóricas no entendimento acerca da importância da auditoria 
interna, através do fornecimento de conclusões fáticas que, além de seu interesse geral 
e específico no âmbito da Contabilidade, podem servir de base para futuros trabalhos. 
O impacto da auditoria interna na detecção de fraudes e erros nas empresas comerciais 
de monte aprazível, tal como qualquer outra área do ramo contábil, acompanha as 
profundas mudanças do cenário socioeconômico, histórico, político e cultural das 
nações. Neste sentido, é claro que as estratégias e instrumentos das auditorias internas, 
embora partam sempre de uma base comum, apresentarão grandes variações ao longo 
do curso do tempo. 
 
Palavras-chaves: Auditoria; Erros; Fraudes. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem por objetivo fornecer um estudo descritivo e teórico 
acerca do impacto da auditoria interna na detecção de fraudes e erros nas 
empresas comerciais de monte aprazível. Justifica-se pela grande importância 
que tem a auditoria interna ao reparar equívocos nas empresas, em diversos 
ramos e subáreas das Ciências Contábeis (como na Controladoria, Auditoria e 
Perícia) em âmbito prático e teórico, além do acadêmico. Far-se-á um esforço 
para promover uma conceituação sólida, após o que se dará uma descrição de 
aspectos indispensáveis ao estudo do impacto da auditoria interna na detecção 
de fraudes e erros nas empresas comerciais de monte aprazível: o que são e 
como se caracterizam as auditorias internas, seu histórico evolutivo, principais 
correntes teóricas e desafios enfrentados para seu estudo. 
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrer-se-á 
metodologicamente à revisão bibliográfica para a promoção de um estudo 
descritivo fundamentado em artigos científicos, obras completas e demais 
produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa 
em tela. Como revisão crítica, o foco se dará no impacto da auditoria interna e 
sua importância para a Ciências Contábeis. A metodologia consiste em uma 
variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de pesquisa 
científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso. Isto é indispensável 
para que o trabalho seja considerado academicamente válido, gerando soluções 
para os problemas levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos 
sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado da questão em que o problema 
se insere. 
 
2. AUDITORIA INTERNA E PARTICULARIDADES 
 
2.1. Definição de auditoria interna e origem histórica 
De acordo com o dicionário Priberam, a Auditoria, no contexto da contabilidade, 
significa “análise e avaliação do estado contábil de uma empresa ou instituição 
feita por um especialista em assuntos financeiros e econômicos”. A Auditoria 
Interna caracteriza-se por um conjunto de processos referentes ao controle 
interior que as empresas devem buscar obter, tendo em vista o seu crescimento 
e manutenção ao decorrer dos anos. Trata-se de uma gestão administrativa, em 
que o auditor confere e observa o conjunto de documentos que comprovam o 
trabalho realizado, observando, fazendo indagações e checando se realmente 
os dados estão de acordo, se não houve nenhum erro ou fraude, entre outros 
problemas. 
 
 
Segue a sequência, no figura abaixo, do processo de auditoria interna: 
Figura 1. A sequência do processo de auditoria interna 
 
Fonte: 
https://image.slidesharecdn.com/slidescursoonlineunieducarauditoriacontbilinter
na-121025111018-phpapp01/95/slides-curso-online-unieducar-auditoria-contbil-
interna-12-638.jpg?cb=1351163478 
 
Como se pode observar no quadro 1, o primeiro passo a ser tomado é a pesquisa 
ambiental, e logo após partir para o planejamento estratégico e, em seguida, ao 
controle interno. Após esses passos, aplicam-se testes. Após os testes, com o 
resultado em mãos, o auditor deve aplicar o teste de observância e, 
seguidamente, o substantivo. No fim, ele dá o seu parecer de auditor do que 
pode recolher de dados. De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade 
NBC T 12, aprovada pela Resolução CFC nº 780, de 24.03.95, citada por 
ARAÚJO (1998, p. 21), o conceito de auditoria interna se dá pelo “o conjunto de 
procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação 
e eficácia dos controles internos e das informações fiscais, contábeis, financeiras 
e operacionais da entidade”. Segundo FRANCO e MARRA (2001, p. 219), 
A auditoria interna é aquela exercida por um funcionário da própria 
empresa, em caráter permanente. Apesar de seu vínculo à empresa, o 
auditor interno deve exercer sua função com absoluta independência 
profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao auditor 
externo, mas também exigindo da empresa o cumprimento daquelas 
que lhe cabem. Ele deve exercer sua função com total obediência às 
normas de auditoria e o vínculo de emprego não lhe deve tirar a 
independência profissional, pois sua subordinação à administração da 
empresa deve ser apenas sob o aspecto funcional. 
 
