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INTELIGÊNCIA DESVENDANDO OS SEGREDOS DAS EMOÇÕES : Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 2 SULIVAN FRANÇA - SEU MENTOR NESTA JORNADA Apresentador do Programa Foco & Gestão da Record News TV e atual Presidente da SLAC® Coaching - Sociedade Latino Americana de Coaching, Sulivan França é Master Coach Trainer pela lnternational Association of Coaching Institutes e Master Trainer por meio da lnternational Association Of NLP Institutes. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 3 SUMÁRIO PARTE 1 - PARA QUE SERVEM AS EMOÇÕES PARTE 2 - AS DUAS MENTES PARTE 3 - MUITO ALÉM DO QI PARTE 4 - A FORÇA DO AUTOCONHECIMENTO PARTE 5 - A APTIDÃO MESTRA PARTE 6 - A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA PARTE 7 - O AMBIENTE FAMILIAR PARTE 8 - ALFABETIZAÇÃO EMOCIONAL 4 12 20 27 35 43 51 59 Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 4 PARTE 1 - PARA QUE SERVEM AS EMOÇÕES? No texto a seguir vamos falar sobre Inteligência Emocional, uma in ic iat iva que tem por objetivo contribuir para o seu autodesenvolvimento ao refletir sobre lições presentes em livros consagrados. Você está pronto? Que tal olharmos alguns destaques dos noticiários? Bullying, vandalismo, insegurança urbana, v iolência doméstica, criminalidade em alta, casos de corrupção, assassinatos por motivos fúteis e atos de intolerância. Há algumas décadas, é impossível assistir um telejornal ou acessar um site jornalístico e não se deparar com histórias com ingredientes terríveis. Elas parecem nos alertar para a desintegração da civilidade e da segurança, como se o mundo esti- vesse sendo varrido por um tsunami de impulso mesquinho que ameaça arrastar tudo de forma desenfreada. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 5 Na verdade, tais notícias apenas refletem, em maior escala, um arrepiante aumento da incapa- cidade emocional, e também retratam o crescente descontrole, desespero e inquietação nas famílias, nas comunidades e em nossas vidas em coletividade. Esta raiva, angústia e ansiedade, em volume progressivo, são frutos de crianças solitárias, trancadas com a TV que lhes serve de babá; de uma infância abandonada, esquecida ou maltratada; ou ainda da desagradável violência conjugal. O mal-estar decorrente disso está presente nas estatísticas que apontam para um aumento mundial dos casos de depressão e de agressividade. Em situações mais extremas, multiplicam-se as histórias de pessoas armadas que realizam massacres em escolas, escritórios ou espaços religiosos, como templos ou igrejas. Onde está o sentido disso tudo? Procurar as razões que explicam este cenário é o tema central do livro “Inteligência Emocional”, escrito pelo psicólogo norte- americano Daniel Goleman. A obra investiga os motivos pelos quais a violência cotidiana e a inaptidão emocional parecem ter se intensif icado. Como efeito, a sociedade vive um estado de tensão pós-traumática coletivo. Embora, olhar ao redor pareça desanimador, as últimas décadas também trouxeram um número inédito de estudos científicos sobre as emoções. • Reflita sobre quantas pessoas você conhece que já manifestaram algum tipo de depressão ou sobre exemplos de agressividade que você presenciou recentemente. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 6 Como nunca ocorreu antes, passou a ser possível ver o cérebro em funcionamento, graças as novas tecnologias. Imagens tornaram visíveis o que sempre foi um grande mistério: como atuam as redes de células cerebrais enquanto pensamos, sentimos, imaginamos ou sonhamos. Assim, estes dados permitem entender como os centros nervosos nos levam a raiva ou as lágrimas. Temos informações sem prece- dentes sobre os mecanismos das emoções e suas def iciências, o que coloca foco em alguns novos remédios para essa crise emocional coletiva. Este mapeamento da mente desafia quem acredita que o Quociente Intelectual – QI é o maior responsável pelo nosso destino e que isso já está determinado, em grande parte, geneticamente. Essa visão não considera alguns pontos: o que podemos mudar para ajudar nossos f ilhos e as futuras gerações a se sentirem melhor? Ou quais são os fatores que entram em jogo, por exemplo, quando pessoas com um alto QI fracassam e aquelas com um QI mais modesto se saem surpreendentemente bem? Sem dúvida, o que faz a diferença são aptidões de intel igência emocional, que incluem o auto- controle, o zelo, a persistência e a capacidade de automotivação. E tais capacidades podem ser ensinadas. Além disso, existem questões morais, uma vez que v i v e m o s e m u m m o m e n t o que o egoísmo, a violência e a mesquinhez de espírito parecem Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 7 impulsos é a base da força de vontade e do caráter. De forma similar, a raiz do altruísmo está na empatia - a capacidade de identificar as emoções nos outros. Sem a noção do que o outro necessita ou de seu desespero, o envolvimento é impossível . E se existem duas posições morais que nosso mundo exige são o autocontrole e a compaixão. O f i lósofo grego Aristóte les já tratava do desaf io a nossa capacidade de equilibrar razão e emoção. Nossas paixões, quando bem exercidas, têm sabedoria, orientam nossos pensamentos, valores e nossa sobrevivência. Mas, também, podem facilmente cair em erro e fazem isso com bastante frequência. Como aponta Aristóteles, o pro- blema não está na paixão, mas na adequação da emoção e sua manifestação. Então, o desaf io é como levar inteligência às nossas emoções, civilidade ao mundo estar fazendo apodrecer a bondade de nossas relações com o outro. Por isso, é importante que a inteligência emocional esteja ligada com os sentimentos, o caráter e os instintos morais. Posturas éticas fundamentais na vida vêm de aptidões emocionais. O impulso, por exemplo, é o veículo da emoção. A semente de todo impulso é um sentimento explodindo para se tornar ação. Os que estão à mercê dos impulsos, que não possuem autocontrole, sofrem de uma deficiência moral. A capacidade de controlar os • Pense sobre quem você conhece que demonstra ter um QI alto, mas fracassa, assim como, aqueles que fazem sucesso mesmo sendo “menos inteligentes”. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 8 e envolvimento à nossa vida em comunidade. Ao investigar porque a evolução da espécie humana deu a emoção um papel tão essencial em nossa mente, os cientistas verif icam que, em momentos decisivos, ocorreu um domínio do coração sobre a razão. Segundo estes pesquisadores, são as nossas emoções que nos orientam diante de um impasse e quando temos que tomar providências importantes demais para serem deixadas a cargo apenas no intelecto. Alguns exemplos disso são quando estamos em perigo, ao experimentar a dor de uma perda, na necessidade de não perder a perspectiva apesar dos percalços, na ligação com um companheiro, na formação de uma família. • Você se considera alguém mais racional ou emocional de um modo geral? Pense em exemplos que demonstrem como as emoções atuam em seu desempenho. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 9 Cada tipo de emoção que viven- ciamos, nos predispõem para uma ação imediata. Cada uma sinaliza para uma direção que, diante dos desaf ios enf rentados pelo ser humano ao longo da vida, mostrou- se acertada. À medida que, ao longo da evolução humana, situações deste tipo foram se repetindo, a importância do repertório utilizado para garantir a sobrevivênciada nossa espécie foi sendo atestada. Este conjunto de informações f icou gravado no sistema nervoso humano, como inclinações inatas e automáticas do coração. Uma visão da natureza humana que ignore o poder das emoções é lamentavelmente míope. Como sabemos por experiência própria, quando se trata de moldar nossas decisões e ações, a emoção pesa tanto quanto a razão. As vezes muito mais. Ao longo da história, enfatizou-se demais o valor e a importância do puramente racional na vida humana. Para o bem ou para o mal, quando são as emoções que dominam, o intelecto não pode nos conduzir a lugar nenhum. Porém, embora nossas emoções tenham sido guias sábios no longo percurso da evolução humana, as novas realidades, que a civilização tem encarado, surgiram com uma velocidade impossível de ser acompanhada pela marcha lenta do nosso desenvolvimento. No decorrer da história humana, pressões sociais buscaram impor normas para conter o excesso emocional que emerge como ondas de dentro de cada um de nós. Apesar disso, as paixões muitas vezes soterram a razão. Isso tem origem na arquitetura básica do nosso cérebro. Em termos do plano biológico dos circuitos neurais básicos da emoção, aqueles com os quais nascemos são os que melhores funcionaram nas últimas 50 mil gerações, mas não para as últimas 500. E, certamente, não Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 10 para as últimas cinco. As lentas e cautelosas forças da evolução que moldaram nossas emoções têm cumprido sua tarefa ao longo de 1 milhão de anos. Nos últimos 10 mil anos, porém, quase não houveram mudanças signif icativas no que se refere a nossa biologia para a vida emo- cional. Nesse período, ocorreu o rápido surgimento da civilização humana e a explosão demográfica de 5 milhões para 7 bilhões de habitantes sobre a Terra. Para o melhor ou o pior, a forma c o m o a v a l i a m o s s i t u a ç õ e s complicadas, com as quais nos deparamos e nossas respostas a elas, são moldadas não apenas por nossos julgamentos racionais ou nossa história pessoal, mas, também, por nosso passado ancestral. Assim, e com frequência, enfren- tamos os dilemas pós-modernos com repertório apropriado para as urgências da vida pré-histórica. Este nosso passeio pelo universo da inteligência emocional está só começando. Ainda há muito para falarmos quando o assunto é razão e emoção e faremos isso nas próximas páginas. Nos acompanhe nessa jornada! ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA • Reflita como você é em relação aos impulsos. Como você avalia seu autocontrole em relação aos impulsos? Como você poderia melhorar nesse aspecto? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=dHXQldKCTL4&t=22s Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 12 Nesta parte vamos seguir em nossa jornada pelo autodesenvolvimento por meio da análise de obras consagradas. Você refletiu sobre suas emoções e como elas se relacionam com seu raciocínio? Para entender melhor como tudo isso funciona, continuaremos a examinar as principais lições do livro “Inteligência Emocional”, escrito pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman. Está pronto para continuar? Então, vamos lá. Reflita: todas as nossas emoções s ã o, e m e s s ê n c i a , i m p u l s o s legados pela nossa evolução para planejamentos instantâneos que visam lidar com a vida. Isso fica bem claro em animais e também nas crianças, das quais cada emoção determina uma ação imediata. O medo, a raiva, a surpresa, a repugnância, as tristezas são acompanhadas de ações. Somente em adultos “civilizados” as emoções, ou seja, esses impulsos para agir, acabam afastados de uma reação óbvia. Do ponto de vista do reino animal, porém, isso é considerado uma anomalia. As tendências biológicas para agir são ainda mais moldadas por nossa experiência e pela cultura. Por exemplo, a perda de um ser amado provoca tristeza e luto. Mas, a maneira como demonstramos nosso pesar, como exibimos ou contemos as emoções nesses PARTE 2 - AS DUAS MENTES Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 13 momentos íntimos, é modelada pela cultura a qual estamos inseridos. Falamos de nossas emoções, mas como as vemos nos outros? Imagine que alguém te conte uma história e, em determinado momento, você percebe que os olhos da pessoa estão cheios de lágrimas. Por meio da empatia, co m p re e n d e m o s q u e o l h o s marejados indicam que uma pessoa está triste, mesmo que o que ela diga expresse outra coisa. Na verdade, temos duas mentes, a que raciocina e a que sente. Esses dois modos diferentes de conhecimento interagem na construção de nossa vida mental. O cérebro racional é o modo de compreensão de que, em geral, temos consciência. É mais atento e capaz de ponderar e refletir. No entanto, existe a mente emocional, um outro sistema de conhecimento que é impulsivo e poderoso, embora as vezes ilógico. Quanto mais intenso o sentimento, mais dominante é a mente emocional. E mais inoperante a racional. Trata-se de uma disposição que parece ter tido origem há bilhões de anos, no início da nossa evolução biológica. Era mais vantajoso que emoções e intuições guiassem nossa reação imediata diante de situações de perigo mortal. Nesses casos, pensar o que fazer poderia nos custar a vida. Na maior parte do tempo, existe um equilíbrio entre as mentes emocional e racional , com a • Reflita como a forma de expressar emoções muda de cultura para cultura. O luto, por exemplo, compare como ele é manifestado em países como EUA, México e Brasil. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 14 emoção alimentando e informando as operações da mente pensante. E a mente racional ref inando e, as vezes, vetando a entrada das emoções. Embora interligadas, e l a s a g e m d e f o r m a s e m i - independente. Já falamos de harmonia e equilíbrio, m a s o q u e ex p l i c a a q u e l a s situações em que parecemos agir sem raciocinar? Chamados de sequestros neurais, eles consistem em explosões emocionais que o c o r re m q u a n d o u m a á rea da mente, a amígdala cortical, proclama uma emergência e recruta o resto do cérebro para seu plano de urgência. O sequestro ocorre em um instante e dispara uma reação antes do cérebro pensante ter a oportunidade de ver tudo o que está acontecendo e dispor do tempo necessário para decidir se aquela ação é uma boa ideia. Uma marca característica desse sequestro é que, assim que passa o momento, o cérebro “possuído” não tem a menor noção do que deu nele. • Como você avalia a relação entre suas emoções e suas respostas racionais aos acontecimentos? Reflita sobre o equilíbrio entre sua mente racional e emocional. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 15 Não faltam histórias de pessoas que em minutos de fúria agiram tomadas apenas pela emoção, por impulso, sem raciocinar. Em casos extremos, as emoções são capazes de cegar pessoas a ponto de cometer crimes brutais, como assassinatos. Mas, de forma menos catastrófica, sequestros neurais são frequentes. Você se lembra da última vez que “saiu do sério”? Quando, de forma intensa, explodiu com alguém? Nesse caso, pode ser com o filho, o marido, a mulher ou ainda com o motorista de outro carro no trânsito. A tal ponto de depois, com um pouco de reflexão, a coisa parecer imprópria. Em nosso cérebro, a amígdala é especial izada em questões emocionais. Se for retirada, o resultado é a incapacidade de avaliar o significado emocional dos fatos. Também funciona como um depósitode memória emocional. Ela pode ainda assumir o controle quando o cérebro pensante ainda está em vias de tomar uma decisão. A amígdala e sua interação com o neocórtex, o cérebro racional, estão no centro da inteligência emocional. O que é mais intrigante a respeito da força das emoções na vida mental são aqueles momentos de ação passional de que mais tarde nos arrependemos, assim que a poeira baixa. Mas, por que agimos com tanta facilidade de forma irracional? Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 16 - Diante de momentos em que um sentimento impulsivo domina a razão, a partir de sinais que vêm dos sentidos, a amígdala faz uma varredura de toda a experiência, em busca de problemas. Ela age como uma sentinela psicológica. É como se perguntasse: “é alguma coisa que eu odeio? Isso me fere? É algo que temo?” Caso a resposta seja “sim”, a amígdala reage imediatamente, m a n d a n d o u m a m e n s a g e m de emergência para todas as partes do cérebro. Durante uma emergência emocional, ela assume e dirige grande parte do restante do cérebro, inclusive a mente racional. Estudos mostram que sinais sensoriais do olho ou do ouvido viajam para a amígdala antes de chegar ao neocórtex, o cérebro pensante. Assim, a amígdala começa a responder antes que o neocórtex o faça, pois, o cérebro pensante elabora a informação em vários níveis cerebrais. Isso ajuda a entender porque a emoção tem o poder de superar a razão. Tal descoberta invalidou a tese de que a amígdala depende inteira- mente de sinais do neocórtex para • Pense nas vezes em que você agiu de modo irracional. Avalie ao que você reagiu, como foi essa reação e o que faria diferente se pudesse voltar àquela situação. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 17 formular suas reações emocionais. Diante de um estímulo, a amígdala pode fazer com que nos lancemos à ação, enquanto o neocórtex, um pouco mais lento, porém mais plenamente informado, traça um plano de reação mais refinado. Quanto mais intenso o estímulo da amígdala, mais forte o registro que f ica gravado na nossa memória. As experiências que mais nos apavoram ou emocionam na vida estão entre nossas lembranças inesquecíveis. Isso signif ica que o cérebro tem dois sistemas de memória, um para fatos comuns e outro para aqueles carregados de emoção. Como vimos, ao analisar cada situação que estamos vivendo, a amígdala assume o controle das emoções. O problema é que muitas vezes ela compara o que está ocorrendo agora com o que aconteceu no passado, mas nos envia uma mensagem anacrônica. Ela ordena que haja uma rea- çã o n o p re s e n te co m m e i o s registrados muito tempo atrás, com pensamentos e emoções aprendidos em resposta a fatos vagamente semelhantes. • Pense em quais são as suas lembranças inesquecíveis e avalie como elas tiveram ou têm impacto na sua vida. Reflita sobre a carga de emoção nessas lembranças. