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ATIVIDADE Monsanto - Gleyce Sangaleti

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“O Mundo Segundo a Monsanto” – análise 
crítica 
Gleyce Stefani Santos Gaspar Monteiro Gomes Sangaleti 
Biotecnologia / Tecnologia em Alimentos 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
Profª. Mª. Anielle de Oliveira 
 
 
O documentário “O Mundo Segundo a Monsanto” foi dirigida pela premiada 
jornalista francesa Marie-Monique Robin, o qual aborda de maneira a desmitifica as 
pesquisas e propagandas realizadas por pesquisadores independentes da 
multinacional que é especializada em biotecnologia. Em um primeiro momento é 
possível vislumbrar um breve histórico da referida companhia que fabrica 
organismos geneticamente modificados (OGM), bem como alimentos transgênicos, 
cujos grãos de soja, milho e algodão se proliferam pelo mundo, apesar dos alertas 
de ambientalistas. 
 
Robin concebe o seu filme utilizando como fonte de pesquisa a internet, efetuando 
o levantamento dos fatos que ela pretende apresentar, os quais virão sempre 
acompanhados e enriquecidos pelos depoimentos dos atores sociais envolvidos. 
Tal procedimento serve a dois propósitos. De um lado, ao realizar a consulta na 
internet aos documentos cujos conteúdos analisam a trajetória e as ações nas 
quais se encontra envolvida a Monsanto, a autora busca evitar que a empresa a 
processe. Por outro, cada documento consultado leva a autora a viajar para países 
como Estados Unidos, Inglaterra, Noruega, Itália, Vietnã, Índia, México e Paraguai 
com o objetivo de colher depoimentos, dentre outros, de cientistas, agricultores, 
políticos, funcionários de órgãos públicos e advogados. 
 
De acordo com o documentário, a empresa usufruiu de grandes estratégias, 
inclusive as chamadas “portas giratórias”, para a inibição de qualquer tipo de 
regulamentação ou interferência governamental que pudessem prejudicar suas 
produções. A decisão de que os transgênicos não precisavam de regulamentações 
necessárias foi política, e não científica. Com isso, torna-se muito mais concreta a 
afirmação de que a influência da Monsanto é tão poderosa que chega a superar o 
poder do governo. 
 
O principal produto vendido é o herbicida Roundup que em determinado momento 
possuía, em sua embalagem, propaganda que fora considerada enganosa por 
determinação da justiça. Na embalagem constava que o produto se tratava de 
biodegradável, todavia, é tóxico, prejudicial a saúde tanto dos seres humanos 
quanto de animais. Além causam diversas doenças genéticas e danos ao meio 
ambiente. 
 
A filmagem de acontecimentos reais destacou os perigos do crescimento 
exponencial das plantações de transgênicos que nos Estados Unidos da América 
foi regulamentada por decisões políticas descartando uma análise científica. 
 
Objetivando verificar em campo os impactos sócio-econômicos e ambientais das 
sementes transgênicas produzidas pela Monsanto, a autora viajou para a Índia e 
lá se deparou com o seguinte quadro: o controle quase que total do mercado de 
sementes de algodão por parte da Monsanto. Suas sementes de algodão 
transgênico BT, são vendidas a um preço quatro vezes maior do que as sementes 
convencionais, cuja oferta é bastante reduzida. Esta nova situação tem levado os 
camponeses a uma extrema dependência, pelo fato de terem que comprar as 
sementes mais caras e também o adubo. 
 
Segundo o relato de Vandana Shiva (ativista ambiental e física), os agricultores 
indianos estavam suicidando-se devido ao fracasso das safras de algodão 
transgênicos. Pois as doenças atingiam as plantações e os mesmo só poderiam 
comprar as sementes geneticamente modificadas da Monsanto. Isto só 
comprovava que as promessas de lucros, proteção do meio ambiente e vida 
saudável que a multinacional ofertava, não estava ocorrendo no território indiano. 
 
Através de documentos pode-se confirmar que a FDA desde 1992, negligenciou 
vários relatórios descritos por seus pesquisadores que comprovam os malefícios. 
Entretanto, na época a mesma alegou que os transgênicos não trariam danos a 
saúde. Sendo que um dos primeiros produtos lançados nos EUA em 1989, da 
engenharia genética (transgênicos) foi o tripotofani, o qual matou dezenas de 
pessoas e deixou centenas doentadas através do seu efeito colateral, produzindo 
uma doença chamada de EMS (Esclerose Múltipla). 
 
Agricultores americanos alegam que foram intimidados pela empresa através de 
suas sojas transgênicas patenteadas Roundup Ready. Logo, se deduz que a 
multinacional quer estrategicamente monopolizar em todo o mundo a 
comercialização de grãos e sementes. 
 
Um dos pontos a serem debatidos é que os transgênicos podem gerar problemas 
graves a saúde. Pois o documentário nos leva à constatação de que estes, 
atualmente, têm se constituído em produtos para alimentação associada à 
manutenção da vida, passe também a estar intimamente relacionada à noção de 
risco e, consequentemente a morte. Com relação a segurança alimentar em prol 
do bem-estar da população, é necessário um aprofundamento nas pesquisas, 
para que se possa consumir esses alimentos sem que tragam riscos a saúde. 
 
Quando a questão em análise é o meio ambiente, os transgênicos também são 
severamente atacados, pois o uso de sementes resistentes a pragas pode levar 
as ervas daninhas e herbívoros mais resistentes. Consequentemente acarretam 
no maior uso de agrotóxicos que aumentam os resíduos desses produtos nos 
alimentos e no próprio ambiente, desencadeando desequilíbrios ecológicos.

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