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Inteligência Emocional: Você Tem?

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INTELIGÊNCIA
DESVENDANDO
OS SEGREDOS
DAS EMOÇÕES
:
Licenciado para Roberta Macêdo Machado Teles Souza - 81960638572 - Protegido por Eduzz.com
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SULIVAN FRANÇA - SEU MENTOR NESTA JORNADA 
Apresentador do Programa Foco & Gestão 
da Record News TV e atual Presidente 
da SLAC® Coaching - Sociedade Latino 
Americana de Coaching, Sulivan França 
é Master Coach Trainer pela lnternational 
Association of Coaching Institutes e 
Master Trainer por meio da lnternational 
Association Of NLP Institutes.
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SUMÁRIO
PARTE 1 - PARA QUE SERVEM AS EMOÇÕES
PARTE 2 - AS DUAS MENTES
PARTE 3 - MUITO ALÉM DO QI
PARTE 4 - A FORÇA DO AUTOCONHECIMENTO
PARTE 5 - A APTIDÃO MESTRA
PARTE 6 - A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA
PARTE 7 - O AMBIENTE FAMILIAR
PARTE 8 - ALFABETIZAÇÃO EMOCIONAL
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PARTE 1 - PARA QUE SERVEM AS EMOÇÕES? 
No texto a seguir vamos falar 
sobre Inteligência Emocional, 
uma in ic iat iva que tem por 
objetivo contribuir para o seu 
autodesenvolvimento ao refletir 
sobre lições presentes em livros 
consagrados. 
Você está pronto? 
Que tal olharmos alguns 
destaques dos noticiários? 
 
Bullying, vandalismo, insegurança 
urbana, v iolência doméstica, 
criminalidade em alta, casos de 
corrupção, assassinatos por motivos 
fúteis e atos de intolerância. 
Há algumas décadas, é impossível 
assistir um telejornal ou acessar um 
site jornalístico e não se deparar 
com histórias com ingredientes 
terríveis. 
Elas parecem nos alertar para a 
desintegração da civilidade e da 
segurança, como se o mundo esti- 
vesse sendo varrido por um tsunami 
de impulso mesquinho que ameaça 
arrastar tudo de forma desenfreada. 
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Na verdade, tais notícias apenas 
refletem, em maior escala, um 
arrepiante aumento da incapa-
cidade emocional, e também 
retratam o crescente descontrole, 
desespero e inquietação nas 
famílias, nas comunidades e em 
nossas vidas em coletividade. 
Esta raiva, angústia e ansiedade, 
em volume progressivo, são frutos 
de crianças solitárias, trancadas 
com a TV que lhes serve de babá; 
de uma infância abandonada, 
esquecida ou maltratada; ou ainda 
da desagradável violência conjugal. 
 
O mal-estar decorrente disso 
está presente nas estatísticas 
que apontam para um aumento 
mundial dos casos de depressão 
e de agressividade. Em situações 
mais extremas, multiplicam-se as 
histórias de pessoas armadas que 
realizam massacres em escolas, 
escritórios ou espaços religiosos, 
como templos ou igrejas. 
Onde está o sentido
disso tudo?
Procurar as razões que explicam 
este cenário é o tema central do 
livro “Inteligência Emocional”, 
escrito pelo psicólogo norte-
americano Daniel Goleman. A 
obra investiga os motivos pelos 
quais a violência cotidiana e a 
inaptidão emocional parecem ter 
se intensif icado. Como efeito, a 
sociedade vive um estado de tensão 
pós-traumática coletivo.
Embora, olhar ao redor pareça 
desanimador, as últimas décadas 
também trouxeram um número 
inédito de estudos científicos sobre 
as emoções. 
• Reflita sobre quantas 
pessoas você conhece 
que já manifestaram 
algum tipo de depressão 
ou sobre exemplos de 
agressividade que você 
presenciou recentemente.
FAÇA
UM TESTE
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Como nunca ocorreu antes, passou 
a ser possível ver o cérebro em 
funcionamento, graças as novas 
tecnologias. Imagens tornaram 
visíveis o que sempre foi um grande 
mistério: como atuam as redes 
de células cerebrais enquanto 
pensamos, sentimos, imaginamos 
ou sonhamos. Assim, estes dados 
permitem entender como os 
centros nervosos nos levam a raiva 
ou as lágrimas.
Temos informações sem prece-
dentes sobre os mecanismos das 
emoções e suas def iciências, o 
que coloca foco em alguns novos 
remédios para essa crise emocional 
coletiva. Este mapeamento da 
mente desafia quem acredita que o 
Quociente Intelectual – QI é o maior 
responsável pelo nosso destino e 
que isso já está determinado, em 
grande parte, geneticamente. 
Essa visão não considera alguns 
pontos: o que podemos mudar para 
ajudar nossos f ilhos e as futuras 
gerações a se sentirem melhor? Ou 
quais são os fatores que entram em 
jogo, por exemplo, quando pessoas 
com um alto QI fracassam e aquelas 
com um QI mais modesto se saem 
surpreendentemente bem?
Sem dúvida, o que faz a diferença 
são aptidões de intel igência 
emocional, que incluem o auto-
controle, o zelo, a persistência e 
a capacidade de automotivação. 
E tais capacidades podem ser 
ensinadas. Além disso, existem 
questões morais, uma vez que 
v i v e m o s e m u m m o m e n t o 
que o egoísmo, a violência e a 
mesquinhez de espírito parecem 
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impulsos é a base da força de 
vontade e do caráter. De forma 
similar, a raiz do altruísmo está 
na empatia - a capacidade de 
identificar as emoções nos outros. 
Sem a noção do que o outro 
necessita ou de seu desespero, 
o envolvimento é impossível . 
E se existem duas posições morais 
que nosso mundo exige são o 
autocontrole e a compaixão. 
 
O f i lósofo grego Aristóte les 
já tratava do desaf io a nossa 
capacidade de equilibrar razão e 
emoção. Nossas paixões, quando 
bem exercidas, têm sabedoria, 
orientam nossos pensamentos, 
valores e nossa sobrevivência. Mas, 
também, podem facilmente cair 
em erro e fazem isso com bastante 
frequência. 
Como aponta Aristóteles, o pro-
blema não está na paixão, mas 
na adequação da emoção e sua 
manifestação. Então, o desaf io é 
como levar inteligência às nossas 
emoções, civilidade ao mundo 
estar fazendo apodrecer a bondade 
de nossas relações com o outro. 
Por isso, é importante que a 
inteligência emocional esteja ligada 
com os sentimentos, o caráter e os 
instintos morais. Posturas éticas 
fundamentais na vida vêm de 
aptidões emocionais. 
 
O impulso, por exemplo, é o 
veículo da emoção. A semente de 
todo impulso é um sentimento 
explodindo para se tornar ação. Os 
que estão à mercê dos impulsos, 
que não possuem autocontrole, 
sofrem de uma deficiência moral. 
A capacidade de controlar os 
• Pense sobre quem você 
conhece que demonstra 
ter um QI alto, mas 
fracassa, assim como, 
aqueles que fazem 
sucesso mesmo sendo 
“menos inteligentes”.
FAÇA
UM TESTE
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e envolvimento à nossa vida em 
comunidade.
 
Ao investigar porque a evolução da 
espécie humana deu a emoção um 
papel tão essencial em nossa mente, 
os cientistas verif icam que, em 
momentos decisivos, ocorreu um 
domínio do coração sobre a razão. 
Segundo estes pesquisadores, 
são as nossas emoções que nos 
orientam diante de um impasse 
e quando temos que tomar 
providências importantes demais 
para serem deixadas a cargo apenas 
no intelecto. Alguns exemplos disso 
são quando estamos em perigo, ao 
experimentar a dor de uma perda, 
na necessidade de não perder a 
perspectiva apesar dos percalços, na 
ligação com um companheiro, na 
formação de uma família.
• Você se considera 
alguém mais racional ou 
emocional de um modo 
geral? Pense em exemplos 
que demonstrem como as 
emoções atuam em seu 
desempenho.
FAÇA
UM TESTE
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Cada tipo de emoção que viven-
ciamos, nos predispõem para uma 
ação imediata. Cada uma sinaliza 
para uma direção que, diante dos 
desaf ios enf rentados pelo ser 
humano ao longo da vida, mostrou-
se acertada. 
À medida que, ao longo da evolução 
humana, situações deste tipo foram 
se repetindo, a importância do 
repertório utilizado para garantir 
a sobrevivênciada nossa espécie 
foi sendo atestada. Este conjunto 
de informações f icou gravado no 
sistema nervoso humano, como 
inclinações inatas e automáticas do 
coração. 
 
Uma visão da natureza humana 
que ignore o poder das emoções 
é lamentavelmente míope. Como 
sabemos por experiência própria, 
quando se trata de moldar nossas 
decisões e ações, a emoção pesa 
tanto quanto a razão. 
As vezes muito mais. Ao longo da 
história, enfatizou-se demais o valor 
e a importância do puramente 
racional na vida humana. Para o 
bem ou para o mal, quando são as 
emoções que dominam, o intelecto 
não pode nos conduzir a lugar 
nenhum.
 
Porém, embora nossas emoções 
tenham sido guias sábios no longo 
percurso da evolução humana, as 
novas realidades, que a civilização 
tem encarado, surgiram com 
uma velocidade impossível de 
ser acompanhada pela marcha 
lenta do nosso desenvolvimento. 
No decorrer da história humana, 
pressões sociais buscaram impor 
normas para conter o excesso 
emocional que emerge como 
ondas de dentro de cada um de 
nós. Apesar disso, as paixões muitas 
vezes soterram a razão.
Isso tem origem na arquitetura 
básica do nosso cérebro. Em termos 
do plano biológico dos circuitos 
neurais básicos da emoção, aqueles 
com os quais nascemos são os que 
melhores funcionaram nas últimas 
50 mil gerações, mas não para as 
últimas 500. E, certamente, não 
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para as últimas cinco. As lentas e 
cautelosas forças da evolução que 
moldaram nossas emoções têm 
cumprido sua tarefa ao longo de 
1 milhão de anos.
Nos últimos 10 mil anos, porém, 
quase não houveram mudanças 
signif icativas no que se refere a 
nossa biologia para a vida emo-
cional. Nesse período, ocorreu o 
rápido surgimento da civilização 
humana e a explosão demográfica 
de 5 milhões para 7 bilhões de 
habitantes sobre a Terra.
 
