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Enterobius vermicularis
Seu tamanho, sua cor e suas características (capacidade de adesão e migração pelo tubo digestivo) favorecem sua observação a olho nu; são menores e delgados; ocorrem no intestino grosso, podendo chegar a região anal.Filo: Nematoda
Classe: Secernentea
Ordem: Ascaridida
Família: Oxyuridae
Gênero: Enterobius
Morfologia
Há características comuns entre os dois sexos: cor branca corpo filiforme e cutícula fina estriada; possuem expansões vesiculares da cutícula chamadas asas cefálicas; a boca é pequena, com três lábios retráteis.
· Fêmea: mede cerca de 1cm, tem cauda longa e pontiaguda; a medida que o número de ovos intra uterinos nas fêmeas grávidas aumenta, seu corpo se distende e é tomado quase em sua totalidade pelos ovos, sendo até 16.000 em uma única fêmea.
· Macho: mede 0,3 a 0,5 mm; a cauda é fortemente recurvada no sentido ventral
· Ovo: mede de 50 a 60μ; apresenta aspecto da letra D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo; possui dupla camada, eh liso e translúcido; quando deixam o corpo da fêmea, já apresentam em seu interior uma larva formada; possui substância albuminosa que favorece sua aderência.
Habitat
· Ficam no ceco, incluindo o apêndice cecal, onde podem estar livres ou aderidos à mucosa.
· Exemplares jovens podem ser encontrados no óleo, enquanto formas imaturas estão no intestino delgado
· Fêmeas grávidas abarrotadas se ovos se encontram no ânus.
Ciclo Biológico 
· Monoxênico e peculiar.
· Depois da cópula, os machos são eliminados com as fezes do hospedeiro e morrem.
· As fêmeas desprendem-se do ceco, passam pelo intestino grosso, pelo esfíncter anal, e alcançam o ambiente externo, essa movimentação pode se dar pela grande quantidade de ovos dentro delas.
· Essas fêmeas são expulsas com as fezes ou ficam presas ao ânus, onde ações fazem com que ela se rompa.
· Ali ou no ambiente os ovos se tornam infectantes rapidamente.
· Após a ingestão dos ovos, larvas eclodem no duodeno, passam pelo jejuno e íleo e chegam no ceco; nesse trajeto, realizam duas mudas e transformam-se em vermes adultos.
· Fêmeas são encontradas no ânus 45 a 60 dias após a infecção.
Transmissão 
· Heteroinfecção: quando os ovos presentes em alimentos ou poeira alcançam novo hospedeiro.
· Indireta: quando ovos em alimentos ou poeira alcançam o mesmo hospedeiro que o eliminou.
· Auto Infecção externa ou direta: o próprio indivíduo parasitado, após coçar o ânus, leva os ovos infectantes até a boca.
· Autoinfecção interna: as larvas eclodem ainda dentro do reto e migram para o ceco, virando vermes adultos.
· Retroinfecção: as larvas eclodidas na região perianal adentram o sistema digestivo pelo ânus, ascendem pelo intestino grosso até chegar ao ceco, onde viram adultos.
Patogenia e Sintomatologia
· Casos mais graves podem causar alterações no intestino, lesões anais e perianais; além de irritação local, lesões intestinais são mínimas
· Em casos elevados, pode haver inflamação catarral na região ileocecal, acompanhada de náusea, vômito e dores abdominais
· Há prurido anal por causa das fêmeas presentes (principal sintoma): deixam o local edemaciado, congesto e com restos de parasitos, levando o indivíduo a coçar a região persistentemente.
· Há alterações neurocomportamentais e interferência na qualidade do sono - bruxismo, pesadelos, sonambulismo; irritabilidade.
· A infecção da uretra feminina é muito mais frequente; o parasito encontra maior facilidade para migrar do ânus para a vagina, onde provoca prurido vulvar, corrimento e diferentes graus de excitação sexual.
Diagnóstico 
· Clínico: facilitado quando há sintomatologia; pequenos vermes podem ser vistos na região anal.
· Complementar: observação dos ovos - método da fita adesiva de Graham - o qual consiste em passar-lá na região anal do paciente para analisar no microscópio depois; deve ser utilizada ao amanhecer antes da pessoa urinar ou banhar-se.
Epidemiologia
Cosmopolita; crianças são as mais parasitadas; maior em climas temperados; frequente onde indivíduos vivem próximos e com higiene precária. Ovos resistem 3 semanas no ambiente doméstico e tem facil proliferação.
Profilaxia
Cuidado com vestes, roupas íntimas e de cama do infectado, as quais não devem ser sacudidas pela manhã, mas enroladas e lavadas em água fervente; lavar frequentemente as mãos; banho diário ao levantar-se; nao coçar o ânus; tentar não levar a mão a boca; limpeza doméstica com aspirador; cortar unhas; tratamento da coletividade.
Tratamento
Pamoato de pirantel, albendazol, ivermectina.

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