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Fisiologia: Controle local e humoral do fluxo sanguíneo Controle Local do Fluxo Sanguíneo dos Tecidos Fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos O fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos apresenta diferentes objetivos, como: · Suprimento de oxigênio · Suprimento de outros nutrientes · Remoção de dióxido de carbono · Remoção de íons hidrogênio · Manutenção de concentrações apropriadas de íons · Transporte de hormônios e outras substâncias para os diferentes tecidos · Controle da temperatura OBS! O suprimento sanguíneo dos tecidos é apenas um pouco maior do mínimo necessário para aquele tecido funcionar corretamente, a fim de não sobrecarregar o coração a todo momento. MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO O controle do fluxo sanguíneo pode ser dividido em duas fases: · Controle agudo: feito por rápidas variações na vasodilatação ou vasoconstrição das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares. Ocorre em segundos ou minutos essa alteração no fluxo · Controle a longo prazo: variações lentas e controladas do fluxo ao longo de dias, semanas ou meses; essas variações ocorrem como resultado de aumento ou diminuição nas dimensões físicas e no número de vasos sanguíneo que suprem os tecidos Controle agudo do fluxo sanguíneo O aumento do fluxo sanguíneo pode ser necessitado em situações como: aumento do metabolismo tecidual, disponibilidade reduzida de O2 (intoxicações) e entre outras situações. Esse aumento é causado por duas teorias: a teoria vasodilatadora e a teoria da demanda de oxigênio. De acordo com a teoria vasodilatadora, quanto ↑ (maior) a necessidade do metabolismo ou a ↓ (menor) disponibilidade de oxigênio ou de outros nutrientes para o tecido, ↑ será a intensidade de formação de substância vasodilatadoras pelas células teciduais. Ou seja, os tecidos apresentam uma capacidade de produzir substâncias vasodilatadoras, que acabam controlando o raio dos vasos, já que há uma liberação contínua dessa substâncias (↑liberação de vasodilatadores vasodilatação; ↓liberação dessas substâncias vasoconstrição). As principais substâncias vasodilatadoras que atuam nas arteríolas, metarteríolas e esfíncteres (aumentando o fluxo sanguíneo) são: adenosina, o dióxido de carbono, os compostos fosfatados de adenosina, a histamina, os íons potássio e os íons hidrogênio – a maioria dessas substâncias bioquimicamente em exames demonstram aumento do metabolismo tecidual. Já a teoria da demanda de oxigênio explicita que a falta do oxigênio circulante causaria o relaxamento das fibras musculares das paredes dos vasos sanguíneos, pois não teria energia para manter a contração, causando, portanto, a vasodilatação. Além disso, o aumento da utilização do O2 pelos tecidos diminuiria a sua biodisponibilidade para a musculatura lisa dos vasos, levando também a vasodilatação. Entretanto, com a retomada do aporte de oxigênio, os capilares, metarteríolas e esfíncteres voltariam novamente a se contrair, até diminuir novamente a [O2]. OBS! Os esfíncteres pré-capilares e as metarteríolas abrem e fecham de forma cíclica muitas vezes por minuto; a duração das fases abertas é proporcional às necessidades metabólicas de oxigênio pelos tecidos. As aberturas e os fechamentos cíclicos são chamados de vasomotilidade. OBS! Vale destacar que outros nutrientes essenciais, como a glicose, também podem ter o mesmo efeito da falta de O2 teoria da demanda de oxigênio. Hiperemia reativa e ativa Dois outros exemplos adicionais de controle metabólico local do fluxo sanguíneo são a hiperemia reativa e a hiperemia ativa: · Hiperemia reativa: ocorre quando o suprimento sanguíneo de um tecido é bloqueado pelo período de alguns segundos a até uma hora ou mais e então é desbloqueada. Nesse momento, o fluxo sanguíneo do tecido aumenta imediatamente para 4 a 7x o normal por algum tempo (a hiperemia reativa