Já Attie (2000, p.25) explicita que é possível entender o conceito de auditoria 
conforme “uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia 
do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião 
sobre determinado dado”. Isto é, segundo o autor, o principal cargo do auditor 
seria a fiscalização do patrimônio, expressando seu ponto de vista, como 
profissional, dos dados internos de extrema importância para a empresa. De 
acordo com Boletim IOB- Temática Contábil e Balanços (2003, p.37), o sistema 
de controle interno, no qual faz parte a auditoria interna, deve ter possuir algumas 
características, e elas são: 
• Ser confiável; 
• Estar adequado à realidade, complexidade e porte da empresa; 
• Ser estável para propiciar um adequado ambiente de controle, e flexível 
o suficiente para permitir modificações que contribuam para a rápida adaptação 
da empresa ao novo ambiente de negócios; 
• Possibilitar o acompanhamento e o controle tempestivo das atividades, 
processos de negócios e ciclos de transações; 
• Propiciar a salvaguarda dos ativos; 
• Permitir a otimização no uso dos recursos; 
• Prevenir e detectar roubos e fraudes. 
Os estudos de Crepaldi (2002, p.23) sobre o assunto trazem ainda grandes 
contribuições ao estado da questão, salientando alguns aspectos fundamentais, 
à medida que define a auditoria interna como “ (...) o levantamento, estudo e 
avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas das 
demonstrações financeiras de uma entidade”, simplificando, de forma objetiva e 
direta, a conceituação do estudo. Soares (2005, Pg. 58) explicita que o trabalho 
da auditoria interna “consiste num fluxo de atividades desenvolvidas segundo 
princípios, técnicas e metodologias específicos com o fim de obter evidências 
suficientes e adequadasà formação de juízo.” Dessa forma, o autor ainda diz 
que “envolve uma apreciação global das transações praticadas pela empresa 
auditada e uma aferição de grau de confiança na fidedignidade de seus 
registros.” Attie (1998, p.29) elenca os objetivos da auditoria interna da seguinte 
forma: 
• Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras 
operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar 
estas informações; 
• Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às 
políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre 
operações e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade 
com as diretrizes; 
• Examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário, 
comprovar sua existência real; 
• Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e 
econômica; 
• Examinar operações e programas e verificar se os resultados são 
compatíveis com os planos e se estas operações e estes programas são 
executados de acordo com o que foi planejado; e 
• Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram 
tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas. 
Podemos observar que segundo Attie (1998), a auditoria interna tem como 
objetivo a observação, por parte de exames e verificações, dos de informações 
e documentos importantes para a gestão empresarial, ligado à contabilidade. 
Sá (1998, p.25), por outro lado, explica que a Auditoria Interna 
[...] é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame 
dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos 
de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, 
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da 
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorrido, quer por ocorrer ou 
prospectados e diagnosticados. 
 
O mesmo autor diz ainda que, apesar de historicamente não existir uma data 
exata que marque o início do cargo de auditor, embora existam vários sinais que 
existiam em outras épocas e culturas anteriores, devido a “provas arqueológicas 
de inspeções e verificações de registros realizadas entre a família real de 
Urukagina e o templo sacerdotal sumeriano e que datam de mais de 4.500 anos 
antes de Cristo”. Ainda segundo o autor, observa-se que “nas cartas de Trajano 
(97-117 d.C.) escritas por Plínio (61- 112 d.C.), o jovem, relatam práticas de 
auditoria realizadas nas províncias romanas”. 
A história da auditoria alude ao século XV/XVI na Itália, logo após o apogeu das 
ciências contábeis, o que torna os italianos pioneiros na área contábil. Era 
comum desses tempos que o clero administrasse os empreendimentos 
europeus. O reconhecimento oficial da auditoria também se cruza com a história 
da Itália, pois foi lá, em Veneza, que se constituiu a primeira escola de 
contadores, em 1581. 
Para fins de esclarecimento, é bom diferenciar a auditoria interna da auditoria 
externa, que é conceituada por Attie (1998, p.174), como: “aquela realizada 
por profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a 
entidade auditada, e que poderá ser contratado para auditoria permanentemente 
ou eventualmente”. Dessa forma, a figura abaixo explicitará as principais 
diferenças entre auditoria interna e auditoria externa: 
 
