Buscar

Módulo 2 - Sustentabilidade na Produção do Café Aspectos ambientais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

__ _ _
__ _ _
RES
ERV
A
__ _ _ __ _ _
__ _ _
__ _ _ __ _ _
MÓDULO 2
ASPECTOS AMBIENTAIS
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 236
Módulo 2: Aspectos ambientais
O meio ambiente é como a nossa casa. Não é por acaso que a palavra “ecologia” começa com 
“eco”, que, do grego oikos, significa “casa”.
E todo mundo quer que a sua casa seja um lugar limpo e agradável para morar. Por isso, é 
necessário minimizar a poluição e a degradação dos recursos naturais nas diferentes etapas 
da produção agropecuária, incluindo a cafeicultura. Além disso, preservando o ambiente à sua 
volta, você tem uma produção mais estável e conserva o solo e a água de sua propriedade. Du-
rante o curso, você vai ver que é possível produzir café, ter lucro e, ao mesmo tempo, conservar 
a natureza – casa de todos nós.
Neste módulo, você encontrará seis aulas sobre os aspectos ambientais da sustentabilidade 
na cafeicultura.
Aula 1
A primeira aula vai abordar o tratamento e a destinação correta dos resíduos ge-
rados na propriedade.
Aula 2
Na segunda aula, você verá as vantagens de preservar as áreas de vegetação 
nativa e a biodiversidade em sua unidade de produção, respeitando o novo 
Código Florestal.
Aula 3
Na terceira aula, serão discutidas as principais formas de reduzir o consumo de 
energia não-renovável na produção do café.
Aula 4
Na quarta aula, você verá que manusear e armazenar os agroquímicos de forma ade-
quada é fundamental para evitar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
Aula 5
Na quinta aula, serão explicadas algumas práticas que favorecem a conservação 
do solo e a adaptação às mudanças climáticas.
Aula 6
Na sexta e última aula do módulo, vamos conversar sobre um recurso natural im-
prescindível para a agricultura e a vida no planeta: a água.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 237
Ao final deste módulo, esperamos que você tenha entendido a importância e os benefícios de:
• Identificar e minimizar o impacto de fontes de poluição geradas na propriedade, tais 
como resíduos sólidos e efluentes líquidos.
• Preservar e recuperar áreas protegidas e outras áreas de conservação, incluindo a fauna 
e a flora silvestres.
• Reduzir o consumo de energia, principalmente daquela oriunda de combustíveis fósseis.
• Realizar o manuseio e o armazenamento dos agroquímicos de forma segura e de acordo 
com a legislação.
• Adotar práticas de conservação de solo e recuperar áreas degradadas, assim como de 
utilizar técnicas que favoreçam a adaptação às mudanças climáticas.
• Utilizar a água nas diferentes etapas da produção do café de forma racional, segura e de 
acordo com a legislação.
Aula 1: Tratamento e destinação de resíduos
Para minimizar os possíveis impactos ambientais nas diferentes etapas da produção do café, é 
necessário, em primeiro lugar, saber o que pode causar esses impactos e planejar ações para evi-
tá-los. Comece fazendo um levantamento de todos os tipos de resíduos gerados na propriedade.
Atenção
Resíduos não tratados ou armazenados de forma inadequada podem con-
taminar a água, o solo, pessoas e animais, dentro e fora da propriedade. 
Você pode destinar adequadamente alguns tipos de resíduos dentro da propriedade, mas ou-
tros têm de ser destinados a terceiros e, nesses casos, é preciso verificar se a destinação é cor-
reta. Ou seja, você precisa se certificar de que esse terceiro tenha conhecimento e autorização 
legal para receber e destinar adequadamente o resíduo recebido.
Veja a seguir alguns resíduos que são gerados em uma propriedade rural.
Resíduos sólidos
Lixo reciclável (metais, papel, papelão, caixinha “longa-vida”, 
plásticos, saco de fertilizante e vidro); resíduos orgânicos (pa-
lha de café, esterco de animais de criação, restos de alimentos 
etc.); lixo não reciclável (papel higiênico, fraldas, absorventes, 
cotonetes, materiais de limpeza etc.); filtros de trator, embala-
gens vazias de agroquímicos etc.