se mantém até quase repor o déficit tecidual de O2 que ocorreu). Isso é causado, pois todos os fatores vasodilatadores são jogados no meio, aliado à falta de energia para a contração da musculatura lisa da parede dos vasos. · Hiperemia ativa: ocorre quando um tecido aumenta muito o seu metabolismo (ex: musculatura esquelética em uma atividade física), no qual, as células consomem muito mais rápido os nutrientes do fluxo sanguíneo e liberam grandes quantidades de substâncias vasodilatadoras, bem como cria uma falta de nutrientes para a musculatura dos vasos. Regulação do fluxo sanguíneo com variações na pressão arterial Nos tecidos, um aumento rápido da pressão arterial, causa um aumento instantâneo do fluxo sanguíneo. Entretanto, em pouco tempo, o fluxo sanguíneo é reduzido até próximo ao nível anterior. Essa normalização é chamada de autorregulação e ela é causada por dois principais fatores: · Teoria metabólica: o excesso de fluxo sanguíneo oferece O2 e nutrientes demais para os tecidos, diminuindo drasticamente a produção de vasodilatadores liberados pelos tecidos. Isso causa a compressão do vaso. · Teoria miogênica: quando ocorre o aumento da pressão arterial, ocorre um súbito estiramento da musculatura lisa dos vasos sanguíneo, o que aumenta rapidamente o movimento dos íons cálcio do líquido extracelular para dentro das células musculares lisas dos vasos e também abre ou fecha alguns canais iônicos que influenciam na contação dos vasos. Dessa forma, com o estiramento, ocorre uma contração reflexa da musculatura vascular, reduzindo o fluxo sanguíneo para o valor próximo ao normal, além de também evitar um estiramento excessivo dos vasos. Na linha vermelha, percebe-se um aumento agudo na pressão arterial; quando a pressão se torna excessiva, ocorre os mecanismos de autorregulação, percebidos na pressão arterial de 70 mmHg até em média 175 mmHg, no qual, ocorre um grande aumento da pressão, mas, devido aos mecanismos miogênicos e metabólicos, o fluxo sanguíneo tenta se manter constante (os mecanismos freiam esse aumento súbito do fluxo sanguíneo); a partir do 175 mmHg, os mecanismos já não são suficientes para frear o aumento do fluxo. Na linha tracejada, percebe-se um aumento a longo do prazo da pressão arterial com relação ao fluxo (melhor explicado depois). Mecanismos especiais para o controle agudo Os mecanismos até agora apresentados ocorrem no corpo todo; todavia, existem alguns especiais para cada tecido · Rins: ocorre pelo feedback tubuglomerular · Cérebro: ocorre devido ao aumento da [CO2] ou de [H+] · Pele: ocorre quando o corpo necessita aumentar ou diminuir a sua temperatura, atividade modulada por estimulo autônomos Principais vasodilatadores e vasoconstritores · Óxido nítrico: é um gás lipofílico vasodilatador derivado das células do endotélio; ele é produzido pelas enzimas óxido nítrico-sintetases derivadas do endotélio (eNOS); após a sua produção, esse composto se difunde para fora da célula endotelial e tem ação de cerca de 6 segundos, ativando a guanilato-ciclases solúveis na musculatura lisa dos vasos, que resulta na conversão do cGTP em cGMP, que causa a ativação da proteinocinase dependente de GMP (PKG), fazendo o efluxo de K+ da célula muscular, o qual causa relaxamento dos vasos · Endotelina: é o principal vasoconstritor liberado pelas células endoteliais; é librado principalmente com algum dano ao endotélio Regulação do fluxo sanguíneo a longo prazo Em um aumento súbito da pressão sanguíneo, os primeiros mecanismos ativados são os de controle agudo. Todavia, esse controle não consegue retomar o fluxo sanguíneo exatamente ao valor que estava antes, persistindo um certo aumento do fluxo. Então, para a regulação desse excedente, entra a regulação do fluxo a longo prazo. Além disso, em situações de aumento basal do metabolismo dos tecidos, diminuição do aporte de nutrientes/O2 e entre outros fatores, os mecanismos de controle da pressão