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Guia de Estudos da Unidade 1 - Sistemas de Informações Gerenciais em RH

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Sistema de Informações 
Gerenciais em RH
UNIDADE 1
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1ª UNIDADE
DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS EM RH
 Palavras do Professor
Olá, aluno!
Seja bem vindo a nossa disciplina SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS EM RH, do curso de 
graduação da UNINASSAU. 
Meu nome é Eduardo Arruda, e é um prazer conhecer você através deste guia! 
Pois bem, como já nos conhecemos, agora irei lhe fazer um pedido.
Dedique todo o seu tempo disponível a nossa disciplina, pois ela será de grande importância na sua vida 
profissional! 
E para quem pensa que Educação a Distância é para quem não tem tempo, está redondamente enganado. 
Na verdade esta metodologia é para quem tem tempo em momentos diferentes e consegue gerenciar 
estes períodos de estudos É preciso apenas disciplina!
O conteúdo que veremos aqui já está destacado na vídeo aula de apresentação da disciplina. Você já 
assistiu? Se não, assista antes de seguir em frente no nosso guia! Lá você vai encontrar informações 
importantes sobre a nossa disciplina! 
 
orientações da disciPlina
Nesta primeira unidade vamos iniciar os estudos sobre a Evolução dos Sistemas de Informações e sua 
importância dentro das organizações modernas. 
Vamos tratar dos seguintes temas:
•	 A importância do conhecimento das tecnologias de informações dentro das empresas, princi-
palmente na área de Recursos Humanos;
•	 O que são sistemas de informação, suas funções e sua importância nos dias atuais;
•	 O que são dados, informação e conhecimento;
•	 Os diferentes tipos de sistemas de informação utilizados nas empresas em relação aos seus 
objetivos e a necessidade de uso de sistemas nas suas atividades e na solução de problemas;
•	 Os componentes dos sistemas de informação;
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•	 Vantagem competitiva no uso de sistemas de informação;
•	 A importância da internet nos dias atuais;
•	 O novo cenário gerado pela era digital.
Antes de prosseguir, leia o primeiro capítulo do livro-texto da disciplina. Depois disso, volte exatamente 
para este ponto para continuarmos, ok?
a iMPortÂncia dos sisteMas de inforMaçÃo nos dias atUais 
É comum ouvir que, na era digital, as empresas não podem pensar em funcionar sem ter sistemas de 
informação no apoio às suas atividades. 
Ouvimos dizer que “os dados da empresa, dos fornecedores, dos produtos, dos clientes estão todos ca-
dastrados no sistema de informação”. 
Mas o que são sistemas de informação? 
 
visite a Página
Para começar a se aprofundar, leia o artigo disponível no link. Só siga em frente após 
ter lido o artigo, ok?
Podemos continuar? 
definição de sistemas de informação 
É comum ouvirmos falar em sistemas de informação, sistemas computacionais, sistemas baseados em 
computador. Mas o que é isso? Eles são a mesma coisa? 
Tecnicamente, sim. Mas qual a definição formal de sistema de informação?
Segundo o autor Laudon, um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como “um conjunto 
de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem 
informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização”. 
Ou seja, os sistemas manipulam as informações que estão disponíveis na empresa. Essas informações 
são coletadas de diversas formas. A mais comum é através da entrada dessas informações em um siste-
ma baseado em computadores, ficando disponíveis em outros sistemas e para vários usuários. 
Na prática, os sistemas de informação se tornaram indispensáveis para as empresas. Não dá pra pensar, 
hoje em dia, em bancos que não possuam informática. Da mesma forma, grandes supermercados, lojas 
de conveniência, fábricas e demais empresas não podem mais abrir mão de sistemas. 
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Na figura abaixo podemos ver um esquema de funcionamento genérico dos sistemas de informação.
 
