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Andréia Telles e Juliana Tonial • O contrapiso é uma camada de argamassa executada sobre uma base, que pode ser a laje de um pavimento ou um lastro de concreto. Sua função é regularizar a superfície para receber o piso de acabamento final, além de colaborar nas funções que o piso final deverá cumprir, principalmente no aumento da resistência do conjunto contrapiso + piso. • O contrapiso tem, para o acabamento do piso, função semelhante à do emboço para o acabamento da parede. • Além disso, o contrapiso é necessário nas áreas molhadas (banheiros, cozinhas,áreas de serviço) onde é preciso de caimento, ou seja, uma inclinação no nível do piso. Isso faz com que águas lançadas nos pisos desses ambientes sejam direcionadas aos ralos. Esses caimentos são dados no contrapiso e são acompanhados pelo revestimento cerâmico aplicado sobre ele. • Além de servir de suporte para o revestimento de piso , o contrapiso pode ser utilizado também para embutir tubulações hidráulicas e elétricas, corrigir desníveis pequenos na laje, e para complementar sistemas de isolamento acústico e térmico. • Impermeabilização de áreas molháveis concluída. • Alvenarias completamente concluídas, caso sejam executadas antes do contrapiso. • Instalações elétricas e hidro-sanitárias concluídas. • Pavimento desescorado há 60 dias. • Projeto (e reprojeto, se necessário) de contrapiso disponível. • Haver ocorrido a liberação dos serviços de produção da estrutura, particularmente no que se refere ao controle dos níveis da laje. • Limpeza: A base deve estar completamente limpa e lavada, devendo ser removidos todos os restos e crostas de argamassa ou concreto eventualmente existentes, usando ponteiro e marreta, se necessário. • Taliscamento: Fixar taliscas nos cantos do ambiente, deixando-as niveladas, com espessura entre sua superfície e a base de aproximadamente 2,5 cm no ponto mais baixo, usando para isso a mangueira ou o aparelho de nível. Em seguida,fixar as taliscas intermediárias, com distâncias entre 1,50 e 2,00 m entre elas para depois fazer as guias. • Polvilhamento com Cimento: Com a base umedecida o cimento é polvilhado, formando uma fina camada de nata de cimento. • Execução das Guias: Preencher com argamassa o espaço entre duas ou mais taliscas que estiverem na mesma direção, deixando as guias com o mesmo nível das taliscas. Após o preenchimento, compactar as guias com compactador de madeira. • Enchimento do Piso: Após a execução das guias, espalhar a argamassa na área entre duas guias, a argamassa deve ser espalhada de modo que sobreponha o nível das guias (mestras). Logo após a argamassa deve ser compactada com auxílio do soquete. Caso seja feita a compactação e a camada ficar abaixo do nível das guias, deve-se acrescentar mais argamassa e recompactar. • Sarrafeamento: Em seguida é feito o sarrafeamento com o auxilio de uma régua. Esta régua deve ser apoiada nas taliscas, o que garantirá o nivelamento adequado. • Desempeno: alisar a base com a desempenadeira de madeira. Se o revestimento final for cerâmico, o acabamento do contrapiso deve ser áspero, que é o modo deixado pelo desempenadeira de madeira. Se o revestimento final for do tipo carpete, pode ser necessária uma superfície mais lisa do contrapiso. Para isso, deve ser feito um último alisamento da sua superfície com desempenadeira de aço. • Indicado para recuperação e nivelamento de bases de concreto, o sistema de contrapiso autonivelante foi desenvolvido na Europa na década de 1980. No Brasil, as primeiras utilizações do produto datam de 1990. Atualmente, empreendimentos comerciais, industriais e projetos de equipamentos urbanos – como o estádio do Maracanã – estão utilizando a solução. Mas apesar de seu uso em obras expressivas, o desconhecimento da tecnologia ainda é o maior fator impeditivo para a análise criteriosa do seu custo – benefício, o que tem freado a disseminação em larga escala. • O contrapiso autonivelante é um sistema composto por uma argamassa à base de cimento de alto desempenho, autoadensável, autonivelante, bombeável e bastante fluida, de fácil aplicação. Em pisos de áreas internas e externas de tráfego moderado, cria uma superfície lisa, plana e de acabamento fino. Este material pode ser usado com sucesso para reabilitar, regularizar e nivelar contrapisos novos e antigos, desde que seja corretamente especificado e aplicado para essas finalidades. • Os contrapisos autonivelantes, facilitam a execução de contrapisos sem a necessidade de vibração ou compactação manual, tornando o processo mais ágil. • Uma grande vantagem é que já é colocada a quantidade de produto correspondente a altura de uma única vez e não precisa fazer camada por camada como com a argamassa convencional. • Assim como a argamassa convencional, a do contrapiso autonivelante é composta por um