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Economia e Mercado Global 2020.1 Calendário Lista de Exercícios será disponibilizada no dia 23/03 para ser entregue até 06/04. DATA DOCENTE 02/03/2020 Apresentação do Curso / Princípios Básicos da Economia 09/03/2020 ESCASSEZ, ESCOLHA E CUSTO DE OPORTUNIDADE 16/03/2020 FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA 23/03/2020 MERCADO COMPETITIVO: MODELO DE DEMANDA E DE OFERTA 30/03/2020 Revisão de Conteúdo para a primeira avaliação 06/04/2020 PRIMEIRA AVALIAÇÃO 13/04/2020 Solução das questões da primeira avaliação em sala 20/04/2020 OFICINA PROFISSIONALIZANTE 27/04/2020 MUDANÇAS NO EQUILÍBRIO DE MERCADO DATA DOCENTE 04/05/2020 Fatores de Influência e relação com a receita; Tipos de Custos 11/05/2020 FUNÇÕES: RECEITA, CUSTO E LUCRO 18/05/2020 NIVELAMENTO DA FIRMA 25/05/2020 Formas de Precificação 01/06/2020 Revisão de conteúdo do semestre 08/06/2020 SEGUNDA AVALIAÇÃO 15/06/2020 SEGUNDA CHAMADA 22/06/2020 AVALIAÇÃO FINAL AULA 02 1) ESCASSEZ, ESCOLHA E CUSTO DE OPORTUNIDADE 2) CUSTO DE OPORTUNIDADE E SUAS APLICAÇÕES Fluxos Econômicos Dilema da Economia Existe, portanto, uma contradição. Se por um lado nossas necessidades são ilimitadas, por outro lado, os recursos para atender a estas necessidades são escassos. Lei da Escassez Produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis Quero Algo. Útil Satisfaz minha necessidade UTILIDADE Consumidor à Utilidade Produtor à Lucro Recursos Princípios da Economia 1) As pessoas enfrentam tradeoffs (escolhas) - Nada é de graça; - Toda decisão envolve trocas (Assistir Aula X Televisão); - O maior tradeoff que a sociedade geralmente enfrente: 2) O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la - Custo explícito X Custo implícito - Custo de oportunidade Princípios da Economia 3) As pessoas racionais pensam na margem Pessoa racional è faz o máximo para alcançar os seus objetivos Mudança marginal è pequeno ajuste no plano de ação Benefício marginal X Custo marginal Benefício > Custo 4) As pessoas reagem a incentivos Induz a pessoa a agir Punição X Recompensa Preço da gasolina aumenta è incentivo ao uso de outros combustíveis ou de outros meios de transporte Princípios da Economia 5) O comércio pode ser bom para todos O comércio entre 2 países pode ser bom para ambos O comércio permite que as pessoas se especializem naquilo que são melhores. Países se encaixam nesse princípio. 6) Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica Ideia liberal / Economia de mercado “mão invisível” / preço como instrumento de regulação Princípios da Economia 6) Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica Ideia liberal / Economia de mercado “mão invisível” / preço como instrumento de regulação Poder Centralizado A “mão invisível” do mercado controla o Estado mínimo Princípios da Economia 7) As vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Governo: - garantir o cumprimento das regras - manter as principais instituições Para promover a eficiência e a igualdade. Corrigir as falhas de mercado. 8) O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Produtividade logo, Padrão de Vida Princípios da Economia 9) Os preços sobem quando o governo emite moedas demais è Moeda Desvaloriza è Preço Sobe è Inflação Princípios da Economia 10) A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Aumento da quantidade de moeda na economia Estimula o nível geral de consumo e a demanda por bens e serviços Empresas aumentam preços, contratações e produção Aumenta contratação, reduz desemprego Classificação dos Mercados Concorrência perfeita trata-se de um mercado caracterizado pelos seguintes fatores: ü existência de um grande número de pequenos vendedores e compradores, de tal forma que cada vendedor e cada comprador, individualmente, representam muito pouco no total do mercado (mercado atomizado); ü o produto transacionado é homogêneo, ou seja, todas as empresas participantes do mercado fabricam produtos rigorosamente iguais que não se distinguem um dos outros por qualidade, marca, rótulo e quaisquer outras características (produto padronizado); Classificação dos Mercados ü há livre entrada e saída de empresas no mercado; qualquer empresa pode entrar ou sair do mercado a qualquer momento, sem quaisquer restrições das demais concorrentes, tais como práticas desleais de preços, associações de produtores visando impedir a entrada de empresas novas etc. ü perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento, pelos compradores e vendedores, de tudo o que ocorre no mercado; assim, por exemplo, se uma empresa obtiver uma inovação tecnológica no processo produtivo, as outras saberão deste fato imediatamente. Classificação dos Mercados ü perfeita mobilidade dos recursos produtivos; isto significa que a mão de obra e os outros insumos utilizados na produção podem ser facilmente deslocados da fabricação de uma mercadoria para outra; além disso, no mercado dos fatores de produção vigora também a concorrência perfeita, de tal forma que cada empresa poderá́ adquirir a quantidade desejada do fator por um preço que será́ fixado concorrencialmente. Como se percebe por suas características, o mercado de concorrência perfeita não