Para o melhor ou o pior, a forma 
c o m o a v a l i a m o s s i t u a ç õ e s 
complicadas, com as quais nos 
deparamos e nossas respostas a 
elas, são moldadas não apenas 
por nossos julgamentos racionais 
ou nossa história pessoal, mas, 
também, por nosso passado 
ancestral. 
Assim, e com frequência, enfren-
tamos os dilemas pós-modernos 
com repertório apropriado para as 
urgências da vida pré-histórica.
Este nosso passeio pelo universo 
da inteligência emocional está 
só começando. Ainda há muito 
para falarmos quando o assunto é 
razão e emoção e faremos isso nas 
próximas páginas. 
Nos acompanhe 
nessa jornada!
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
• Reflita como você é em 
relação aos impulsos. 
Como você avalia seu 
autocontrole em relação 
aos impulsos? 
Como você poderia 
melhorar nesse aspecto?
FAÇA
UM TESTE
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https://www.youtube.com/watch?v=dHXQldKCTL4&t=22s
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Nesta parte vamos seguir em nossa 
jornada pelo autodesenvolvimento 
por meio da análise de obras 
consagradas. Você refletiu sobre 
suas emoções e como elas se 
relacionam com seu raciocínio? 
Para entender melhor como tudo 
isso funciona, continuaremos a 
examinar as principais lições do livro 
“Inteligência Emocional”, escrito 
pelo psicólogo norte-americano 
Daniel Goleman. Está pronto para 
continuar? Então, vamos lá. 
Reflita: todas as nossas emoções 
s ã o, e m e s s ê n c i a , i m p u l s o s 
legados pela nossa evolução para 
planejamentos instantâneos que 
visam lidar com a vida. Isso fica bem 
claro em animais e também nas 
crianças, das quais cada emoção 
determina uma ação imediata. 
O medo, a raiva, a surpresa, a 
repugnância, as tristezas são 
acompanhadas de ações. Somente 
em adultos “civilizados” as emoções, 
ou seja, esses impulsos para agir, 
acabam afastados de uma reação 
óbvia. Do ponto de vista do reino 
animal, porém, isso é considerado 
uma anomalia. 
As tendências biológicas para agir 
são ainda mais moldadas por nossa 
experiência e pela cultura. 
Por exemplo, a perda de um ser 
amado provoca tristeza e luto. Mas, 
a maneira como demonstramos 
nosso pesar, como exibimos ou 
contemos as emoções nesses 
PARTE 2 - AS DUAS MENTES
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momentos íntimos, é modelada pela 
cultura a qual estamos inseridos. 
Falamos de nossas emoções, 
mas como as vemos nos outros? 
Imagine que alguém te conte 
uma história e, em determinado 
momento, você percebe que os 
olhos da pessoa estão cheios de 
lágrimas. Por meio da empatia, 
co m p re e n d e m o s q u e o l h o s 
marejados indicam que uma 
pessoa está triste, mesmo que o 
que ela diga expresse outra coisa. 
Na verdade, temos duas mentes, 
a que raciocina e a que sente. 
Esses dois modos diferentes de 
conhecimento interagem na 
construção de nossa vida mental. 
O cérebro racional é o modo de 
compreensão de que, em geral, 
temos consciência. É mais atento 
e capaz de ponderar e refletir. No 
entanto, existe a mente emocional, 
um outro sistema de conhecimento 
que é impulsivo e poderoso, 
embora as vezes ilógico. 
Quanto mais intenso o sentimento, 
mais dominante é a mente 
emocional. E mais inoperante 
a racional. 
Trata-se de uma disposição que 
parece ter tido origem há bilhões 
de anos, no início da nossa evolução 
biológica. Era mais vantajoso que 
emoções e intuições guiassem 
nossa reação imediata diante de 
situações de perigo mortal. 
Nesses casos, pensar o que fazer 
poderia nos custar a vida. Na 
maior parte do tempo, existe 
um equilíbrio entre as mentes 
emocional e racional , com a 
• Reflita como a forma de 
expressar emoções muda 
de cultura para cultura. 
O luto, por exemplo, 
compare como ele é 
manifestado em países 
como EUA, México e 
Brasil.
FAÇA
UM TESTE
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emoção alimentando e informando 
as operações da mente pensante. 
E a mente racional ref inando e, 
as vezes, vetando a entrada das 
emoções. Embora interligadas, 
e l a s a g e m d e f o r m a s e m i -
independente.
 
Já falamos de harmonia e equilíbrio, 
m a s o q u e ex p l i c a a q u e l a s 
situações em que parecemos agir 
sem raciocinar? Chamados de 
sequestros neurais, eles consistem 
em explosões emocionais que 
o c o r re m q u a n d o u m a á rea 
da mente, a amígdala cortical, 
proclama uma emergência e 
recruta o resto do cérebro para seu 
plano de urgência. 
O sequestro ocorre em um instante 
e dispara uma reação antes do 
cérebro pensante ter a oportunidade 
de ver tudo o que está acontecendo 
e dispor do tempo necessário para 
decidir se aquela ação é uma boa 
ideia. Uma marca característica 
desse sequestro é que, assim 
que passa o momento, o cérebro 
“possuído” não tem a menor noção 
do que deu nele. 
• Como você avalia 
a relação entre suas 
emoções e suas 
respostas racionais aos 
acontecimentos? Reflita 
sobre o equilíbrio entre 
sua mente racional 
e emocional.
FAÇA
UM TESTE
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Não faltam histórias de pessoas 
que em minutos de fúria agiram 
tomadas apenas pela emoção, 
por impulso, sem raciocinar. Em 
casos extremos, as emoções são 
capazes de cegar pessoas a ponto 
de cometer crimes brutais, como 
assassinatos. 
Mas, de forma menos catastrófica, 
sequestros neurais são frequentes. 
Você se lembra da última vez que 
“saiu do sério”? Quando, de forma 
intensa, explodiu com alguém? 
Nesse caso, pode ser com o filho, o 
marido, a mulher ou ainda com o 
motorista de outro carro no trânsito. 
A tal ponto de depois, com um 
pouco de reflexão, a coisa parecer 
imprópria. 
Em nosso cérebro, a amígdala 
é especial izada em questões 
emocionais. Se for retirada, o 
resultado é a incapacidade de 
avaliar o significado emocional dos 
fatos. 
Também funciona como um 
depósitode memória emocional. 
Ela pode ainda assumir o controle 
quando o cérebro pensante ainda 
está em vias de tomar uma decisão. 
A amígdala e sua interação com o 
neocórtex, o cérebro racional, estão 
no centro da inteligência emocional. 
O que é mais intrigante a respeito 
da força das emoções na vida 
mental são aqueles momentos de 
ação passional de que mais tarde 
nos arrependemos, assim que a 
poeira baixa. 
Mas, por que agimos com tanta 
facilidade de forma irracional?
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-
Diante de momentos em que um 
sentimento impulsivo domina a 
razão, a partir de sinais que vêm 
dos sentidos, a amígdala faz uma 
varredura de toda a experiência, em 
busca de problemas. 
Ela age como uma sentinela 
psicológica. É como se 
perguntasse: “é alguma coisa que 
eu odeio? Isso me fere? 
É algo que temo?” 
Caso a resposta seja “sim”, a 
amígdala reage imediatamente, 
m a n d a n d o u m a m e n s a g e m 
de emergência para todas as 
partes do cérebro. Durante uma 
emergência emocional, ela assume 
e dirige grande parte do restante do 
cérebro, inclusive a mente racional. 
 
Estudos mostram que sinais 
sensoriais do olho ou do ouvido 
viajam para a amígdala antes de 
chegar ao neocórtex, o cérebro 
pensante. Assim, a amígdala 
começa a responder antes que o 
neocórtex o faça, pois, o cérebro 
pensante elabora a informação em 
vários níveis cerebrais. Isso ajuda a 
entender porque a emoção tem o 
poder de superar a razão. 
 
Tal descoberta invalidou a tese de 
que a amígdala depende inteira-
mente de sinais do neocórtex para 
• Pense nas vezes em 
que você agiu de modo 
irracional. Avalie ao que 
você reagiu, como foi 
essa reação e o que faria 
diferente se pudesse 
voltar àquela situação.
FAÇA
UM TESTE
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formular suas reações emocionais. 
Diante de um estímulo, a amígdala 
pode fazer com que nos lancemos 
à ação, enquanto o neocórtex, um 
pouco mais lento, porém mais 
plenamente informado, traça um 
plano de reação mais refinado.
Quanto mais intenso o estímulo da 
amígdala, mais forte o registro que 
f ica gravado na nossa memória. 
As experiências que mais nos 
apavoram ou emocionam na vida 
estão entre nossas lembranças 
inesquecíveis. Isso signif ica que 
o cérebro tem dois sistemas de 
memória, um para fatos comuns e 
outro para aqueles carregados de 
emoção.
 