Figura 2. Comparação entre auditoria interna e externa 
 
Num todo, o histórico auditorial tem, de forma geral, seus princípios interligados 
à contabilidade e seus registros, pois é através da verificação de outra pessoa 
que se confirma se está havendo, ou não, uma técnica útil, justa, correta e 
coerente de validar os lançamentos empresarias, ligados a gestão de uma 
empresa com montante significativo, como é o caso em questão nesta pesquisa 
acadêmica. 
 
Figura 3. História da auditoria 
 
Como se pode ver na figura 1, Attie (1998, p.28) elencou datas que constituem 
um caráter histórico da auditoria. Neste sentido, pode-se observar que em 1314 
foi a primeira data em que marca a criação do cargo de auditor, na Inglaterra. 
Passaram-se mais de 600 anos entre essa primeira data existente até a criação 
do SEC (Security and Exchange Commission) nos Estados Unidos da América, 
mostrando que este oficio sempre esteve em constante mutação e 
aperfeiçoamento ao decorrer dos anos, até onde podemos acompanhar na 
atualidade. 
 
2.2 Auditoria interna no Brasil 
 
Em nosso país, Brasil, segundo FRANCO e MARRA (2001, p.45), em relação ao 
ofício do contador, “pouca coisa existia (...) antes de 1931, a não ser os 
escritórios estrangeiros de auditores, todos de origem inglesa”. Tal fato nos 
mostra que esta área da contabilidade é bastante recente por aqui, num ponto 
de vista histórico, tendo em vista que só a partir do ano de 1931 começou a ter 
um número significativo de profissionais que trabalhavam com os instrumentos 
oriundos da Contabilidade. 
Nesta perspectiva, a Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965 foi a demarcação legal 
que instituiu o oficio do auditor como profissional no Brasil, como podemos 
observar abaixo: 
Art. 50. Os fundos em condomínio de títulos ou valores 
mobiliários poderão converter-se em sociedades anônimas de capital 
autorizado, a que se refere à Seção VIII, ficando isentos de encargos 
fiscais os atos relativos à transformação. 
§ 3º Será obrigatória aos fundos em condomínio a auditoria realizada 
por auditor independente, registrado no Banco Central. 
A partir de então, várias outras leis e emendas foram criadas em prol da 
consolidação do cargo de auditor no país, principalmente através das Leis 6.385 
de 07/12/1976 e 6.404/76 que criaram a CVM, Comissão de Valores Imobiliários, 
que trouxeram esse órgão fiscalizador externo e a obrigatoriedade de auditorias 
em empresas abertas. 
A auditoria autônoma foi introduzida no Brasil no fim do século 19, como foi 
observado, devido aos investimentos dos países do exterior trazidos para cá por 
gestores que aqui observaram muitas oportunidades para suas empresas, 
aplicando seus recursos em infraestrutura, que é a base da industrialização 
No país, temos o Instituto dos auditores independentes do Brasil – IBRACON 
teve inicio com a 
união de dois institutos que congregavam contadores que 
trabalhavam com auditoria independente: o Instituto dos Contadores 
Públicos do Brasil (ICPB) e o Instituto Brasileiro de Auditores 
Independentes (Ibai), que se uniram para a obtenção de uma melhor 
estrutura e representatividade em benefício da profissão. (IBRACON, 
2013) 
 
O instituto tem como objetivo unir todos os profissionais de ciências contábeis, 
já formados e estudantes, que trabalham nas mais diversas áreas da formação, 
para que juntos possam reestruturar e se unir em prol de seus trabalhos. 
 
2.3. Definição de Erro e Fraude de acordo com a Auditoria Interna 
 
Pensando de acordo com a realidade brasileira e extraindo das Normas 
Brasileiras de Contabilidade (1997, p. 3), pode-se definir fraude como 
ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e 
erro, o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má 
interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações 
contábeis. 
 