a curto prazo não são em um período mais longo, sendo necessário regulações a longo prazo. As principais formas de regulação a longo prazo são: · Alterações na vasculatura tecidual · Desenvolvimento da circulação colateral · Remodelamento vascular Alteraçõesna vasculatura tecidual Uma das formas de regulação desse fluxo é por alteração na vascularidade tecidual. Quando um tecido se torna mais ativo cronicamente, o tecido necessita de um aumento contínuo de fluxo sanguíneo (mais nutrientes e O2); nesse caso, ocorre um processo de aumento da vascularização tecidual (angiogênese). Já se ocorrer a diminuição da atividade do tecido, ocorre diminuição da sua vascularização. Essa reconstrução vascular ocorre rapidamente em tecidos jovens. Os fatores de crescimento vascular que fazem a regulação da vascularização do tecido. Os principais são: · Fator de crescimento do endotélio vascular (FCEV) · Fator de crescimento de fibroblastos · Fator de crescimento derivado de plaquetas (FCDP) · Angiogenina Os passos para a angiogênese são: 1. Dissolução da membrana basal das células endoteliais no local do brotamento 2. Reprodução de novas células endoteliais emergindo da parede vascular, como cordões que se estendem em direção à fonte do fator angiogênico 3. Mitose dessas novas células endoteliais e formação de um tubo 4. Esse tubo formado se conecta com outro tubo que tenha brotado de outro vaso doador, formando uma alça capilar, por onde o sangue começa a fluir 5. Se o fluxo for intenso, células musculares lisas invadem a parede, formando arteríolas ou vênulas (ou até vasos maiores) Outas substâncias podem fazer a dissolução das células vasculares e o desaparecimento dos vasos, como alguns hormônios esteroides, angiostatina e endostatina. Essas substâncias estão em estudo para prevenir o aumento do fluxo sanguíneo em tumores de crescimento rápido. OBS! A vascularização de um tecido é determinada pela sua necessidade máxima metabólica. Por exemplo, um determinado músculo estriado esquelético necessita de um fluxo sanguíneo muito grande em uma atividade física para suprir toda sua demanda energética-nutritiva; a vascularização desse tecido será o bastante para que o músculo possa ser ativado na atividade física e não careça de aporte sanguíneo, mesmo que esse período de aumento do metabolismo seja muito pequeno. Desenvolvimento da circulação colateral Uma outra maneira de regulação do fluxo sanguíneo a longo prazo é o desenvolvimento da circulação colateral. Quando algum vaso é bloqueado, ocorre as seguintes etapas de regulação do fluxo: 1. Dilatação das pequenas alças que já conectavam o vaso acima do bloqueio ao vaso abaixo ocorre no início do bloqueio (trata-se de um controle agudo vasodilatação), mediado por fatores metabólicos, e consegue suprir cerca de ¼ do necessário para as demandas teciduais 2. Maior abertura dessas alças ocorre nos dias subsequentes, o fluxo sanguíneo já consegue suprir a totalidade do tecido 3. Os vasos colaterais continuam a crescer por muitos meses após o bloqueio, normalmente formando pequenos canais colaterais múltiplos, em vez de grande vaso único. Remodelamento vascular Para além das alterações na densidade capilar, podem ocorrer também alterações na estrutura dos grandes vasos sanguíneos em resposta às alterações de longa duração na pressão arterial e no fluxo sanguíneo. São 4 as principais formas de remodelamento vascular: · Remodelação eutrófica para dentro: é quando a parede do vaso aumenta em direção ao lúmen, diminuindo o raio do vaso. Ex.: quando ocorre aumento da pressão arterial, ocorre a vasoconstrição das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres, como já visto anteriormente; todavia, se essa pressão arterial se manter constante, ocorre a diminuição do lúmen vascular por remodelação eutrófica para dentro, a fim de não deixar a musculatura lisa vascular contraída para sempre. Esse processo corre em alguns dias a