Como vimos, ao analisar cada 
situação que estamos vivendo, 
a amígdala assume o controle 
das emoções. O problema é que 
muitas vezes ela compara o que 
está ocorrendo agora com o que 
aconteceu no passado, mas nos 
envia uma mensagem anacrônica. 
Ela ordena que haja uma rea-
çã o n o p re s e n te co m m e i o s 
registrados muito tempo atrás, 
com pensamentos e emoções 
aprendidos em resposta a fatos 
vagamente semelhantes.
• Pense em quais são 
as suas lembranças 
inesquecíveis e avalie 
como elas tiveram ou têm 
impacto na sua vida. 
Reflita sobre a carga 
de emoção nessas 
lembranças.
FAÇA
UM TESTE
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E há mais. Muitas lembranças 
e m o c i o n a i s fo r te s vê m d o s 
p r i m e i ro s a n o s d e v i d a , n a 
relação entre crianças e aqueles 
que cuidam dela. Isso se aplica 
sobretudo às situações traumáticas, 
como surras ou abandono. Embora, 
algumas áreas do cérebro ainda não 
estejam desenvolvidas nessa fase, a 
amígdala está desde o nascimento. 
Assim, o que ocorre nos primeiros 
anos de vida estabelece um 
conjunto de lições, com base na 
sintonia e perturbações do contato 
entre a criança e seus cuidadores.
Essas lembranças emocionais se 
f ixam antes mesmo de a criança 
aprender a falar. Por isso, quando 
essas memórias são disparadas na 
vida posterior não temos recursos 
racionais sobre nossas reações. 
Ao explodir emocionalmente, 
nos abalamos, pois muitas vezes 
isso remonta a um tempo em 
que não tínhamos palavras para 
compreender os fatos. Surgem 
sentimentos caóticos, mas não há 
palavras para tais lembranças. 
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
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https://www.youtube.com/watch?v=ZjUbvw3Fs4I
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Nas partes anteriores falamos sobre 
a existência de duas mentes, a 
racional e a emocional. O segredo 
do sucesso em diversas áreas 
parece ser o equilíbrio entre razão e 
emoção. 
Você já parou para pensar nisso? 
Quando a mente racional é 
inundada pela emoção, uma das 
formas do cérebro pensante, o 
neocórtex age como administrador, 
amortecendo os sinais enviados 
pela amígdala, o centro emocional 
no cérebro. É como um pai que 
impede um f ilho impulsivo de 
pegar uma coisa e o manda, em vez 
disso, esperar o que quer. 
As ligações entre a amígdala e o 
neocórtex são o centro das batalhas 
ou dos tratados de cooperação 
entre coração e mente, sentimentos 
e pensamentos. Por isso, quando 
e s t a m o s e m o c i o n a l m e n t e 
perturbados afirmamos que “não 
conseguimos raciocinar”. 
Já uma contínua perturbação 
emocional em cr ianças cr ia 
d e f i c i ê n c i a s n a s a p t i d õ e s 
intelectuais, afetando a capacidade 
de aprender. 
 
Estudos já demonstraram que 
crianças com QI acima da média, 
mas com desempenho escolar 
f raco, tinham def iciências no 
controle das emoções, sendo 
impulsivos e ansiosos. Apesar 
do potencial intelectual, essas 
crianças são as mais propensas a 
PARTE 3 - MUITO ALÉM DO QI 
• Avalie como você fica 
diante de acontecimentos 
emocionalmente intensos. 
Como isso afeta sua 
capacidade de raciocínio 
e como você age nesses 
momentos? 
FAÇA
UM TESTE
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terem problemas na escola, a se 
tornarem alcoólatras ou criminosos. 
Os c ircuitos emocionais são 
esculpidos na infância. Capacidade 
intelectual e inteligência emocional 
se complementam para o melhor 
desempenho na vida. É preciso 
encontrar o equilíbrio inteligente 
entre razão e sentimento. 
E você já deve ter se perguntado 
em alguma ocasião porque pessoas 
claramente inteligentes são capazes 
de agir de modo irracional e 
estúpido muitas vezes. A resposta é 
que a inteligência acadêmica pouco 
tem a ver com a vida emocional. 
Pessoas com alto nível de QI 
podem ser pilotos incompetentes 
de sua vida particular. 
Notas altas na escola ou alto grau 
de QI não são instrumentos capazes 
de ajudar a prever com exatidão 
se alguém terá uma vida bem-
sucedida. Na melhor das hipóteses, 
o QI contribui com cerca de 20% 
para os fatores que determinam o 
sucesso na vida. Os 80% restantes 
correspondem a outras variáveis, 
como, por exemplo, a classe social a 
que a pessoa pertence ou até a pura 
sorte. 
A inteligência emocional está 
entre as outras características para 
o sucesso além do QI. Ela inclui 
a capacidade de alguém criar 
motivação para si próprio e de 
persistir em um objetivo apesar dos 
percalços; de controlar impulsos 
e aguardar pela satisfação de 
seus desejos; de se manter em 
um bom estado de espírito; e de 
impedir que a ansiedade interfira 
na capacidade de raciocinar, assim 
como ser empático e autoconfiante. 
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Como a inteligência emocional é 
um conceito relativamente novo, 
ninguém pode dizer o quanto 
ela representa para o sucesso de 
alguém e como isso varia de pessoa 
para pessoa. 
No entanto, há dados que indicam 
que este tipo de inteligência pode 
ser tão, ou mais valioso, do que o QI. 
E uma boa notícia é que aptidões 
emocionais decisivas podem ser 
apreendidas. Apesar de um alto QI 
não ser garantia de prosperidade, 
prestígio ou felicidade na vida, nossa 
cultura e nossas escolas privilegiama aptidão no nível acadêmico, 
ignorando a inteligência emocional. 
A vida emocional é um campo 
no qual se pode lidar, certamente 
como matemática ou leitura, com 
maior ou menor habilidade, e exige 
seu conjunto especial de aptidões. 
E a medida dessas aptidões em 
uma pessoa é decisiva para com-
preender porque uma prospera na 
vida, enquanto outra, de igual nível 
intelectual, entra em um beco sem 
saída. A aptidão emocional é uma 
capacidade que determina até 
onde podemos usar bem quaisquer 
outras apt idões que temos , 
incluindo o intelecto bruto. 
Claro, a aptidão técnica é impor-
tante para o sucesso na vida. 
Mas, existem muitos indícios 
q u e a t e s t a m q u e p e s s o a s 
emocionalmente competentes, 
ou seja, que conhecem, lidam 
bem com os próprios sentimentos 
e levam em consideração os 
sentimentos do outro, possuem 
vantagem em qualquer setor da 
vida. Elas têm mais probabilidade 
de se sentirem satisfeitas e de 
serem eficientes em suas vidas. 
• Pense em pessoas tidas 
como inteligentes, por 
terem alto QI, mas que 
demonstram ter 
inteligência emocional 
deficiente, com falta de
empatia e autoconsciência.
FAÇA
UM TESTE
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23
Já quem não consegue exercer 
nenhum controle em sua vida 
emocional trava batalhas internas 
que sabotam a capacidade de 
concentração no trabalho e de 
lucidez de pensamento. 
 
Alguns especialistas vão além e 
defendem que a maior contribuição 
que a educação pode dar ao 
desenvolvimento de uma criança 
é ajudá-la a desenvolver suas 
aptidões e, assim, escolher uma 
profissão em que ela possa utilizar 
os seus talentos. Com isso, ela 
será feliz e competente. Segundo 
este pensamento, dev íamos 
gastar menos tempo avaliando as 
crianças e mais tempo auxiliando-
as a identificar suas aptidões e dons 
naturais, e a cultivá-los. 
Há tempos pesquisadores afirmam 
que existe uma verdadeira gama 
de talentos e aptidões que são 
importantes para a vida, acima e 
além do QI. 
Neste ponto, alguns destacam as 
inteligências interpessoais, ou seja, 
a capacidade de compreender 
outras pessoas, e a inteligência 
intrapessoal, que é o talento de 
formar um modelo preciso de si 
mesmo e poder usá-lo para agir de 
forma eficaz na vida. 
• Liste pessoas próximas 
a você e relacione que 
pontos você identifica 
como fortes nelas no que 
se refere à inteligência 
emocional. O que você 
pode aprender com elas?
FAÇA
UM TESTE
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Essa v isão mult i facetada da 
inteligência oferece um quadro 
mais rico da capacidade e do 
potencial de uma criança para o 
sucesso do que o QI padrão. 
Uma das definições de inteligência 
emocional resume as aptidões 
em cinco principais domínios. 
O primeiro deles é conhecer 
as próprias emoções . Trata-
se da autoconsciência, o dom 
de reconhecer um sentimento 
quando ele ocorre. A capacidade 
de controlar sentimentos a cada 
momento é fundamental para o 
discernimento emocional e para a 
autocompreensão. 
Já a incapacidade de observarmos 
nossos verdadeiros sentimentos 
nos deixa à mercê deles. 
O segundo domínio é lidar com as 
emoções. O talento de confortar-
se, de se livrar da ansiedade, tristeza 
ou irritabilidade que incapacitam 
é algo que se desenvolve na 
autoconsciência. Pessoas que 
são f racas nessa aptidão vivem 
constantemente lutando contra 
s e n t i m e n to s d e d e s e s p e ro , 
enquanto outras se recuperam 
mais rapidamente dos reveses e 
perturbações da vida.
 
