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GOVERNO JOSÉ SARNEY (1985-1990)
-Anos 80 ficou conhecido como década perdida
- O governo de José Sarney foi inicialmente marcado com a morte de Tancredo Neves. Ocupando o posto de vice-presidente, Sarney foi o primeiro civil a tomar posse do governo presidencial após os anos da ditadura. Historicamente ligado às tradicionais oligarquias nordestinas, o governo José Sarney tinha a difícil missão de recuperar a economia brasileira sem abrir mão dos privilégios das elites que apoiavam.
- Para tentar controlar a esconomia foram criados alguns planos:
PLANO CRUZADO (1986):  A moeda corrente brasileira que era o Cruzeiro foi transformada em Cruzado, seguido de sua valorização (O cruzado valia 1000 vezes mais);
- Congelamento dos preços em todo o varejo, os quais eram fiscalizados por cidadãos comuns (fiscais do Sarney);
- Antecipação do salário minímo (O governo garantia a antecipação de parte do salário minímo visando assim estimular o consumo);
- Correção automática do salário para acompanhar a inflação.
- O principal motivo de fracasso do plano foi o congelamento de preços, que fez a rentabilidade dos produtores cairem para perto de zero quando não faziam os mesmos ter prejuízo, a falta de mobilidade de preços fez os produtos ficarem ausentes do mercados e até leite não era mais encontrado para se comprar, foi a época dos consumidores fazerem “estoque” de produtos em casa;
PLANO BRESSER (1987): esse plano cortou gastos públicos, desvalorizou a moeda,aumentou o preço de tarifas e serviços publicos. Congelou salários e preços, mas por apenas 90 dias. O plano estava dividido em tres fases: congelamento, liberaçao e preços livres. Apesar do esforço, o plano nao conseguiu controlar a infraçao
PLANO VERÃO (1989): esse plano menos ousado pretendia deter a inflaçâo fazendo cortes no orçamento do governo. A moeda deixou de se chamar Cruzado e passou a se chamar de Cruzado Novo. Em apenas 5 meses a inflação voltou a crescer e nao houve como controla-lo ate o final do governo Sarney.
A ineficiência do campo econômico, só não ganhou maior destaque na época devido às movimentações políticas em torno da Constituição de 1988. Esperada como uma nova lei que acabasse com os últimos entraves do sistema repressivo militar e garantisse as liberdades civis e políticas, a nova constituição ofereceu ganhos significativos nas questões das liberdades e dos direitos individuais. 
GOVERNO COLLOR (1990-1992)
- O eleito pelo povo.
- Representante das forças liberais e dos interesses conservadores, o caçador de marajás prometeu para os descamisados e pés-descalços um país novo, moderno, rico, sem corrupção e com empregos. Para superar a crise deixada pelos políticos do atraso, sua equipe econômica planejou a abertura do mercado nacional. 
 -A posse de Collor ocorreu em 15 de março de 1990. No dia seguinte, houve o lançamento do Plano Collor I: objetivo era o combate à inflação herdada dos anos anteriores. Esse programa econômico previa a estabilização de preços e salários a médio prazo, mas dependeria de algumas medidas impopulares, como o bloqueio dos ativos financeiros (movimentações da caderneta de poupança) acima de 50 mil cruzeiros, criou impostos, aumentou outros já existentes, demitiu servidores, extinguiu órgãos e cargos públicos, abriu o mercado, anunciou privatizações.
-Com taxas de importações reduzidas, a abertura unilateral do país não trouxe benefícios para o mercado interno; sem negociar com outros países, sem preparar os produtores brasileiros, o resultado foi um desastre para a economia nacional.
- A produção interna caiu, as falências eram comuns, o desemprego cresceu, a inflação não foi controlada, o Estado ficou mais inoperante e o PIB baixou. Milhares de ações contestavam as medidas governamentais que mais pareciam ordens de um ditador intransigente.