é facilmente encontrado na prática, embora possa se afirmar que os mercados que mais se aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas. Classificação dos Mercados O mercado de concorrência perfeita é estudado pelos economistas para servir como um paradigma (referencial de perfeição) para análise dos outros mercados. Ou seja, o mercado de concorrência perfeita é o mercado ideal, ao qual serão referenciados os mercados de concorrência imperfeita (existentes no mundo real e listados a seguir) para se verificar no que diferem do modelo idealizado. Classificação dos Mercados Monopólio - é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. O monopólio pode ser legal ou técnico. Monopólio legal ocorre quando uma lei assegura ao vendedor a primazia no mercado. Exemplo: até 1995, no Brasil, a empresa Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás) possuía, por lei, o monopólio das atividades de extração e refino do petróleo. Ocorre o Monopólio técnico quando a produção através de única empresa é a forma mais barata de fabricação do produto. Ou seja, quanto maior o tamanho da empresa (escala), menor o Custo Médio de fabricação do produto. As atividades de geração e distribuição de energia elétrica são apontadas na literatura especializada como exemplo deste tipo de monopólio. Classificação dos Mercados Oligopólio - é o mercado em que existe um pequeno número de vendedores ou em que, apesar de existir um grande número de vendedores, uma pequena parcela destes domina a maior parte do mercado. São exemplos de oligopólios a indústria automobilística e a indústria de bebidas, entre muitas outras. Embora não haja barreiras explícitas, o poderio das grandes firmas que dominam o mercado é um fator desestimulante à entrada de novas empresas no oligopólio. Classificação dos Mercados Monopsônio - é um mercado em que há apenas um único comprador. Imaginemos, por exemplo, uma região em que há um número expressivo de pequenos produtores de leite e apenas uma grande usina onde este leite pode ser pasteurizado. A usina será́ a única opção de venda para os produtores, de modo que ela terá́ condições de impor preços para a compra do leite. Classificação dos Mercados Oligopsônio - é o mercado caracterizado pela existência de um pequeno número de compradores ou ainda em que, embora haja um grande número de compradores, uma pequena parte destes é responsável por uma parcela bastante expressiva das compras ocorridas no mercado. A indústria automobilística, por exemplo, constituída por um pequeno número de empresas, tem um poder oligopsonista emrelação à indústria de autopeças, uma vez que é responsável por um grande volume das compras da produção desta última. As grandes empresas beneficiadoras de produtos agrícolas também formam um oligopsônio em relação aos agricultores, já́ que compram uma parcela expressiva da produção destes. Classificação dos Mercados Concorrência Monopolística - trata-se de um mercado em que, apesar de haver um grande número de produtores (e, portanto, ser um mercado concorrencial), cada um deles é como se fosse monopolista de seu produto, já́ que este é diferenciado dos demais. A diferenciação do produto se dá por meio de características do mesmo, tais como, qualidade, marca (griffe), padrão de acabamento, existência ou não de assistência técnica etc. Exemplos de mercados de concorrência monopolística são as lojas de confecções e os restaurantes. Nestes últimos, por exemplo, o produto (a comida) é diferenciada pela natureza (pode ser comida chinesa, japonesa, alemã̃, italiana, brasileira típica etc.), qualidade (boa, regular, ruim etc.), pelas instalações (luxuosas, simples, médias) e por variados outros fatores. Demanda Demanda (“procura”) é definida como a quantidade de certo bem que os consumidores desejam adquirir. Na teoria microeconômica, a demanda é determinada por uma série de fatores que influenciam a escolha do consumidor, entre os quais, o preço do próprio bem, o preço de outros bens substitutos ou complementares e a renda do consumidor. Observamos que há uma relação negativa entre a quantidade adquirida de um bem e o seu preço. Isso caracteriza a lei geral da Demanda. Renda Além do preço do bem desejado, é natural considerar que a renda do agente seja um determinante importante de quanto ele demanda deste bem. ü Bem Normal: a demanda por um bem aumenta conforme a renda dos agentes aumenta; ü Bens inferiores: neste caso, um aumento da renda leva os indivíduos a conter a aquisição deste bem. É o caso de itens de consumo mais simples que, a partir de um determinado nível de renda, passam a ser trocados por outros de maior qualidade; ü Bens de consumo saciado: aqueles cujo o consumo não aumenta nem diminui conforme o nível de renda. Demais Bens ü Bens Substitutos: são aqueles que podem ser consumidos em substituição ao bem original. Um exemplo bem próximo do nosso cotidiano é a possibilidade de se utilizar álcool no lugar da gasolina em automóveis flex, ou de se usar Uber ao invés do táxi ou do ônibus. Se o preço do produto substituto aumenta, a demanda pelo bem original também irá aumentar. ü Bens complementares: são aqueles que são consumidos em conjunto com outros. Computadores e