Um terceiro domínio é motivar-
se. A capacidade de colocar as 
emoções a serviço de uma meta é 
essencial para centralizar a atenção, 
para a automotivação, o controle 
e a criatividade. O autocontrole 
emocional , que consiste em 
saber adiar a satisfação e conter 
a impulsividade, está por trás de 
qualquer tipo de realização. Pessoas 
que têm esse talento tendem a 
ser mais produtivas e eficazes em 
qualquer atividade que exerçam. 
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Reconhecer as emoções nos 
outros é o quarto domínio. Outra 
capacidade que se desenvolve 
na autoconsciência emocional, 
a empatia é a aptidão que faz as 
pessoas estarem mais sintonizadas 
com os sinais do mundo externo 
que indicam o que os outros 
precisam ou o que querem. 
Não saber “escutar” as emoções 
dos outros pode ter um alto custo 
nas relações pessoais. 
Por fim, lidar com relacionamentos 
é o quinto domínio. A arte de se 
relacionar é em grande parte o 
talento de lidar com as emoções 
dos outros. 
Pessoas excelentes nas aptidões 
que determinam popularidade, 
liderança e eficiência interpessoal 
se dão bem em qualquer coisa 
q u e d e p e n d a d e i n t e r a g i r 
tranquilamente com os outros. 
As pessoas diferem em suas 
aptidões em cada um desses 
campos, podendo ser excelentes 
em um e deficitários em outros. 
Mas, as nossas falhas em aptidões 
emocionais podem ser remediadas. 
Em grande parte, cada uma dessas 
áreas representa um conjunto 
de hábitos e respostas que, 
com o devido esforço, pode ser 
aprimorado. 
• Analise como você se 
identifica em cada um 
desses cinco campos da 
inteligência emocional. 
Quais deles você é forte 
e em quais precisa se 
aprimorar?
FAÇA
UM TESTE
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
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Anteriormente, tratamos de como 
o domínio de sentimentos é algo 
mais importante para o sucesso do 
que o QI. Para ir além, vamos ver 
outros ensinamentos que integram 
o livro “Inteligência Emocional”, do 
psicólogo Daniel Goleman.
À primeira vista, pode parecer que 
nossos sentimentos são óbvios. 
Uma reflexão mais demorada, no 
entanto, nos lembra das vezes em 
que fomos indiferentes ao que 
de fato sentimos, ou quando nos 
demos conta desses sentimentos 
tarde demais. 
A autoconsciência é a percepção 
das nossas emoções . Trata-
se da compreensão de nossos 
sentimentos no momento exato em 
que eles ocorrem, mas de um modo 
neutro, sem se deixar levar.
Ela é a diferença entre sentir um 
ódio assassino contra alguém e 
ter o pensamento autorreflexivo: 
PARTE 4 - A FORÇA DO AUTOCONHECIMENTO
“o que estou sentindo é raiva”, 
mesmo quando se está furioso. 
Esta sutil mudança de atividade 
mental provavelmente avisa áreas 
do cérebro que monitoram as 
emoções, o primeiro passo para 
adquirir algum controle.
As pessoas adotam estilos para lidar 
com suas emoções:
• Elas são autoconscientes, ou seja, 
têm uma vigilância que as ajuda a 
administrar as emoções. 
• Há pessoas mergulhadas, que 
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muitas vezes f icam imersas nas 
emoções e incapazes de fugir delas. 
• Por f im, existem as resignadas 
que, embora muitas vezes vejam 
com clareza o que estão fazendo, 
também tendem a aceitar seus 
estados de espírito e, portanto, não 
tentam mudá-los.
A autoconsciência também é 
importante porque muitas decisões 
relevantes em nossas vidas não 
podem ser tomadas apenas por 
meio do uso da razão. Elas exigem 
intuição e a sabedoria emocional 
que acumulamos de experiências 
passadas.
Manter o autocontrole é uma 
virtude. O objetivo é o equilíbrio 
e não a supressão das emoções, 
pois cada sentimento tem valor e 
signif icado. Quando emoções são 
sufocadas, geram insensibilidade 
e f rieza. Manter sob controle 
sentimentos que nos afligem é 
fundamental para o bem-estar. 
A arte de manter a tranquilidade é 
um dom fundamental da vida.
Dentre todas as emoções de que as 
pessoas querem se ver livres, a raiva 
e a mais rigorosa e a mais difícil de 
controlar. Na verdade, ela é a mais 
sedutora das emoções negativas. 
Com raiva, nossamente é inundada 
de argumentos convincentes para 
dar razão ao sentimento. Porém, 
a cadeia de pensamentos que 
alimenta a raiva, potencialmente, 
é também a chave para desarmá-
la e minar as convicções que a 
abastecem.
 