-Em seguida, em 31 de janeiro de 1991, houve o Plano Collor II, que agravou as medidas anti-inflacionárias, como diz o historiador Marco Antônio Villa:
“Promoveu-se um tarifaço nos preços administrados pelo governo. A energia elétrica subiu 59,5%; gasolina e álcool, 
46%; telefone, 56,6%; e o gás de cozinhas, 50%. O governo coletou dados para o cálculo da inflação até o dia 28 de janeiro e, dessa forma, expurgou do índice o tarifaço imposto três dias antes depois, que, segundo cálculos, representaria aproximadamente mais 5% na taxa oficial. A intenção, assim, acabou ficando em 20,21%.”
- Além dos aspectos propriamente econômicos, Collor ainda se caracterizou por ter dado início aos programas de privatização de indústrias ligadas ao setor primário, isto é, a indústria pesada (metalurgia e siderurgia), e por ter tentado dar maior flexibilidade à gestão pública dessas empresas, internacionalizando seus capitais.
- Em seu terceiro ano de governo , Collor foi denunciado por seu próprio irmão, Pedro, em uma entrevista dada à revista Veja! Nessa entrevista, Pedro Collor disse que o irmão era participante direto do esquema de corrupção montado por Paulo César Farias que havia sido tesoureiro da campanha do presidente, Para apurar o esquema PC - Collor, uma CPI foi criada no Congresso; esse processo acabou comprovando as denúncias do irmão.
- Os caras-pintadas foi o nome pelo qual ficou conhecido o movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de 1992 que teve, como objetivo principal, o impeachment do presidente do Brasil na época, Fernando Collor de Mello.O movimento baseou-se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e, ainda, em suas medidas econômicas impopulares, e contou com a adesão de milhares de jovens em todo o país. O nome "caras-pintadas" referiu-se à principal forma de expressão e símbolo do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto dos manifestantes.
- Collor optou pela renúncia antes que o impeachment começasse a ser julgado. Os senadores, porém, valendo-se da prerrogativa de que o impeachment é um processo político, decidiram continuar a seção, que acabou resultando na inelegibilidade (não poderia ser eleito) por oito anos de Fernando Collor, que foi sucedido pelo seu vice, Itamar Franco.
GOVERNO ITAMAR FRANCO (1992-1995)
- Apoiado por vários partidos,
Itamar fez um governo estável, mesmo enfrentando a crise deixada por Collor. Bem diferente do antecessor, Itamar não cuidava da imagem e não preparava frases de efeito para os jornalistas.
- Mantendo uma política neoliberal, seu governo teve o mérito de conduzir melhor as práticas de abertura, privatização e busca da estabilidade da moeda. Contudo, também trabalhou um discurso nacionalista e popular, protegendo certas empresas brasileiras e revitalizando o Fusca como símbolo de um carro popular.
- Economicamente, o país sofria com alta taxa de inflação (por volta de 30% ao mês), tornando a vida do trabalhador ainda mais precária e inibindo os investimentos no país. Com o objetivo de sanar esse problema, foi indicado para o cargo de ministro da Fazenda o sociólogo e fundador do PSDB, Fernando Henrique Cardoso que elaborou o Plano Real: esse plano econômico, que passou a vigorar em julho de 1994, adotou a moeda Real, equiparada ao dólar estadunidense, ou seja, um real valeria um dólar.
-Além da criação da moeda real, a gestão de Fernando Henrique Cardoso no ministério da Fazenda propôs a redução de gastos públicos e a realização de privatização de grandes empresas públicas como a Açominas, a Companhia Siderúrgica Nacional, e a Companhia Siderúrgica Paulista.
- O Plano Real conteve o aumento da inflação e promoveu o crescimento do consumo. Desse modo, cresceu a popularidade de FHC, que levou a candidatura dele à presidência da República. Em abril de 1994, terminou o mandato de Itamar Franco, e em outubro desse mesmo ano realizaram-se eleições para presidente da República. Fernando Henrique Cardoso foi eleito no primeiro turno das eleições com mais de 54% dos votos, em segundo lugar ficou o candidatoLuís Inácio Lula da Silva com 27% dos votos.
