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PROPRIEDADES DO CONCRETO NO ESTADO 
FRESCO
Profª. Patrícia Silveira Lovato - patricialovato@upf.br
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
PROPRIEDADES DO CONCRETO
 Estado fresco
 Trabalhabilidade
• Consistência
• Coesão
• Fluidez
• Plasticidade
 Ar incorporado
 Tempo de pega
 Homogeneidade
• Segregação
• Exsudação
 Retração
 Propriedade do concreto que determina a facilidade e a
homogeneidade com a qual podem ser misturados,
lançados, adensados e acabados.
 ASTM C 125-93: energia necessária para manipular o
concreto fresco sem perda considerável da
homogeneidade.
TRABALHABILIDADE
TRABALHABILIDADE
Concreto 
fresco
Fluidez
Coesão
Facilidade de 
mobilidade
Resistência à 
exsudação e 
à segregação
TRABALHABILIDADE
 Fatores condicionantes:
 Equipamentos e procedimentos
 Mistura
 Transporte
 Lançamento
 Adensamento
 Características geométricas da
peça a ser concretada
 Tempo de uso do concreto
 Condições ambientais
TRABALHABILIDADE
 Fatores condicionantes:
TRABALHABILIDADE
 Fatores de influência:
 Consumo de água
 Agregados
 Consumo de cimento
 Relação a/c, agregado/cimento, consumo de
cimento
 Adições
 Aditivos Relacionada com:
 FLUIDEZ (escorrer, mobilidade)
 CONSISTÊNCIA (índice de fluidez)
 PLASTICIDADE (moldar)
MÉTODOS DE MEDIÇÃO (FORMA INDIRETA)
 Ensaio de abatimento do tronco de cone - NBR NM 67/98 –
consistência plástica
 Ensaio de espalhamento na mesa de Graff - NM 68/96 –
consistência fluída
 Ensaio de VeBe - ACI 211.3/87 – consistência seca
 Ensaio da Esfera de Kelly
 Ensaio do Fator de Compactação
TRABALHABILIDADE
ENSAIO DE ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE – “SLUMP 
TEST “- NBR NM 67
TRABALHABILIDADE
Mede 
Consistência
ENSAIO DE ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE – SLUMP 
TEST - NBR NM 67
TRABALHABILIDADE
 Cone com 20cm de diâmetro na base, 13cm de diâmetro 
no topo e 20cm de altura
ENSAIO DE ESPALHAMENTO NA MESA DE GRAFF - NM 
68/96
 NBR NM cancelada –
usar norma de CAA
TRABALHABILIDADE
ENSAIO DE ESPALHAMENTO NA MESA DE GRAFF - NM 
68/96
TRABALHABILIDADE
ENSAIO DE VeBe – concretos secos (Norma DNIT 064/2004)
 Tronco de cone colocado dentro de recipiente cilíndrico
TRABALHABILIDADE
 O tempo necessário para remoldar
o concreto da forma tronco-cônica
para a cilíndrica é a medida de
consistência, expressa como índice
VeBe, em segundos
ENSAIO DE VeBe – para concretos secos
TRABALHABILIDADE
 Determina a profundidade a que 
um hemisfério com 152 mm de 
diâmetro de massa igual a 13,6 
kg penetra no concreto fresco 
sob a ação do seu peso próprio.