várias semanas. · Remodelação hipertrófica: ocorre uma hipertrofia das células musculares lisas vasculares e formação de mais matriz extracelular no sentido de fora do vaso (sem diminuir sua área de secção transversa). Ex: esse processo ocorre quando há aumento crônico da pressão arterial e as grandes artérias não conseguem se contrair para diminuir o fluxo sanguíneo; nesse caso, elas aumentam o calibre da sua parede, a fim de responder a uma maior tensão que é exercida pela pressão arterial (aguentar o tranco). · Remodelação para fora: é quando o diâmetro da artéria aumenta progressivamente, enquanto a espessura do vaso não se altera. Ex: Em pacientes com insuficiência renal que se submetem a diálise, é criada uma fístula arteriovenosa diretamente desde a artéria radial à veia antecubital no antebraço para permitir o acesso vascular para a diálise (criado um canal que liga a artéria radial à veia antecubital). A velocidade do fluxo sanguíneo na artéria radial pode aumentar até 10 a 50 vezes em relação ao normal, em função do desvio sanguíneo criado pela fístula. Como consequência da alta velocidade de fluxo e da elevada força de cisalhamento na parede do vaso, o diâmetro luminal da artéria radial aumenta progressivamente (remodelação para fora) enquanto a espessura do vaso pode ser mantida inalterada, o que produz um aumento na área de secção transversal da parede vascular e diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo. · Remodelação hipertrófica para fora: ocorre o aumento da espessura da parede, do diâmetro do lúmen e da área de secção transversal do vaso. Ex.: No exemplo anterior, em contraste com a artéria radial, a parede vascular no lado venoso da fístula aumenta em resposta aos aumentos de pressão e fluxo sanguíneo. As reduções crônicas na pressão arterial e o fluxo sanguíneo apresentam efeitos que são opostos aos descritos anteriormente. Quando o fluxo sanguíneo é reduzido de forma significativa, o diâmetro do lúmen vascular também é reduzido, e quando a pressão arterial é reduzida, normalmente diminui a espessura da parede vascular. Controle Humoral Do Fluxo Sanguíneo O controle humoral é o feito por substâncias secretadas ou absorvidas pelos líquidos corporais. Elas podem ser produzidas por glândulas ou formadas em tecidos locais. Agentes vasoconstritores · Norepinefrina e epinefrina: são vasoconstritores liberados pelas medula das adrenais; essas substâncias excitam o coração e contraiam as veias e arteríolas, bem como fazem as adrenais secretarem mais norepinefrina e epinefrina no sangue. · Angiotensina II: é obtida na conversão da angiotensina I em angiotensina II nos pulmões; essa substância contrai intensamente as arteríolas, o que diminui o fluxo sanguíneo desses vasos e o concentra nas artérias, aumentando a pressão arterial; além disso, ela também responsável pela liberação de aldosterona pelas adrenais, que causa uma maior reabsorção de sódio e água nos rins, que leva ao ↑ da PA. · Vasopressina (ou hormônio antidiurético): atuação mais potente que a angiotensina; formada pelos neurônios do hipotálamo e transportada para a hipófise posterior, de onde é secretada no sangue. A vasopressina tem a função principal de elevar muito a reabsorção de água pelos túbulos renais de volta para o sangue e ajuda, assim, no controle do volume de líquido corporal. Agentes vasodilatadores · Bradicinina: faz parte dos grupos das cininas, que provocam intensa vasodilatação ao serem clivadas por enzimas proteolíticas das afa2-globulinas no plasma ou nos líquidos teciduais. A bradicinina é oriunda da calidina clivada; ela atua provocando intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar, usado principalmente em situações de inflamação. A bradicinina persiste apenas por alguns minutos, pois ela é logo inativada pela enzima carboxipeptidase ou enzima conversora. · Histamina: liberada por todos os tecidos corporais se este for lesado, for