cimento de alto desempenho, mas a diferença está nos aditivos especiais de sua composição. • O contrapiso autonivelante é indicado para ambientes internos, especialmente para espaços comerciais como supermercados, lojas e estacionamentos, Ele oferece boa resistência mecânica. A maioria dos fabricantes não orienta que seja aplicado em áreas externas por conta da exposição frequente a intempéries, mas alguns admitem, desde que sejam em áreas com trânsito moderado. Em primeiro lugar, a mão de obra precisa garantir que a base ou superfície que receberá a argamassa esteja íntegra e livre de resíduos. Em geral, os fabricantes orientam que se use um prime selador para vedar os poros da base e potencializar a aderência do produto. Assim como no processo convencional, a espessura da camada que será aplicada é estabelecida em função do desnível existente e é definida através do laser. Então, mistura-se o produto com água de acordo com a quantidade estabelecida pelo fabricante. O fluido escorre naturalmente e atinge a marca do laser, com perfeito nivelamento e planicidade. Utiliza-se um rolo quebra- bolhas para a retirada do ar que ainda restar. Em até 24 horas o contrapiso está liberado e pronto para receber o acabamento fino. Rodo específico para acabamento do contrapiso O maior ganho está no prazo, enquanto no sistema convencional o contrapiso normalmente é feito com argamassa seca do tipo farofa, que precisa ser espalhada, compactada com auxílio de soquete, e sarrafeada com réguas; no sistema autonivelante, como a argamassa é muito mais fluida, ela preenche todo o desnível, se ajustando naturalmente à área. • A segunda grande vantagem é a redução da espessura do contrapiso que pode diminuir 10mm. • A resistência é outro fator que soma pontos a favor. A NBR 13.281 estabelece a resistência à aderência de 0,30 MPa, os testes apontaram uma média de 1,10 MPa, ou seja, quase 40% a mais de resistência em relação ao exigido pela Norma. • Também há grande ganho de tempo no transporte vertical do material, dispensando o uso dos elevadores, já que o produto pode ser bombeado. • Não necessita de espaço para armazenamento de material no canteiro de obras. • Outra vantagem é o tempo de secagem. Enquanto o sistema convencional impede o trânsito de pessoas e equipamentos por cerca de três dias, o contrapiso feito com argamassa autonivelante libera a área em 24 horas. • A manipulação da argamassa deve ser rápida. Se não for usada dentro de 20 a 30 minutos, pode haver perda do material. • Não há a possibilidade de executar desníveis e declives em ambientes de áreas molhadas, por exemplo, tornando o método inviável para cozinhas, áreas de serviço e banheiros. • O valor do produto em si também é um pouco mais caro que o material utilizado para a execuçãodo contrapiso convencional. • Pisos de concreto simples; • Pisos de concreto com armadura distribuida; • Pisos de concreto armado; • Piso de concreto reforçado com fibras; • Pisos de concreto protendido. • É um piso onde os esforços atuantes (compressão/tração), resistem apenas pelo concreto porque não possui armadura; • São placas de concreto com pequenas dimensões; • Possuem juntas serradas ou moldadas na concretagem; • Pode ser utilizado barras de transferência, lembrando que essas barras não atuam como armadura, apenas repassam os esforços nas placas, evitando patologias nas juntas. • Pedem mais espessuras, pelo fato de não possuir armadura e a deficiência em relação a tensão; • Devem ser apoiadas ao subleito reforçado ou a fundação. • Apresenta menor resistência e durabilidade em relação aos outros; • Indicado para lugares de necessitam suporte de carga ou rodovias (que são bastante utilizadas). • São placas de concreto com uma tela que fica no terço superior; • Controla a fissuração, permitindo que a placa atinja ate 30 metros de comprimento cada placa e 6 metros de largura, mas são usados normalmente até 15 metros; • Reduz o numero de juntas; • As malhas devem ser de acordo com o projeto; • Sua estrutura resiste a empenamento; • Atua como estrutura do pavimento; • Usado em áreas de carregamentos elevados; • Além da malha superior negativa, possui malha positiva na parte inferior; • Usada em solos de baixa resistência; • Exige juntas com barras de transferências; • Garante que o pavimento tenha um comportamento uniforme; • Reduz a espessura; • Possuem segundo a literatura, 15 metros de comprimento e 14 a 16 centímetros de espessura; • Armadura tracionada por cabos através de macacos hidráulicos; • A força é transferida a placa por meio de ancoragem nas extremidades; • Permite grandes placas com poucas juntas; • Apresenta menores riscos de patologia; • Baixo custo de manutenção e maior durabilidade; • Trazida para o Brasil na década de 1990; • As fibras substituem a armadura; • Juntas reduzidas devido as tensões internas das placas; • Distribui