Isto é, o principal atributo de um auditor interno é observar se há fraude nos 
documentos da empresa. É possível entender ainda o conceito de fraude, 
segundo La Rocque (1999, p. 51), “se constitui em prática perniciosa prejudicial 
à empresa”, trazendo demonstrações que há pessoas envolvidas em um 
esquema para corromper a gestão empresarial em questão. 
Ainda, em concordância com o Dicionário Jurídico (2002, p.141), a fraude “é o 
ato de má-fé, artifício malicioso usado para prejudicar, dolosamente, o direito ou 
os interesses de terceiros”. 
Rasmussen (1988, p. 1) explicita que 
Desde os tempos remotos da história da civilização do homem, 
nas épocasdo classicismo, pré-colombiano, idade média até a época 
atual, os homens que possuem poderes, em certas circunstâncias, têm 
abusado destes poderes para se enriquecer e lesar as instituições das 
quais obtiveram confiança e poder. 
 
Apesar de parecer recente, atos fraudulentos já eram observados na 
antiguidade, desde o começo da civilização, em que os mais poderosos se 
aproveitavam dessa posição para tirar proveito e vantagens em cima daqueles 
que menos podiam. Atualmente, podemos observar que tal prática continua em 
voga, tendo em vista os escândalos que estamos acostumados a observar na 
política brasileira e internacional, o que nos faz questionar o porquê de não existir 
uma auditoria eficiente para checar as informações importantes sobre a gestão 
das empresas importantes para as nações. Segundo Maranguape (2001, p.30), 
"no Brasil, a fraude é uma doença, que se alastra cada vez mais como se fosse 
uma epidemia perante a vulnerabilidade e fragilização dos sistemas que 
deveriam coibi-la". Isto é, no nosso país, infelizmente, a fraude parece ser 
contagiosa. 
O fato da falta de uma auditoria eficaz, trazendo uma gestão transparente, 
mostra que de fato ainda estamos muito atrás no que imaginamos para o futuro, 
que parece, às vezes, regredir ao invés de progredir, o que é bem triste para as 
nações em geral, ainda mais para todos nós, envolvidos com o mundo contábil. 
De acordo com o diretor da Control Risk, James Wygand, a fraude “é um 
problema muito mais freqüente do que se imagina e, no Brasil, atinge 80 % das 
empresas” (apud CHAIM, 2002). Esse dado ratifica o que já estamos 
acostumados a assistir nos noticiários, infelizmente. 
É possível entender ainda o conceito de fraude de acordo com Antonio de 
Lourenço Gil (1999, p. 22): 
Fraudes, pirataria e conivência são ingredientes 
inseparáveis/indissolúveis dos negócios, em uma sociedade em que o 
progresso é estimulado/buscado como um dever moral com ouso do 
potencial criativo disponibilizado na raça humana 
 
Mortimer Dittenhofer (apud TCE BA, 1995, p. 69) explicita que “a fraude e/ou 
desvio de fundos, é conhecido como, provavelmente, o maior causador de 
despesas não registradas do governo e de negócios”, ratificando o que já 
imaginávamos sobre o assunto. O autor continua, dizendo que “os registros 
parecem indicar que estes crimes podem ser feitos por quase todo o tipo de 
empregado.” Isto é, para o autor, aquele que comete a fraude “não parece ter 
um tipo específico (...) Não existe um perfil característico. Todo tipo de gente 
pode cometer esse tipo de crime”. Alguns tipos mais famosos de fraudes estão 
listados na figura abaixo: 
 
Figura 4: Exemplos de fraudes
 
 
Fonte: Gramling e colaboradores (2011) 
 
Como se pode observar na figura supracitada, corrupção, apropriação indébita 
de ativos e DFs fraudulentas compõe a tríade principal das fraudes em 
empresas, cada uma com suas particularidades e interesses por detrás, seja 
suborno, esquemas de desvio de caixa, sobrevalorização de ativos, receitas, etc. 
As fraudes costumam vir encobertas como dividas contábeis, a fim de que o 
auditor seja enganado com a maneira como são cobrados seus débitos. De 
acordo com a GBE Peritos & Investigadores Contábeis (1997), os tipos mais 
encontrados de fraudes nas contas referentes as empresas são as que estão 
elencadas no figura abaixo: 
Figura 5: CONTAS UTILIZADAS PARA ESCONDER FRAUDES 
 
