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Psicologia nas organizações Personalidade Decidir envolve pessoa e ambiente. As pessoas divergem muito em suas escolhas, dadas as diferenças de personalidade. Veja a seguir as definições de personalidade de acordo com alguns autores: Bergamini “A maneira de ser das pessoas, dos seus hábitos motores, das motivações psíquicas e, consequentemente, dos tipos de relacionamento interpessoal que mantêm”. (p. 104) Robbins (1999) Para fins de grupo, devemos defini-la como “a soma total de maneiras como um indivíduo reage e interage com os outros”. (p. 34) Regato (2006) Não devemos desconsiderar que a presença de outros exerce influência significativa sobre a conduta. Social => pode gerar aspecto inibitório. Social => pode gerar exibição. Fatores geneticamente herdados; fatores formados no ambiente, gênero, raça, cultura do ambiente e até mesmo a percepção que fazemos uns do outros garantem que uma pessoa seja bem distinta da outra, embora possam existir afinidades. Teoria Behaviorista e da Aprendizagem Baseia-se na formação da conduta conforme a apresentação de estímulos ambientais. Considera essencialmente os condicionamentos. Estes podem ser: Operantes Condutas formadas a partir da apresentação proposital de estímulos que valham como prêmio ou punição. Os operantes são trabalhados na nossa educação e para o adestramento de animais inferiores. Respondentes Envolvem hábitos que repetimos rotineiramente sem uma autocrítica. Estes são respostas automáticas conforme uma situação nos é apresentada. Exemplo: usar talheres de modo apropriado, não falar enquanto mastiga, cumprimentar com aperto de mão etc. Personalidade/Teorias explicativas A Teoria de Traços Usados para a descrição de pessoas há milhares de anos, definidos como padrões habituais de conduta. Veja os principais teóricos da Teoria de Traços: · JUNG · ALLPORT · CATTELL A Teoria Psicanalítica de Freud A partir de 1895, Freud apresentou conceitos que causaram bastante agito à comunidade científica, estando entre eles: Conceito Características Inconsciente Estrutura do aparelho psíquico proposta por Freud. No inconsciente, conforme a Teoria Psicanalítica, estes conteúdos aos quais não temos acesso pela via da memória, material arcaico de nossas vidas (primeiras experiências infantis), instintos sexuais e impulsos básicos dos seres humanos. Histeria de conversão Psicopatologia proposta pela psicanálise que caracteriza a conversão, no corpo físico, de sintomas sem causa patológica.<br Alguns dos primeiros casos analisados por Freud tratavam de histeria que podia revelar paralisias motoras, cegueiras temporárias etc., sem que tais sintomas pudessem ser justificados em exames clínicos. <="" td="" style="box-sizing: border-box;"></br Recalque Mecanismo de defesa do ego (estrutura consciente) que permite “barrar” da memória conteúdos que geram dor psíquica que resulte em muito desconforto.<br O recalque não é voluntário, não decidimos o que “delatar” de nossa memória. Se assim fosse, não teríamos lembranças ruins e/ou tristezas. Freud observa que as tristezas que ficam tem sua razão e nos preparam para revezes. Aquilo que o ego se encarrega de “enviar” para o inconsciente é de regulação própria de vida psíquica.</br Trauma Refere-se à qualquer experiência vivenciada com desconforto pelas pessoas. Em termos psíquicos nos referimos à trauma quando pensamos em alguma situação de difícil administração, que retorna vez por outra à mente, provocando problemas e/ou tristeza.<br Muitas vezes, precisa-se recorrer à ajuda profissional para vencer barreiras pessoais e consequentemente sociais impostas por situações de trauma.