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 18 E há mais. Muitas lembranças e m o c i o n a i s fo r te s vê m d o s p r i m e i ro s a n o s d e v i d a , n a relação entre crianças e aqueles que cuidam dela. Isso se aplica sobretudo às situações traumáticas, como surras ou abandono. Embora, algumas áreas do cérebro ainda não estejam desenvolvidas nessa fase, a amígdala está desde o nascimento. Assim, o que ocorre nos primeiros anos de vida estabelece um conjunto de lições, com base na sintonia e perturbações do contato entre a criança e seus cuidadores. Essas lembranças emocionais se f ixam antes mesmo de a criança aprender a falar. Por isso, quando essas memórias são disparadas na vida posterior não temos recursos racionais sobre nossas reações. Ao explodir emocionalmente, nos abalamos, pois muitas vezes isso remonta a um tempo em que não tínhamos palavras para compreender os fatos. Surgem sentimentos caóticos, mas não há palavras para tais lembranças. ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=ZjUbvw3Fs4I Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 20 Nas partes anteriores falamos sobre a existência de duas mentes, a racional e a emocional. O segredo do sucesso em diversas áreas parece ser o equilíbrio entre razão e emoção. Você já parou para pensar nisso? Quando a mente racional é inundada pela emoção, uma das formas do cérebro pensante, o neocórtex age como administrador, amortecendo os sinais enviados pela amígdala, o centro emocional no cérebro. É como um pai que impede um f ilho impulsivo de pegar uma coisa e o manda, em vez disso, esperar o que quer. As ligações entre a amígdala e o neocórtex são o centro das batalhas ou dos tratados de cooperação entre coração e mente, sentimentos e pensamentos. Por isso, quando e s t a m o s e m o c i o n a l m e n t e perturbados afirmamos que “não conseguimos raciocinar”. Já uma contínua perturbação emocional em cr ianças cr ia d e f i c i ê n c i a s n a s a p t i d õ e s intelectuais, afetando a capacidade de aprender. Estudos já demonstraram que crianças com QI acima da média, mas com desempenho escolar f raco, tinham def iciências no controle das emoções, sendo impulsivos e ansiosos. Apesar do potencial intelectual, essas crianças são as mais propensas a PARTE 3 - MUITO ALÉM DO QI • Avalie como você fica diante de acontecimentos emocionalmente intensos. Como isso afeta sua capacidade de raciocínio e como você age nesses momentos? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 21 terem problemas na escola, a se tornarem alcoólatras ou criminosos. Os c ircuitos emocionais são esculpidos na infância. Capacidade intelectual e inteligência emocional se complementam para o melhor desempenho na vida. É preciso encontrar o equilíbrio inteligente entre razão e sentimento. E você já deve ter se perguntado em alguma ocasião porque pessoas claramente inteligentes são capazes de agir de modo irracional e estúpido muitas vezes. A resposta é que a inteligência acadêmica pouco tem a ver com a vida emocional. Pessoas com alto nível de QI podem ser pilotos incompetentes de sua vida particular. Notas altas na escola ou alto grau de QI não são instrumentos capazes de ajudar a prever com exatidão se alguém terá uma vida bem- sucedida. Na melhor das hipóteses, o QI contribui com cerca de 20% para os fatores que determinam o sucesso na vida. Os 80% restantes correspondem a outras variáveis, como, por exemplo, a classe social a que a pessoa pertence ou até a pura sorte. A inteligência emocional está entre as outras características para o sucesso além do QI. Ela inclui a capacidade de alguém criar motivação para si próprio e de persistir em um objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em um bom estado de espírito; e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar, assim como ser empático e autoconfiante. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 22 Como a inteligência emocional é um conceito relativamente novo, ninguém pode dizer o quanto ela representa para o sucesso de alguém e como isso varia de pessoa para pessoa. No entanto, há dados que indicam que este tipo de inteligência pode ser tão, ou mais valioso, do que o QI. E uma boa notícia é que aptidões emocionais decisivas podem ser apreendidas. Apesar de um alto QI não ser garantia de prosperidade, prestígio ou felicidade na vida, nossa cultura e nossas escolas privilegiama aptidão no nível acadêmico, ignorando a inteligência emocional. A vida emocional é um campo no qual se pode lidar, certamente como matemática ou leitura, com maior ou menor habilidade, e exige seu conjunto especial de aptidões. E a medida dessas aptidões em uma pessoa é decisiva para com- preender porque uma prospera na vida, enquanto outra, de igual nível intelectual, entra em um beco sem saída. A aptidão emocional é uma capacidade que determina até onde podemos usar bem quaisquer outras apt idões que temos , incluindo o intelecto bruto. Claro, a aptidão técnica é impor- tante para o sucesso na vida. Mas, existem muitos indícios q u e a t e s t a m q u e p e s s o a s emocionalmente competentes, ou seja, que conhecem, lidam bem com os próprios sentimentos e levam em consideração os sentimentos do outro, possuem vantagem em qualquer setor da vida. Elas têm mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas vidas. • Pense em pessoas tidas como inteligentes, por terem alto QI, mas que demonstram ter inteligência emocional deficiente, com falta de empatia e autoconsciência. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 23 Já quem não consegue exercer nenhum controle em sua vida emocional trava batalhas internas que sabotam a capacidade de concentração no trabalho e de lucidez de pensamento. Alguns especialistas vão além e defendem que a maior contribuição que a educação pode dar ao desenvolvimento de uma criança é ajudá-la a desenvolver suas aptidões e, assim, escolher uma profissão em que ela possa utilizar os seus talentos. Com isso, ela será feliz e competente. Segundo este pensamento, dev íamos gastar menos tempo avaliando as crianças e mais tempo auxiliando- as a identificar suas aptidões e dons naturais, e a cultivá-los. Há tempos pesquisadores afirmam que existe uma verdadeira gama de talentos e aptidões que são importantes para a vida, acima e além do QI. Neste ponto, alguns destacam as inteligências interpessoais, ou seja, a capacidade de compreender outras pessoas, e a inteligência intrapessoal, que é o talento de formar um modelo preciso de si mesmo e poder usá-lo para agir de forma eficaz na vida. • Liste pessoas próximas a você e relacione que pontos você identifica como fortes nelas no que se refere à inteligência emocional. O que você pode aprender com elas? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 24 Essa v isão mult i facetada da inteligência oferece um quadro mais rico da capacidade e do potencial de uma criança para o sucesso do que o QI padrão. Uma das definições de inteligência emocional resume as aptidões em cinco principais domínios. O primeiro deles é conhecer as próprias emoções . Trata- se da autoconsciência, o dom de reconhecer um sentimento quando ele ocorre. A capacidade de controlar sentimentos a cada momento é fundamental para o discernimento emocional e para a autocompreensão. Já a incapacidade de observarmos nossos verdadeiros sentimentos nos deixa à mercê deles. O segundo domínio é lidar com as emoções. O talento de confortar- se, de se livrar da ansiedade, tristeza ou irritabilidade que incapacitam é algo que se desenvolve na autoconsciência. Pessoas que são f racas nessa aptidão vivem constantemente lutando contra s e n t i m e n to s d e d e s e s p e ro , enquanto outras se recuperam mais rapidamente dos reveses e perturbações da vida. Um terceiro domínio é motivar- se. A capacidade de colocar as emoções a serviço de uma meta é essencial para centralizar a atenção, para a automotivação, o controle e a criatividade. O autocontrole emocional , que consiste em saber adiar a satisfação e conter a impulsividade, está por trás de qualquer tipo de realização. Pessoas que têm esse talento tendem a ser mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 25 Reconhecer as emoções nos outros é o quarto domínio. Outra capacidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, a empatia é a aptidão que faz as pessoas estarem mais sintonizadas com os sinais do mundo externo que indicam o que os outros precisam ou o que querem. Não saber “escutar” as emoções dos outros pode ter um alto custo nas relações pessoais. Por fim, lidar com relacionamentos é o quinto domínio. A arte de se relacionar é em grande parte o talento de lidar com as emoções dos outros. Pessoas excelentes nas aptidões que determinam popularidade, liderança e eficiência interpessoal se dão bem em qualquer coisa q u e d e p e n d a d e i n t e r a g i r tranquilamente com os outros. As pessoas diferem em suas aptidões em cada um desses campos, podendo ser excelentes em um e deficitários em outros. Mas, as nossas falhas em aptidões emocionais podem ser remediadas. Em grande parte, cada uma dessas áreas representa um conjunto de hábitos e respostas que, com o devido esforço, pode ser aprimorado. • Analise como você se identifica em cada um desses