Governo FHC (1995-2002)
- A carreira política foi iniciada em 1978, quando se candidatou ao senado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) como suplente de Franco Montoro, assumindo o cargo no ano de 1983. Reelegeu-se senador em 1986. Fundou dois partidos: o Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em 1980; e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em 1988.
- Durante o governo de Itamar Franco, FHC foi ministro das Relações Exteriores (1992-1993) e da Fazenda (1993-1994). A criação do Plano Real que estabeleceu a nova moeda brasileira (o Real), a contenção da inflação, e o aumento do consumo, promoveram FHC ao cargo de presidente da República, sucedendo Itamar Franco, em 1995.
- A proposta política de Fernando Henrique Cardoso era adequar o Brasil ao neoliberalismo. Assim declarou que o governo dele poria fim a Era Vargas, ou seja, a intervenção do Estado na economia seria mínima, seriam realizadas privatizações de empresas estatais, e reduzidos os direitos trabalhistas por meio de flexibilização das legislações. O primeiro governo presidencial de Fernando Henrique Cardoso, portanto, foi marcado por privatizações e pela entrada de capital estrangeiro no país. Dentre as empresas que foram vendidas nesse período estiveram a Vale do Rio Doce, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), e a Companhia Siderúrgica Nacional, todas vendidas por valores muito aquém do estimado.
- O aumento dos juros e a política de investimento das importações para o país geraram o fechamento de empresas e a demissão de muitos trabalhadores. Em 1998, a taxa de desemprego atingiu cerca de 9% da população economicamente ativa no país. Nesse mesmo ano de 1998, o Congresso aprovou uma lei que possibilitou a reeleição para os cargos de governadores, prefeitos, e presidente da República. Dessa forma, Fernando Henrique Cardoso conseguiu reeleger-se presidente da República no primeiro turno das eleições de 1998, com o total de 53% dos votos válidos. Em segundo lugar com 31% dos votos, ficou o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva.
- No segundo governo de Fernando Henrique Cardoso houve a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1996, que propunha a universalização do Ensino Básico. Dessa maneira, reduziu o analfabetismo na população com mais de dez anos de idade, em 4 pontos percentuais, entre os anos de 1995 e 2001. E ampliou, progressivamente, a inclusão de crianças e jovens na escola, reduzindo em nove pontos percentuais a evasão escolar entre os 7 e 14 anos de idade. No que se referiu à saúde, o Brasil tornou-se referência no tratamento do HIV e Aids, e reduziu significativamente a mortalidade infantil. Em 2000, foi criada a Lei de Responsabilidade Fiscal que previa punições aos políticos que gastassem mais do que tivessem em caixa nos governos.
- Fernando Henrique Cardoso teve a popularidade reduzida, principalmente, pela ampliação do desemprego. Os movimentos sociais manifestavam-se contra a política neoliberal de FHC que sujeitava o trabalhador à falta de emprego e a baixos salários. Outro fator que acarretou nessa diminuição de popularidade do governo FHC foi o “apagão”, secas nas usinas hidrelétricas causavam falhas na geração de energia, deixando vastas regiões do país sem o fornecimento de energia elétrica. O governo FHC foi acusado de não ter investido e planejado o suficiente no setor de energia. 
- Fernando Henrique Cardoso foi sucedido pelo candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva, na presidência da República. Nas eleições de 2002, Lula obteve mais de 61% dos votos válidos, vencendo o candidato do PSDB, José Serra que obteve mais de 38% dos votos.
GOVERNO LULA (2002-2010)
- Após ter ficado em segundo lugar entre 1989 e 1998, Lula foi eleito presidente da República com mais de 61% dos votos, no ano de 2002.
- Nesse mandato estabeleceu como prioridade o combate à fome, lançando o projeto “Fome Zero”. Segundo uma pesquisa feita no ano de 2001 havia, aproximadamente, 46 milhões de pessoas em situação de “insegurança alimentar”, ou seja, que não consumiam os alimentos necessários para estarem nutridas da forma adequada. Estavam relacionados ao “Fome Zero” programas de educação alimentar e o projeto “Bolsa Família”. O “Bolsa Família” consiste em um valor que é fornecido a famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. Esse auxílio já existia no governo antecessor de Fernando Henrique Cardoso dividido em quatro programas (auxílios para compra de gás, alimentação, e artigos escolares), no governo Lula eles foram unificados e ampliados.
