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Resenha IBF
Nome: Stephany Amorim
Curso: Gestão de Recursos Humanos
Disciplina: Obstáculos e Soluções em Gestão Pública
O presente trabalho acadêmico tem como finalidade explanar as dificuldades e tentar apresentar uma solução no que tange o sistema público e suas veias correlatas. Após leitura da apostila, pesquisas e juntando com as analises dos principais conceituadores, verificou-se que o sistema público brasileiro utilizado é o gerencialista e foi implantando durante o governo de Fernando Henrique Cardoso no ano de 1995 promulgada em 1998, sendo influenciada pelas ideias do movimento chamado nova gestão pública.
A gestão pública divide-se em três modelos: patrimonialismo, onde a gestão era exercida pela vontade do governante e o Estado era meramente a sua extensão. A ocupação do cargo público era indicada de acordo com a sua vontade sem nenhum critério. Pois dessa forma se tornava mais “fácil” o controle do sistema. Ressalta-se que essa forma de administração se estendeu até o período do Brasil-Colônia. Nesse modelo de gestão, não se encaixava a parceria privada. Destarte que, caso houvesse nesse período um amadurecimento gestacional, o apoio da iniciativa privada nos setores onde é permitida a privatização, talvez, tivesse outro rumo.
Já o sistema burocrático busca uma maior agilidade e eficiência, com mais fluidez e possibilidade mínima de erros com menor custo. Nesse sistema, as ações dos indivíduos são inibidas através dos regulamentos/regras. Estampado assim que, antes de pensar em executar uma ação indesejável em face do Estado, este seria punido através das normas e regulamentos. 
E por fim o gerencialismo que foi incialmente aplicado nos EUA e no Reino Unido. O sistema foi implantado para tornar mais flexível e eficiente suas ações, cuja finalidade era melhorar a destinação dos recursos públicos, evitando assim o desperdício. Suas ações são voltadas para os indivíduos e não a manutenção do poder do Estado. Nesse sistema, os gestores possuem mais autonomia sobre os recursos destinados, em contra ponto, caminha junto à lei de responsabilidade fiscal colocando limites e o controle dos gastos. Acreditamos que o atual modelo de gestão corrobora com os modelos anteriores. 
O sistema público precisaria passar por uma reformulação no que se referente à eficácia/eficiência no sistema de informações, no atendimento ao público, na organização de documentos, qualificação dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, extinção dos cargos comissionados e fim da estabilidade.
Enfatiza-se que muitas das estratégias utilizadas na gestão privada poderiam se estender na gestão pública ocasionando uma melhora plausível na atmosfera pública. 
“O pensamento politico administrativo vai rumando concretamente em direção à sociedade. Surgem novas formas de representação e manifestação da sociedade que ampliam a esfera pública, clamando também por uma reforma do Estado no sentido de torna-lo mais permeável à participação da população e aos novos atores sociais – e por formatos institucionais e inovadores”. (KEINERT, 2000, p. 88). 
Podemos elencar os obstáculos encontrados na administração pública como a falta de planejamento, falta de investimento nos profissionais que desempenham as atividades, incentivo a esses funcionários públicos, falta de administração dos recursos provenientes da União, Estados e Municípios, má distribuição desses recursos, atendimento adequado ao cidadão, excesso de burocracia nos tramites públicos, a descentralização em alguns setores, dentre outros. 
“David Garvin, professor de Harvard, afirma que a diversidade dos desafios da sociedade contemporânea é umas das grandes dores de cabeça dos gestores atuais. Sugere que as organizações, para lidarem com esse problema, devem estar em permanente processo de adaptação o que exigirá flexibilidade e capacidade de aprendizagem contínua”. (CARVALHO, Maria do Socorro.V.D. Desafios Contemporâneos de Gestão, Rio de Janeiro, 2004). 
Aproveitamento esse tema o qual é muito complexo, gostaria de citar um exemplo de morosidade no setor federal. Um amigo efetuou um pagamento de uma guia (DARF) com código de pagamento 8301 (PIS), cujo valor original era de R$ 53,05 (cinquenta e três reais e cinco centavos). No dia do vencimento ao efetuar o pagamento pelo aplicativo do banco, não se atentou que ao invés de pagar o valor de R$ 53,05 pagou R$ 5.053,05. Após verificar o “erro”, realizou um pedido junto à Receita Federal de devolução do valor pago a maior. Ressaltamos que já se passaram quatro anos da data do pedido. Com esse exemplo podemos notar o quanto é complexo e burocrático o sistema gestacional público. 
O que notamos é que a gestão no setor governamental é de estrema importância, pois será através desse movimento o aumento da eficiência na prestação de serviço público ao cidadão. 
Da mesma forma irá influenciar a máquina pública em outros aspectos, tais como: canalização correta dos recursos, rapidez nos processos e tramites administrativo. 
Nos dias atuais existem algumas ferramentas que poderiam ajudar na gestão pública juntamente com a tecnologia. Imaginemos o atendimento através de um aplicativo que proporcione ao contribuinte os serviços de acompanhamento dos processos administrativos, pagamentos, emissão de taxas, emissão de CDN, etc. Logo teremos uma economia com redução de pessoal, material de expediente e a dispensa da contratação de servidores comissionados, que quase sempre incham a folha de pagamento da União, Estados e municípios. 
Dessa forma quando a gestão se torna mais eficaz/eficiente no que se refere ao atendimento a população, automaticamente aumenta a satisfação do contribuinte e a arrecadação através dos impostos será maior, porque a um retorno e investimento do valor pago para a sociedade. 
O desenvolvimento e conclusão desse trabalho, notamos que achar uma solução para a máquina pública não é uma tarefa fácil. Há muito tempo o tema é debatido pelos principais conceituadores e sempre nos deparamos com o problema da estrutura organizacional, caracterizada como rígida, burocrática e autoritária, além da dificuldade de acesso as informações. 
Por fim, a solução para a gestão pública seria a desburocratização do sistema como já vem sendo feito em alguns estados, a canalização e a destinação correta dos recursos juntamente com a simplificação do processo administrativo, tornando com isso o sistema mais eficaz.
Referências bibliográficas: 
CARVALHO, Maria do Socorro V. D. Desafios Contemporâneos de Gestão, Rio de Janeiro, mar./abr.2004.
<https://administradores.com.br/producao-academica/inovacao-no-setor-publico-obstaculos-e-alternativas> Acesso em 28.07.2020.
< https://mystudybay.com.br/ultimas-ordens/546910/> Acesso em 27.07.2020.

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