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CURSO: DIREITO 
DISCIPLINA: DIR ADMINISTRATIVO II (CCJ 0011) TURMA: 10º 
Período 
ALUNO: Nelmo de Jesus Santos 
Mat.: 201704079764 
TURNO: Tarde PERÍODO: 10º DATA: 06/10/2020 
DATA ENTREGA: AV1/Nota: 
PROFESSOR: Ronaldo A. de Lima 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: prova individual; as questões deverão ser 
respondidas e em seguida, salvo o arquivo para, na aba TEREFA, no TEAMS, 
ser encaminhado arquivo; as justificativas não necessitam de artigo de norma 
(lei/constituição); prova com um total de 05 (cinco) questões, cujo valor de 
cada uma delas consta no respectivo enunciado; esta prova aborda os 
conteúdos D. Adm II, e tem prazo da aula para respostas, podendo ser 
encaminhada até 24 (vinte e quatro) horas, contadas do início do horário 
regular da aula. 
 
01 - (Valor: 1,6) De acordo com o SISTEMA CONSTITUCIONAL vigente 
no Brasil, bem como ao posicionamento doutrinário e as informações do 
conteúdo ministrado em sala de aula, estabeleça distinções e pontos comuns 
entre a OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA e a REQUISIÇÃO. Logo, não foi 
solicitada uma definição e sim uma análise comparativa. (EXPLIQUE e 
EXEMPLIFIQUE), fundamentando sua resposta. Obs.: a fundamentação não 
exige texto legal 
R- O que ocorre, entre a ocupação temporária e a requisição 
administrativa, é que quando feita sobre imóveis é quase que idêntica, 
sendo necessário esclarecer tais situações, pois, é a definição de qual 
instrumento será cabível a cada caso concreto que vai definir a forma de 
instituição deste, juntamente com a possibilidade ou não de indenização 
e o conseqüente ressarcimento ao particular por ter sido invadido no seu 
patrimônio, e, dessa forma, sofrido limitação quanto às suas atribuições, 
como o direito de usar e gozar plenamente da coisa. Afinal, não podemos 
dizer que não sofreu prejuízo algum o particular que teve sua propriedade 
requisitada pelo Estado por um período de quatro, cinco meses, ficando 
durante tal tempo impedido de desfrutar da mesma, ainda que sem 
nenhum prejuízo físico à coisa. 
Os dois institutos exemplificados aqui remetem a uma ideia preliminar, 
que nos permite fazer uma conceituação uniforme entre estes no sentido 
de que, ambos, refletem formas de atuação do Estado na propriedade 
privada, fundamentado no interesse, utilidade ou necessidade pública, 
dando permissão a este para que faça uso do bem particular, em prol de 
um resultado que propicie o bem comum da coletividade. 
A requisição administrativa pode ser instituída sob distintas modalidades, 
num primeiro momento sobre bens móveis ou imóveis, noutro, sobre 
serviços, detalhe que a principio já nos possibilita traçar uma distinção 
quanto à ocupação temporária, que somente se institui sobre imóveis. 
Ademais, nos limitaremos ao paralelo desta última com as requisições 
sobre imóveis 
Portanto, não pode ser tais institutos entendidos demasiadamente de 
forma igualitária, pois, cada um tem a sua razão de ser e o motivo 
determinante de sua existência. 
 
 
 
02 – (Valor: 1,6) Relativamente a execução dos serviços públicos, o estado 
poderá executar diretamente ou, conforme previsto na constituição vigente, 
sob regime de concessão, prestar serviços públicos, sempre observando o 
processo licitatório. Desse forma, considerando que através de processo 
licitatório, na modalidade concorrência, fora estabelecida uma concessão 
pública, com prazo determinado de 20 (vinte) anos, e, o poder público 
concedente, após VÁRIAS NOTIFICAÇÕES (sem sucesso), objetivando que 
o concessionário prestasse o serviço de forma a cumprir, integralmente, o 
objeto do contrato, visto existir reclamações dos usuários, unilateralmente, 
antes do prazo fixado, resolveu retomar o serviço para realizar sua execução 
diretamente. No exemplo narrado, qual a denominação adequada para essa 
forma de extinção da execução indireta do serviço público. 
R. É considerada Encampação, tendo em vista a retomada do serviço pelo 
poder concedente, obedecendo ao prazo de concessão, tendo em vista o 
interesse público, sempre autorizado Por lei específica, e levando em 
consideração o pagamento antecipado da idenização, artigo 37 da lei nº 
8987, de 13 de fev. de 1995. 
 