cinco campos da inteligência emocional. Quais deles você é forte e em quais precisa se aprimorar? FAÇA UM TESTE ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=DINzsTzMqlA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 27 Anteriormente, tratamos de como o domínio de sentimentos é algo mais importante para o sucesso do que o QI. Para ir além, vamos ver outros ensinamentos que integram o livro “Inteligência Emocional”, do psicólogo Daniel Goleman. À primeira vista, pode parecer que nossos sentimentos são óbvios. Uma reflexão mais demorada, no entanto, nos lembra das vezes em que fomos indiferentes ao que de fato sentimos, ou quando nos demos conta desses sentimentos tarde demais. A autoconsciência é a percepção das nossas emoções . Trata- se da compreensão de nossos sentimentos no momento exato em que eles ocorrem, mas de um modo neutro, sem se deixar levar. Ela é a diferença entre sentir um ódio assassino contra alguém e ter o pensamento autorreflexivo: PARTE 4 - A FORÇA DO AUTOCONHECIMENTO “o que estou sentindo é raiva”, mesmo quando se está furioso. Esta sutil mudança de atividade mental provavelmente avisa áreas do cérebro que monitoram as emoções, o primeiro passo para adquirir algum controle. As pessoas adotam estilos para lidar com suas emoções: • Elas são autoconscientes, ou seja, têm uma vigilância que as ajuda a administrar as emoções. • Há pessoas mergulhadas, que Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 28 muitas vezes f icam imersas nas emoções e incapazes de fugir delas. • Por f im, existem as resignadas que, embora muitas vezes vejam com clareza o que estão fazendo, também tendem a aceitar seus estados de espírito e, portanto, não tentam mudá-los. A autoconsciência também é importante porque muitas decisões relevantes em nossas vidas não podem ser tomadas apenas por meio do uso da razão. Elas exigem intuição e a sabedoria emocional que acumulamos de experiências passadas. Manter o autocontrole é uma virtude. O objetivo é o equilíbrio e não a supressão das emoções, pois cada sentimento tem valor e signif icado. Quando emoções são sufocadas, geram insensibilidade e f rieza. Manter sob controle sentimentos que nos afligem é fundamental para o bem-estar. A arte de manter a tranquilidade é um dom fundamental da vida. Dentre todas as emoções de que as pessoas querem se ver livres, a raiva e a mais rigorosa e a mais difícil de controlar. Na verdade, ela é a mais sedutora das emoções negativas. Com raiva, nossamente é inundada de argumentos convincentes para dar razão ao sentimento. Porém, a cadeia de pensamentos que alimenta a raiva, potencialmente, é também a chave para desarmá- la e minar as convicções que a abastecem. Quanto mais ruminamos, mais justificativas podemos inventar para ficarmos irados. • Avalie como você pratica a autoconsciência e o controle dos seus sentimentos. Relembre bons e maus momentos da sua relação com suas emoções. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 29 Isso alimenta as chamas da raiva. Ver as coisas de forma diferente as extingue. Reavaliar uma situação é uma forma de aplacar a raiva. O disparador da raiva é a sensação de estar em perigo. Seja ele uma ameaça f ísica direta ou uma ameaça simbólica à autoestima ou à dignidade. Tais gatilhos disparam no cérebro emocional duas reações. Existe a imediata, do tipo “lutar ou fugir”, mas, existe também uma onda que pode durar horas ou até dias e que mantém o cérebro emocional em prontidão. Por isso, somos propensos à raiva quando já fomos irritados por outra coisa. Assim, se você teve um dia difícil no trabalho fica mais predisposto a ter um acesso de fúria em casa, com as crianças fazendo bagunça. Algo que não te tiraria do sério em outras circunstâncias. Para intervir na raiva é preciso contestar as ideias que a dispararam. Quanto mais cedo a intervenção, mais efetiva. Como um extintor que dissipa as chamas antes que se alastrem. No entanto, há um momento exato para isso. A técnica funciona bem em níveis moderados de raiva. Em níveis altos, não faz diferença, pois a pessoa não consegue pensar direito. Outro método é esperar que o surto emocional passe em um ambiente que não o alimente. Em uma discussão, por exemplo, significa afastar-se, naquele exato momento, da outra pessoa. Nesse período, a pessoa irada pode f rear o ciclo de crescimento do pensamento hostil , buscando distrações. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 30 Vamos passar para o sentimento de ansiedade, cujo núcleo é a preocupação. Em um certo sentido, a preocupação antecipa a ocorrência de um fato desagradável e como lidar com isso. O papel dela é projetar soluções positivas para os perigos da vida, prevendo-os antes que surjam. O problema são as preocupações crônicas, que se repetem e nunca se aproximam de uma solução. Quando um ciclo de preocupação se intensif ica e persiste, transforma-se em perturbações: fobias, obsessões, compulsões e ataques de pânico. Estudos indicam que preocupados crônicos f icam ruminando suas preocupações em um interminável ciclo de angústia. Como envolvem a amígdala cortical, que rege a s e m o çõ e s n o cé re b ro , a s preocupações crônicas aparecem sem serem chamadas e persistem assim que surgem. Assim, o conselho “pare de se preocupar” é inútil para um preocupado crônico. Porém, há como controlar a preocupação moderada. O primeiro passo é identif icar os indícios de ansiedade, os pensamentos que dão início a preocupação, assim como sensações corporais relacionadas. Com a prática, é possível fazer isso o quanto antes. É preciso treinar métodos de relaxamento para aplicá-los no momento em que se percebe o início da preocupação. Ao praticar, a pessoa poderá usá-los na hora que mais precisar. Mas só relaxar não basta. O pre- ocupado também deve contestar at ivamente os pensamentos ansiosos. Assumir uma posição • Reflita em como você se comporta quando fica com raiva. O que costuma te deixar furioso e como você poderia adotar uma estratégia para não ficar irado com isso? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 31 crítica. “Será que esta preocupação pode se materializar?” “Há medidas construtivas a tomar?” Combinar atenção e ceticismo saudável atua como f reio. Pessoas com preocupações severas devem ser prudentes e recorrer à medicação para interromper o ciclo. Trata-se aí, afinal, de autoconsciência. Um dos estados de espírito do qual as pessoas mais se esforçam para se livrar é a tristeza. O luto é útil, por nos fazer meditar sobre a perda e realizar ajustes psicológicos e novos planos. Já a depressão total é terrível. Nela, a vida é paralisada e nenhum recomeço pode ser visualizado. Medicação e psicoterapia são as armas para combatê-la. A tristeza comum, porém, pode ser controlada. Uma tática é ter vida social. Fazer algo com a família ou os amigos evita que a pessoa fique sozinha, algo que pode acrescentar à tristeza uma sensação de solidão e isolamento e, assim, agravar o quadro. Há duas estratégias ef icazes no combate da tristeza. • O que te causa preocupação e como você costuma lidar com isso? Pense em táticas para mudar sua relação com a ansiedade que possam ser usadas no futuro. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 32 Uma é aprender a contestar os pensamentos centrais da ruminação, questionando sua validade e pensando em alternativas positivas. A outra é programar acontecimentos agradáveis, que distraíam. Como as ideias depressivas são automáticas, invadem nossa mente sem serem convidadas, desse modo a distração funciona. A escolha também é importante, já que estudos comprovaram que pessoas deprimidas tendem a escolher atividades melancólicas ao tentar se distraírem, como um romance trágico ou um f ilme dramático. E o baixo astral persiste. Distrações podem romper a cadeia de pensamentos que mantém a tristeza. As mais eficazes são as que mudam o estado de espírito: um acontecimento esportivo emocionante, um filme cômico ou um livro estimulante. Outras, porém, podem perpetuar a depressão. Estudos com pessoas que veem muita TV constataram que, após passarem muito tempo em frente as telas, tornam-se ainda mais depremidas. Já o exercício aeróbico é uma tática eficaz para interromper a depressão leve, uma vez que estimula o corpo. Ef iciente contra a ansiedade, o relaxamento pode não funcionar muito bem para a depressão, pois colocam o corpo em estado de baixa estimulação. Outro antídoto para a melancolia é ver as coisas de uma maneira diferente. Por exemplo, é natural lamentar o fim de um relacionamento. Mas, ficar remoendo isso pode causar angústia. Em vez disso, a pessoa pode procurar avaliar aquela relação e ver aspectos que demonstram que ela não era tão sensacional assim, como, por exemplo, as coisas em que os dois não combinavam. Assim, ao ver a perda de um modo diferente, ela pode se imunizar contra a tristeza. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 33 • Quando e por que você costuma ficar triste? Estabeleça uma estratégia para lidar com a melancolia e não permitir que pensamentos depressivos venham a te afetar. FAÇA UM TESTE ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=gpcEBSqh9hA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 35 Na parte anterior falamos sobre a importância de controlar o medo, a ansiedade e a tristeza. Agora vamos abordar outros conceitos para o seu sucesso, pessoal e profissional. Está preparado? Imagine que você está paralisado diante de um importante teste, para o qual não se preparou adequadamente. A folha a sua f rente traz perguntas que você não tem a mínima ideia do que escrever. Caso se concentrasse, talvez pudesse usar a criatividade e esboçar algum tipo de resposta, mas sua mente parece congelada. No final, você apenas aguarda que o tempo passe para que o sofrimento, enfim, acabe. O terror vivido em uma situação como essa demonstra o impacto d eva st a d o r d a p e r t u rb a ç ã o e m o c i o n a l s o b r e a c l a r e z a mental. Em casos assim, a razão é PARTE 5 - A APTIDÃO MESTRA dominada pelos sentimentos. Isso não é novidade para os professores. Alunos ansiosos, mal-humorados ou deprimidos não aprendem. Quando existe emoção é impossível absor ver informações ou as elaborar devidamente. Sentimentos negativos fortes desviam a atenção para suas próprias preocupações e interferem na concentração. Como intrusos, eles esmagam outros pensamentos e sabotam as tentativas de darmos atenção às tarefas que devemos cumprir. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 36 Por outro lado, vamos pensar no papel da motivação positiva, a reunião de entusiasmo e confiança na conquista de um objetivo. Isso pode ser observado em atletas o l ímpicos , músicos de fama mundial e grandes mestres de xadrez. Eles têm em comum a capacidade de motivarem-se para seguirem implacáveis rotinas de treino. A obstinação depende de características emocionais, ímpeto e persistência diante dos reveses, acima de tudo. Na medida que nossas emoções atrapalham ou aumentam os pensamentos , a ef icácia em fazer planos, o treinamento ou a competência para solucionar problemas , e las def inem os limites de nosso poder de usar as capacidades mentais. E, assim, determinam como nos saímos na vida. E, na medida em que somos motivados por sentimentos de entusiasmo e prazer no que fazemos, esses sentimentos nos levam ao êxito. É nesse sentido que a inteligência emocional é uma aptidão mestra, u m a c a p a c i d a d e q u e a f e t a profundamente todas as outras, facilitando ou interferindo nelas. Talvez não haja aptidão psicológica mais fundamental do que ser capaz de resistir a um impulso. É a raiz do autocontrole emocional, pois todas as emoções levam ao impulso. A capacidade de contê-los está na base de uma imensidão de esforços que vão desde manter uma dieta, até para a obtenção de um diploma de medicina. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 37 Estudos reforçam o papel da inteligência emocional como uma competência de atingir metas, determinando como as pessoas podem empregar bem ou mal outras competências mentais. Por exemplo, estudos demons- traram que pessoas ansiosas têm mais probabilidade de falhar, ainda que tenham contagens superiores de QI, na comparação com não ansiosos. A ansiedade também sabota todos os tipos de desempenho acadêmico. Para pessoas muito ansiosas, a apreensão pré-prova interfere na clareza de raciocínio e na memória, fundamentais para um estudo eficaz. E durante a prova a clareza mental, que é essencial para que se saíam bem, fica comprometida. Outros estudos demonstraram a impor tância da esperança em nossas vidas. Alunos muito autoconf iantes estabelecem para si mesmos metas mais altas e sabem como se esforçar para atingi-las. Ao comparar alunos de aptidão intelectual equivalente nos rendimentos acadêmicos, o que os distingue é a esperança. Ela é a capacidade de acreditar que se tem a vontade e os meios de alcançar seus próprios objetivos, quaisquer que sejam. Na perspectiva da inteligência emocional , ser esperançoso s i g n i f i c a q u e n ã o v a m o s sucumbir em uma ansiedade arrasadora, atitude derrotista ou em depressão diante de desaf ios difíceis. • Avalie sua capacidade de resistir a impulsos. Reflita como você costuma lidar com situações que exigem que sejam feitos “sacrifícios”, como dieta ou mudar hábitos. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 38 Como a esperança, o otimismo signif ica a forte expectativa de que, em geral, tudo vai dar certo, apesar dos reveses e frustrações. É uma atitude que protege da apatia, depressão e desesperança diante de dif iculdades. Otimistas veem um fracasso como devido a algo que pode ser mudado, para que possam vencer da próxima vez. Já os pessimistas assumem a culpa pelo f racasso, atribuindo a ele alguma imutável característica pessoal. É a combinação de talento e capacidade de seguir em frente diante da derrota que conduz ao sucesso. Enquanto a atitude mental do pessimista conduz ao desespero, a do otimista gera esperança. Otimismo e esperança podem ser aprendidos. Por trás de les está uma perspec t iva chamada autoef icácia, a crença de que somos capazes de exercer controle sobre os fatos de nossa vida e de que podemos enfrentar os desaf ios que surgirem. Quem tem senso de autoef icácia se recupera de f racassos. Aborda mais as coisas, em termos de como lidar com elas, ao invés de f icar se preocupando com o que pode dar errado. • Reflita sobre o seu grau de esperança e otimismo diante do que ocorre com você. Como você poderia adotar uma visão mais positiva que lhe ajudasse no dia a dia? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 39 Outra importante aptidão é a e m p a t i a , a c a p a c i d a d e de se s intonizar com outras pessoas e saber como elas se sentem. Ela é alimentada pelo a u to c o n h e c i m e n to . Q u a n to mais consciente estamos em relação às nossas emoções, mais facilidade teremos para entender o sentimento alheio. Para quem não possui essa capacidade existe um grande déficit de inteligência emocional. Todo relacionamento, que é a raiz do envolvimento, vem de uma sintonia emocional, da capacidade de empatia. A empatia entra em jogo em vários aspectos da vida, seja nas práticas comerciais, na administração, no namoro ou na paternidade, ao sermos piedosos e na ação política. Já a falta de empatia é verif icada e m c r i m i n o s o s p s i c o p a t a s , estupradores e molestadores. As emoções das pessoas raramente são postas em palavras. Com muito mais frequência são expressas sob outras formas. A chave para que possamos entender os sentimentos de outras pessoas está na nossa capacidade de interpretar canais não-verbais: o tom de voz, os gestos, expressão facial e outros sinais. Assim como a forma de expressão da mente racional é a palavra, a das emoções é não-verbal. Estudos indicam que 90%, ou mais, de uma mensagem emocional são não- verbais. Pesquisadores defendem que a sintonia e a falta dela entre pais e f ilhos moldam as expectativas emocionais que as crianças levarão para seus relacionamentos quando adultos. Talvez muito mais do que • Analise o quanto você demonstra empatia. Em seus relacionamentos, como você costuma identificar sinais não-verbais, aqueles que indicam as emoções nos outros? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 40 No âmbito social, pessoas incapazes de transmitir ou receber emoções tendem a ter problemas de relacionamentos, já que muitas vezes os outros se sentem pouco à vontade com elas, mesmo quando não conseguem explicar porque isso ocorre. Já a energia de um bom orador, por exemplo, é canalizada para provocar emoções na plateia. Este arrasto emocional é a essência do poder de influenciar pessoas. os dramáticos acontecimentos da infância,uma prolongada ausência de sintonia impõe um tremendo tributo emocional à criança. Quando um pai não tem empatia com as emoções do f ilho, como, por exemplo, alegria, lágrimas ou a necessidade de aconchego, a criança começa a evitar expressar, e talvez até mesmo sentí-las. Assim, diversos sentimentos podem ser apagados do repertório, sobretudo, se durante a infância continuarem sendo desestimulados. Os custos emocionais, para toda a vida, decorrentes da falta de sintonia na infância podem ser grandes, e não só para a criança. Um estudo sobre criminosos que praticaram crimes cruéis constatou que o que lhes caracterizavae os distinguia de outros é que, na infância, tinham sido mandados de uma casa de adoção para outra, ou criados em orfanatos. Históricos de vida que sugerem abandono emocional e pouca oportunidade de sintonização. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 41 • Do ponto de visto social, como você classifica que transmite seus sentimentos e recebe as emoções dos outros? O que poderia fazer para melhorar? FAÇA UM TESTE ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=3dZ5h8ml8N0 Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 43 Você já aprendeu sobre o valor dos sentimentos, mas ainda existem muitas outras lições. Por isso, vamos adiante. A matéria-prima para nosso estudo continua sendo o livro “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman. Casar e se manter casado é um crescente desafio. Se antes pressões sociais mantinham unido até os casais mais infelizes, hoje o cenário é outro, o que contribuiu para o aumento do número de divórcios nas últimas décadas. Assim, as forças emocionais do casal se tornaram cruciais para o prosseguimento de uma união. No entanto, existem realidades emocionais paralelas na vida de um casal: a dele e a dela. Embora em parte biológicas, as diferenças têm origem na infância. Ao longo desse período e até a adolescência, garotos e garotas aprendem a lidar com os sentimentos de forma PARTE 6 - A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA muito diferente. As brincadeiras em grupo de ambos os sexos são bem distintas. Em geral, meninos fazem questão de ser independentes, autônomos e durões. Eles brincam em grupos mais numerosos do que os de meninas e valorizam a competição. Já as meninas se consideram como parte de uma teia de ligações. Costumam brincar em grupos pequenos e íntimos, nos quais é enfatizado o mínimo de hostilidade e é valorizada a cooperação. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 44 Por exemplo, em uma discussão, quando um dos dois faz críticas pessoais ao outro, em vez de se atentar a um fato ou uma ação, isso irá corroer o relacionamento. Se em vez de dizer “f iquei chateada com o seu atraso”, a mulher prefere afirmar: “você é sempre egocêntrico e indiferente e nunca liga para mim”, a crítica é ao caráter do marido, não ao ato específico dele. Provavelmente, o marido adotará uma atitude defensiva, em vez de procurar medidas para melhorar. Se a crítica vem acompanhada de desprezo, pior. • Em seu relacionamento, como vocês lidam com as queixas do outro? Reflita como ambos administram os conflitos do casal no que se refere à inteligência emocional. FAÇA UM TESTE Em suma, esses contrastes no aprendizado das emoções promo- vem aptidões diferentes. As meninas tornam-se capazes de captar sinais emocionais verbais e não-verbais, de expressar e comunicar seus sentimentos. Já os meninos são ágeis em minimizar emoções que digam respeito a vulnerabilidade, culpa, medo e dor. A s s i m , a m u l h e r c h e g a a o casamento, de modo gera l , preparada para exercer o papel de administradora das emoções. Para elas, o mais importante em um relacionamento é a sensação de que o casal tem uma boa comunicação. Para a mulher, intimidade significa discutir tudo, sobretudo a própria relação. Mas, a maioria dos homens não entende o que as mulheres querem deles. E não são questões específ icas que resultam no rompimento de um casal. O que importa é como o casal discute pontos sensíveis na relação. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 45 Ex i s te m p e n s a m e n to s q u e e nve n e n a m u m c a s a m e n to. Ocorrem se rancor e ressentimento são continuamente alimentados por um dos cônjuges, ou ambos, em uniões problemáticas. Um dos dois se sente injustiçado e ideias perturbadoras se tornam automáticas: a pessoa passa a procurar qualquer coisa que conf irme o sentimento de ser vítima de uma injustiça. Se o casal f ica preso em um ciclo de crítica e desprezo, sempre na defens iva e a l imentando p e n s a m e n to s a n g u s t i a n te s , isso reflete a desintegração da autoconsciência, do autocontrole emocional e da empatia. E na medida que a série de brigas cresce, é fácil perder o controle. Então, como proteger um casamento? Bom, para homens, aconselha-se não contornar o conflito, mas compreender que quando a mulher faz alguma queixa ela quer ser ouvida. E pode estar fazendo isso como um ato de amor. Já a mulher precisa ter o cuidado de não agredir o marido ao se expressar. Ao reclamar, ambos devem focar na ação e não em um ataque pessoal, sempre sem desprezo. O que falta aos casais que acabam se divorciando são tentativas, como, por exemplo, em uma discussão tentar reduzir a tensão. É possível haver desacordos sadios, que permitem o casamento superar as coisas negativas que, quando se acumulam, podem destruí-lo. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 46 Em paralelo, cada um deve manter uma conversa desintoxicante consigo mesmo, afastando os pensamentos negativos que possam ter contra o cônjuge. T a m b é m d e v e - s e p r o c u r a r ouvir e falar de uma forma não- defensiva. Empatia, respeito e amor desarmam a hostilidade. Como tudo isso pode ser difícil de ser implantado na hora de uma briga, convém treinar as técnicas quando estiver calmo, para que venham como uma resposta automática no momento de perturbação. Muito do que falamos até aqui para os casamentos serve para o mundo do trabalho. Atividades em equipe, canais abertos de comunicação, saber escutar e dizer o que pensa são tão valorizados quanto habilidades técnicas nas organizações. Ambientes com chefes arrogantes e trabalhadores int imidados colhem queda de produtividade, descumprimento dos prazos, erros, acidentes e a saída de funcionários para ambientes que se sintam melhor. Baixa intel igência emocional resulta em custos. Quando isso se generaliza, empresas desabam e vão à ruína. Emocionalmente perturbadas, as pessoas não se lembram, não acompanham, não aprendem e não tomam decisões com clareza. A tensão as tornam idiotas. Liderar não é dominar, mas a arte de convencer pessoas com ponto de vistas diferentes a um objetivo comum. • Reflita sobre como são feitas as críticas ao seu trabalho. Verifique se você tem recebido retornos e se as críticas feitas são a ações e chegam com sugestões. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 47 U m p o n to i m p o r t a n te pa ra qualquer trabalho de equipe é o chamado retorno, ou feedback, em inglês. Trata-se de uma informação dada às pessoas para que saibam se seus esforços estão no rumo certo. Isso permite que os funcionários verifiquem se seus trabalhos estão sendo bem executados, se precisam melhorar ou reformular totalmente. Sem isso, eles f icam no escuro. Qualquer problema que exista tende a se agravar com o tempo. A crítica é uma das mais importantes tarefas do administrador. Porém, trata-se de algo temido e deixado de lado. Muitos chefes dominam mal a dif ícil arte de dar um retorno. Mas essa def iciência c u s t a c a r o . A s s i m c o m o a saúde emocional de um casal depende da forma como eles se queixam, a ef iciência, satisfação e produtividade das pessoas no trabalho dependem de como lhes são transmitidos os problemas incômodos. Críticas destrutivas, expressas como ataques pessoais, que não abrem espaço para um argumento ou sugestão de como fazer melhor deixam as pessoas impotentes e co m ra n co r . E m p re g a d o s agredidos f icam na defensiva, dando desculpas, fogem da responsabilidade, ou se isolam, tentando evitar qualquer contato com o administrador que os criticou. Essas reações costumam causar irritação no chefe, criando um ciclo que termina com o empregado demitindo-se ou sendo demitido, o equivalente empresarial do divórcio. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 48 A maioria dos problemas no desempenho de um empregado não surge de repente , mas desenvolve-se com o tempo. Quando o chefe não diz imediata- mente o que sente, isso leva a um lento acúmulo de frustração. Até que um dia, explode. Se a crítica tivesse sido feita antes, o funcionário poderia ter corrigido o problema. Além disso, um comentário realizado quando se está irado pode conter sarcasmo, reclamações acumuladas ou ameaças. São recebidos como afronta e provoca raiva no criticado. É a pior maneira de motivar alguém. Por outro lado, a crítica feita de forma hábil se concentra no que a pessoa fez e no que pode fazer, em vez de identificar um traço do caráter da pessoa em um trabalho mal feito. A arte da crítica envolve ser específico. É preciso dizer exatamente qual é o problema, o que está errado e o que pode mudar. Outro ponto importante é oferecer uma solução, para evitar que a pessoa criticada se sinta frustrada ou desmotivada. Fazer a crítica, ou um elogio, pessoalmente e em particular faz tudo ser mais efetivo. Por f im, nunca se esqueça de ser sensível ao criticar. Tenha empatia e esteja sintonizado com o impacto do que você fala para o outro. Já quem recebe uma crítica deve ver aquilo como uma oportunidade para se aprimorar e não como um ataque pessoal. Deve-se ver a crítica como a chance de trabalhar junto com quem critica para resolver o problema, e não como uma situação de confronto. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 49 • Avalie seu ambiente de trabalho atual e outros pelos quais você tenha passado, no que se refere à relação entre as pessoas. O que poderia melhorar neles? FAÇA UM TESTE ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=cVH1UIUVmqc Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 51 Chegamos à penúltima parte da nossa série Inteligência Emocional. A esta altura você já sabe como usar as emoções para aprimorar diversas capacidades. Mas, calma, ainda há o que aprender sobre isso. Portanto, vamos em frente! No que se refere aos sentimentos, cr ianças extraem grandes e profundas lições de situações de estresse emocional, como as que geram angústia. Por exemplo, quando pais brigam na frente dos filhos, sem atentar-se para o impacto disso, as crianças p o d e m co n cl u i r q u e e l e s e ninguém no mundo se importam com os seus sentimentos, qualquer que seja a circunstância. Q u a n d o ex p e r i ê n c i a s co m o essas se repetem muitas vezes durante a infância, transmitem algumas mensagens emocionais fundamentais que levamos para toda a vida, lições que podem determinar o curso dela. Na vida em família iniciamos a aprendizagem emocional. É nesse caldeirão íntimo que aprendemos como no sentir em relação a nós mesmos e como os outros vão reagir aos nossos sentimentos. Nele, aprendemos como avaliar nossos sentimentos e as respostas a eles. Também descobrimos como interpretar e manifestar nossas expectativas e temores. Tomamos PARTE 7 - O AMBIENTE FAMILIAR Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 52 conhecimentos de tudo isso através do que nossos pais fazem e nos dizem. Porém, isso também ocorre ao ver o modelo que oferecem quando lidam, individualmente, com suas próprias emoções na vida conjugal. Alguns pais são professores emocionais talentosos. Outros, são péssimos. Está comprovado que a forma como os genitores tratam os filhos tem consequências profundas e duradouras para a vida afetiva da criança. Recentemente, ficou claro o quanto ter pais emocionalmente inteligentes é benéf ico para a criança. A maneira como o casal lida com os seus sentimentos, além do trato direto com a criança, passa poderosas lições para os f ilhos. Os pequenos são aprendizes inteligentes, sintonizados com os mais sutis intercâmbios emocionais da família. Casais mais competentes, do ponto de vista emocional na relação conjugal, são mais eficazes quando o tema é ajudar o filho a lidar com os sentimentos. Há três padrões mais comuns de pais inábeis emocionalmente: • Há os que ignoram qualquer tipo de sentimento do filho. Consi- deram a perturbação emocional dele como algo banal ou que os chateia, uma coisa que passará com o tempo. Não aproveitam o momento para se aproximar do filho e ajudá-lo. • Existem os que sabem o que o filho está sentindo, mas acreditam que qualquer que seja a forma com que a criança vá lidar com a • Reflita como era a relação dos seus pais, sob o ponto de vista emocional, e como eles passaram para você a importância de saber lidar com os nossos sentimentos. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 53 tempestade emocional está ótimo. Raramente intervêm para sugerir ao filho um sentimento diferente. • Por fim, há os rigorosos, que não respeitam o que a criança sente. São severos nas críticas e castigos. Podem, por exemplo, proibir qualquer manifestação de raiva. Existem, porém, pais que aprovei- tam um momento de perturbação do filho para agir como uma espécie de treinador ou mentor emocional. Levam os sentimentos do filho tão a sério que fazem tudo para entender o que exatamente se passou e para ajudá-lo a encontrar uma forma de não se sentir tão mal. Para serem treinadores tão eficientes, os próprios pais devem ter uma compreensão profunda sobre os princípios da inteligência emocional. E m b o r a a l g u m a s a p t i d õ e s emocionais sejam aperfeiçoadas com os amigos ao longo da vida, pais emocionalmente aptos podem fazer bastante coisas para ajudar os filhos em relação a cada um dos elementos básicos da inteligência emocional, como, aprender a reconhecer, controlar e canalizar os sentimentos ou ter empatia ao lidar com os sentimentos que afloram em seus relacionamentos. Pais emocionalmente aptos têm melhor relacionamento com os f ilhos, além de mais afeição e menos tensão, quando comparados com pais inaptos em relação aos sentimentos. Essas crianças são hábeis em lidar com as próprias emoções, viram pessoas mais ef icazes na procura de alívio para Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 54 suas perturbações e perturbam-se com menos frequência. Têm a inda ba ixos n íve is de hormônios de estresse, são mais sociáveis, menos agressivas e mais atentas, portanto, aprendem melhor. Tudo isso é reflexo de estímulos recebidos desde os primeiros anos de vida. As aptidões emocionais que, posteriormente, as crianças adquirem formam-se em cima daquelas apreendidas nos primeiros anos. O s p a i s p re c i s a m e n te n d e r como a sua atuação pode gerar confiança, curiosidade, prazer na aprendizagem e a def inir limites para que seus f ilhos lidem bem com a vida. Os três ou quatro primeiros anos de vida são um período em que o cérebro da criança cresce até cerca de dois terços de seu tamanho final. É nesse período que os principais tipos de aprendizagem ocorrem mais facilmente. E o conhecimento emocional é a mais importante. Um estudo mostrou que pais violentos e com histórico de agressividade têm filhos também encrenqueiros na vida. A família era um local de aprendizagem da agressão, que acaba sendo passada de geração em geração. Algo similar ocorre com crianças vítimasde maus-tratos, aquelas que foram agredidas f isicamente têm menos empatia na relação com colegas e respondem à perturbação com raiva e violência. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 55 Além disso, crianças submetidas à h o s t i l i d a d e d e s e n v o l v e m t ra u m a s q u e p o d e m d e i xa r marcas duradouras no cérebro. Os momentos aterrorizantes vividos tornam-se lembranças impressas nos circuitos emocionais. Por sua vez, tais memórias tornam-se gatilhos sensíveis, prontos para soar o alarme ao menor sinal de que o momento temido está para acontecer mais uma vez. Esse fenômeno é uma marca característica de todos os tipos de traumas emocionais, incluindo os repetidos maus-tratos f ísicos na infância. Terapia e medicamentos estão entre as armas para superar a força de um trauma. Além dos traumas, as emoções causam impacto no corpo e saúde do ser humano. O estresse, por exemplo, acaba com a resistência imunológica. Pessoas que sofrem de ansiedade crônica, longos períodos de tristeza, pessimismo, incessante desconf iança ou desgosto correm maior risco de contrair doenças como asma, artrite, dores de cabeça, úlceras e males cardíacos. • Pense em acontecimentos traumáticos pelos quais você tenha passado ou pessoas que você conhece tenham vivido. Que impacto isso teve para você ou para elas? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 56 Raiva, rancor, ansiedade e tensão fazem mal ao coração. Depressão também exerce influência em muitos outros males, sobretudo no agravamento de uma doença, depois de iniciada. O otimismo e a esperança, ajudam na recuperação de problemas de saúde, em comparação com pacientes pessimistas. O isolamento também é nocivo. Pessoas que têm com quem contar apresentam saúde preservada, ao contrário de quem não tem apoio emocional. A boa notícia é que padrões emocionais aprendidos podem ser mudados. Temperamento não é destino. Embora estudos demonstrem que crianças muito sensíveis e acanhadas se tornam adultos t ímidos e medrosos, é possível mudar isso com as experiências adequadas. O que é importante são as lições e respostas emocionais que as crianças aprendem durante o seu desenvolvimento. Para criança tímida, o que importa no início é como ela é tratada pelos pais, e como aprende a lidar com sua timidez natural. Os pais que criam, de forma gradual, situações para que os filhos tenham experiências encorajadoras, estão lhes proporcionando uma espécie de corretivo para o seu medo e para toda a vida. Pais que protegem filhos tímidos de qualquer coisa perturbadora endossam o medo, pois, provavel- mente, privam as crianças de oportunidades para aprenderem a superar esse sentimento. Uma das Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 57 mais essenciais lições emocionais, aprendida primeiro no início da infância e durante toda ela aprimorada, é como consolar-se quando perturbado. No bebê, o consolo vem de quem cuida deles. Ao chorar, é pego no colo pela mãe que o balança e o acalma. Essa sintonia ajuda a criança a aprender a fazer o mesmo sozinha. Quanto mais isso se fortalece maior será o controle da perturbação e, assim, por toda a vida, ele saberá se consolar quando perturbado. • Quais sentimentos você gostaria de mudar na sua vida? Avalie o que poderia fazer para se livrar das emoções que te desagradam e que benefícios isso iria te trazer. FAÇA UM TESTE ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=QwzwTvA0yhE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 59 Chegamos ao passo f inal na rota pelo autoconhecimento por meio de livros de destaque. Vimos juntos um conteúdo riquíssimo, que nos levou na reflexão sobre o papel das emoções para o nosso crescimento profissional e pessoal. Nosso guia nessa trajetória foi “Inteligência Emocional”, obra escrita pelo psicólogo norte- americano Danie l Goleman, também