- O governo Lula também manteve a política econômica neoliberal adotada pelo governo antecessor, de Fernando Henrique Cardoso. O ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Palocci deu continuidade às altas taxas de juros para conter a inflação, no entanto, essas taxas eram menores do que as do governo anterior. O governo Lula ampliou os parceiros comerciais estrangeiros com países da África, América do Sul e Oriente (principalmente a China), anteriormente destacava-se apenas o comércio com o Estados Unidos da América.
- No final do primeiro mandato de Lula na presidência surgiram denúncias de corrupção na base governista, destacadamente no Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e Partido Progressista (PP). Esses casos de corrupção ficaram conhecidos como “mensalão”, que consistiram no desvio de dinheiro público para as campanhas eleitorais do PT e para que deputados votassem nas pautas levantadas pelo governo Lula. Esses casos foram investigados em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s), e foram condenados ao cárcere o publicitário Marcos Valério, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PP Paulo Corrêa, o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha, e o delator, deputado Roberto Jefferson (PTB).
- Apesar de abalada a confiança dos eleitores do PT, Lula galgou o segundo mandato a frente da presidência da República, nas eleições de 2006, obtendo no segundo turno mais de 60% dos votos. 
- No segundo mandato do governo Lula a inflação foi controlada e o índice de desemprego diminuiu. Para desenvolver a infraestrutura do país foi criado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, que construiu portos, rodovias, ferrovias, investiu-se em saneamento básico.
- Com o crescimento da economia brasileira, o país ingressou no Bloco de países emergentes (BRIC) formado também por Rússia, Índia e China, em 2011. O crescimento econômico brasileiro também o levou ao ingresso no G-20, constituído pela União Europeia e as dezenove maiores economias mundiais. A crise econômica mundial de 2008 teve pouca ressonância no Brasil, gerando um clima de otimismo. Além disso, houve a descoberta de jazidas de petróleo abaixo das camadas de sal no solo, que ficaram conhecidas como Pré-sal, prometendo ainda maior crescimento econômico para o país.
- Houve crescimento dos níveis de escolarização, e foi criado o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que concede bolsas em universidades privadas para estudantes carentes. Esse programa foi bastante criticado, pois se destinaram verbas para universidades privadas que poderiam ser aplicadas nas universidades públicas. Nesse período, mais de 20 milhões de pessoas saíram da pobreza e ingressaram na classe C (com renda familiar entre 1126 e 4854 reais). Esse fenômeno foi considerando como inclusão social; visto que na perspectiva neoliberal o crescimento de renda está associado à inclusão social, mesmo que essa parcela da população não tenha acesso a serviços de qualidade em setores básicos como educação e saúde. A prática de financiar com recursos públicos a iniciativa privada para a resolução de problemassociais passou a ser largamente utilizada.
GOVERNO DILMA (2010-2016)
- Em 2010, concorreu às eleições presidenciais e venceu o pleito com mais de 56% dos votos válidos, ficou em segundo lugar o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), José Serra. Dilma Rousseff foi a primeira mulher no Brasil a tornar-se presidente da República.
- O governo de Dilma Rousseff deu continuidade a política do governo antecessor de Luís Inácio Lula da Silva, também do Partido dos Trabalhadores (PT). Desse modo, foram mantidos os programas de assistência social como “Bolsa Família” e “Minha Casa, minha vida”. Economicamente, a pauta neoliberal continuou sendo adotada. Os problemas sociais do país foram incumbidos à iniciativa privada, por meio de programas que investiam dinheiro público no setor privado (“Minha casa, minha vida”, “Pro-uni”, dentre outros).