Os sistemas de informação possuem, portanto, um papel fundamental na nova era digital, e empresas que 
não tenham sistemas de gestão, terão sérios problemas para sobreviver.
Olhando a figura acima, podemos ver que há entrada, processamento e saída.
E fica a pergunta: entrada de quê? Processamento de quê? Saída de quê?
Você já ouviu falar no termo processamento de dados, não é? Também deve ter ouvido falar em “informa-
ção”, ou na frase “informação gera conhecimento”. 
Temos três conceitos importantes então: 
•	 Dados;
•	 Informação;
•	 Conhecimento.
Vamos falar de cada um deles agora.
dados, informação e conhecimento : o que são ?
O DADO é algo que pode ser armazenado. Pode ser em papel, em vídeo, em áudio, ou seja, em qualquer 
meio que o guarde. O dado por si só não tem significado. 
 
4
exeMPlo
O número 50 pode não significar nada. Mas se você diz R$ 50 (cinquenta reais), então 
está atribuindo significado a ele.
 
A partir do momento em que tem significado, aquele dado passa a ser considerado uma INFORMAÇÃO. 
Então podemos dizer que o 50 passou a significar 50 unidades de moeda, no exemplo anterior.
Aí você perguntaria: “e um vídeo? é um dado ou informação?” 
Da mesma forma, posso considerar um áudio gravado a partir de um gravador qualquer como sendo in-
formação?
A resposta é simples: se tem significado, pode ser considerado uma INFORMAÇÃO. 
 
Por fim, temos um conceito extremamente importante: o conceito de CONHECIMENTO. 
O conceito de CONHECIMENTO está diretamente ligado ao uso que se faz da informação que se tem ou 
se busca. É através do conhecimento da utilidade de uma informação que você pode saber se aquela 
informação vai ser aproveitável ou não. 
É importante ressaltar que não basta ter a informação para ter conhecimento. Se você tem uma informa-
ção, mas não sabe como usar, ela passa a ter pouca utilidade. 
exeMPlo
Saber os dados de uma rede de computadores pode não interessar para um cidadão 
comum, mas pode ser muito útil a um hacker ou a um profissional de segurança de rede. 
Saber como manusear um estetoscópio pode não ser útil a você, mas é indispensável 
aos profissionais de saúde. 
O conhecimento permite, portanto, saber quais informações são importantes e, a partir disso, como po-
dem ser obtidas e como podem ser utilizadas. 
Para resUMir
Podemos dizer que dados são itens armazenáveis. Informação, por sua vez, é a inter-
pretação daqueles dados. Por fim, o conhecimento fornece o grau de importância que 
aquela informação pode ter, e como podemos usá-la para que seja útil. 
5
gUarde essa ideia!
É importante salientar que há certa confusão do significado de conhecimento. Muitos 
confundem conhecimento com a quantidade de informações que um indivíduo arma-
zena. Ter a informação, mas não saber como usá-la, é pouco vantajoso. A informação 
deve agregar valor e ser útil. E o conhecimento reside em como se pode usá-la para 
que seja vantajosa.
 
Quando manuseiam dados, informação e conhecimento, as empresas o fazem com o uso de sistemas, que 
cada vez são mais necessários no dia a dia. 
veja o vídeo!
Assista ao vídeo (com duração de dez minutos e dez segundos), sobre a necessidade de 
sistemas em empresas, no link. 
Vimos, portanto, a importância dos sistemas nas empresas. Contudo, é importante lembrar que sistemas 
não existem sem motivo. 
Todo sistema tem diversos objetivos, que são resumidamente: 
•	 Otimização do fluxo de informação permitindo mais agilidade e organização;
•	 Redução de custos operacionais e administrativos; 
•	 Ganho de produtividade;
•	 Integridade e veracidade da informação;
•	 Estabilidade;
•	 Segurança de acesso à informação;
•	 Apoiar a decisão dos gestores da empresa;
•	 Garantir a sobrevivência da empresa através de melhor relacionamento com clientes, fornece-
dores e parceiros diversos; 
•	 Apoiar no desenvolvimento de novos produtos e mercados para atuar.
abordando problemas organizacionais com o uso de sistemas de informaçãoAs empresas enfrentam, diariamente, muitos problemas. Diversas são as abordagens na solução dos pro-
blemas, desde aquelas empresas que não usam nenhum método específico, ou seja, simplesmente vão a 
busca de uma solução qualquer, até aquelas que o fazem de maneira organizada e estruturada. 
É claro que os sistemas de informação podem ser muito úteis na solução de diversos problemas, pois 
fornecem informações que podem ser usadas como base para a solução daquele problema específico. 
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Em qualquer caso, o problema deve ser abordado de uma forma organizada, não importando se a empresa 
é pequena ou é uma grande multinacional. O modelo estruturado de resolução de problemas é relativa-
mente simples, e se baseia em 4 passos:
1.	 Caracterizar (identificar) o problema;
2.	 Identificar possíveis soluções;
3.	 Avaliar as soluções propostas e escolher a mais adequada;
4.	 Implementar a solução escolhida.
A figura abaixo descreve bem esses passos:
 