Esfera de Kelly
ENSAIO DA ESFERA DE KELLY
ASTM C 360, AASHTO T183
• Concretos com baixas relações a/c
TRABALHABILIDADE
 Mede o grau de compactação quando
uma mistura é submetida a um esforço
padrão
 Fator de compactação: medido pela
relação entre a massa específica
determinada no ensaio e a massa
específica do concreto em condições
ideais de adensamento total
ENSAIO DO FATOR DE COMPACTAÇÃO
ACI 211.3-92
TRABALHABILIDADE
Valores dos ensaios de acordo com sua consistência 
(PETRUCCI, 1971)
TRABALHABILIDADE
Fonte: GUIMARÃES, 2005
Consistência Abatimento (cm)
Fator de 
compactação VeBe (s)
Espalhamento 
(mm)
Extremamente seca - - 30 - 20 -
Muito seca - 0,7 20 - 10 -
Seca 0 - 2 0,75 10 - 5 < 120
Rija 2 - 5 0,85 5 - 3 350 - 400
Plástica (média) 5 - 12 0,9 3 - 0 400 - 500
Úmida 12 - 20 0,95 - 500 - 600
Fluída 20 - 25 0,98 - > 600
CONSISTÊNCIA
 Classes de consistência NBR 8953/2015
TRABALHABILIDADE CAA
PERDA DE TRABALHABILIDADE
 Não pode ser prematura
 Influência dos materiais constituintes
 Influência da temperatura
 Influência do período de operações de mistura,
transporte, lançamento, adensamento ou acabamento
 NBR 10342/2012
TRABALHABILIDADE
 Influência da temperatura
 Temperatura do concreto
 Temperatura ambiente
PERDA DE TRABALHABILIDADE
 Influência dos materiais constituintes 
– Cimento: 
• Teor de álcalis 
• Teor de “gesso”
– Umidade do agregado
– Utilização de aditivos Velocidade da 
perda de 
trabalhabilidade
TRABALHABILIDADE
AR INCORPORADO
Vazios preenchidos por ar 
dentro do concreto
Ar incorporado Vazios de ar 
aprisionado
De 100 m a 
1 mm
De 1 mm a 
10 mm
AR INCORPORADO
Ar incorporado
Natural
Aditivos
 É afetada pela granulometria 
agregado: quanto + fino < 
volume ar incorporado
 CP finamente moídos
 Processo de mistura
 1 a 3%
 Até 6%
 Para cada incremento de 1%, 
permite a redução da água em 
3%
 Transforma macro-bolhas em 
micro-bolhas (0,2 mm)
AR INCORPORADO
MEDIÇÃO
 CONCRETO ENDURECIDO
 Microscópio
 Tamanho
 Espaçamento
 Disposição
 Quantidade
 CONCRETO FRESCO
 Aparelhos: % total ar incorporado
 NBR NM 47/2002 - Pressométrico
 NBR 9833/2009 - Gravimétrico
AR INCORPORADO
MEDIÇÃO
AR INCORPORADO
 Aumenta o volume da pasta
 Melhora consistência: certa quantidade H2O
 Impermeabilidade: 
 bolhas dificultam o avanço fissuras e canais 
capilares
 Redução da massa específica aparente
AR INCORPORADO
 Protege do congelamento
 Diminuição das resistências à compressão e à tração,
dependendo da quantidade de ar incorporado.
 Separação dos constituintes de uma mistura de
concreto fresco de modo que sua distribuição deixe de
ser uniforme
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
Segregação
Agregados graúdos
se separa por
deslocamento ao
longo de declives
Pasta do concreto
se separa dos
agregados
Misturas pobres 
e muito secas
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
Adição excessiva 
de água
SE
G
R
EG
A
Ç
Ã
O
• Coesão
• Relação a/c 
• Granulometria descontínua
• Distância de transporte
• Altura de lançamento
• Vibração do concreto
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
 Quanto maior a distância a ser percorrida, maior será a 
segregação
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
HOMOGENEIDADE - SEGREGAÇÃO
 Forma de segregação em que parte da água da mistura
tende a subir para a superfície de um concreto recém
aplicado
 Sempre vai ocorrer, deve-se evitar o excesso
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO
 A exsudação inicialmente
evolui em velocidade
constante, decrescendo a
medida que ocorrem as
primeiras reações de
hidratação.
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO
EX
SU
D
A
Ç
Ã
O
 Cimento
Consumo
Finura
Teor de C3A
 Partículas do agregado < 150 µm
 Teor de ar incorporado
 Menor tempo de pega do concreto
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO
 CAUSAS
 Baixa retenção de água dos constituintes sólidos do
concreto
 Dimensões das partículas dos agregados
 Traço inadequado
 Agregados lamelares
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO
NBR 15558/2008 Silva, 2011
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO
Silva, 2011
CUIDADOS
 Deve-se evitar o acabamento imediato da superfície
exsudada, aguardando-se a evaporação da água –
reduz a relação a/c efetiva, podendo aumentar a
resistência.
 A evaporação da superfície do concreto não deve ser
maior que a velocidade de exsudação, para evitar a
fissuração plástica.
 Estruturas concretadas em mais de uma camada –
após endurecimento da primeira, escovar a
superfície, retirando o material exsudado, para uma
melhor ligação na junta de concretagem.
HOMOGENEIDADE - EXSUDAÇÃO