- Quando Dilma assumiu a presidência havia forte recessão econômica mundial, que também atingiu a economia nacional. Tentando reverter essa crise, aumentou os investimentos na infraestrutura do país por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), em 2011. Como os países da União Europeia e Estados Unidos estavam em crise, recorreu-se à continuidade de estender comércio com países da América Latina e a China. As taxas de juros foram reduzidas, facilitando o crédito para as empresas e pessoas físicas. Essas medidas, no entanto, não contiveram a crise econômica, que acarretou em uma crise política do governo Dilma. A crise política avultou, sobretudo, porque o governo Dilma não conseguiu apoio às pautas propostas no Congresso Nacional.
-A crise econômica que abateu a classe trabalhadora e setores proletarizados da população não foi empecilho para o governo investir verbas bilionárias para a realização da Copa das Confederações no Brasil. Em junho de 2013, a juventude brasileira tomou as ruas em protesto contra a precarização da vida de modo geral, sendo o alto custo das passagens do transporte público uma das questões principais levantadas pelos manifestantes. As manifestações de junho de 2013 ocorreram em diversas cidades do país, destacadamente São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que contaram com atos com até um milhão de pessoas. Em represália, grupos de manifestantes foram processados e presos por meses. A insatisfação popular com o governo Dilma cresceu significativamente nesse período.
- No ano de 2014 vieram à tona casos de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás. Esses casos foram investigados pela Polícia Federal, surgindo a operação “Lava Jato”. Descobriu-se que grandes empreiteiras pagavam propinas para receberem vantagens nos pleitos para escolha de empresas que executariam obras para a Petrobrás. No mesmo ano de 2014, ocorreram as eleições para presidente do país e Dilma Rousseff foi reeleita com mais de 51% dos votos válidos, em segundo lugar ficou o candidato Aécio Neves do PSDB.
-No segundo mandato de Dilma a situação econômica brasileira se agravou ainda mais, e no ano de 2015 foi registrado PIB (Produto Interno Bruto) negativo no país (-3,8%). As taxas de desemprego e inflação cresceram. Os aliados da presidência no Parlamento, reduziram. Manifestantes foram às ruas pedindo o impeachment da presidente, e outros em defesa do governo Dilma, gerando polarização política no país. Em abril de 2016, a maioria dos deputados federais foi favorável ao impedimento do governo Dilma Rousseff. Em maio de 2016, a maioria do Senado votou pela abertura de processo de impeachment de Dilma, por crime de responsabilidade fiscal. Os senadores decidiram pelo impeachment de Dilma Rousseff, que foi sucedida pelo vice-presidente Michel Temer, do Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em 31 de agosto de 2016.
GOVERNO TEMER (2016-2018)
- Temer chegou à presidência em meio a uma grave crise econômica no país, herdada do governo anterior. Temer afirmou, no ato de posse, que seu governo haveria de ser um governo reformista. Foram trazidas à tona diversas propostas econômicas, como o controle dos gastos públicos, por intermédio da já aprovada PEC 55, que impõe limites a gastos futuros do governo federal; uma reforma trabalhista, já aprovada; a liberação da terceirização para atividades-fim, com a Lei da Terceirização; e a reforma da previdência, que o governo não conseguiu levar adiante. O governo está mais centrado em questões econômicas, com o objetivo inicial de tirar o país da recessão e retomar o crescimento. Por outro lado, houve também mudanças no campo social, como a conclusão e inauguração de parte da obra de transposição do rio São Francisco, e no campo da educação, com a reforma do ensino médio, entre outras.
- O Governo Temer, contudo, tem sido acusado por entidades e especialistas de retrocessos, notadamente nas área social e ambiental e também na condução das questões indígenas. Segundo pesquisas de opinião de institutos distintos, o governo tem a menor aprovação popular da história no País.
- Nos dois anos de governo, segundo dados do Banco Central, do IBGE, do Caged e da Bolsa de Valores de São Paulo, o governo reduziu a taxa de juros de 14,25% para 6,50% ao ano; a inflação saiu de 9,32% para 2,76%; a taxa de desemprego de 11,2% para 13,1%; o dólar subiu de 3,47 para 3,60

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