softwares, por exemplo. Dessa forma, uma redução no preço dos computadores poderá gerar um aumento na sua demanda e consequentemente na demanda de software. Outros fatores que influenciam a Demanda ü Fatores culturais: a demanda por certos bens é tipicamente influenciada por fatores que, a princípio, não são puramente econômicos. Entre outros, podemos citar a religião como fator social relevante que define o comportamento de consumo dos agentes, como a não ingestão de carne bovina na índia, por exemplo. ü Fatores sazonais: o consumo de certos produtos ou serviços pode variar em função do calendário. Carne de peixe durante a semana santa, chocolate na páscoa, técnicos para reparo de ar condicionado no verão, entre outros exemplos. Outros fatores que influenciam a Demanda ü Fatores geográficos e climáticos: fatores climáticos e geográficos também influem no comportamento de demanda dos agentes por certo produto. O consumo de vinho tende a ser maior em regiões frias do que em regiões mais quentes de um país, por exemplo. ü Outros fatores econômicos: além dos já mencionados, a disponibilidade de crédito e a taxa de juros influenciam a decisão dos agentes em adquirir aqueles bens que, tradicionalmente, são comprados a prazo, como automóveis, imóveis e eletrodomésticos. Além desses, podemos destacar o efeito de campanhas de publicidade, que podem fazer os consumidores se sentirem mais atraídos a adquirir determinado bem. Bens de Giffen e Bens de Veblen ü Bens de Giffen: são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda. Caso haja uma elevação em seus preços, seu consumo paradoxalmente tende a aumentar, uma vez que, embora seu preço tenha sido majorado, são ainda mais baratos que os demais bens; como ao consumidor após o aumento, sobra menos renda, ele não poderá́ adquirir outros bens (por serem mais caros) e acabará consumindo maiores quantidades do bem de Giffen. ü Bens de Veblen: são bens de consumo para ostentação, tais como obras de arte, joias, tapeçarias e automóveis de luxo. Como o objetivo de seu consumidor é mostrar aos outros que é possuidor de grande renda (e não o consumo do bem em si), quanto mais caros, mais são procurados. Oferta A oferta é definida como a quantidade de um bem que os produtores (empresas) desejam produzir e oferecer aos consumidores. Na lei da oferta, diferentemente da Lei da Demanda, temos estabelecida uma relação positiva entre quantidade ofertada e nível de preços. A relação positiva entre aumento do preço e aumento da oferta de um bem se justifica no fato de que quanto maior o preço de um bem, mais a empresa irá desejar vender e mais empresas desejarão produzi-lo. Fatores como Inovações tecnológicas, aumento de produtividade, entrada de novas empresas e redução dos custos de produção também influenciam a curva de oferta. Equilíbrio de Mercado Oferta X Demanda Qual é o preço que os consumidores efetivamente pagarão e qual é o preço que os produtores efetivamente receberão? Quais as quantidades que os consumidores estão dispostos a consumir e quais as que as empresas efetivamente produzirão? Equilíbrio de Mercado A interação entre as funções demanda e oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio a serem transacionados no mercado de um bem. O gráfico abaixo ilustra o Ponto de Equilíbrio com o preço e a quantidade a ser demandada pelos consumidores e produzida pelas empresas. Oferta e Demanda do Bem “A” Preço (R$) Qtd Ofertada Qtd Demandada Situação de Mercado Preço 50 60 180 Excesso de procura (escassez de oferta) Tende a aumentar 100 90 130 Excesso de procura (escassez de oferta) Tende a aumentar 120 110 110 Equilíbrio entre oferta e demanda Fica estável 160 150 70 Excesso de oferta (escassez de demanda) Tende a diminuir 200 190 30 Excesso de oferta (escassez de demanda) Tende a diminuir Equilíbrio de Mercado Interferência do Governo A livre interação entre consumidores e produtores tende a levar o mercado a se equilibrar naturalmente, ou seja, a livre interação ajusta os preços de tal forma que qualquer excesso de demanda ou de oferta se neutraliza ao longo do tempo, fazendo a oferta e a procura se igualarem. Nem sempre isso ocorre naturalmente, na prática, muitas vezes o governo realiza algumas intervenções tais como: quando o governo estabelece valores máximos para serem cobrados por um determinado bem; quando o governo estabelece valores mínimos para alguns preços (salário mínimo por exemplo). Salário Mínimo Interferência do Governo A livre interação entre consumidores e produtores tende a levar o mercado a se equilibrar naturalmente, ou seja, a livre interação ajusta os preços de tal forma que qualquer excesso de demanda ou de oferta se neutraliza ao longo do tempo, fazendo a oferta e a procura se igualarem. Nem sempre isso ocorre naturalmente, na prática, muitas vezes o governo realiza algumas intervenções tais como: quando o governo estabelece valores máximos para serem cobrados por um determinado bem; quando o governo estabelece valores mínimos para alguns preços (salário mínimo por exemplo). Kahoot.it https://play.kahoot.it/v2/lobby?quizId=7fdbd546-6a9f-4958-8f8d-16c4f6054f73 Fundamentos de Estatística Até a Próxima Aula... Bráulio Machado brl.machado@gmail.com