Como se pode observar, o conjunto de contas mais visados pelos fraudadores 
são caixas e bancos e estoque, seguido de contas a receber e despesas de 
viagem. Para um auditor interno atento, é bom que se certifique que as contas 
referentes a esses títulos estejam corretas. Quando se trata de erro, La Rocque 
(1999, p. 51) conceitua que esse tipo de prática “consciente ou não levam a 
empresa para má situação, levando a penalidade do fisco e acarretando muitas 
perdas. Os erros são injustificáveis, uma vez que feita auditoria por pessoas 
qualificadas”. Apesar de inadmissível, no ponto de vista do autor, o erro ainda é 
mais aceitável que a fraude, já que pode não ter a intenção de desfalcar o 
patrimônio como é visto quando há processos fraudulentos. Algumas falhas, de 
acordo com Florentino (1975, p. 136), acontecem: 
Por ocasião dos registros contábeis poderão ocorrer as 
seguintes falhas: a) má classificação da conta a debitar ou da conta a 
creditar; b) classificação correta das contas, porém registro em outra 
conta ou subconta; c) lançamento a débito incorretamente registrado a 
crédito, ou vice-versa; d) valor do registro lançado errado nas duas 
contas ou apenas em uma das duas contas. Após o lançamento 
poderão continuar a serem cometidos erros, tais como: a) erros na 
obtenção dos saldos das contas; b)estornos feitos inadequadamente 
ou também com erros; c) esquecimentos de baixas em contas de 
controle (...) 
 
Dessa forma, é bom ficar atento pois esses erros podem ser advindos de 
fraudes, então é bom que se tome nota dessas situações em que ocorrem. Em 
contrapartida, na tentativa de diferenciar o erro da fraude, no aspecto contábil, 
esclarece Serpa (2002) que 
É preciso fazer distinção entre fraude e erro, em contabilidade. 
Fraude é uma ação premeditada para lesar alguém. O erro é uma ação 
involuntária, sem o intuito de causar dado. Embora possam ocorrer 
sobre os mesmos fatos e documentos (balanços, balancetes, livros 
comerciais etc.) são de características diferentes. 
 
Já Franco e Marra (2001, p. 215) dizem que “ Muitos erros e fraudes são 
dissimulados na escrituração enquanto outras irregularidades, praticadas contra 
o patrimônio, não são contabilizadas”. Dessa forma, ainda segundo os autores, 
esses tipos de erros e fraudes podem “ser apurados por ocasião da conferência 
física dos valores patrimoniais”, demonstrando a importância do profissional da 
auditoria. A NBC T 12, Resolução CFC Nº 986/03, traz informações sobre o 
assunto que geram grandes contribuições ao estado da questão, salientando 
alguns aspectos fundamentais, à medida que conceitua erro como “atos 
involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de 
fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis” e também explica 
que se incluem, também, “transações e operações da Entidade, tanto em termos 
físicos quanto monetários”. Os exemplos mais frequentes de erros e fraudes são: 
contabilização de operações que nunca existiram; uso de documentos fiscais 
falsos; caixa dois, também conhecido como omissão de receita; transações 
super/subfaturadas, realizadas no interesse exclusivo daquele que detém o 
poder majoritário. 
 