Quanto mais ruminamos, mais 
justificativas podemos inventar para 
ficarmos irados. 
• Avalie como você 
pratica a autoconsciência 
e o controle dos seus 
sentimentos. Relembre 
bons e maus momentos 
da sua relação com suas 
emoções.
FAÇA
UM TESTE
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Isso alimenta as chamas da raiva. 
Ver as coisas de forma diferente as 
extingue. Reavaliar uma situação 
é uma forma de aplacar a raiva. O 
disparador da raiva é a sensação 
de estar em perigo. Seja ele uma 
ameaça f ísica direta ou uma 
ameaça simbólica à autoestima ou 
à dignidade. Tais gatilhos disparam 
no cérebro emocional duas reações. 
Existe a imediata, do tipo “lutar ou 
fugir”, mas, existe também uma 
onda que pode durar horas ou 
até dias e que mantém o cérebro 
emocional em prontidão.
Por isso, somos propensos à raiva 
quando já fomos irritados por 
outra coisa. Assim, se você teve 
um dia difícil no trabalho fica mais 
predisposto a ter um acesso de fúria 
em casa, com as crianças fazendo 
bagunça. Algo que não te tiraria do 
sério em outras circunstâncias. Para 
intervir na raiva é preciso contestar 
as ideias que a dispararam.
Quanto mais cedo a intervenção, 
mais efetiva. Como um extintor 
que dissipa as chamas antes 
que se alastrem. No entanto, há 
um momento exato para isso. A 
técnica funciona bem em níveis 
moderados de raiva. Em níveis altos, 
não faz diferença, pois a pessoa não 
consegue pensar direito. 
Outro método é esperar que o surto 
emocional passe em um ambiente 
que não o alimente. 
Em uma discussão, por exemplo, 
significa afastar-se, naquele exato 
momento, da outra pessoa. Nesse 
período, a pessoa irada pode 
f rear o ciclo de crescimento do 
pensamento hostil , buscando 
distrações.
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Vamos passar para o sentimento 
de ansiedade, cujo núcleo é 
a preocupação. Em um certo 
sentido, a preocupação antecipa a 
ocorrência de um fato desagradável 
e como lidar com isso. O papel dela 
é projetar soluções positivas para 
os perigos da vida, prevendo-os 
antes que surjam. O problema são 
as preocupações crônicas, que se 
repetem e nunca se aproximam 
de uma solução. Quando um ciclo 
de preocupação se intensif ica 
e persiste, transforma-se em 
perturbações: fobias, obsessões, 
compulsões e ataques de pânico.
Estudos indicam que preocupados 
crônicos f icam ruminando suas 
preocupações em um interminável 
ciclo de angústia. Como envolvem 
a amígdala cortical, que rege 
a s e m o çõ e s n o cé re b ro , a s 
preocupações crônicas aparecem 
sem serem chamadas e persistem 
assim que surgem. Assim, o 
conselho “pare de se preocupar” é 
inútil para um preocupado crônico.
Porém, há como controlar a 
preocupação moderada. O primeiro 
passo é identif icar os indícios 
de ansiedade, os pensamentos 
que dão início a preocupação, 
assim como sensações corporais 
relacionadas. Com a prática, é 
possível fazer isso o quanto antes. 
É preciso treinar métodos de 
relaxamento para aplicá-los no 
momento em que se percebe o 
início da preocupação. Ao praticar, a 
pessoa poderá usá-los na hora que 
mais precisar.
Mas só relaxar não basta. O pre-
ocupado também deve contestar 
at ivamente os pensamentos 
ansiosos. Assumir uma posição 
• Reflita em como você 
se comporta quando fica 
com raiva. O que costuma 
te deixar furioso e como 
você poderia adotar uma 
estratégia para não ficar 
irado com isso?
FAÇA
UM TESTE
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crítica. “Será que esta preocupação 
pode se materializar?” “Há medidas 
construtivas a tomar?” Combinar 
atenção e ceticismo saudável 
atua como f reio. Pessoas com 
preocupações severas devem ser 
prudentes e recorrer à medicação 
para interromper o ciclo. 
Trata-se aí, afinal, 
de autoconsciência.
Um dos estados de espírito do 
qual as pessoas mais se esforçam 
para se livrar é a tristeza. O luto é 
útil, por nos fazer meditar sobre a 
perda e realizar ajustes psicológicos 
e novos planos. Já a depressão 
total é terrível. Nela, a vida é 
paralisada e nenhum recomeço 
pode ser visualizado. Medicação 
e psicoterapia são as armas para 
combatê-la.
A tristeza comum, porém, pode ser 
controlada. Uma tática é ter vida 
social. Fazer algo com a família ou 
os amigos evita que a pessoa fique 
sozinha, algo que pode acrescentar 
à tristeza uma sensação de solidão 
e isolamento e, assim, agravar o 
quadro. 
Há duas estratégias ef icazes no 
combate da tristeza. 
• O que te causa 
preocupação e como você 
costuma lidar com isso? 
Pense em táticas para 
mudar sua relação com 
a ansiedade que possam 
ser usadas no futuro.
FAÇA
UM TESTE
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Uma é aprender a contestar os 
pensamentos centrais da ruminação, 
questionando sua validade e 
pensando em alternativas positivas. 
A outra é programar acontecimentos 
agradáveis, que distraíam.
Como as ideias depressivas são 
automáticas, invadem nossa mente 
sem serem convidadas, desse modo 
a distração funciona. 
A escolha também é importante, 
já que estudos comprovaram que 
pessoas deprimidas tendem a 
escolher atividades melancólicas 
ao tentar se distraírem, como um 
romance trágico ou um f ilme 
dramático. E o baixo astral persiste.
Distrações podem romper a cadeia 
de pensamentos que mantém 
a tristeza. As mais eficazes são as 
que mudam o estado de espírito: 
um acontecimento esportivo 
emocionante, um filme cômico ou 
um livro estimulante. Outras, porém, 
podem perpetuar a depressão. 
Estudos com pessoas que veem 
muita TV constataram que, após 
passarem muito tempo em frente 
as telas, tornam-se ainda mais 
depremidas. Já o exercício aeróbico é 
uma tática eficaz para interromper a 
depressão leve, uma vez que estimula 
o corpo.
Ef iciente contra a ansiedade, o 
relaxamento pode não funcionar 
muito bem para a depressão, pois 
colocam o corpo em estado de baixa 
estimulação. Outro antídoto para a 
melancolia é ver as coisas de uma 
maneira diferente. 
Por exemplo, é natural lamentar o 
fim de um relacionamento. Mas, ficar 
remoendo isso pode causar angústia. 
Em vez disso, a pessoa pode procurar 
avaliar aquela relação e ver aspectos 
que demonstram que ela não era 
tão sensacional assim, como, por 
exemplo, as coisas em que os dois 
não combinavam. 
Assim, ao ver a perda de um modo 
diferente, ela pode se imunizar contra 
a tristeza.
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• Quando e por que você
costuma ficar triste? 
Estabeleça uma estratégia 
para lidar com a 
melancolia 
e não permitir que 
pensamentos depressivos 
venham a te afetar.
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UM TESTE
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
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Na parte anterior falamos sobre a 
importância de controlar o medo, a 
ansiedade e a tristeza. Agora vamos 
abordar outros conceitos para o seu 
sucesso, pessoal e profissional. 
Está preparado?
Imagine que você está paralisado 
diante de um importante teste, 
para o qual não se preparou 
adequadamente. A folha a sua 
f rente traz perguntas que você 
não tem a mínima ideia do que 
escrever. Caso se concentrasse, 
talvez pudesse usar a criatividade 
e esboçar algum tipo de resposta, 
mas sua mente parece congelada. 
No final, você apenas aguarda que o 
tempo passe para que o sofrimento, 
enfim, acabe.
O terror vivido em uma situação 
como essa demonstra o impacto 
d eva st a d o r d a p e r t u rb a ç ã o 
e m o c i o n a l s o b r e a c l a r e z a 
mental. Em casos assim, a razão é 
PARTE 5 - A APTIDÃO MESTRA
dominada pelos sentimentos. Isso 
não é novidade para os professores. 
Alunos ansiosos, mal-humorados 
ou deprimidos não aprendem. 
Quando existe emoção é impossível 
absor ver informações ou as 
elaborar devidamente. Sentimentos 
negativos fortes desviam a atenção 
para suas próprias preocupações 
e interferem na concentração. 
Como intrusos, eles esmagam 
outros pensamentos e sabotam as 
tentativas de darmos atenção às 
tarefas que devemos cumprir.
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Por outro lado, vamos pensar no 
papel da motivação positiva, a 
reunião de entusiasmo e confiança 
na conquista de um objetivo. Isso 
pode ser observado em atletas 
o l ímpicos , músicos de fama 
mundial e grandes mestres de 
xadrez. Eles têm em comum a 
capacidade de motivarem-se para 
seguirem implacáveis rotinas de 
treino. A obstinação depende de 
características emocionais, ímpeto 
e persistência diante dos reveses, 
acima de tudo.
Na medida que nossas emoções 
atrapalham ou aumentam os 
pensamentos , a ef icácia em 
fazer planos, o treinamento ou 
a competência para solucionar 
problemas , e las def inem os 
limites de nosso poder de usar as 
capacidades mentais. 
E, assim, determinam como nos 
saímos na vida. E, na medida 
em que somos motivados por 
sentimentos de entusiasmo e 
prazer no que fazemos, esses 
sentimentos nos levam ao êxito. 
É nesse sentido que a inteligência 
emocional é uma aptidão mestra, 
u m a c a p a c i d a d e q u e a f e t a 
profundamente todas as outras, 
facilitando ou interferindo nelas.
Talvez não haja aptidão psicológica 
mais fundamental do que ser 
capaz de resistir a um impulso. 
É a raiz do autocontrole emocional, 
pois todas as emoções levam ao 
impulso. 
A capacidade de contê-los está 
na base de uma imensidão de 
esforços que vão desde manter 
uma dieta, até para a obtenção de 
um diploma de medicina. 
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Estudos reforçam o papel da 
inteligência emocional como uma 
competência de atingir metas, 
determinando como as pessoas 
podem empregar bem ou mal 
outras competências mentais.
Por exemplo, estudos demons-
traram que pessoas ansiosas têm 
mais probabilidade de falhar, 
ainda que tenham contagens 
superiores de QI, na comparação 
com não ansiosos. A ansiedade 
também sabota todos os tipos 
de desempenho acadêmico. 
Para pessoas muito ansiosas, a 
apreensão pré-prova interfere 
na clareza de raciocínio e na 
memória, fundamentais para um 
estudo eficaz. 
E durante a prova a clareza mental, 
que é essencial para que se saíam 
bem, fica comprometida.
Outros estudos demonstraram 
a impor tância da esperança 
em nossas vidas. Alunos muito 
autoconf iantes estabelecem 
para si mesmos metas mais altas 
e sabem como se esforçar para 
atingi-las. Ao comparar alunos de 
aptidão intelectual equivalente 
nos rendimentos acadêmicos, o 
que os distingue é a esperança. Ela 
é a capacidade de acreditar que 
se tem a vontade e os meios de 
alcançar seus próprios objetivos, 
quaisquer que sejam.
Na perspectiva da inteligência 
emocional , ser esperançoso 
s i g n i f i c a q u e n ã o v a m o s 
sucumbir em uma ansiedade 
arrasadora, atitude derrotista ou 
em depressão diante de desaf ios 
difíceis.
• Avalie sua capacidade de 
resistir a impulsos. Reflita 
como você costuma 
lidar com situações que 
exigem que sejam feitos 
“sacrifícios”, como dieta 
ou mudar hábitos.
FAÇA
UM TESTE
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Como a esperança, o otimismo 
signif ica a forte expectativa de 
que, em geral, tudo vai dar certo, 
apesar dos reveses e frustrações. É 
uma atitude que protege da apatia, 
depressão e desesperança diante 
de dif iculdades. Otimistas veem 
um fracasso como devido a algo 
que pode ser mudado, para que 
possam vencer da próxima vez. 
Já os pessimistas assumem a 
culpa pelo f racasso, atribuindo a 
ele alguma imutável característica 
pessoal. É a combinação de talento 
e capacidade de seguir em frente 
diante da derrota que conduz 
ao sucesso. Enquanto a atitude 
mental do pessimista conduz 
ao desespero, a do otimista gera 
esperança. Otimismo e esperança 
podem ser aprendidos. Por trás 
de les está uma perspec t iva 
chamada autoef icácia, a crença 
de que somos capazes de exercer 
controle sobre os fatos de nossa 
vida e de que podemos enfrentar 
os desaf ios que surgirem. Quem 
tem senso de autoef icácia se 
