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Universidade Nove de Julho AMEBAS DE VIDA LIVRE Adriana Ichiro Miyabara - RA 418202953 Beatriz Fischer - RA 418200138 Bruna Giacopetti Candido - RA 2118200604 Elciane Souza de Medeiros - RA 418200207 Gislene Vicente - RA 418203289 Karina de Lima Gonçalves - RA 418202034 Maiara Baptista - RA 418202763 Paula de Souza Furquim de Almeida - RA 318202243 Orientador: Daniel Pereira da Silva Amebas de vida livre Introdução A Entamoeba Histolytica (ameba) é um protozoário causador de disenteria transmissível por via oral. Nos países em desenvolvimento como Índia, México e Colombia esse protozoário infecta aproximadamente, o que causa cerca de 40 milhões de casos de abcesso epático e disenteria. Manifestações clínicas mostram que o paciente pode ter perda de peso, dor abdominal e diarreia sanguinolenta. Pode haver também colite necrosante aguda e megacólon, causa de grande mortalidade. Existem dezenas de espécies, as que podem atingir os humanos são: família hartmanellidae, família leptomyxidae, família schizopyrenidae. Justificativa Segundo dados do Ministério da Saúde (2004) estima-se que a patologia afeta cerca de 10% da população mundial. Em números, seria cerca de 50 milhões de casos por ano. Esta prevalência é evidenciada principalmente em países em desenvolvimento: como o Brasil. A ampla distribuição geográfica do Brasil é um fator importante para a prevalência e a morbidade desta patologia. Além disso, as condições climáticas, socioeconômica e de saneamento básico fazem com que algumas regiões tenham índices maiores (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). A amebíase ainda é pouco estudada e conhecida no Brasil, necessitando de mais dados estatístico que permitam obter um perfil de sua incidência e prevalência, em virtude de sua variação no número de casos que é alterada, de acordo com a região e a população estudada (MACIEL; DOURADO; ACA, 2006). Inquéritos epidemiológicos têm sido realizados na região Amazônica, fato evidenciado em decorrência das precárias condições socioeconômicas, bem como a falta de saneamento básico na maioria das localidades desta região. O Estado do Pará onde a patologia é considerada um importante problema de saúde pública, visto que há numerosos casos e onde foram relatados por alguns autores, tornam-se necessários a elaboração de mais estudos, a fim de se evitar a manifestação de casos graves da doença (SILVA et al., 2005). Segundo Santo e Soares (2008) dentre as doenças parasitárias, a amebíase é a segunda maior causa de morte no mundo. Contudo, ainda há escassez de estudos na literatura para a maior compreensão sobre a relação parasita/hospedeiro, e assim o desenvolvimento de vacina para a sua prevenção. Tais fatos justificam a real importância do assunto, sobre a necessidade de mais estudos a serem feitos, para que desta forma possa traçar um perfil epidemiológico fidedigno sobre sua real prevalência no Brasil e no mundo. Objetivo Definição de ameba; manifestações clínicas; diagnóstico; prevenção; tratamento. O que é? As amebas são protozoários pertencentes ao Filo Sarcomastigophora e ao sub-filo Sarcodina. Como os outros sarcodinos, uma das principais características das amebas são seus pseudópodos, extensões do corpo relacionados à movimentação e à obtenção de alimento. Os pseudópodos formam-se a partir de uma movimentação do fluído interno da célula, o endoplasma, que origina uma projeção na célula. Em dado momento, o ectoplasma que envolve tal projeção adquire uma consistência gelatinosa, não mais líquida, e assim, constitui-se o pseudópode. As amebas, frequentemente chamadas de rizópodes, são protozoários bastante familiares aos leigos, e distinguem-se dos outros sarcodinos por não apresentarem em nenhuma fase de seu desenvolvimento flagelos. São encontradas nos vários ambientes aquáticos e no solo, ou outros ambientes úmidos. (SILVA, MÔNICA C. M ET AL. 2005). Causas e Manifestações Clínicas: Amebíase é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminadas. Esse parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. Entamoeba histolytica libera cistos, que são uma forma relativamente inativa do parasita e que pode viver por vários meses no ambiente em que foram depositados, geralmente nas fezes, no solo e na água. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida. (DOURADO, ANTÔNIO; MACIEL, A; ACA, A.S. 2006). Fatores de Risco: Fatores que são considerados de risco para infecção por amebíase: • Alcoolismo; • Câncer; • Desnutrição; • Idade infantil ou idade avançada; • Gravidez; • Viagem recente a uma região que não dispõe de boas condições sanitárias e de higiene; • Uso de corticoide para inibir o sistema imunológico; • Manter relações sexuais desprotegida; Diagnóstico: A amebíase diagnostica-se no laboratório examinando as fezes de um indivíduo infectado. Para estabelecer o diagnóstico costuma ser necessário analisar entre 3 e 6 amostras. Para observar o interior do reto e colher uma amostra de tecido de qualquer úlcera que se encontre, pode utilizar um retoscópio (tubo flexível de visualização). Os doentes com um abcesso hepático têm quase sempre no sangue valores elevados de anticorpos contra o parasita. Contudo, como esses anticorpos podem permanecer na corrente durante meses ou anos, o achado de valores elevados de anticorpos não indica necessariamente que exista um abcesso. Em consequência, se o médico pensa que se formou um abcesso, pode prescrever um fármaco que elimine as amebas (um amebicida). Se o fármaco resultar eficazmente, dá-se por assente que o diagnóstico de amebíase era correto. (SANTOS, FRED L.N; SOARES, NECI M. 2008). Prevenção: Saneamento básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também podem ser adotadas, como, lavar bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos, lavar bem frutas e verduras antes de comê-las, evitar comer frutas ou vegetais, a menos que você lave