Buscar

Questionário Plano Especial de Recuperação MP e EPP

Prévia do material em texto

Tainá Colombo - 0210144
PLANO DE RECUPERAÇÃO PARA MICROEMPRESAS
E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
1 – A Lei 11.101/2005 permite que as sociedades empresárias enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte apresentem Plano Especial de Recuperação Judicial. A possibilidade de apresentação deste plano nas condições especiais definidas pela lei é consequência automática do fato da empresa enquadra-se como MP ou EPP ou deve ser informado anteriormente ao juízo?
 - O devedor deverá apresentar em petição, a intenção da realização de recuperação judicial de forma especial.
2 – Qual o prazo para apresentação do Plano Especial de Recuperação Judicial?
 - Após a publicação da decisão de deferimento do pedido de recuperação judicial, abre-se o prazo de 60 dias para apresentar o Plano Especial de Recuperação Judicial, conforme art. 53 da Lei 11.101/05.
3 – Quais as condições que o Plano Especial de Recuperação Judicial deverá obrigatoriamente ter?
 O Plano Especial de Recuperação Judicial deve conter as seguintes condições: 
- Abrangerá exclusivamente os créditos quirografários, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais e aqueles que não submeterão aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, em relação aos credores titulares da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, bem como os créditos da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação.
- Preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. (doze por cento ao ano);
- Preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;
- Estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, depois de ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
4 – Optando a empresa pela apresentação de Plano Especial de Recuperação Judicial, é possível pactuar livremente carência, descontos, juros e parcelamento dos débitos ou há regra a ser seguida?
- Diferente do Plano de Recuperação Judicial “normal”, o Plano Especial de Recuperação Judicial possibilita a liberdade do devedor em escolher suas condições.
5 – Como é tratado o stay period em pedido de recuperação judicial com base em plano especial quanto a débitos não incluídos nesta Recuperação Judicial? Há a suspensão das ações e da prescrição em relação a aqueles débitos?
Art. 6, Lei 11.101/05: 
§ 4º Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
6 – Havendo objeções, será convocada assembleia-geral para deliberar sobre o Plano? Como se dá aprovação e concessão da recuperação judicial nestes casos? 
- Não será convocada assembleia-feral para deliberar sobre o plano. O juiz concederá a recuperação judicial desde que atendidas às exigências necessárias. No entanto, caso seja relevante o numero de credores que apresentem objeção ao plano, a rejeição deste torna-se inevitável. (art. 72 da Lei 11101/05)
7 – Qual a possibilidade de convolação da Recuperação Judicial em Falência a partir de objeções apresentadas pelos credores?

Mais conteúdos dessa disciplina