recupera de f racassos. Aborda 
mais as coisas, em termos de como 
lidar com elas, ao invés de f icar se 
preocupando com o que pode dar 
errado.
• Reflita sobre o seu grau 
de esperança e otimismo 
diante do que ocorre com 
você. Como você poderia 
adotar uma visão mais 
positiva que lhe ajudasse 
no dia a dia?
FAÇA
UM TESTE
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Outra importante aptidão é 
a e m p a t i a , a c a p a c i d a d e 
de se s intonizar com outras 
pessoas e saber como elas se 
sentem. Ela é alimentada pelo 
a u to c o n h e c i m e n to . Q u a n to 
mais consciente estamos em 
relação às nossas emoções, mais 
facilidade teremos para entender 
o sentimento alheio. Para quem 
não possui essa capacidade existe 
um grande déficit de inteligência 
emocional. Todo relacionamento, 
que é a raiz do envolvimento, vem 
de uma sintonia emocional, da 
capacidade de empatia.
A empatia entra em jogo em vários 
aspectos da vida, seja nas práticas 
comerciais, na administração, no 
namoro ou na paternidade, ao 
sermos piedosos e na ação política. 
Já a falta de empatia é verif icada 
e m c r i m i n o s o s p s i c o p a t a s , 
estupradores e molestadores.
As emoções das pessoas raramente 
são postas em palavras. Com muito 
mais frequência são expressas sob 
outras formas. A chave para que 
possamos entender os sentimentos 
de outras pessoas está na nossa 
capacidade de interpretar canais 
não-verbais: o tom de voz, os gestos, 
expressão facial e outros sinais. 
Assim como a forma de expressão 
da mente racional é a palavra, a 
das emoções é não-verbal. Estudos 
indicam que 90%, ou mais, de uma 
mensagem emocional são não-
verbais.
Pesquisadores defendem que a 
sintonia e a falta dela entre pais 
e f ilhos moldam as expectativas 
emocionais que as crianças levarão 
para seus relacionamentos quando 
adultos. Talvez muito mais do que 
• Analise o quanto você 
demonstra empatia. 
Em seus relacionamentos, 
como você costuma 
identificar sinais 
não-verbais, aqueles que 
indicam as emoções 
nos outros?
FAÇA
UM TESTE
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40
No âmbito social, pessoas incapazes 
de transmitir ou receber emoções 
tendem a ter problemas de 
relacionamentos, já que muitas 
vezes os outros se sentem pouco à 
vontade com elas, mesmo quando 
não conseguem explicar porque 
isso ocorre. 
Já a energia de um bom orador, por 
exemplo, é canalizada para provocar 
emoções na plateia. Este arrasto 
emocional é a essência do poder de 
influenciar pessoas.
os dramáticos acontecimentos da 
infância,uma prolongada ausência 
de sintonia impõe um tremendo 
tributo emocional à criança.
Quando um pai não tem empatia 
com as emoções do f ilho, como, 
por exemplo, alegria, lágrimas ou 
a necessidade de aconchego, a 
criança começa a evitar expressar, 
e talvez até mesmo sentí-las. Assim, 
diversos sentimentos podem ser 
apagados do repertório, sobretudo, 
se durante a infância continuarem 
sendo desestimulados.
Os custos emocionais, para toda 
a vida, decorrentes da falta de 
sintonia na infância podem ser 
grandes, e não só para a criança. 
Um estudo sobre criminosos que 
praticaram crimes cruéis constatou 
que o que lhes caracterizavae 
os distinguia de outros é que, na 
infância, tinham sido mandados 
de uma casa de adoção para outra, 
ou criados em orfanatos. Históricos 
de vida que sugerem abandono 
emocional e pouca oportunidade 
de sintonização.
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41
• Do ponto de visto social, 
como você classifica 
que transmite seus 
sentimentos e recebe as 
emoções dos outros? O 
que poderia fazer para 
melhorar?
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UM TESTE
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
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https://www.youtube.com/watch?v=3dZ5h8ml8N0
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43
Você já aprendeu sobre o valor dos 
sentimentos, mas ainda existem 
muitas outras lições. Por isso, vamos 
adiante. A matéria-prima para 
nosso estudo continua sendo o livro 
“Inteligência Emocional”, de Daniel 
Goleman.
Casar e se manter casado é um 
crescente desafio. Se antes pressões 
sociais mantinham unido até 
os casais mais infelizes, hoje o 
cenário é outro, o que contribuiu 
para o aumento do número de 
divórcios nas últimas décadas. 
Assim, as forças emocionais do 
casal se tornaram cruciais para o 
prosseguimento de uma união.
No entanto, existem realidades 
emocionais paralelas na vida de 
um casal: a dele e a dela. Embora 
em parte biológicas, as diferenças 
têm origem na infância. Ao longo 
desse período e até a adolescência, 
garotos e garotas aprendem a 
lidar com os sentimentos de forma 
PARTE 6 - A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA
muito diferente. As brincadeiras em 
grupo de ambos os sexos são bem 
distintas.
Em geral, meninos fazem questão 
de ser independentes, autônomos 
e durões. Eles brincam em grupos 
mais numerosos do que os de 
meninas e valorizam a competição. 
Já as meninas se consideram como 
parte de uma teia de ligações. 
Costumam brincar em grupos 
pequenos e íntimos, nos quais é 
enfatizado o mínimo de hostilidade 
e é valorizada a cooperação.
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Por exemplo, em uma discussão, 
quando um dos dois faz críticas 
pessoais ao outro, em vez de se 
atentar a um fato ou uma ação, isso 
irá corroer o relacionamento. Se 
em vez de dizer “f iquei chateada 
com o seu atraso”, a mulher prefere 
afirmar: “você é sempre egocêntrico 
e indiferente e nunca liga para 
mim”, a crítica é ao caráter do 
marido, não ao ato específico dele. 
Provavelmente, o marido adotará 
uma atitude defensiva, em vez de 
procurar medidas para melhorar. 
Se a crítica vem acompanhada de 
desprezo, pior.
• Em seu relacionamento, 
como vocês lidam com 
as queixas do outro? 
Reflita como ambos 
administram os conflitos 
do casal no que se refere 
à inteligência emocional.
FAÇA
UM TESTE
Em suma, esses contrastes no 
aprendizado das emoções promo-
vem aptidões diferentes. 
As meninas tornam-se capazes de 
captar sinais emocionais verbais 
e não-verbais, de expressar e 
comunicar seus sentimentos. Já os 
meninos são ágeis em minimizar 
emoções que digam respeito a 
vulnerabilidade, culpa, medo e dor.
A s s i m , a m u l h e r c h e g a a o 
casamento, de modo gera l , 
preparada para exercer o papel 
de administradora das emoções. 
Para elas, o mais importante em 
um relacionamento é a sensação 
de que o casal tem uma boa 
comunicação. 
Para a mulher, intimidade significa 
discutir tudo, sobretudo a própria 
relação. Mas, a maioria dos homens 
não entende o que as mulheres 
querem deles. E não são questões 
específ icas que resultam no 
rompimento de um casal. O que 
importa é como o casal discute 
pontos sensíveis na relação.
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Ex i s te m p e n s a m e n to s q u e 
e nve n e n a m u m c a s a m e n to. 
Ocorrem se rancor e ressentimento 
são continuamente alimentados 
por um dos cônjuges, ou ambos, 
em uniões problemáticas. Um 
dos dois se sente injustiçado e 
ideias perturbadoras se tornam 
automáticas: a pessoa passa a 
procurar qualquer coisa que 
conf irme o sentimento de ser 
vítima de uma injustiça.
Se o casal f ica preso em um ciclo 
de crítica e desprezo, sempre 
na defens iva e a l imentando 
p e n s a m e n to s a n g u s t i a n te s , 
isso reflete a desintegração da 
autoconsciência, do autocontrole 
emocional e da empatia. E na 
medida que a série de brigas cresce, 
é fácil perder o controle. 
Então, como proteger 
um casamento?
Bom, para homens, aconselha-se 
não contornar o conflito, mas 
compreender que quando a 
mulher faz alguma queixa ela quer 
ser ouvida. E pode estar fazendo 
isso como um ato de amor. Já a 
mulher precisa ter o cuidado de não 
agredir o marido ao se expressar. 
Ao reclamar, ambos devem focar na 
ação e não em um ataque pessoal, 
sempre sem desprezo.
O que falta aos casais que acabam 
se divorciando são tentativas, como, 
por exemplo, em uma discussão 
tentar reduzir a tensão. É possível 
haver desacordos sadios, que 
permitem o casamento superar 
as coisas negativas que, quando se 
acumulam, podem destruí-lo.
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Em paralelo, cada um deve manter 
uma conversa desintoxicante 
consigo mesmo, afastando os 
pensamentos negativos que 
possam ter contra o cônjuge. 
T a m b é m d e v e - s e p r o c u r a r 
ouvir e falar de uma forma não-
defensiva. Empatia, respeito e amor 
desarmam a hostilidade.
Como tudo isso pode ser difícil de 
ser implantado na hora de uma 
briga, convém treinar as técnicas 
quando estiver calmo, para que 
venham como uma resposta 
automática no momento de 
perturbação.
Muito do que falamos até aqui 
para os casamentos serve para o 
mundo do trabalho. Atividades 
em equipe, canais abertos de 
comunicação, saber escutar e dizer 
o que pensa são tão valorizados 
quanto habilidades técnicas nas 
organizações.
Ambientes com chefes arrogantes 
e trabalhadores int imidados 
colhem queda de produtividade, 
descumprimento dos prazos, erros, 
acidentes e a saída de funcionários 
para ambientes que se sintam 
melhor.
Baixa intel igência emocional 
resulta em custos. Quando isso se 
generaliza, empresas desabam 
e vão à ruína. Emocionalmente 
perturbadas, as pessoas não se 
lembram, não acompanham, não 
aprendem e não tomam decisões 
com clareza. A tensão as tornam 
idiotas. Liderar não é dominar, mas 
a arte de convencer pessoas com 
ponto de vistas diferentes a um 
objetivo comum.
• Reflita sobre como são 
feitas as críticas ao seu 
trabalho. Verifique se você 
tem recebido retornos e 
se as críticas feitas são 
a ações e chegam com 
sugestões.
FAÇA
UM TESTE
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U m p o n to i m p o r t a n te pa ra 
qualquer trabalho de equipe é o 
chamado retorno, ou feedback, em 
inglês. Trata-se de uma informação 
dada às pessoas para que saibam se 
seus esforços estão no rumo certo. 
Isso permite que os funcionários 
verifiquem se seus trabalhos estão 
sendo bem executados, se precisam 
melhorar ou reformular totalmente. 
Sem isso, eles f icam no escuro. 
Qualquer problema que exista 
tende a se agravar com o tempo.
A crítica é uma das mais 
importantes tarefas do 
administrador. 
Porém, trata-se de algo temido 
e deixado de lado. Muitos chefes 
dominam mal a dif ícil arte de dar 
um retorno. Mas essa def iciência 
c u s t a c a r o . A s s i m c o m o a 
saúde emocional de um casal 
depende da forma como eles se 
queixam, a ef iciência, satisfação 
e produtividade das pessoas no 
trabalho dependem de como lhes 
são transmitidos os problemas 
incômodos.
Críticas destrutivas, expressas como 
ataques pessoais, que não abrem 
espaço para um argumento ou 
sugestão de como fazer melhor 
deixam as pessoas impotentes 
e co m ra n co r . E m p re g a d o s 
agredidos f icam na defensiva, 
dando desculpas, fogem da 
responsabilidade, ou se isolam, 
tentando evitar qualquer contato 
com o administrador que os 
criticou. Essas reações costumam 
causar irritação no chefe, criando 
um ciclo que termina com o 
empregado demitindo-se ou sendo 
demitido, o equivalente empresarial 
do divórcio.
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A maioria dos problemas no 
desempenho de um empregado 
não surge de repente , mas 
desenvolve-se com o tempo. 
Quando o chefe não diz imediata-
mente o que sente, isso leva a um 
lento acúmulo de frustração. Até 
que um dia, explode. Se a crítica 
tivesse sido feita antes, o funcionário 
poderia ter corrigido o problema.
Além disso, um comentário realizado 
quando se está irado pode conter 
sarcasmo, reclamações acumuladas 
ou ameaças. São recebidos como 
afronta e provoca raiva no criticado. 
É a pior maneira de motivar alguém.
Por outro lado, a crítica feita de forma 
hábil se concentra no que a pessoa 
fez e no que pode fazer, em vez de 
identificar um traço do caráter da 