Fonte: Laudon e Laudon (2011, p. 13).
Vamos ao primeiro dos passos:
caracterizar (identificar) o problema
Um provérbio chinês diz que “não há vento favorável se não se sabe a qual porto se quer ir com o barco”. 
Da mesma forma, não é possível resolver nossos problemas se não sabemos quais são. A identificação 
ou caracterização do problema busca definir, de forma clara, qual é o problema existente. Normalmente, 
se busca descobrir:
•	 Qual é o problema;
•	 Quem está sendo afetado por ele;
•	 Quais as possíveis causas;
•	 Quais as consequências daquele problema;
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Para responder a cada uma das questões acima, é necessário ir a busca das informações corretas, bus-
cando os responsáveis por cada uma dessas informações. Em muitas das situações, essas informações 
estão disponíveis em sistemas da própria empresa. Tendo as informações acima, é possível partir para a 
fase seguinte: a da identificação de possíveis soluções.
identificação de possíveis soluções 
“Todo problema tem uma solução. Se o problema não tiver solução, então está solucionado. Se tiver 
solução, então será solucionado”. 
Você já deve ter ouvido ou lido essa frase antes, não é? É exatamente assim que os problemas costumam 
ser abordados. A identificação de possíveis soluções é fundamental para que o problema seja resolvido. 
Claro que existem soluções mais simples e outras mais complicadas. Também existem soluções que pare-
cem muito boas, mas, por serem caras demais ou muito difíceis de implantar, acabam sendo descartadas. 
 