inflamado ou sofrer reação alérgica. A maior parte de histamina deriva dos mastócitos (tecidos) e basófilos (sangue). Ela tem ação vasodilatadora nas arteríolas e faz o aumento da porosidade capilar Controle vascular por íons e outros fatores químicos · Aumento da [Ca+2]: provoca vasoconstrição (estimula a contração da musculatura lisa vascular) · Aumento da [K+]: provoca vasodilatação (inibem a contração da musculatura lisa) · Aumento da [Mg]: intensavasodilatação (inibição dos músculos lisos) · Aumento da [H+] (diminuição do pH): causa dilatação das arteríolas · Os ânions com efeitos significativos sobre os vasos sanguíneos são o acetato e o citrato, e ambos acarretam graus leves de vasodilatação · Aumento da concentração de dióxido de carbono provoca vasodilatação moderada na maioria dos tecidos, mas vasodilatação acentuada no cérebro Controle humoral a longo prazo O fluxo sanguíneo tecidual e o débito cardíaco não são substancialmente alterados em longo prazo quando há infusão crônica de grandes quantidades de vasoconstritores ou vasodilatadores. Isso se deve, pois, como mostrado anteriormente, cada tecido tem a capacidade de autorregular seu fluxo sanguíneo de acordo com suas necessidades metabólicas e outras funções teciduais. 2 FISIOLOGIA : CONTROLE LOCAL E HUMORAL DO FLUXO SANGUÍNEO 1 Controle Local do Fluxo Sanguíneo dos Tecidos Fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos O fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos apresenta diferentes objetivos, como: · Suprimento de oxigênio · Suprimento de outros nutrientes · Remoção de dióxido de carbono · Remoção de íons hidrogênio · Manutenção de concentrações apropriadas de íons · Transporte de hormônios e outras substâncias para os diferentes tecidos · Controle da temperatura OBS! O suprimento sanguíneo dos tecidos é apenas um pouco maior do mínimo necessário para aquele tecido funcionar corretamente, a fim de não sobrecarregar o coração a todo momento. MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO O controle do fluxo sanguíneo pode s er dividido em duas fases: · Controle agudo: feito por rápidas variações na vasodilatação ou vasoconstrição das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré - capilares. Ocorre em segundos ou minutos essa alteração no fluxo · Controle a longo prazo: variações len tas e controladas do fluxo ao longo de dias, semanas ou meses; essas variações ocorrem como resultado de aumento ou diminuição nas dimensões físicas e no número de vasos sanguíneo que suprem os tecidos Controle agudo do fluxo sanguíneo O aumento do flux o sanguíneo pode ser necessitado em situações como: aumento do metabolismo tecidual, disponibilidade reduzida de O 2 (intoxicações) e entre outras situações. Esse aumento é causado por duas teorias: a teoria vasodilatadora e a teoria da demanda de oxigênio . De acordo com a teoria vasodilatadora , quanto ? ( maior ) a necessidade do metabolismo ou a ? ( menor ) disponibilidade de oxigênio ou de outros nutrientes para o tecido, ? será a intensidade de formação de substância vasodilatadoras pelas células t eciduais. Ou seja, os tecidos apresentam uma capacidade de produzir substâncias vasodilatadoras, que acabam controlando o raio dos vasos , já que há uma liberação contínua dessa substâncias ( ? liberação de vasodilatadores à vasodilatação ; ? liberação dessas s ubstâncias à vasoconstrição ). As principais substâncias vasodilatadoras que atuam nas arteríolas, meta rteríolas e esfíncteres (aumentando o fluxo sanguíneo) são: adenosina, o dióxido de carbono, os compostos fosfatados de adenosina, a histamina, os íons po tássio e os íons hidrogênio – a maioria dessas substâncias bioquimicamente em exames demonstram aumento do metabolismo tecidual. Já a teoria da demanda de oxigênio explicita que a falta do oxigênio circulante causaria o relaxamento das fibras musculares d as paredes dos vasos sanguíneos, pois não teria energia para