2.4. A atitude do auditor perante erros e fraudes: o que esperar? 
 
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NCBT 11 (2003, p.180), 
“o auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela prevenção de 
fraudes ou erros.’. Porém, de acordo com a mesma, o auditor deve “planejar seu 
trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade 
de detectar aquele que impliquem defeitos relevantes nas demonstrações 
contábeis”. A comunicação de que algum erro existiu, seja ele fraude ou apenas 
um erro sem gravidade, é de total responsabilidade do auditor. É ele que deve 
comunicar à empresa em questão do que está ocorrendo e evitar que aconteça 
mais prejuízos, sugerindo correções a serem adotadas. A avaliação do sistema 
também é de responsabilidade auditorial, levando em consideração alguns 
pontos como a situação atual da empresa, interesse de outrem envolvidos com 
a administração, falência, pressão por capital e todos os pormenores referentes 
a profissão. 
De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade – CRC (p. 298): 
Um ambiente de controle inadequado à natureza, ao vulto e a 
complexidade das operações do cliente, ou em que haja indicação de 
que a administração pode estar inclinada a distorcer as demonstrações 
financeiras, cria risco paraauditoria a que devemos dar resposta, 
portanto faz-se necessário à revisão dos negócios, que: 
• Permite identificar fatores indicativos de haver um aumento do risco 
de erro. Ou do risco da firma de Auditoria, e apresenta um contexto 
para se desenvolver uma resposta de auditoria adequada. 
• Habilita o desenvolvimento de objetivo especifico de serviços a serem 
prestados ao cliente (...) Esses objetivos permite: 
• Apresentar recomendações valiosas aos clientes, e, 
• Aproveitar as oportunidades para proporcionara assistência 
adequada aos clientes na solução de problemas significativos dos seus 
negócios. 
 
Dessa forma, a auditoria acaba sendo, também, uma consultora, pois além de 
conferir se as contas, no fim, estão batendo, a auditoria também trabalha através 
de sugestões para sua clientela, isto é, as empresas, para que eles não sejam 
pegos de surpresa em atos fraudulentos ou erros considerados bobos para o 
meio contábil e da gestão. De acordo com a RBC (Revista Brasileira de 
Contabilidade), Lopes de Sá define a corrupção como algo que “difici lmente se 
prova diretamente, mas, muito raramente resiste a metodologia do indício e da 
prova indireta”. Isto é, de acordo com o autor, quando há desconfiança, pode-se 
pensar que há algo ruim. O autor entende que “o Indício tem como ponto de 
partida a análise e está pode iniciar-se quer por critérios “dedutivo”, como 
“indedutivo”, quer da análise do balanço, quer das demonstrações, (...) quer 
“qualitativa”, quer “quantitativamente”. 
Ao afirmar que a corrupção ocorre como uma brecha, apenas um indicio, como 
nas palavras do texto, observa-se que, para que ela ocorra, costuma ser bem 
amparada pelas leis ou por aqueles que tem interesse em meios corruptos, pois 
não costumam ser fáceis de serem descobertas e tem como intuito enganar 
mesmo aqueles que possam ser iscas ou futuros “laranjas” nesses esquemas. 
Por isso, o autor não exagera ao afirmar da necessidade da desconfiança como 
um sentimento intrínseco aquele que trabalha com fiscalização de documentos 
importantes, como é o caso do auditor. Detectar fraudes não é nada simples, 
pois, normalmente, são planejadas por pessoas que estão fora de suspeita e 
com grande nível de inteligência e poder aquisitivo, que acaba facilitando o 
processo fraudulento e tornando-o mais difícil de ser detectado pelo auditor. Já 
o erro é deveras simplificado, pois deve-se a falhas, evidenciando que foi devido 
a um ato errôneo do desenvolvedor. 
 
2.5. Determinantes de sucesso na auditoria interna 
 
Após discutirmos as atitudes do auditor perante os erros e fraudes, vamos 
reservar esse subcapitulo para a discussão das determinantes de sucesso na 
auditoria interna, pois para que o auditor faça um bom trabalho, é necessário que 
ele leve em consideração essas determinantes de sucesso. Sendo assim, para 
darmos início a discussão acerca das determinantes de sucesso na auditoria 
interna, observemos o figura o 4, abaixo, para fazermos algumas considerações, 
baseadas nos estudos aprofundados dos teóricos Arena e Azzone (2009): 
 