Essa fase de identificação de soluções serve exatamente para isso, ou seja, selecionar as possíveis solu-
ções. Na fase seguinte, selecionaremos a melhor delas para implantar. É dessa fase que falamos a seguir.
avaliação da melhor solução.
Avaliar a melhor solução não quer dizer necessariamente identificar a mais simples, ou a mais barata – 
nesse caso, ser a melhor solução significa que aquela solução tem a melhor relação custo/benefício entre 
todas as possíveis soluções.
Nessa fase, os diversos setores da empresa podem colaborar, bem como seus funcionários e colaborado-
res. Nessa avaliação, diversos pontos são analisados, dentre os quais podemos citar:
Viabilidade da solução – permite identificar se aquela solução é viável, se pode ser adotada. Se 
não for, deve ser descartada;
Custo da solução – toda solução tem um custo, seja monetário, seja em horas de realização, seja 
em planejamento ou estruturação. Esse custo deve ser avaliado e, se considerado satisfatório, 
então aquela solução pode ser uma das escolhidas entre as diversas possíveis; 
Tempo de implantação da solução – a solução deve demandar um tempo adequado na sua implan-
tação. Se ela for demorada demais, pode não ser útil. 
Retorno esperado da solução – esse é um dos critérios mais importantes. Uma solução deve dar 
um retorno adequado, ou seja, ser eficaz e ter um custo/ benefício correto. Se a solução não dá um 
retorno adequado, deve ser descartada.
Avaliando as soluções de acordo com cada um dos critérios acima, é possível chegar a uma solução ade-
quada, que deverá ser tomada pelo gestor. Na identificação de soluções e geração de possíveis cenários 
para análise, podemos utilizar os sistemas de apoio a decisão (SAD), que abordaremos mais à frente 
nesta disciplina.
A decisão será tomada, no entanto, apenas por aquele funcionário ou gestor que tem autoridade para 
implementá-la. Sendo selecionada a possível solução, passamos à fase seguinte: a de implementação (ou 
implantação) da solução.
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implantação da solução.
Após a decisão ter sido tomada pelo gestor, deve-se implementá-la, através de um plano de ações com 
esta finalidade. Para isso, devem ser levantados os custos, riscos e os passos necessários à sua implanta-
ção. Após a implantação da solução, espera-se que o problema tenha sido eliminado. Caso não seja, uma 
nova avaliação deve ser feita e os passos acima devem ser reavaliados e ajustados.
os diferentes tiPos de sisteMas de inforMaçÃo
Antes mesmo de falar nos tipos de sistemas de informação nas empresas, vamos conversar um pouco 
sobre as empresas. 
Você já notou que existem funções diferentes nas empresas, não é? Normalmente, essas funções são 
agrupadas em níveis conforme podemos ver na figura a seguir:
Conforme podemos ver, temos três níveis básicos: o operacional, o gerencial e o estratégico. Vamos des-
crever cada um deles agora.
Nível Operacional: Realiza as tarefas mais rotineiras, operações de nível mais básico. 
Normalmente existem mais funcionários em nível operacional do que em outros níveis. 
exemplo: Caixa de supermercado, operário de fábrica, vendedor.
Neste nível, são tomadas decisões em nível operacional, como por exemplo, receber o pagamento de um 
cliente, entregar mercadorias. 
Nível Gerencial: Realiza as tarefas mais estruturadas, num nível acima do nível operacional. 
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exemplo: Gerente de banco
Neste nível são tomadas decisões em nível gerencial, tais como solicitar reposição de estoque de loja 
de supermercado, alocar equipes em projetos, analisar relatórios mensais de vendas, definir políticas de 
desconto. 
Este nível exerce controle sobre o nível operacional. 
nível estratégico: Este nível está acima dos outros dois. É nele que são definidas metas e planos de 
curto, médio e longo prazo, ou seja, neste nível se definem os rumos da empresa. 
É exercido pela alta diretoria de empresas, por seus executivos de alto nível. Nesse nível as decisões são 
abrangentes, complexas e pouco estruturadas. Por estar acima dos dois outros níveis, é superior hierar-
quicamente e controla os níveis, gerencial e operacional. 
Em todos esses níveis temos sistemas. Só que existem algumas particularidades que precisam ser estu-
dadas. Vamos ilustrar isso a partir de agora. 
Com certeza, você já entrou em um supermercado, em um banco, em um hospital ou em uma farmácia. 
Notou que na maioria desses estabelecimentos sempre vemos um ou mais computadores com sistemas 
funcionando? 
Aí surgem as perguntas: será que todas essas empresas usam o mesmo sistema? Ele é igual para todos 
os funcionários? Ou tem diferença?
Na maioria dos casos, os sistemas se parecem, mas sempre têm diferenças. Os sistemas de um hospital 
tendem a parecer com o de outro hospital, mas tendem a ser muito diferentes de um sistema de um super-
mercado, já que são áreas diferentes, com necessidade de dados e informações diferentes. Além disso, 
são empresas com funções, cargos e características diferentes, por isso os sistemas também refletem 
essa diferença.
E dentro da mesma empresa? Um sistema se apresenta de forma igual para todos os funcionários? 
A resposta é NÃO. O motivo disso é que funcionários têm funções diferentes, cargos diferentes, atribui-
ções diferentes. Por esse motivo, o sistema aparece de forma diferente para cada um, ou seja, aparece de 
acordo com a função que aquela pessoa exerce.Num supermercado, por exemplo, todos os caixas usam o mesmo sistema. Mas o gerente tem uma visão 
diferente, o sistema se apresenta de forma diversa daquela com a qual se apresenta para o caixa. No caso 
do gerente, normalmente ele vai ter mais opções à disposição do que o caixa. 
Isso ocorre porque as empresas tendem a ser subdivididas em níveis hierárquicos. Normalmente costu-
mamos encontrar três níveis com sistemas utilizados em cada um deles: o operacional, o gerencial e o 
estratégico. Vamos agora analisar cada um deles.
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sistemas do nível operacional
 