</br Psicanálise Fundada por Sigmund Freud é uma linha de tratamento para distúrbios de ordem neurótica e outras patologias. Pode ser administrada por médicos e psicólogos que tenham a especialização em psicanálise. Estruturação psíquica, em Freud Uma contribuição teórica de Freud foi o modelo de aparelho psíquico, que é comporto por: Id, Ego e Superego. Acompanhe as três definições na animação abaixo: As estruturas psíquicas se inter-relacionam, justificando a nossa conduta. O ID representa impulsos relacionados ao alcance de prazer e o SUPEREGO às obrigações, impostas pela realidade. O EGO tenta uma mediação entre ambos. Você conhece o aplicativo Whatsapp, certo? Nele, estamos acostumados aos seus emojis (aquelas pequenas imagens que transmitem a ideia de uma palavra ou frase completa). Agora, utilizando seu conhecimento sobre Id, Ego e Superego, analise os emojis nos celulares abaixo. Depois, marque a alternativa que corresponda aos complexos psicológicos, de acordo com Freud: Os emojis correspondem respectivamente a: a) Id, Ego, Superego b) Ego, Superego, Id c) Id, Superego, Ego d) Superego, Id, Ego Corrigir Diferenças individuais/Personalidade Rogers, indicado ao prêmio Nobel da paz em 1987, desenvolveu sua linha de estudo defendendo a ideia de que a pessoa é um ser cujo núcleo básico da personalidade tende à saúde, precisando estar aberta às experimentações para uma vida feliz. Carl Rogers Fonte: //www.vestedway.com/the-psychology-of-outsourcing Rogers foi um grande crítico de instituições de ensino, admitindo que estas formam comportamentos nos indivíduos, pela via do condicionamento, que não são genuínos. Ele Influenciou métodos de ensino, psicoterapias e empresas (nos treinamentos e na administração de pessoas). Estudados os fatores de diferenças individuais, voltemos aos processos decisórios. Estes envolvem aspectos da personalidade de quem decide e aspectos relacionados às alternativas a escolher. (Chiavenato, 2000) O sujeito experimenta dissonância cognitiva que precisa reduzir. Decidir envolve três momentos de desgaste psíquico: Período pré-decisório O sujeito avalia prós e contras das alternativas a escolher. Período decisório Período de maior tensão em que o sujeito define uma das alternativas como escolha. Período pós-decisório A alternativa escolhida é creditada como a mais acertada, reduzindo o nível de tensão. Algumas vezes o sujeito reavalia a escolha e se arrepende, sendo necessário, então, reposicionar-se quando isso é possível. Rowe & Boulgarides (1992) observam a existência de modelos decisórios distintos, sendo eles: Racionais Em que prevalece a análise sobre aspectos conceituais e da natureza das alternativas a escolher. Intuitivos Que se baseia mais na experiência pessoal de quem decide. O que determina se a decisão será racional ou intuitiva é a situação e o próprio agente. A decisão pode ser um processo solitário ou grupal, existindo aspectos positivos e negativos para cada uma destas situações. Decidir sozinho • O leque de possibilidades a escolher é sempre maior; • As decisões podem ser reavaliadas a qualquer momento (despende menor energia psíquica); • A responsabilidade se concentra numa única pessoa; • Há um maior comprometimento com a decisão. Decidir em grupo • Diminui as chances de erro; • A responsabilidade é dividida; • O comprometimento com a escolha é menor; Dificilmente as pessoas reavaliam a decisão tomada em grupo (no momento pós-decisório despende menor energia psíquica). As organizações demandam decisões rotineiramente de suas equipes de trabalho. Nestes casos, como fica a ética? • Bom nível de educação não garante bom-senso e/ou cuidado com os colegas na hora de decidir; • Os limites de tempo impostos levam a estresses que precisam ser administrados; • Tentar manter a mente aberta não deixa o indivíduo limitado à própria percepção no processo decisório; • No Brasil muitas decisões são baseadas em utilitarismo (cultura nacional). Tenha em mente que escolher é sempre muito difícil, e as escolhas estão sempre sujeitas a críticas. Uma alternativa é válida para as escolhas de alguns, nunca de todos, por isso quem decide está sempre sujeito a julgamentos. Próximos passos