pessoa em um trabalho mal feito. A 
arte da crítica envolve ser específico. 
É preciso dizer exatamente 
qual é o problema, o que está 
errado e o que pode mudar.
Outro ponto importante é oferecer 
uma solução, para evitar que a 
pessoa criticada se sinta frustrada ou 
desmotivada. Fazer a crítica, ou um 
elogio, pessoalmente e em particular 
faz tudo ser mais efetivo. 
Por f im, nunca se esqueça de ser 
sensível ao criticar. Tenha empatia e 
esteja sintonizado com o impacto do 
que você fala para o outro.
Já quem recebe uma crítica deve 
ver aquilo como uma oportunidade 
para se aprimorar e não como um 
ataque pessoal. Deve-se ver a crítica 
como a chance de trabalhar junto 
com quem critica para resolver o 
problema, e não como uma situação 
de confronto.
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49
• Avalie seu ambiente de 
trabalho atual e outros 
pelos quais você tenha 
passado, no que se refere 
à relação entre as pessoas. 
O que poderia melhorar 
neles?
FAÇA
UM TESTE
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
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https://www.youtube.com/watch?v=cVH1UIUVmqc
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Chegamos à penúltima parte da 
nossa série Inteligência Emocional. 
A esta altura você já sabe como usar 
as emoções para aprimorar diversas 
capacidades. Mas, calma, ainda há o 
que aprender sobre isso. Portanto, 
vamos em frente!
No que se refere aos sentimentos, 
cr ianças extraem grandes e 
profundas lições de situações de 
estresse emocional, como as que 
geram angústia. 
Por exemplo, quando pais brigam 
na frente dos filhos, sem atentar-se 
para o impacto disso, as crianças 
p o d e m co n cl u i r q u e e l e s e 
ninguém no mundo se importam 
com os seus sentimentos, qualquer 
que seja a circunstância.
Q u a n d o ex p e r i ê n c i a s co m o 
essas se repetem muitas vezes 
durante a infância, transmitem 
algumas mensagens emocionais 
fundamentais que levamos para 
toda a vida, lições que podem 
determinar o curso dela. Na vida em 
família iniciamos a aprendizagem 
emocional. É nesse caldeirão íntimo 
que aprendemos como no sentir 
em relação a nós mesmos e como 
os outros vão reagir aos nossos 
sentimentos.
Nele, aprendemos como avaliar 
nossos sentimentos e as respostas 
a eles. Também descobrimos como 
interpretar e manifestar nossas 
expectativas e temores. Tomamos 
PARTE 7 - O AMBIENTE FAMILIAR
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conhecimentos de tudo isso através 
do que nossos pais fazem e nos 
dizem. Porém, isso também ocorre 
ao ver o modelo que oferecem 
quando lidam, individualmente, 
com suas próprias emoções na 
vida conjugal. Alguns pais são 
professores emocionais talentosos. 
Outros, são péssimos.
Está comprovado que a forma 
como os genitores tratam os filhos 
tem consequências profundas e 
duradouras para a vida afetiva da 
criança. Recentemente, ficou claro 
o quanto ter pais emocionalmente 
inteligentes é benéf ico para a 
criança. 
A maneira como o casal lida com 
os seus sentimentos, além do 
trato direto com a criança, passa 
poderosas lições para os f ilhos. 
Os pequenos são aprendizes 
inteligentes, sintonizados com os 
mais sutis intercâmbios emocionais 
da família.
Casais mais competentes, do ponto 
de vista emocional na relação 
conjugal, são mais eficazes quando 
o tema é ajudar o filho a lidar com 
os sentimentos. Há três padrões 
mais comuns de pais inábeis 
emocionalmente:
• Há os que ignoram qualquer tipo 
de sentimento do filho. Consi-
deram a perturbação emocional 
dele como algo banal ou que os 
chateia, uma coisa que passará 
com o tempo. Não aproveitam o 
momento para se aproximar do 
filho e ajudá-lo.
• Existem os que sabem o que o 
filho está sentindo, mas acreditam 
que qualquer que seja a forma 
com que a criança vá lidar com a 
• Reflita como era a relação 
dos seus pais, sob o ponto 
de vista emocional, e 
como eles passaram para 
você a importância de 
saber lidar com os nossos 
sentimentos.
FAÇA
UM TESTE
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tempestade emocional está ótimo. 
Raramente intervêm para sugerir 
ao filho um sentimento diferente.
• Por fim, há os rigorosos, que não 
respeitam o que a criança sente. 
São severos nas críticas e castigos. 
Podem, por exemplo, proibir 
qualquer manifestação de raiva. 
Existem, porém, pais que aprovei-
tam um momento de perturbação 
do filho para agir como uma 
espécie de treinador ou mentor 
emocional. Levam os sentimentos 
do filho tão a sério que fazem tudo 
para entender o que exatamente se 
passou e para ajudá-lo a encontrar 
uma forma de não se sentir tão 
mal. Para serem treinadores tão 
eficientes, os próprios pais devem 
ter uma compreensão profunda 
sobre os princípios da inteligência 
emocional. 
E m b o r a a l g u m a s a p t i d õ e s 
emocionais sejam aperfeiçoadas 
com os amigos ao longo da vida, 
pais emocionalmente aptos podem 
fazer bastante coisas para ajudar 
os filhos em relação a cada um dos 
elementos básicos da inteligência 
emocional, como, aprender a 
reconhecer, controlar e canalizar os 
sentimentos ou ter empatia ao lidar 
com os sentimentos que afloram 
em seus relacionamentos.
Pais emocionalmente aptos têm 
melhor relacionamento com os 
f ilhos, além de mais afeição e 
menos tensão, quando comparados 
com pais inaptos em relação aos 
sentimentos. Essas crianças são 
hábeis em lidar com as próprias 
emoções, viram pessoas mais 
ef icazes na procura de alívio para 
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suas perturbações e perturbam-se 
com menos frequência.
Têm a inda ba ixos n íve is de 
hormônios de estresse, são mais 
sociáveis, menos agressivas e 
mais atentas, portanto, aprendem 
melhor. Tudo isso é reflexo de 
estímulos recebidos desde os 
primeiros anos de vida. As aptidões 
emocionais que, posteriormente, 
as crianças adquirem formam-se 
em cima daquelas apreendidas nos 
primeiros anos.
O s p a i s p re c i s a m e n te n d e r 
como a sua atuação pode gerar 
confiança, curiosidade, prazer na 
aprendizagem e a def inir limites 
para que seus f ilhos lidem bem 
com a vida. Os três ou quatro 
primeiros anos de vida são um 
período em que o cérebro da 
criança cresce até cerca de dois 
terços de seu tamanho final. 
É nesse período que os principais 
tipos de aprendizagem ocorrem 
mais facilmente. E o conhecimento 
emocional é a mais importante.
Um estudo mostrou que pais 
violentos e com histórico de 
agressividade têm filhos também 
encrenqueiros na vida. A família 
era um local de aprendizagem 
da agressão, que acaba sendo 
passada de geração em geração. 
Algo similar ocorre com crianças 
vítimasde maus-tratos, aquelas 
que foram agredidas f isicamente 
têm menos empatia na relação 
com colegas e respondem à 
perturbação com raiva e violência.
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Além disso, crianças submetidas 
à h o s t i l i d a d e d e s e n v o l v e m 
t ra u m a s q u e p o d e m d e i xa r 
marcas duradouras no cérebro. Os 
momentos aterrorizantes vividos 
tornam-se lembranças impressas 
nos circuitos emocionais. Por sua 
vez, tais memórias tornam-se 
gatilhos sensíveis, prontos para 
soar o alarme ao menor sinal de 
que o momento temido está 
para acontecer mais uma vez. 
Esse fenômeno é uma marca 
característica de todos os tipos de 
traumas emocionais, incluindo os 
repetidos maus-tratos f ísicos na 
infância. 
Terapia e medicamentos estão 
entre as armas para superar a força 
de um trauma.
Além dos traumas, as emoções 
causam impacto no corpo e saúde 
do ser humano. O estresse, por 
exemplo, acaba com a resistência 
imunológica. Pessoas que sofrem 
de ansiedade crônica, longos 
períodos de tristeza, pessimismo, 
incessante desconf iança ou 
desgosto correm maior risco de 
contrair doenças como asma, 
artrite, dores de cabeça, úlceras e 
males cardíacos. 
• Pense em 
acontecimentos 
traumáticos pelos quais 
você tenha passado ou 
pessoas que você conhece 
tenham vivido. Que 
impacto isso teve para 
você ou para elas?
FAÇA
UM TESTE
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56
Raiva, rancor, ansiedade e tensão 
fazem mal ao coração. Depressão 
também exerce influência em 
muitos outros males, sobretudo 
no agravamento de uma doença, 
depois de iniciada.
O otimismo e a esperança, ajudam 
na recuperação de problemas 
de saúde, em comparação com 
pacientes pessimistas. O isolamento 
também é nocivo. Pessoas que têm 
com quem contar apresentam 
saúde preservada, ao contrário de 
quem não tem apoio emocional.
A boa notícia é que padrões 
emocionais aprendidos podem 
ser mudados. Temperamento 
não é destino. Embora estudos 
demonstrem que crianças muito 
sensíveis e acanhadas se tornam 
adultos t ímidos e medrosos, 
é possível mudar isso com as 
experiências adequadas. 
O que é importante são as lições 
e respostas emocionais que as 
crianças aprendem durante o seu 
desenvolvimento.
Para criança tímida, o que importa 
no início é como ela é tratada 
pelos pais, e como aprende a 
lidar com sua timidez natural. Os 
pais que criam, de forma gradual, 
situações para que os filhos tenham 
experiências encorajadoras, estão 
lhes proporcionando uma espécie 
de corretivo para o seu medo e para 
toda a vida.
Pais que protegem filhos tímidos 
de qualquer coisa perturbadora 
endossam o medo, pois, provavel-
mente, privam as crianças de 
oportunidades para aprenderem a 
superar esse sentimento. Uma das 
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mais essenciais lições emocionais, 
aprendida primeiro no início 
da infância e durante toda ela 
aprimorada, é como consolar-se 
quando perturbado.
No bebê, o consolo vem de quem 
cuida deles. Ao chorar, é pego no 
colo pela mãe que o balança e 
o acalma. Essa sintonia ajuda a 
criança a aprender a fazer o mesmo 
sozinha. 
Quanto mais isso se fortalece maior 
será o controle da perturbação e, 
assim, por toda a vida, ele saberá se 
consolar quando perturbado. 
• Quais sentimentos você 
gostaria de mudar na 
sua vida? Avalie o que 
poderia fazer para se 
livrar das emoções que 
te desagradam e que 
benefícios isso iria te trazer.
FAÇA
UM TESTE
ASSISTA À SÉRIE 
NA ÍNTEGRA
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https://www.youtube.com/watch?v=QwzwTvA0yhE
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Chegamos ao passo f inal na rota 
pelo autoconhecimento por meio 
de livros de destaque. Vimos juntos 
um conteúdo riquíssimo, que nos 
levou na reflexão sobre o papel das 
emoções para o nosso crescimento 
profissional e pessoal.
Nosso guia nessa trajetória foi 
“Inteligência Emocional”, obra 
escrita pelo psicólogo norte-
americano Danie l Goleman, 
também autor de “Foco”.
Qual será o custo do
analfabetismo emocional? 
Vamos refletir. Se educadores 
há tempos estão preocupados 
com as notas baixas dos alunos 
e m m a te m á t i c a o u l e i t u ra , 
r e c e n te m e n te c o n s t a t a r a m 
que a def iciência em controlar 
sentimentos é um problema 
terrível, com graves consequências. 
Não faltam estatísticas que indicam 
o aumento da turbulência entre 
PARTE 8 - ALFABETIZAÇÃO EMOCIONAL
adolescentes e distúrbios na 
infância.
Vejamos alguns destes tristes e 
evidentes sinais: alta na prisão 
de jovens que praticam crimes 
v i o l e n to s , co m o e s t u p ro s e 
assassinatos; aumento no índice 
de suicídios na adolescência; 
maior número de gravidez em 
adolescentes; crescimento de 
doenças venéreas; aumento nos 
casos de abuso de álcool e drogas 
por jovens.
O que alguns dados estatísticos 
revelam é que os n íve is de 
competência emocional de crianças 
e adolescentes têm se deteriorado 
de forma acentuada nas últimas 
décadas. 
Entre os principais pontos críticos 
estão: 
Problemas de relacionamento 
social. Pense naquele indivíduo que 
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prefere ficar só. É cheio de segredos. 
Tem falta de energia. Sente-se 
infeliz. É muito dependente.
 