03 - (Valor: 1,6) Considerando o disposto na CF/1988, entre os direitos 
assegurados, destaca-se o direito de propriedade, todavia, infere-se que há 
também a possibilidade de intervenção estatal na propriedade privada, da 
forma supressiva, nos limites e formas estabelecidos na constituição e na 
disciplina infraconstitucional. Dessa forma, na hipótese de ser usada a 
propriedade em desconformidade com a lei, a exemplo de exploração e cultivo 
de substância alucinógena/ psicotrópica, o poder público poderia intervir? E 
de qual forma? 
Sim, Art. 5º da CF, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
Estando ela condicionada também ao bem-estar social, porém quando 
não atender as funções citadas caberá a intervenção do Estado, essa 
intervenção ocorrerá por, intervenção restritiva ou intervenção 
supressiva. 
Dessa forma o Estado interferirá na propriedade privada para manter a 
finalidade social, fiscalizando assim, para coibir propriedade que 
exploram o cultivo de drogas, nesse caso a propriedade será confiscada, 
de acordo com o Art. 243 cf. Sem qualquer indenização ao proprietário e 
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, onde forem encontradas 
culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente 
expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, 
para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos. 
 
 
 
04 - (Valor: 1,6) A Empresa PNK Ltda, de origem Coreana, realiza um tipo de 
domínio de mercado conhecido, pois vende determinados produtos 
importados, por preço muito abaixo daquele praticado no mercado local 
(Região Centro Oeste), especialmente por ingressar no país com seus 
produtos, sem pagamento dos tributos devidos. Em consequência, boa parte da 
concorrência foi à falência. Assim sendo, foram adotadas (PELO PODER 
PÚBLICO), medidas fiscalizatórias e inibidoras de tais práticas, como forma 
de evitar as práticas abusivas e que resultam no afastamento da concorrência, 
prevista constitucionalmente e salutar para a relação de consumo. Segundo 
agentes que atuaram nas ações do estado, na última operação, em entrevista, 
os servidores afirmaram cumprir seu dever legal, além de garantir que o 
estado agia, no caso narrado, como “Executor de Atividade Econômica”. 
Analise o texto, especialmente quanto as afirmações dos agentes do poder 
público, e as firmações relativas a atuação do estado, e, concordando ou não, 
apresente seus argumentos. 
R. A política do comércio exterior brasileiro pode ser definida como o ato 
de governar, do Estado, com vistas à 
consecução e à salvaguarda dos Objetivos Nacionais, no que diz respeito 
ao comércio do Brasil com os demais 
países. O governo brasileiro dá as diretrizes aos empresários e 
comerciantes, para que os mesmos adotem os sistemas e procedimentos 
compatíveis com os interesses nacionais do momento.Dessa forma e 
diante do caso o estado deve agir como Regulador e Executor, garantindo 
assim os serviços públicos aos seus cidadãos, observados o que diz o 
artigo 173 da CF. 
 
Art. 173 – Ressalvados os casos previstos nesta constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos impeditivos 
da segurança nacional ou a relevante 
Art. 170, define claramente não ter intenção de ser um Estado Empresário 
somente no sentido de visar o lucro, mas, fundamentalmente, no sentido de regrar 
determinados setores e/ou sanar possíveis distorções, de acordo com o que seja 
mais benéfico para o interesse coletivo. Definiu também como princípio, em seu 
inciso V, a “Defesa do Consumidor”. 
Devendo ser observado aindao inciso XXXII do Art. 5° da CF/88 é taxativa “O 
Estado promoverá a defesa do consumidor na forma da lei”. 
Sendo assim é de suma importância a intervenção do Estado na atuação e 
regulação de empresas e serviços. Frize-se, que diz na Lei 8078/1990, Código de 
Defesa do Consumidor – CDC; 
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, 
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e 
modicidade das tarifas. 
§ 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das 
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em 
situação de emergência ou após prévio aviso, quando: 
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, 
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
 
 
 
05 - (Valor: 1,6) De acordo com o SISTEMA CONSTITUCIONAL vigente 
no Brasil, bem como ao posicionamento doutrinário e as informações do 
conteúdo ministrado em sala de aula, estabeleça distinções e pontos comuns 
entre a intervenção do estado na propriedade privada, na forma 
SUPRESSIVA, e a intervenção do estado na propriedade privada, na forma 
RESTRITIVA. Logo, não foi solicitada uma definição e sim uma análise 
comparativa. (EXPLIQUE e EXEMPLIFIQUE), fundamentando sua resposta. 
Obs.: a fundamentação não exige texto legal (Constituição ou de lei). 
R. Pode ser entendida como Intervenção restritiva, situação em que o 
Estado restringe, condicionando o uso da propriedade sem tomar do seu 
dono. A doutrina traz para nós, os seguinte moldes; Servidão 
administrativa, Intervenção restritiva, requisição, ocupação temporária, 
tombamento e as limitações administrativas. Já na intervenção 
Supressiva, o Estado, faz uso aos particulares de sua autoridade 
“Supremacia”, onde em prol do interesse público, abarganha para si, 
propriedades de terceiros, de forma coercitiva. Restando assim o 
entendimento do que diz o art. 22, incisos I,II,III, da CF.

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