Este nível realiza as tarefas mais rotineiras, ou seja, operações de nível mais básico. Como exemplo, po-
demos citar um caixa de supermercado, um operário de fábrica, um vendedor... É importante dizer que o 
“básico” a que nos referimos não significa que não usam tecnologia. Ao contrário! Na maioria das vezes, 
os caixas usam sistemas baseados em redes, o operário manuseia uma máquina altamente informatiza-
da... Ou seja, até o que chamamos de “básico” não pode ser considerado tão básico assim. 
A tecnologia está avançando, e é cada vez mais comum sermos atendidos em restaurantes por um garçom 
utilizando um tablet. Interessante, não é? 
Neste nível, o sistema utilizado normalmente permite ao usuário utilizar funções predeterminadas e estru-
turadas, ou seja, tarefas repetitivas e normalmente simples. As operações são consideradas transações 
rotineiras, e o sistema normalmente é conhecido como sistema de processamento transacional, também 
chamado de “sistema de nível operacional”. 
Esse tipo de sistema tem por característica realizar um número alto de transações simples, com alto grau 
de repetição. Isso é fácil de observar quando vamos ao supermercado; quantas vezes o caixa efetua a 
leitura do código de barra da mercadoria? Muitas, não é? Cada uma dessas leituras pode ser considerada 
uma transação. 
A emissão final da nota fiscal também é. Os dados desse sistema normalmente são tratados pelo sistema 
que está no nível imediatamente acima, que é o gerencial. Trataremos dele no próximo item.
sistemas do nível gerencial
Este nível fica imediatamente acima do nível operacional. É nele que ficam os gerentes, que normalmente 
toma decisões em nível gerencial, como por exemplo, solicitar reposição de estoque de loja de supermer-
cado ou alocar equipes em projetos. 
Uma vez que gerencia o nível operacional, o nível gerencial deve ter acesso aos dados do nível gerencial 
e do nível operacional. Por isso, o gerente costuma dispor de relatórios que tanto podem ser detalhados, 
como as vendas do dia item por item, como também podem ver as vendas da semana, do mês ou de um 
determinado período. 
Nesse tipo de relatório, é comum o gerente querer saber quais itens venderam mais, quais venderam me-
nos, os itens que estão perto de vencer o prazo de validade (como alimentos, por exemplo), enfim, tudo o 
que ele precisa saber para gerenciar seus subordinados e controlar a operação, podendo planejar a partir 
dos dados de que dispõe.
Nessa atividade de controle, o gerente pode querer saber os problemas que ocorreram – normalmente 
ele faz essa consulta com um relatório chamado “relatório de exceções”, ou seja, relatório de problemas. 
Além disso, pode consultar relatórios de vendas em períodos especiais, como páscoa, carnaval, natal... 
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sistemas do nível estratégico
Uma vez que o nível estratégico fica imediatamente acima do nível gerencial, e nele ficam os altos gesto-
res, que normalmente tomam decisões em nível estratégico, de alta complexidade e pouco estruturadas, 
é de se supor que os sistemas de nível estratégico existem para suprir as necessidades desses gestores 
de alto nível, que tomam decisões complexas. 
Como exemplo de uma decisão complexa, podemos citar a escolha de um local para uma nova loja, a 
definição de um novo produto ou a sua retirada do mercado. 
Esse tipo de decisor atua diretamente no posicionamento da empresa no mercado, ou seja, que tipo de 
produto ou serviço será oferecido, onde será oferecido, por qual preço, e para qual perfil de cliente. Além 
disso, como vimos antes, é responsável pelo gerenciamento da empresa como um todo, ou seja, decisões 
de grande abrangência são tomadas neste nível. 
Como exemplo, podemos citar os casos no Brasil de empresas automobilísticas que decidiram construir 
novas fábricas para produzir mais automóveis. 
Considerando que neste nível diversas decisões são tomadas, você pode concluir que os sistemas que 
esses gestores usam podem ver praticamente qualquer informação em qualquer nível da empresa. Um 
diretor-geral pode ver quantos e quais foram os empregados que foram contratados e para quais setores, 
ao mesmo tempo em que pode analisar se o valor investido em publicidade deu o retorno esperado no 
aumento das vendas.
Enfim, tem acesso a tudo o que ocorre na empresa apenas acessando os sistemas adequados. É importan-
te ressaltar que, por serem gestores de alto nível, esses gerentes têm acesso a informações e sistemas 
dos níveis que estão abaixo daquele no qual atuam.
Na figura abaixo podemos ver os vários tipos de sistemas que existem nas empresas:
 
