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PROVA BASES EPISTEMOLÓGICAS DA PSICOLOGIA – PSN1
ALUNA: EDUARDA CAPRINI MARCHIORI DEMONIER
1) Para Pierre Bourdieu, na sociedade contemporânea, uma das formas privilegiadas por meio das quais as pessoas se diferenciam uma das outras é o juízo estético, ou seja, o gosto e escolhas pessoais. Melhor dizendo, imitar um juízo estético acerca de alguma coisa é uma forma importante de se diferenciar um dos outros como indivíduos na sociedade. Isso é viabilizado mediante três formas de capitais: capital econômico (renda), capital cultural (capacidade de incorporar conhecimentos legítimos) e capital social (relações pessoais). Dessa maneira, entende-se que nossas preferencias são ditadas pela meio social que estamos inseridos. 
Isso tudo se relaciona como o processo civilizador de Elias, pois a internalização da repressão por meio da repugnância e vergonha é uma forma de autocontrole social. Para Elias, todos somos sociedade. Não há individuo fora do mundo social. Quando há uma repressão, na verdade essa repressão é uma fala da sociedade através de mim. 
2) Para Bourdieu, a posição social em que o individuo está inserido tende a definir suas escolhas e ditar quem somos e o que faremos. Quanto mais perto estamos de um determinado espaço social, maior será a possibilidade de ter juízos estéticos semelhantes àquelas pessoas presentes nesse mesmo meio. 
Para o Gabriel Peters, nosso sofrimento psíquico está atrelado a certas condições sociais de existência. Às vezes, para entender um problema individual, não devemos olhar somente para a gente mesmo, mas também olhar para o mundo no qual estamos inseridos. O nosso sofrimento psíquico esta relacionado a questões sociais/mundo social que nós estamos inseridos e influenciados.
3) Para Gabriel Peters, a característica do nosso mundo não é mais a hipertrofia do superego, ou seja, a internalização da repressão, mas sim a internalização de que nós devemos nos realizar, e que nosso sofrimento psíquico é mais pela exortação a se realizar do que mais pela repressão de não fazer alguma coisa.
Dessa maneira, pensar em um processo civilizador contemporâneo seria ter um processo no qual os indivíduos não tem vergonha de fazer algo que vá ridiculariza-lo mediante seu meio, como é para Elias, mas os indivíduos sentirão vergonha de não ter sido quem realmente poderia ter sido, por não ter realizado intensamente e plenamente aquilo que poderia ter realizado, por não ter sido uma melhor versão de si mesmo. A grande culpa do mundo contemporâneo serão as pessoas se martirizarem por não terem sido quem queriam ser ou não terem atendido as expectativas que as outras pessoas tinham a quem poderia ter sido.
A grande questão, que é uma das causas da depressão, será a sensação de ter querido ser ou ter podido ser alguém ou alguma coisa e não ter sido aquilo suficiente de forma integra e plena.