Efluentes líquidos
Esgoto doméstico; água residuária do processamento de café 
por via úmida; água contaminada com óleos e graxas prove-
nientes da lavagem de máquinas e implementos; água de lava-
gem de EPIs etc.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 238
Resíduos sólidos
Em relação aos resíduos sólidos, o primeiro passo é recolher o lixo gerado na propriedade e 
destiná-lo de forma adequada.
Não pode jogar lixo na 
propriedade!
Não pode enterrar o lixo!Não pode queimar o lixo!
Fonte: Pedro Ronca
Sempre que possível, separe o lixo reciclável e entregue para a coleta seletiva do seu municí-
pio ou para empresas especializadas (recicladoras). Os resíduos orgânicos podem ser aprovei-
tados como adubo orgânico após passar por um processo de compostagem ou biodigestão; 
também podem ser aproveitados como fonte de energia.
compostagem
A compostagem é a “reciclagem dos resíduos orgânicos”. É uma técnica que permite a transfor-
mação de resíduos orgânicos (palha de café, sobras de alimentos, materiais de poda, serragem, 
estercos etc.) em adubos orgânicos estabilizados, minimizando as perdas de nutrientes. É um pro-
cesso biológico que acelera a decomposição do material orgânico, tendo como produto final o 
composto orgânico.
O que sobra é o lixo não reciclável (rejeito), que deve ser destinado para aterros sanitários por 
meio do sistema de coleta municipal. No caso da ausência deste serviço, a propriedade pode 
levá-lo a um local onde haja coleta, ou pode propor soluções junto ao poder público, unindo 
esforços com produtores vizinhos.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 239
Na Prática
Existem diversos bons exemplos de propriedades que se uniram para 
cobrar a prefeitura do município para que realizasse a coleta de lixo em 
uma região não atendida e, depois disso, o serviço passou a ser ofe-
recido. Há também exemplos de criação, por demanda da comunida-
de, de um sistema de reciclagem de lixo em cidades onde antes não 
havia. Sabemos que muitos municípios não possuem coleta seletiva e 
que existem áreas rurais que não são atendidas pela coleta de lixo, mas 
isso é uma obrigação da prefeitura e, por essa razão, unir esforços para 
cobrar o poder público e organizar ações nesse sentido traz resultados 
positivos e contribui para a preservação ambiental e para a melhoria da 
qualidade de vida de toda a comunidade. 
Confira a seguir duas soluções simples, baratas e funcionais para a separação do lixo reciclável.
Galões Sacos
Fonte: Sylvio Padilha Fonte: Murilo Bettarello
Confira a seguir como utilizar a palha de café na propriedade!
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 240
A palha de café é um 
adubo orgânico de ótima 
qualidade.
Entre outros nutrientes, 
possui teores elevados 
de potássio (em média, 
1,5 a 3,0% de K2O), que 
é um adubo de alto 
custo e essencial para a 
cafeicultura.
 Fonte: Frederico Caldeira
A compostagem com 
palha de café pode ser 
feita tanto em pequena 
quanto em larga escala.
 Fonte: Eduardo Matavelli
É possível utilizar a palha 
de café para alimentar a 
fornalha do secador.
 Fonte: Frederico Caldeira
Destinação de resíduos altamente contaminantes
Em grande parte das propriedades também são produzidos resíduos altamente contaminan-
tes, como óleo lubrificante usado, filtro de óleo de trator, pneus, pilhas e baterias, lâmpadas 
fluorescentes e embalagens vazias de agroquímicos. Esses resíduos devem ser descartados em 
locais de coleta específicos, cuja destinação é chamada de logística reversa.
É importante ressaltar que o óleo lubrificante usado, popularmente conhecido como “óleo 
queimado”, não pode ser reutilizado na propriedade, nem para pintura, nem para passar em 
cercas. Ele deve ser devolvido ao seu revendedor ou diretamente a um coletor autorizado pela 
ANP. Lembre-se de guardar os comprovantes da destinação corretadesses resíduos.
revendedor
Exemplo: postos de combustíveis legalmente autorizados.