Estudaremos cada um deles posteriormente. Mas antes de estudar cada um dos sistemas acima, vamos 
dar uma olhada nos componentes dos sistemas de informação.
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componentes dos sistemas de informação 
Você sabia que os sistemas de informação existiam antes mesmo da criação dos computadores? Pois é. 
As informações sempre foram necessárias à humanidade, e diversos meios têm sido criados para melho-
rar o acesso, permitir armazenamento, consulta e alterações. 
O livro ao qual você hoje tem acesso foi criado com o intuito de facilitar o transporte, o armazenamento 
e a difusão da informação. Antes do livro, as pessoas guardavam informação do jeito que podiam, como 
por exemplo, no papiro. 
Com o avanço da tecnologia, hoje em dia as informações estão guardadas em várias mídias de armazena-
mento, como cds, dvds, pendrives, hard disks externos, cartões de memória... 
Essas mesmas informações, armazenadas em arquivos, podem estar disponíveis na internet, como por 
exemplo, os arquivos Mp3 utilizados para armazenar música digital. Sites como o Youtube funcionam 
como grandes repositórios de vídeos. 
Aí você se pergunta: qual a estrutura necessária para isso? Quem armazena esses arquivos? São usados 
sistemas? Qual o papel das pessoas? Como isso é controlado? Quais os componentes dos sistemas de 
informação?
Vejamos os componentes na figura abaixo:
 