muito bem os esforços; • Alto índice de ductilidade, ou seja suporta ate o momento da fratura; • As fibras são produzidas por matérias trefilados de alta resistência; • São misturadas pouco antes da concretagem; • Podem ocupar a proporção de 0,25% do volume concreto • Podem ser: Sintéticas e orgânicas: Polipropileno ou carbono; Sintética e inorgânica: Aço ou vidro; Naturais e orgânicas: Celulose; Naturais e inorgânicas: Asbesto ou amianto; • Primeiro passo é preparar a base: Subleito: Deve-se fazer sondagem, seguindo as normas técnicas, após devem ser feita a terraplanagem; Após a terraplanagem segue-se com a compactação; Caso a compactação não atinja o traço pedido pelo projeto deve-se acrescentar no solo materiais granulares, estabilizantes químicos ou cimento; Sub-base: tem a função de dar ao solo maior capacidade de resistência ao carregamento. Pode ser feita com 10 cm de brita tratada com cimento, que é uma mistura de brita 40% de brita 1,40% de brita 2,20% de areia fina 6% em peso de pó de cimento, sendo posteriormente umedecido e compactado. • Barreira de estanqueidade: Conhecida também como barreiras de vapor, colocando-se lonas plásticas; • Forma: Utilizar formas de madeiras, são apoiadas nas laterais Antes da 2ª etapa de concretagem, isolar uma placa da outra, aplicando uma pintura de cal ou desmoldante na lateral da placa já pronta e engraxar as barras de transferência. As fôrma de madeira não devem ficar no piso e serão reaproveitadas. • Armadura: Piso de concreto Armado e Armadura distribuída: Após as formas nesta classificação devem ser colocadas as armaduras, a tela obrigatoriamente deverá estar posicionada a 1/3 da face superior da placa com um recobrimento máximo de 5 cm. E a tela inferior também a 1/3 da base. Pisos de concreto Protendido: Instalados acessórios de protenção e as cordoalhas. Devem colocar caranguejos, espaçadores ou distanciadores. Os espaçadores soldados separados de aproximadamente 1,20m, garantem o posicionamento da tela soldada • Colocação das barras de transferência e ligação: As barras de transferência devem ser colocadas nos locais pré-determinados conforme paginação das juntas. É importante que estejam paralelas entre si e adequadamente suportadas por espaçadores para que não se movam durante a concretagem. Devem estar pintadas ou engraxadas; • Determinar o tipo de junta: Juntas de dilatação: Juntas Serradas: Juntas de construção: • Concretagem: Geralmente se opta por usar concreto usinado com mistura de meio a meio de brita 1 e brita 2 com o traço apresentado em projeto. Depois de lançado deve ser adensado. Piso de concreto com fibras: São acrescentadas as fibras ao concreto para a concretagem. • Acabamento superficial: 1. Desempeno: Alisa a superfície; 2. Rodo de corte: Remove material e nivela; 3. Tempo de espera: Colocasse uma proteção ou aplicasse uma cura química; 4. Desempeno mecânico; 5. Desempeno fino; • Execução as juntas serradas; • Vassourado: Muito usado em pisos para passeios, esse tipo de piso recebe uma passada de vassoura após o início de “pega” e isso proporciona uma superfície mais rugosa. Esse tipo de acabamento é bastante utilizado em pisos que irão receber outro tratamento. • Camurçado: Esse tipo de piso se assemelha ao tratamento dado a parede rebocada. Para o acabamento desse tipo de piso é utilizada a Acabadora (alisado) de Piso (também conhecida como ventilador ou bambolê) por cerca de 3 horas. • Polido: Esse tipo de piso recebe o mesmo tratamento que o do camurçado, a diferença está no tempo de tratamento feito pela Acabadora (alisadora) de Piso que é de 5 a 6 horas até a superfície fique bastante lisa. • Concreto queimado: O cimento queimado nada mais é do que um piso feito a partir de uma argamassa feita na obra com a mistura de cimento, areia e água. Essa argamassa deve ser aplicada com uma espessura média de 30 mm sobre o contrapiso ou sobre um lastro de concreto áspero. Caso a base esteja muito lisa, sugere-se que seja feito um chapisco para aumentar a aderência do cimento queimado Após a aplicação da argamassa, devemos conseguir o máximo nivelamento do piso, preferencialmente com régua metálica. Queimar o cimento não tem nenhuma relação com fogo ou maçaricos. Este é o nome dado ao processo de jogar pó de cimento sobre o piso de argamassa de cimento e areia ainda mole e úmida; então, a superfície deve ser desempenada com uma desempenadeira de aço, espalhando o pó de cimento sobre a argamassa e deixando o conjunto bem liso. Após a secagem está pronto o cimento queimado, com um aspecto bem liso e nivelado. • Piso de concreto epoxi: Esse tipo de revestimento é feito de resina epóxi, ou poliepóxido, um plástico termofixo que se endurece quando misturado a um agente catalisador, ou seja, endurecedor. No entanto, esse material não pode ser aquecido e moldado repetitivamente após a cura.