manter a contração, causando, portanto, a vasodilatação. Além disso, o aumento da utilização do O 2 pelos tecidos diminuiria a sua biodisponibilidade para a musculatura lisa dos vasos, levando tam bém a vasodilatação. Entretanto, com a retomada do aporte de oxigênio, os capilares, metarteríolas e esfíncteres voltariam novamente a se contrair, até diminuir novamente a [O 2 ]. OBS! Os esfíncteres pré - capilares e as metarteríolas abrem e fecham de forma cíclica muitas vezes por minuto; a duração das fases abertas é proporcional às necessidades metabólicas de oxigênio pelos tecidos. A s abertura s e o s fechamento s cíclicos são chamados de vasomotilidade . FISIOLOGIA: CONTROLE LOCAL E HUMORAL DO FLUXO SANGUÍNEO 1 Controle Local do Fluxo Sanguíneo dos Tecidos Fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos O fluxo sanguíneo nos diferentes tecidos apresenta diferentes objetivos, como: Suprimento de oxigênio Suprimento de outros nutrientes Remoção de dióxido de carbono Remoção de íons hidrogênio Manutenção de concentrações apropriadas de íons Transporte de hormônios e outras substâncias para os diferentes tecidos Controle da temperatura OBS! O suprimento sanguíneo dos tecidos é apenas um pouco maior do mínimo necessário para aquele tecido funcionar corretamente, a fim de não sobrecarregar o coração a todo momento. MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO O controle do fluxo sanguíneo pode ser dividido em duas fases: Controle agudo: feito por rápidas variações na vasodilatação ou vasoconstrição das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares. Ocorre em segundos ou minutos essa alteração no fluxo Controle a longo prazo: variações lentas e controladas do fluxo ao longo de dias, semanas ou meses; essas variações ocorrem como resultado de aumento ou diminuição nas dimensões físicas e no número de vasos sanguíneo que suprem os tecidos Controle agudo do fluxo sanguíneo O aumento do fluxo sanguíneo pode ser necessitado em situações como: aumento do metabolismo tecidual, disponibilidade reduzida de O 2 (intoxicações) e entre outras situações. Esse aumento é causado por duas teorias: a teoria vasodilatadora e a teoria da demanda de oxigênio. De acordo com a teoria vasodilatadora, quanto ? (maior) a necessidade do metabolismo ou a ? (menor) disponibilidade de oxigênio ou de outros nutrientes para o tecido, ? será a intensidade de formação de substância vasodilatadoras pelas células teciduais. Ou seja, os tecidos apresentam uma capacidade de produzir substâncias vasodilatadoras, que acabam controlando o raio dos vasos, já que há uma liberação contínua dessa substâncias (?liberação de vasodilatadores vasodilatação; ?liberação dessas substâncias vasoconstrição). As principais substâncias vasodilatadoras que atuam nas arteríolas, metarteríolas e esfíncteres (aumentando o fluxo sanguíneo) são: adenosina, o dióxido de carbono, os compostos fosfatados de adenosina, a histamina, os íons potássio e os íons hidrogênio – a maioria dessas substâncias bioquimicamente em exames demonstram aumento do metabolismo tecidual. Já a teoria da demanda de oxigênio explicita que a falta do oxigênio circulante causaria o relaxamento das fibras musculares das paredes dos vasos sanguíneos, pois não teria energia para manter a contração, causando, portanto, a vasodilatação. Além disso, o aumento da utilização do O 2 pelos tecidos diminuiria a sua biodisponibilidade para a musculatura lisa dos vasos, levando também a vasodilatação. Entretanto, com a retomada do aporte de oxigênio, os capilares, metarteríolas e esfíncteres voltariam novamente a se contrair, até diminuir novamente a [O 2 ]. OBS! Os esfíncteres pré-capilares e as metarteríolas abrem e fecham de forma cíclica muitas vezes por minuto; a duração das fases abertas é proporcional às necessidades metabólicas de oxigênio pelos tecidos. As aberturas e os fechamentos cíclicos são chamados de vasomotilidade.