Notou que os componentes interagem entre si? 
Vamos agora analisar cada um desses componentes.
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O primeiro dos componentes, sem dúvida, é o ser humano. Sistemas são criados, alterados, utilizados e 
gerenciados por PESSOAS. Existem vários papéis que podem ser exercidos por pessoas que interagem 
com sistemas computacionais. O mais simples é o do usuário, ou seja, alguém que utiliza o sistema. 
Existem também os programadores de sistema, os profissionais que mantém a infraestrutura (redes), e 
muitas outras funções. 
Além de pessoas, temos o HARDWARE, que são os equipamentos necessários para operar os sistemas. 
Temos também os DADOS, que devem ser armazenados, recuperados, alterados, excluídos e devem tran-
sitar entre os setores que os utilizam. Para interconectar vários setores, temos as REDES, que também 
são componentes de sistemas. 
Além disso, temos os programas ou SOFTWARE que são desenvolvidos com a finalidade de permitir o 
acesso e gerenciamento aos dados, que são utilizados pelos gestores. Como podemos ver na figura, todos 
esses itens interagem entre si e é essa interação dos componentes que cria, efetivamente, um sistema 
de informação computacional.
Mas nada disso seria relevante se não considerasse um aspecto fundamental: 
Para que usamos sistemas? Quais os objetivos do uso desistemas? 
Nós já falamos disso antes. Porém, antes mesmo de falarmos nos objetivos dos sistemas, devemos con-
siderar os objetivos das empresas. Os sistemas existem para servir as empresas e ajudá-las a atingir os 
seus objetivos. Mas quais são esses objetivos? Trataremos disso no próximo item.
objetivos das empresas e o papel dos sistemas de informação
Toda organização, seja ela uma empresa, uma ONG ou outra entidade filantrópica, tem objetivos. Os obje-
tivos variam entre elas. No caso de entidades filantrópicas, por exemplo, o lucro não é o principal objetivo. 
Numa empresa comum, normalmente o lucro é um dos objetivos. 
Mas para ter lucro a empresa precisa ter produtos ou serviços a oferecer, e precisa de clientes consu-
mindo esses produtos ou utilizando esses serviços. E, naturalmente, deve possuir informações tanto dos 
clientes como dos fornecedores, dos serviços e, quando possível, dos concorrentes. E, além disso, o ideal 
é reduzir os custos e aumentar os lucros. Aumentando os lucros, a empresa pode crescer e atingir novos 
mercados, ter novos produtos e novos consumidores. 
Para vender seus produtos ou prestar os seus serviços (e obter lucros), a empresa precisa conhecer bem o 
seu cliente. Para isso, sistemas podem ser utilizados para registrar queixas, elogios, e qualquer informa-
ção que seja relevante para a empresa. Conhecendo seus clientes, a empresa pode saber se está atuando 
de forma adequada perante aqueles clientes.
Do mesmo jeito que precisa conhecer seus clientes, a empresa precisa conhecer seus fornecedores. Co-
nhecer bem seus fornecedores, os produtos, estabelecer uma relação de confiança pode ser a diferença 
entre o sucesso e o fracasso de uma empresa.
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No dia a dia das empresas, diversas decisões são tomadas. A criação de novos produtos, a realização de 
compras, de vendas, o posicionamento de mercado, enfim, todas as decisões críticas de uma empresa 
devem ser tomadas com segurança e conhecimento das condições de mercado. 
Para ter essas informações, as empresas necessitam de sistemas que permitam o uso informações da 
forma mais eficiente possível, ou seja, com custo adequado, com confiabilidade, rapidez e segurança. 
O uso dessas informações tem por objetivo garantir a competitividade da empresa, permitindo que ela se 
mantenha forte e saudável no mercado, possibilitando a sua perenidade. Se uma empresa é competitiva, 
ela consegue se sobressair diante dos concorrentes, fazendo com que ela tenha o seu espaço garantido 
no ambiente econômico atual. E, hoje em dia, é imprescindível que a empresa tenha sistemas eficientes 
no apoio às atividades do seu negócio.
o mundo globalizado: o impacto da internet e dos sistemas nas organizações
Muito se tem falado em grande teia global, internet, www, redes... Hoje em dia é cada vez mais difícil 
encontrar alguém que ainda não saiba o que é um computador e que as pessoas podem se comunicar 
através dele. As gerações mais novas parecem já vir preparadas para essa nova era digital. 
Muito desse progresso é devido aos dispositivos móveis tais como tablets, celulares e notebooks, além 
dos computadores tradicionais (de mesa). Um fator que alavancou essa revolução digital foi a possibili-
dade de conectar 2 computadores através do que, mais tarde, foi chamado de “rede de computadores”. 
Inicialmente, as redes eram desconectadas umas das outras. À medida que a tecnologia foi evoluindo, 
barreiras foram sendo eliminadas e, através do estabelecimento e uso de padrões, foi possível interligar 
equipamentos em salas, prédios, cidades e mesmo países distintos.
A internet, uma rede composta de outras redes de computadores, que troca informações através do proto-
colo TCP/IP, é uma rede que permite o tráfego de informações em forma de textos, vídeos e áudio, usando 
computadores, dispositivos de conexão (hubs, switchs, roteadores, cabos, enfim, qualquer equipamento 
que permite interconexão) e programas que permitem essa comunicação. A internet veio para ficar, é uma 
tendência irreversível.
veja o vídeo!
Assista ao vídeo (com duração de treze minutos), sobre como funciona uma rede de 
comunicação, acessando o link.
Considerando que a internet é inevitável, muitos gestores de empresa se perguntaram: “E agora? Como 
faço para adaptar os meus negócios aos novos tempos?” 
Sem dúvida, as empresas mudaram, os negócios mudaram, o consumidor mudou. Se você já comprou pela 
internet, sabe o quanto isso faz diferença em relação às possibilidades de procura e a facilidade em obter 
um preço menor pelo item que você comprou. 
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Antigamente, só existiam lojas físicas, ou seja, lojas que estavam fisicamente estabelecidas em pontos 
comerciais. Hoje em dia, também existem as lojas virtuais, que são lojas que existem na internet. Existem 
também os mecanismos de busca e comparação, como os sites “Bondfaro”, “Buscapé”, “Já Cotei” e 
diversos outros sites que comparam preços e mercadorias de lojas virtuais. 
visite a Página
Se quiser visitar os sites citados acima, acesse os links:
www.bondfaro.com.br
www.buscape.com.br
www.jacotei.com.br
Essas lojas virtuais, que são lojas que vendem seus produtos na internet, concorrem diretamente com 
as lojas tradicionais, chamadas lojas físicas. Há diversos casos onde a empresa tem lojas físicas e lojas 
virtuais, tais como a “Americanas”, o grupo “Walmart”, “Ricardo Eletro”, e muitas outras. 
visite a Página
Se quiser visitar os sites citados acima, acesse os links:
www.americanas.com.br
www.walmart.com.br
www.ricardoeletro.com.br
Esse cenário de competitividade mudou a forma de negociar por parte das empresas. A concorrência ficou 
maior, as empresas passam a competir com outras que estão em outra cidade, outro estado e até em 
outro país. 
Nesse tipo de situação, a loja tradicional passa a concorrer com diversas lojas virtuais que vendem o 
mesmo produto por preços iguais ou menores, prometendo entrega rápida e segura. É claro que nem 
sempre é assim. Existem problemas, e o próprio ambiente virtual tem criado mecanismos para contornar 
esses problemas. 
No Brasil, há um site chamado “Reclame Aqui” que é especializado no registro de reclamações dos clien-
tes contra empresas físicas ou virtuais. Tudo mudou, e em pouco mais de uma década passamos de um 
cenário onde as lojas eram apenas físicas, sem concorrentes na internet, e agora temos o cenário que 
já comentamos: lojas concorrendo entre si, clientes cada vez mais informados, sistemas de informação 
apoiando lojas e clientes nas suas atividades, enfim, sistemas de informação mudando a vida de todos 
de forma irreversível. 
 
