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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTO: MEDIDA DA MASSA MOLECULAR DE UM VAPOR MÉTODO DE VICTOR MEYER DOCENTE: VALÉRIA FERNANDES DISCENTE: LUANA MATHEUS SALVADOR, BA 2018 INTRODUÇÃO Em praticamente todas as áreas da química se faz necessário conhecer o valor da massa de substâncias que estejam sendo utilizadas. Daí a necessidade de se determinar a massa molecular de uma substância química. É nesse contexto que em 1878, Victor Meyer, um químico alemão, desenvolve um método, que levou o seu nome, para se determinar a massa molecular de substâncias voláteis. Para isso, mede-se a massa específica do vapor e, em condições conhecidas de temperatura e pressão, chega-se a massa molecular da substância. Como se tratam de medidas relacionadas a propriedades gasosas, três tipos de equações devem ser levados em consideração. Sabe-se que as propriedades dos gases são bem descritas, principalmente, pela Lei dos Gás Ideal, pelo Fator de Compressibilidade e pela equação de Van der Waals. A Equação do Gás Ideal descreve um gás irreal. Nela, despreza-se as forças intermoleculares (atração e repulsão) e o volume das moléculas. Essa equação se aproxima bastante do comportamento real para valores baixos de pressão (1 atm ou menos) ou quando o volume em que o gás está contido é muito grande. Utilizando o Fator de Compressibilidade, modifica-se a Equação do Gás Ideal, de modo que faz-se uma relação entre o volume ocupado pelo gás e o volume previsto pela Equação do Gás Ideal. Desse modo, os valores encontrados se aproximam mais da realidade. Por último, a Equação de Van der Waals também aproxima o comportamento do gás estudado ao comportamento real. Para isso, utiliza-se duas constantes. Uma delas corrige a Equação do gás Ideal no que diz respeito às forças intermoleculares. A outra, ao volume das moléculas. Neste experimento, será utilizado o método de Victor Meyer para se determinar a massa molecular de uma substância desconhecida. No método de Victor Meyer, a massa molecular é obtida através da determinação da massa específica (ρ) de um vapor, em condições conhecidas de temperatura (T) e de pressão (P). A partir da equação de estado do gás ideal, obtém-se a seguinte expressão: M = ρ RT /P Em que M = massa molecular ρ = massa específica (ρ = m / V ) R = constante universal dos gases, em que o valor depende das unidades utilizadas A massa específica (ρ) é determinada em 2 etapas: Na primeira, determina-se a massa (m) da substância, sob forma líquida; Na segunda, vaporiza-se está massa e mede-se o volume (V) de ar deslocado que corresponde ao seu volume gasoso em condições conhecidas de temperatura (T) e de pressão (p). Os valores obtidos experimentalmente serão tratados através das três equações descritas acima, de modo a se verificar a confiabilidade delas. OBJETIVOS Determinar a massa molecular de uma substância vaporizável, pelo método idealizado por Victor Meyer usando: A Lei do gás ideal; Equação de Van Der Waals Diagrama generalizado do fator de compressibilidade PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 Material Utilizado 2 béqueres grandes 1 rolha Bureta de 50 mL Placa de aquecimento Balão de destilação Termômetro 3.2 Procedimento A montagem do aparelho seguiu-se sobre as instruções do roteiro prático, segue imagem esquemática: Anotou-se a massa da substância fornecida pela professora e verificou-se a mesma estava totalmente selada sem possibilidade de vazamento. Quando a água entrou em ebulição, jogou-se a ampola contendo a substância dentro do balão de destilação e imediatamente fechou o balão, observando-se se havia formação de bolhas no tubo de saída. Após esse procedimento, anotou-se o volume deslocado de água na bureta. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Dados 4.2 Cálculos a) Lei dos Gases Sendo: P a pressão; V o volume; n o número de mols presente R a constante universal dos gases, seu valor depende das constantes utilizadas; T a temperatura. Temos a relação de massa especifica com o volume e massa definida por ρ = m / V (II) O número de mols é definido (III) Substituindo II e III em , temos: Substituindo os valores da tabela acima, chegamos ao seguinte resultado da MM = 55,60 g/mol b) Lei do Gás Real (Fator de Compressibilidade) Sendo: P a pressão; V o volume; n o número de mols presente R a constante universal dos gases, seu valor depende das constantes utilizadas; T a temperatura. Z = Fator de compressibilidade A massa molar pode ser calculada a partir da equação com o fator de compressibilidade. Para achar o fator de compressibilidade é necessário utilizar um diagrama utilizando os valores de pressão e temperatura reduzidas, essas variáveis reduzidas são calculadas a partir das seguintes variáveis: temperatura crítica, pressão crítica, temperatura e pressão. Os valores das variáveis críticas são encontrados na literatura. P critica = 63,0 atm T crítica = 243,2 °C = 516,2 K Utilizando a equação encontramos MM = Z * 55,6 g/mol Preduzida = Treduzida = Encontramos então Z = 0,96 Substitui em MM = 0,96 * 55,6 = 53,376 g/mol c) Equação de Van der Waals [ ]*(V –n*b) = nRT PV – P*n*b + como n= m/MM P*V - Substituindo os valores da tabela acima, encontramos a seguinte expressão de 3º grau: 0,04196MM3 – 2,3308MM2 + 2,71045MM – 0,53546 = 0 Divide a equação pelo primeiro membro (0,04196): MM3 – 55,54MM2 + 64,68MM – 12,76 = 0 Temos A= 1; B= -55,54; C= 64,68; D = -12,76. Já que A =1, usamos MM = y - para eliminar o termo da segundo grau. Essa é a equação sem o termo de segundo grau aplica-se agora o método de Tartaglia, tal que encontra-se primeiro os valores dos coeficientes P e Q: P= -963,55 Q -11505,96 De posse dos valores de P e Q, partiremos agora para o calculo das parcelas u e v. Que somados serão Y: Y = u + v u=24,03 e v = 13,36 y = u + v = 37,39 Sabendo-se o valor de y, retorna-se a primeira substituição realizada MM = y - MM= 55,90 g/mol Os dados encontrados foge do valor real que é a massa molar do Etanol, 46,07 g/mol, encontrados na literatura. Diversos fatores contribuem para que essa discrepância nos valores sejam apresentados; desde a falta de exatidão da massa informada, como o momento em que a ampola é jogada dentro do sistema proposto pela prática ocasionando uma alteração no volume deslocado na bureta. CONCLUSÃO De acordo com os objetivos que a prática propõe que é determinar a massa molecular de uma substancia vaporizável pelo método de Victor Meyer se torna ineficiente visto as condições oferecidas no laboratório, e a maneira como os alunos manuseia a substancia na ampola e os equipamentos, pois isso implica bastante nos resultados dando um valor totalmente diferente da massa molecular na literatura. REFERÊNCIAS http://sites.ffclrp.usp.br/cipa/fispq/Etanol.pdf <Acesso em 08 de 2018> ATKINS, P. Físico-Química – Fundamentos. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. CHANG, R., Físico-química para ciências químicas e biológicas, Vol. 1, McGrawHill, 2009. Plan1 Amostra massa da substancia 0,0947g temperatura da água 301 K volume inicial 50 mL volume final 9,70 mL variação de volume 40,3 mL /0,0403 L PT=PATM + PVAPOR 1,0412 ATM PC 63,0 atm TC 512,2 K a 12,18 L2ATM/MOL2 b 0,08407 L/mol