 
Figura 6 – Determinantes da eficiência da auditoria interna 
 
Como se pode reparar, há algumas regras a serem seguidas para que se 
obtenha sucesso na auditoria interna, as elencadas foram: 1. O tamanho da 
equipe de auditoria, 2. Competências dos auditores internos, 3. Envolvimento 
dos auditores internos na gestão de riscos e 4. Relação entre auditoria interna e 
comitê de auditoria. Para o número 1, é imprescindível que o número de 
auditores contratado tenha coerência com o capital de empregados da empresa, 
para uma auditoria sem sobrecarregar o profissional. A competência dos 
auditores, número 2, é indiscutível pois uma empresa gerida por bons 
profissionais tem muito mais chances de conseguir obter sucesso. 
O número 3 e 4 demonstram o comprometimento necessário para que o auditor 
consiga exercer seu cargo com coerência, pois deve ter um bom relacionamento 
para com os empregados e empresa. O número 3 pede a consideração da 
avaliação de riscos, fator importante e decisivo no destino empresarial, enquanto 
o número 4 é mais focado no relacionamento entre auditor-empregados-
empresa. No ponto de vista de Franco e Marra (2001, p. 267), esses fatores 
determinantes para a auditoria são 
Todos os instrumentos da organização destinados a vigilância, 
fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, 
observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro 
da empresa e que produzem reflexos em seu patrimônio. 
 
Sendo assim, observamos que o equilíbrio entre esses fatores é fundamental 
para o sucesso da gestão empresarial, este controle interno. O controle interno, 
nas palavras de Waddel (1982, p.15) compreende “os organogramas e 
correspondentes fluxogramas e todos os métodos, procedimentos e medidas 
coordenados adotados em uma empresa.”. Como exemplo, o autor elenca 
alguns fatores primordiais para a organização desses processos: 
a) assegurar os ativos; 
b) possibilitar uma administração condigna de suas operações; 
c) assegurar o correto registro de suas transações; 
d) promover maior eficiência operacional de registro e de custodia; 
e) ensejar a adequada e tempestiva divulgação dos resultados 
econômicos alcançados e da situação contábil/financeira no fim de cada 
exercício; 
f) prevenir ou facilitar a revelação de enganos, fraudes, etc por meio do 
incremento da aderência as normas e procedimentos preestabelecidos pela 
empresa. 
 
3. O PAPEL DA AUDITORIA NA DETECÇÃO DE FRAUDES E ERROS: O 
IMPACTO NAS EMPRESAS COMERCIAIS DE MONTE APRAZÍVEL 
 
3.1. O que são empresas comerciais de monte aprazível 
 
De acordo com o dicionário Priberam, a palavra empresa significa, no sentido de 
economia, “sociedade ou companhia que explora qualquer ramo de indústria ou 
comércio”. Sendo assim, empresas comerciais são aquelas que praticam a 
compra e venda de produtos/serviços por meio de comércio e tem como objetivo 
o lucro. As empresas comerciais de monte aprazível são aquelas que movem 
uma quantia significativa de dinheiro, isto é, empresas comerciais de grande 
porte, como, por exemplo: Ambev, grupo pão de açúcar, Casas Bahia, etc. 
 
3.2. Impacto da auditoria na detecção de fraudes e erros 
 
Antes de começarmos a discussão sobre o impacto da auditoria na detecção de 
fraudes e erros, se deve deixar claro que, segundo Attie (1992, p.215-216), a 
fraude não tem apenas uma modalidade, ela assume múltiplas. No contexto 
histórico da classificação de fraudes já realizadas, o autor as divide em: 
a) Não encobertas: consideradas, pelo autor, sem necessidade de serem 
mascaradas, pois seriam realizadas em empresas onde o controle interno é 
muito fraco. Exemplo: Tirar dinheiro do caixa sem maiores explicações. 
b) Encobertas temporariamente: aquelas feitas de forma que não afete os 
registros da contabilidade. Exemplo: Tirar dinheiro de cobranças, omitindo seu 
registro de forma que o monte que sobra possa ser acobertado por registro de 
cobranças que venham depois, e assim, praticando esse ato de forma continua. 
c) Encobertas permanentemente: aquelas em que os fraudulentos se 
preocupam em alterar as informações dos registros e arquivos, para que, dessa 
forma, consigam esconder a trapaça. Exemplo: Retirada sem permissão de 
montante monetário de clientes de forma encoberta, a partir da falsificação da 
soma dos processos de cobrança. 
Segundo Rasmussen (1988, p. 14), "os roubos e fraudes sempre começam em 
quantidade pequena e aumentam sucessivamente com a confiança do 
delinquente”. Isto é, de acordo com o autor, “não existem sistemas de controles 
internos, auditoria e naturalmente uma justiça severa que puna estes atos". Em 
empresas comerciais com monte aprazível, esses roubos e fraudes que 
começam pequenos, podem acabar gerando prejuízos enormes se não forem 
paradas a tempo. E é exatamente aí que entra o papeldo auditor ao evitar que 
isso aconteça. 
De acordo com os estudos de Serpa (2002), “o fraudador é um tipo específico e 
nem sempre comete a fraude sozinho, mas com a ajuda de terceiros.” Isto é, a 
fraude raramente ocorre de uma pessoa só, ela vem acompanhada de um grupo 
delinquente. O autor continua dizendo que “a prática tem comprovado que 
sempre são praticados por quem tem autoridade, ou seja, por quem decide ou 
comanda a instituição pública ou privada.” 
Figura 7 – Medidas para evitar futuros atos fraudulentos 
 
