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Deficiência visual
Introdução - Deficiência visual
● § 1º Considera-se pessoa com deficiência visual aquela que apresenta baixa visão ou 
cegueira. (COFFITO, 2014)
● § 2º Considera-se baixa visão ou visão subnormal, quando o valor da acuidade visual 
corrigida no melhor olho é menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 ou seu campo 
visual é menor do que 20º no melhor olho com a melhor correção óptica (categorias 1 e 
2 de graus de comprometimento visual do CID 10) e considera-se cegueira quando 
esses valores encontram-se abaixo de 0,05 ou o campo visual menor do que 10º 
(categorias 3, 4 e 5 do CID 10). (COFFITO, 2014).
● O Censo Demográfico de 2010 aponta que dos 23,9% dos brasileiros com deficiência, 
18,7% possui algum tipo de deficiência visual. (BRASIL, 2012 apud SILVA et. al., 
2019).
CID 10
● Classificação: 
● H54.0 Cegueira, ambos os olhos 
● H54.1 Cegueira em um olho e visão subnormal em outro 
● H54.2 Visão subnormal de ambos os olhos
Principais causas segundo estudos
● As causas mais frequentes de deficiência visual em uma escola para deficientes 
visuais em Bauru (SP), em ordem crescente de prevalência foram: atrofia óptica, 
meningite, retinocoroidite por toxoplasmose, neurite óptica, degeneração macular 
relacionada a idade, retinopatia da prematuridade, descolamento tracional de retina, 
hidrocefalia, tumor ocular, glaucoma congênito, uveíte, glaucoma, retinose pigmentar, 
descolamento de retina regmatogênica e trauma ocular. (GERMANO, 2019)
● Em outra escola para deficientes visuais na cidade de Rio de Janeiro (RJ), as 
principais causas identificadas de cegueira foram: retinopatia da prematuridade, atrofia 
de nervo óptico, glaucoma congênito, distrofias retinianas e neoplasias; e as causas de 
baixa visão foram: catarata congênita, glaucoma congênito e cicatriz de retinocoroidite. 
(COUTO JUNIOR e OLIVEIRA, 2016)
Serviço de Reabilitação Visual: Estrutura física
1 Consultório de Oftalmologia com recursos para avaliação de baixa visão e prescrição de recursos ópticos;
1 Sala para habilitação/reabilitação visual (estimulação visual e adaptação de recursos ópticos);
1 Sala de psicologia;
1 Sala de serviço social;
1 Sala de atividades de vida diária/AVD;
1 Sala de orientação e mobilidade/OM;
1 Sala para atividade em grupo;
Recepção e sala de espera de acompanhantes;
Área para arquivo médico e registro de pacientes;
Depósito de material de limpeza;
Área para guardar materiais/equipamentos;
Sanitários independentes (feminino e masculino) com trocador para bebê;
Sanitário independente para pessoa com deficiência;
Sala de adaptação de prótese ocular (opcional);
Laboratório de prótese (na própria Unidade ou referenciada);
Serviço de Reabilitação Visual: Recursos humanos
 Equipe mínima:
1 Médico oftalmologista;
1 Ortoptista (opcional);
1 Óptico protesista (opcional);
2 Profissionais de nível superior com capacitação em habilitação/reabilitação visual (pedagogo ou terapeuta ocupacional 
ou fisioterapeuta);
1 Assistente Social;
1 Psicólogo; e
1 Técnico em Orientação e Mobilidade.
A sala de AVD deve conter:
Segundo COFFITO (2014):
– Mobiliário em geral de cozinha, quarto, sala;
– Louças e utensílios domésticos;
Recursos ópticos
Deficiência visual e patologias associadas
Deficiência múltipla na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
(2008, p. 15) é caracterizada como: “associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências 
primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam atrasos no 
desenvolvimento global e na capacidade adaptativa”.
Alguns autores defendem um aprofundamento no conceito de deficiência múltipla, pois é importante 
enfatizar que este não deve ser somente compreendido como a somatória de duas ou mais deficiências, 
“mas sim, como limitações acentuadas no domínio cognitivo, nas formas de interação, comunicação, 
linguagem, nas habilidades sensório-motoras, na competência social e na capacidade de adaptação do 
sujeito” (Bruno, 2009, p. 37)
Caracteriza-se por um tipo de deficiência múltipla a associação entre deficiência 
visual ou cegueira e a deficiência física (M. Rocha & Pletsch, 2015).
Referências
FELÍCIO, F. A. S.; SEABRA JÚNIOR, M. O.; RODRIGUES, V. Brinquedos educativos Associados à contação de histórias 
aplicados a uma criança com deficiência múltipla. Rev. Bras. Ed. Esp., Bauru, v.25, n.1, p.67-84, Jan.-Mar., 2019.

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