ANP
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 241
Efluentes líquidos
Lembrando que o meio ambiente é como a nossa casa, então ninguém deseja que ele fique 
sujo e contaminado, certo? Por isso, é importante destinar corretamente o esgoto doméstico. 
Em grande parte das pequenas propriedades rurais brasileiras, ainda é comum o uso de fossas 
rudimentares (fossa “negra”, poço, buraco etc.), que contaminam as águas subterrâneas e 
os poços de água, principalmente os conhecidos como “poços caipiras”. Quando isso acontece, 
a população pode vir a ser contaminada por doenças transmitidas pela urina, pelas fezes e pela 
água, como hepatite, cólera, salmonelose, entre outras.
Atenção
O esgoto doméstico não deve ser lançado em corpos de água ou no am-
biente sem o devido tratamento. 
O esgoto doméstico deve ser coletado em fossas sépticas, biodigestores ou outro tratamen-
to apropriado. Existem diversos modelos disponíveis, tanto pré-fabricados como para serem 
construídos, por exemplo, a fossa séptica biodigestora desenvolvida pela Embrapa e o tanque 
de evapotranspiração indicado pela Emater/MG.
Confira a seguir dois exemplos.
Fossa séptica Tanque de evapotranspiração
Fonte: Pedro Ronca Fonte: Emater-MG
 
Saiba Mais
Confira na biblioteca do curso dois textos que explicam o que são Tan-
ques de evapotranspiração e Fossas biodigestoras. 
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 242
A seguir, saiba como é feita uma fossa séptica com o sistema de tanque de evapotranspiração:
A fossa tem formato 
retangular. Para fazer 
o acabamento, ela é 
revestida com tela de 
galinheiro que utiliza a 
mistura de massa forte de 
cimento e areia para ser 
fixada.
Após a secagem, forma-
se um túnel composto 
de pneus com aros de 13 
ou 14, empilhados bem 
juntos.
Na ponta inicial do túnel 
concentra-se o cano que 
receberá os dejetos do 
vaso sanitário, a outra 
ponta irá liberar os gases 
liberados pelos resíduos.
Para manter os pneus firmes e servir tam-
bém como uma espécie de filtro, faz-se a 
cobertura com os resíduos de alvenaria e ce-
râmica (telhas de barro, tijolos e cascalhos).
Para tapar a fossa, forre a parte de cima do 
túnel com: sacos de ração; uma camada de 
10 a 15 cm de areia; uma camada de 10 a 15 
cm de brita.
Cubra com terra até ultrapassar o nível do 
solo. Utilize plantas de folhas largas, como 
caetés e copos-de-leite, que retêm muita 
água, impedindo que a fossa encha.
Não é aconselhado plantar hortas, frutas 
ou legumes no local, por haver risco de 
contaminação.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 243
Nível do Solo
Solo
Areia
Brita
Cacos de
Cerâmica
2,00m
0,35m
0,10m
0,10m
0,45m
Fonte: Agência Minas Gerais
Água residuária
Com o intuito de se obter cafés de melhor qualidade, é realizado o processamento de café por 
via úmida, possibilitando a separação dos frutos por estádio de maturação. Porém, com esse 
tipo de processamento, é gerada uma água residuária, que pode contaminar o ambiente se 
não for devidamente tratada.
estádio de maturação
Frutos verdes, maduros, passas e secos. No caso dos frutos maduros, é possível obter cafés do 
tipo cereja descascado, desmucilado ou despolpado.
No processamento de café por via úmida, a água utilizada incorpora alta carga orgânica – cons-
tituída por fragmentos de folhas, ramos e frutos, bem como mucilagem – com grande potencial 
de poluir o ambiente aquático. Para ser lançada em um corpo hídrico, a água residuária deve 
ser tratada, atendendo às condições e padrões estabelecidos pelo CONAMA.
CONAMA
Resolução n.º 357/2005, alterada pela Resolução n.° 430/2011.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 244
Saiba Mais
A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é um parâmetro que mede 
o potencial poluidor do efluente líquido. No caso das águas residuárias 
do processamento de café por via úmida, a DBO varia de 1.837 a 3.242 
mg/L. O potencial poluidor dessas águas residuárias é maior que o do 
próprio esgoto doméstico, cuja DBO média é de 300 mg/L. Os valores 
elevados de DBO indicam que essas águas residuárias possuem alta car-
ga orgânica e podem trazer muitos problemas para os corpos hídricos 
receptores se forem aí lançadas sem tratamento prévio.