Fonte: http://www.kpmg.com.br/publicacoes/forensic/Fraudes_2009_port.pdf 
De acordo com o relatório da pesquisa acima, de 2009, da Fraude no Brasil, 
realizada pela KPMG Forensic, a melhoria dos controles internos é a melhor 
alternativa para evitar futuros atos fraudulentos. Podemos destacar, também, 
que o aumento de recursos no departamento de revisão/auditoria interna tem 
seu destaque nessa pesquisa, com 24% dos entrevistados citando essa medida 
como um ato importante para evitar futuras fraudes, o que mostra a importância 
da auditoria interna nas grandes empresas. Ainda de acordo com a pesquisa da 
Fraude no Brasil de 2009, foi observado que as fraudes foram detectadas, em 
sua maioria, por controles internos. Ou seja, pela auditoria interna, entre outros 
aspectos envolvidos. Segue abaixo, na figura, os gráficos que comprovam essa 
informação: 
FIGURA 8 – COMO AS FRAUDES FORAM DETECTADAS 
 
Fonte: http://www.kpmg.com.br/publicacoes/forensic/Fraudes_2009_port.pdf 
Os controles internos, de acordo com as empresas pesquisadas, foram a 
principal via de descobrimento das fraudes que vinham ocorrendo. Como já se 
sabe, a auditoria interna faz parte dos controles internos, o que comprova o 
impacto dela na detecção dessas fraudes, pois, é através do trabalho do auditor 
interno que se checa, com exatidão, os documentos importantes da gestão da 
empresa que podem estar sofrendo algum tipo de fraude. De acordo com 
Gonçalves (1968, p. 37 e 44), “a verdade é uma só, mas as falsidades dela são 
numerosas. Variam com as vantagens ilícitas pretendidas, com as resistências 
ou vigilâncias, com os recursos intelectuais do fraudador”. Dessa forma, o autor 
explica o motivo das fraudes acontecerem de forma ilimitada e variante de 
acordo com as épocas. A linha de raciocínio de Gonçalves é importante, pois 
ressalta o que estamos observando nesse capitulo. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Por meio do estudo aqui realizado, foi possível constatar que a auditoria interna 
é de fato um importante aliado não só para a prevenção de fraudes dentro da 
empresa, mas também como uma excelente ferramenta de gestão voltada para 
a qualidade e melhoria continua. Sendo assim, é bom ressaltar que a qualidade 
dos serviços de auditoria, atualmente, muito se deve ao fato da normatização e 
avanço tecnológico, que tornou possível a padronização desse universo, 
trazendo um novo modo de elaborar os trabalhos de auditoria, tornando-os mais 
práticos, rápidos e eficazes para os profissionais da área. 
Além desse aspecto, o meio empresarial vê com bons olhos o uso da auditoria 
interna, pela praticidade e facilidade do controle gerencial, que mostra que é 
possível utiliza-la em larga escala e com menos gasto, tendo mais benefícios 
para a empresa. Assim, por meio dos estudos aqui feitos, pode-se perceber a 
evidência benéfica do uso das técnicas e ferramentas de auditoria, aliadas as 
tecnologia que permitiu aos profissionais auditores alcançar uma boa resolução 
para os problemas existentes nesse ramo, com a excelência e precisão 
almejadas no exercício de sua função. Por fim, ressalta-se a importância do tema 
para a área de auditoria e espera-se que esse tema influencie outras pesquisas 
na área sobre a mesma temática, criando assim uma maior consciência de 
importância destes assuntos, relacionados ao uso e valorização da auditoria 
interna como uma ferramenta de gestão e controle anti-fraudes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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