e descasque-os, beber somente água engarrafada, evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados, evitar alimentos vendidos por ambulantes. (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, MINISTÉRIO DA SAÚDE. BRASÍLIA: MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2006). Tratamento: O tratamento para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de metronidazol por dez dias, administrado por via oral. O médico também pode prescrever medicamentos para controlar náuseas. Se o parasita invadir os tecidos intestinais ou órgãos internos, o tratamento deve focar, também, no tratamento de todas as áreas afetadas por ele. Se a infecção parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, a cirurgia pode ser necessária. Após o tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que a infecção foi eliminada. (SANTOS, FRED L.N; SOARES, NECI M. 2008). Discussão Como a amebíase é uma infecção causada por protozoários, estudos tem revelado dados importantes na literatura. As apresentações clínicas mais comuns da doença pela Entamoeba histolytica são colite amebiana e abcesso hepático amébico, mas a infecção assintomática também é possível. Segundo Broucke et al. (2018) no qual realizou um estudo retrospectivo entre os anos de 2006 e 2015, verificou-se que em uma população com 810 amostras de fezes 3,7% tinham infecção por Entamoeba histolytica, sendo que 39% desta amostra eram assintomáticas. Nessa mesma amostra, 200% dos casos apresentavam sangue nas fezes e muco. O estudo foi feito em 810 viajantes migrantes e a história de sangue e muco nas fezes tem dados positivos de presença comomanifestações clínicas. Segundos Costa et l. (2018) a prevalência de doenças parasitárias enterais é alta na região metropolitana de Belo Horizonte, porém a amebíase pode não ser um problema de grande relevância, das 6.289 amostras de fezes coletadas, apenas 0,6% tinham infecções por Entamoeba histolytica. Isto comprova que em lugares em que as condições de saneamento básico e higiene associados ao tratamento são fatores indispensáveis para reduzir a frequência desse parasita. Apesar de apresentar melhorias nos índices, esses parasitas ainda continuam sendo um problema frequente para a população (Araújo. 2018). Colombo et al. investigou a presença de formas evolutivas de enteroparasitas em alfaces vendidas em diferentes áreas de distribuição em Minas Gerais. Foram listados 72 pés de alface e dentre os resultados 75% da amostra apresentava enteroparasitas sendo que deste, 16,7% era por Entamoeba histolytica. Dados corroboram com outros da literatura que a falta de condições de higiene, manipulação e acondicionamento adequado aumenta o índice de prevalência da doença. O controle dessa doença necessita de políticas públicas envolvendo educação sanitária e ambiental, além de melhor distribuição de renda (Ferraz. 2014). Segundo Espíndola (2014) essas doenças acontecem principalmente entre a população de baixa renda, sem acesso a saneamento básico, à assistência médica e as informações adequadas sobre medidas profiláticas. Em seu estudo no qual relacionou as condições socioeconômicas em um questionário foi observado que a maioria da amostra apresentava escolaridade com ensino médio completo, renda mensal de 2 a 4 salários mínimos e cerca de 90% afirmava possuir água canalizada em seus domicílios e a prevalência de parasitoses intestinais foi de 19,9%. Considerações Finais Nosso trabalho visa mostrar a importância do diagnóstico precoce, o tratamento e a prevenção para as doenças causadas pelas amebas de vida livre. Existem dezenas de espécies de amebas, sendo assim, um dado alarmante para infecções, portanto a amebíase ainda é pouco estudada em nosso país, com isso, seria necessário um estudo mais profundo em estatísticas e casos de amebíase. As amebas são protozoários pertencentes ao Filo Sarcomastigophora e ao sub-filo Sarcodina. Como os outros sarcodinos, uma das principais características das amebas são seus pseudópodos, extensões do corpo relacionadas à movimentação e à obtenção de alimento. São encontradas nos vários ambientes aquáticos e no solo, ou outros ambientes úmidos. Amebíase é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminada. Esse parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. O diagnóstico é feito em laboratório examinando as fezes da pessoa infectada, a prevenção pode ser feita de várias maneiras, entre elas estão: Saneamento básico e condições adequadas de higiene é a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também poderão ser adotadas, como, lavar bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos. O tratamento da amebíase vai ser prescrito por médico de acordo com o local afetado pelo parasita, sendo assim, cada região do corpo afetada, terá um tratamento e remédios diferentes. O metronizadol é administrado para todos os pacientes. Pode haver casos em que só será reversível como procedimento cirúrgico. Referências Dourado, Antônio; Maciel, A; Aca, A.S. Ocorrência de Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar em pacientes ambulatoriais de Recife, PE. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.39 no.4 Uberaba July/Aug. 2006. Santos, Fred L.N; Soares, Neci M. Mecanismos fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção causada pela Entamoeba histolytica. J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.44 no.4 Rio de Janeiro Aug. 2008. Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS: GUIA DE BOLSO 2004. Publicado em: Cad. Saúde Pública vol.22 no11. Rio de Janeiro Nov. 2006. Silva, Mônica C. M et al. Determinação da infecção por Entamoeba histolytica em residentes da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil, utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de antígenos. Caderno Saúde Pública. vol. 21 no.3. Rio de Janeiro May/June 2005. BROUCKE, Van Den et al. 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