autor de “Foco”. Qual será o custo do analfabetismo emocional? Vamos refletir. Se educadores há tempos estão preocupados com as notas baixas dos alunos e m m a te m á t i c a o u l e i t u ra , r e c e n te m e n te c o n s t a t a r a m que a def iciência em controlar sentimentos é um problema terrível, com graves consequências. Não faltam estatísticas que indicam o aumento da turbulência entre PARTE 8 - ALFABETIZAÇÃO EMOCIONAL adolescentes e distúrbios na infância. Vejamos alguns destes tristes e evidentes sinais: alta na prisão de jovens que praticam crimes v i o l e n to s , co m o e s t u p ro s e assassinatos; aumento no índice de suicídios na adolescência; maior número de gravidez em adolescentes; crescimento de doenças venéreas; aumento nos casos de abuso de álcool e drogas por jovens. O que alguns dados estatísticos revelam é que os n íve is de competência emocional de crianças e adolescentes têm se deteriorado de forma acentuada nas últimas décadas. Entre os principais pontos críticos estão: Problemas de relacionamento social. Pense naquele indivíduo que Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 60 prefere ficar só. É cheio de segredos. Tem falta de energia. Sente-se infeliz. É muito dependente. Ser ansioso ou deprimido. É o sol itário. Tem muitos medos e p r e o c u p a ç õ e s . Te m u m a autoexigência exagerada. Não se sente amado. É nervoso e triste. P r o b l e m a s d e a te n çã o o u de raciocínio. Este perf il tem dificuldade de concentração. Tem devaneios. Age impulsivamente. É nervoso demais para se concentrar. Possui mau desempenho escolar. É incapaz de afastar pensamentos. Delinquência ou agressividade. Tra t a - s e d a q u e l e q u e a n d a com garotos que se metem em encrencas. Mente e trapaceia. Discute muito. É mau com os outros. Chama a atenção para si. Destrói as coisas dos outros. Desobedece em casa e na escola. É teimoso. Fala e provoca demais. Tem pavio curto. Entre as causas que explicam esta deterioração emocional nas últimas décadas está a crescente pressão econômica sobre as famílias, o que faz com que pais precisem trabalhar muitas horas. Com isso, os f ilhos são deixados por conta e risco aos cuidados da televisão ou da babá. Não bastasse, nossa sociedade tem mais crianças criadas na pobreza, e as famílias formadas por apenas um pai ou uma mãe só cresce. Acrescente ainda a tudo isso, bebês que são deixados em creches. Nesta s i tuação, mesmo pais bem-intencionados perdem as oportunidades de intercâmbios • Pense em adolescentes que você conhece que não sabem administrar suas emoções. Que problemas a alfabetização emocional evitaria para eles e para a sociedade? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 61 com seus filhos, algo fundamental para o desenvolvimento das aptidões emocionais. Entre os diversos problemas da infância que podem refletir em perturbações na vida adulta está a agressividade. Estudos mostram que crianças e adolescentes brigões têm uma falha de percepção que faz com que eles vejam coisas insignif icantes como ameaças e reagem com e x a g e r o . U m e s b a r r ã o n ã o intencional de um colega pode significar motivo para a violência. Isso, claro, acaba por afastar outras crianças e adolescentes, c o n s e q u e n t e m e n t e e s s e isolamento agrava a agressividade deles. Com o tempo, o adolescente problemático tende a se tornar um jovem criminoso. Os antídotos para interromper este ciclo nocivo são programas nos quais os garotos agressivos aprendem a domar sua inclinaçãoantissocial antes que se metam em problemas mais sérios. Neles, acontece o treinamento de controle da raiva e os adolescentes são instruídos a monitorar os próprios sentimentos e a pensar antes de reagir. • Reflita sobre episódios que você tenha vivido em que a falta do controle da raiva teve consequências ruins. O que poderia ter sido feito diferente nessas situações? FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 62 Outro problema muito frequente em crianças e adolescentes é o aumento nos casos de depressão. Sobretudo em jovens, problemas de relacionamento são um gatilho para este mal. Muitas vezes, a dif iculdade está no trato com pais ou com colegas. Porém, por serem incapazes de falar de seus sentimentos, é comum que demonstrem outras características como mau-humor, irritabilidade, impaciência, instabilidade e raiva. Entre os fatos que podem explicar o aumento dos casos dessa melancolia crônica estão a perda da referência familiar para a identidade de crianças e adolescentes; uma crescente indiferença dos pais pelas necessidades dos f ilhos; a ascensão do individualismo; e o desaparecimento das crenças na religião, no apoio da comunidade e da família. Existem indícios de que ensinar as crianças as verem suas dificuldades, através de meios mais produtivos, reduz os riscos de depressão. Em um dos programas, alunos com depressão branda aprenderam a c o n t e s t a r o s p a d r õ e s d e pensamento associados à tristeza, o que deu bons resultados. A lista de problemas ligados as emoções que afetam jovens inclui ainda os distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia, a evasão escolar de adolescentes rejeitados pelos colegas e o abuso de álcool e drogas. No entanto, cada um desses males pode ser amenizado ou evitado com a capacidade de lidar com sentimentos como a ansiedade, raiva e melancolia. Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 63 Alguns estudos mostraram que apenas informar os jovens sobre os riscos aos quais eles estão expostos não é suf iciente para obter mudanças signif icativas. É preciso ajudar no desenvolvimento dos talentos emocionais, como a autoconsciência, a identif icação e a expressão dos sentimentos e o controle dos impulsos, da tensão e das preocupações. Mas, como é uma educação sobre emoções? Os chamados cursos de alfabeti- zação emocional têm raízes em m ov i m e n to s p e l a e d u c a ç ã o afetiva, ocorrida na década de 1960. A ideia era colocar em prática lições psicológicas e motivacionais que vinham sendo ensinadas em teoria apenas. Em decorrência disso, surgiram diversos programas preventivos para problemas específicos, como tabagismo, abuso de drogas, gravidez e evasão escolar na adolescência e, mais recentemente, violência. Porém, ficou claro que são obtidos melhores resultados quando é ensinado um núcleo de aptidões emocionais e soc ia is , como controlar o impulso, a raiva, e encontrar soluções criativas para provações sociais, frustração e dor. E n s i n a r o s b e n e f í c i o s d a cooperação, de como administrar atritos, evitar brigas, lidar com as preocupações do cotidiano, compreender o que está por trás de um sentimento estão incluídos em uma educação voltada para a alfabetização emocional. • Avalie que ganhos traria a sociedade, como um todo, se mais pessoas soubessem lidar melhor com a ansiedade, a raiva e a melancolia em suas vidas. FAÇA UM TESTE Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com 64 Com ela, estudantes aprendem a parar, se acalmar e pensar antes de agir. Um projeto ideal neste sentido começa cedo, é apropriado para a idade, cobre todo o tempo de escolaridade e intercala os trabalhos na escola, em casa e na comunidade. Avaliações que comparam alunos desses cursos, com quem não recebeu tais conteúdos, mostram um proveito na competência social e emocional das crianças e adolescentes do pr imeiro grupo, em seu comportamento dentro e fora da escola e em sua capacidade de aprender. Entre os pontos abordados com estes estudantes estão a autoconsciência emocional, o controle das emoções, a canal ização produtiva dos sentimentos, a arte da empatia, e como lidar com os relacionamentos. S e o d e s e n v o l v i m e n t o d o caráter é uma das bases das s o c i e d a d e s d e m o c rá t i c a s , a inteligência emocional reforça fundamentos essenciais como a autodisciplina e a força de vontade. Diante dos crescentes desaf ios e complexidades de nossa sociedade, fortalecer a consciência das emoções pode ajudar as atuais e futuras gerações a solucionar inúmeros problemas decorrentes da má administração dos sentimentos. O quanto antes isso tiver início, melhor para todos. • Olhando para todo o aprendizado ao longo da série Inteligência Emocional, quais foram as principais lições para você? Liste os temas que mais te agradaram na série. FAÇA UM TESTE ASSISTA À SÉRIE NA ÍNTEGRA Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com https://www.youtube.com/watch?v=PY9xu83efac www.instagram.com/slaccoaching www.linkedin.com/company/slaccoaching/ www.youtube.com/user/SLACoach www.facebook.com/SLACoaching twitter.com/SLACCoaching CURTA, COMPARTILHE E FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES DA SLAC® NAS NOSSAS REDES SOCIAIS: www.slac.com.br 0800 885 5604 Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com http://www.facebook.com/SLACoaching http://www.instagram.com/slaccoaching http://www.linkedin.com/company/slaccoaching/ http://twitter.com/SLACCoaching http://www.youtube.com/user/SLACoach