Ser ansioso ou deprimido. É o 
sol itário. Tem muitos medos 
e p r e o c u p a ç õ e s . Te m u m a 
autoexigência exagerada. Não se 
sente amado. É nervoso e triste. 
P r o b l e m a s d e a te n çã o o u 
de raciocínio. Este perf il tem 
dificuldade de concentração. Tem 
devaneios. Age impulsivamente. É 
nervoso demais para se concentrar. 
Possui mau desempenho escolar. É 
incapaz de afastar pensamentos.
Delinquência ou agressividade. 
Tra t a - s e d a q u e l e q u e a n d a 
com garotos que se metem em 
encrencas. Mente e trapaceia. 
Discute muito. É mau com os 
outros. Chama a atenção para 
si. Destrói as coisas dos outros. 
Desobedece em casa e na escola. 
É teimoso. Fala e provoca demais. 
Tem pavio curto. 
Entre as causas que explicam esta 
deterioração emocional nas últimas 
décadas está a crescente pressão 
econômica sobre as famílias, o que 
faz com que pais precisem trabalhar 
muitas horas. Com isso, os f ilhos 
são deixados por conta e risco aos 
cuidados da televisão ou da babá. 
Não bastasse, nossa sociedade tem 
mais crianças criadas na pobreza, 
e as famílias formadas por apenas 
um pai ou uma mãe só cresce. 
Acrescente ainda a tudo isso, bebês 
que são deixados em creches.
Nesta s i tuação, mesmo pais 
bem-intencionados perdem as 
oportunidades de intercâmbios 
• Pense em adolescentes 
que você conhece que 
não sabem administrar 
suas emoções. Que 
problemas a alfabetização 
emocional evitaria para 
eles e para a sociedade?
FAÇA
UM TESTE
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com seus filhos, algo fundamental 
para o desenvolvimento das 
aptidões emocionais.
Entre os diversos problemas da 
infância que podem refletir em 
perturbações na vida adulta está a 
agressividade. 
Estudos mostram que crianças 
e adolescentes brigões têm uma 
falha de percepção que faz com que 
eles vejam coisas insignif icantes 
como ameaças e reagem com 
e x a g e r o . U m e s b a r r ã o n ã o 
intencional de um colega pode 
significar motivo para a violência. 
Isso, claro, acaba por afastar 
outras crianças e adolescentes, 
c o n s e q u e n t e m e n t e e s s e 
isolamento agrava a agressividade 
deles. Com o tempo, o adolescente 
problemático tende a se tornar um 
jovem criminoso.
Os antídotos para interromper este 
ciclo nocivo são programas nos quais 
os garotos agressivos aprendem a 
domar sua inclinaçãoantissocial 
antes que se metam em problemas 
mais sérios. Neles, acontece o 
treinamento de controle da raiva 
e os adolescentes são instruídos a 
monitorar os próprios sentimentos e 
a pensar antes de reagir.
• Reflita sobre episódios 
que você tenha vivido em 
que a falta do controle da 
raiva teve consequências 
ruins. O que poderia ter 
sido feito diferente nessas 
situações?
FAÇA
UM TESTE
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Outro problema muito frequente 
em crianças e adolescentes é o 
aumento nos casos de depressão. 
Sobretudo em jovens, problemas 
de relacionamento são um gatilho 
para este mal. Muitas vezes, a 
dif iculdade está no trato com 
pais ou com colegas. Porém, 
por serem incapazes de falar de 
seus sentimentos, é comum que 
demonstrem outras características 
como mau-humor, irritabilidade, 
impaciência, instabilidade e raiva.
Entre os fatos que podem explicar 
o aumento dos casos dessa 
melancolia crônica estão a perda da 
referência familiar para a identidade 
de crianças e adolescentes; uma 
crescente indiferença dos pais 
pelas necessidades dos f ilhos; a 
ascensão do individualismo; e o 
desaparecimento das crenças na 
religião, no apoio da comunidade e 
da família.
Existem indícios de que ensinar as 
crianças as verem suas dificuldades, 
através de meios mais produtivos, 
reduz os riscos de depressão. Em 
um dos programas, alunos com 
depressão branda aprenderam 
a c o n t e s t a r o s p a d r õ e s d e 
pensamento associados à tristeza, 
o que deu bons resultados.
A lista de problemas ligados as 
emoções que afetam jovens inclui 
ainda os distúrbios alimentares, 
como a anorexia e a bulimia, a 
evasão escolar de adolescentes 
rejeitados pelos colegas e o 
abuso de álcool e drogas. No 
entanto, cada um desses males 
pode ser amenizado ou evitado 
com a capacidade de lidar com 
sentimentos como a ansiedade, 
raiva e melancolia.
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Alguns estudos mostraram que 
apenas informar os jovens sobre 
os riscos aos quais eles estão 
expostos não é suf iciente para 
obter mudanças signif icativas. É 
preciso ajudar no desenvolvimento 
dos talentos emocionais, como a 
autoconsciência, a identif icação e 
a expressão dos sentimentos e o 
controle dos impulsos, da tensão e 
das preocupações. 
Mas, como é uma educação 
sobre emoções?
Os chamados cursos de alfabeti-
zação emocional têm raízes em 
m ov i m e n to s p e l a e d u c a ç ã o 
afetiva, ocorrida na década de 
1960. A ideia era colocar em prática 
lições psicológicas e motivacionais 
que vinham sendo ensinadas em 
teoria apenas.
Em decorrência disso, surgiram 
diversos programas preventivos 
para problemas específicos, como 
tabagismo, abuso de drogas, 
gravidez e evasão escolar na 
adolescência e, mais recentemente, 
violência. 
Porém, ficou claro que são obtidos 
melhores resultados quando é 
ensinado um núcleo de aptidões 
emocionais e soc ia is , como 
controlar o impulso, a raiva, e 
encontrar soluções criativas para 
provações sociais, frustração e dor.
E n s i n a r o s b e n e f í c i o s d a 
cooperação, de como administrar 
atritos, evitar brigas, lidar com 
as preocupações do cotidiano, 
compreender o que está por trás 
de um sentimento estão incluídos 
em uma educação voltada para a 
alfabetização emocional.
• Avalie que ganhos traria 
a sociedade, como um 
todo, se mais pessoas 
soubessem lidar melhor 
com a ansiedade, a raiva 
e a melancolia em suas 
vidas.
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Com ela, estudantes aprendem a 
parar, se acalmar e pensar antes 
de agir. Um projeto ideal neste 
sentido começa cedo, é apropriado 
para a idade, cobre todo o tempo 
de escolaridade e intercala os 
trabalhos na escola, em casa e na 
comunidade.
Avaliações que comparam alunos 
desses cursos, com quem não 
recebeu tais conteúdos, mostram 
um proveito na competência 
social e emocional das crianças 
e adolescentes do pr imeiro 
grupo, em seu comportamento 
dentro e fora da escola e em sua 
capacidade de aprender. Entre 
os pontos abordados com estes 
estudantes estão a autoconsciência 
emocional, o controle das emoções, 
a canal ização produtiva dos 
sentimentos, a arte da empatia, e 
como lidar com os relacionamentos.
S e o d e s e n v o l v i m e n t o d o 
caráter é uma das bases das 
s o c i e d a d e s d e m o c rá t i c a s , a 
inteligência emocional reforça 
fundamentos essenciais como 
a autodisciplina e a força de 
vontade. Diante dos crescentes 
desaf ios e complexidades de 
nossa sociedade, fortalecer a 
consciência das emoções pode 
ajudar as atuais e futuras gerações 
a solucionar inúmeros problemas 
decorrentes da má administração 
dos sentimentos. 
O quanto antes isso tiver início, 
melhor para todos. 
• Olhando para todo o 
aprendizado ao longo 
da série Inteligência 
Emocional, quais foram as 
principais lições para você? 
Liste os temas que mais te 
agradaram na série.
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