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visite a Página
Quer conhecer o site Reclame Aqui? Acesse o link.
Palavras finais
Estamos chegando ao final da nossa primeira unidade!
Vamos recapitular o que aprendemos?
Começamos a falar de sistemas de informação, ou sistemas computacionais. Depois, 
vimos:
•	 O que são sistemas de informação e sua importância nos dias atuais;
•	 O que são dados, informação e conhecimento;
•	 Os diferentes tipos de sistemas de informação utilizados nas empresas em 
relação aos seus objetivos, nas suas atividades e na solução de problemas;
•	 Os componentes dos sistemas de informação;
•	 O mundo globalizado: o impacto da internet e dos sistemas nas organiza-
ções.
Em todos esses itens, foi possível ver que:
•	 A internet veio para ficar;
•	 As empresas dependem cada vez mais dos sistemas para poder funcionar, 
ter produtos, serviços e clientes;
•	 A empresa que não se atualizar fatalmente será engolida pelas concorren-
tes;
•	 O futuro será conectado, móvel, interativo e muito, muito interessante.
 
acesse sUa BiBlioteca virtUal
Para aprender ainda mais, Leia todo o primeiro capítulo do livro “Sistemas de 
Informação”, de Belmiro N. João, na sua biblioteca virtual! 
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Lembro que ao final de cada unidade,você deve realizar os exercícios existentes no ambiente, que são a 
Atividade Avaliativa e o Fórum!
A realização destas atividades, além de te ajudar a compreender melhor o conteúdo, representa 20% da 
nota da prova! E caso surja alguma dúvida, entre em contato imediatamente com seu tutor! Ele está à sua 
disposição, não se esqueça disso!
Obrigado e vamos em frente estudando e seguindo para a nossa segunda unidade!
Até lá!

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