Confira o que o Antônio tem a dizer sobre o tratamento de água residuária!
Sabemos que existem diversas opções para o tratamento da água residu-
ária do café, como a construção de lagoas de decantação, sedimentado-
res e filtros orgânicos. Porém, esses métodos podem ter custos elevados 
e, como no caso das lagoas de decantação, ocupar um grande espaço.
Nós, produtores, temos como desafio encontrar soluções tecnológicas 
que aliem baixo custo de implementação com eficiência no tratamento 
da água residuária e reutilização dos resíduos sólidos e líquidos.
Recomenda-se que a água seja reutilizada por meio de sistemas de reciclagem e, ao final do 
processo, aplicada em lavouras, pastagens ou pomares. É importante receber orientação de 
um técnico para evitar aplicações excessivas de nutrientes. Uma grande quantidade dessa 
água, aplicada em um pequeno volume de solo, pode elevar excessivamente os teores de nu-
trientes, causando desequilíbrios nutricionais e até mesmo a morte das plantas.
Contudo, se aplicada corretamente, a fertirrigação com água residuária é a melhor destinação, 
uma vez que dispensa a necessidade de tratamento e reutiliza todo o resíduo. Essa água é mui-
to rica em nutrientes, em especial o potássio, que é um dos mais importantes para a nutrição 
do cafeeiro.
Saiba Mais
Para mais informações sobre como definir a dose de água residuária a 
ser aplicada nas lavouras, consulte a Circular Técnica n.º 30, da Epamig, 
disponível na biblioteca do curso.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 245
Fonte: Universidade do Café Brasil Fonte: Eduardo Matavelli
No caso da água utilizada na lavagem de máquinas e tratores, é preciso tomar medidas para 
evitar que contamine o solo e os corpos de água, utilizando, por exemplo, caixa de sedimenta-
ção e caixa separadora de água e óleo. Essa água de lavagem contém resíduos de óleo e graxa 
que possuem alto potencial poluidor. As caixas separadoras, quando bem construídas e insta-
ladas, realizam uma ótima separação do óleo e da água. O óleo deve ser coletado junto ao óleo 
lubrificante usado (óleo queimado) e destinado da mesma forma.
Caixa separadora de água e óleo: modelo de 
alvenaria construído na propriedade
Caixa separadora de água e óleo: modelo pronto 
para instalação.
Fonte: Pedro Ronca Foto: Pedro Ronca
Dica
É muito importante uma instalação adequada desta caixa, pois erros de 
construção ou dimensionamento fazem o sistema não funcionar. Uma 
forma de aferir o funcionamento do sistema é tirando uma amostra da 
água, em período de lavagem e uso do sistema, e enviando essa amostra 
a um laboratório para análise de resíduos de óleo e graxa. Trata-se de 
uma análise de baixo custo e importante para garantir que o sistema 
esteja funcionando adequadamente. 
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 246
Fonte: Eduardo Matavelli
Outro efluente líquido normalmente gerado 
em uma propriedade agrícola é a água de 
lavagem de EPIs. Esta água também não deve 
ser descartada em cursos d’água, nem em fos-
sas negras ou sépticas. O ideal é captá-la e fa-
zer com que retorne aos tanques ou bombas 
de pulverização para posterior descarte em 
bordaduras ou carreadores de lavouras, sem-
pre longe de APPs ou corpos de água.
Aula 2: Cobertura vegetal e biodiversidade
As áreas de vegetação nativa são muito importantes não somente para a preservação de plan-
tas e animais, mas também paraa conservação da água na propriedade e para a produtividade 
das lavouras, tendo em vista que reduzem a intensidade dos ventos e contribuem para o con-
trole biológico natural de pragas agrícolas. Neste sentido, para ter uma produção sustentável, 
é fundamental cumprir o novo Código Florestal (Lei n.º 12.651/2012), que estabelece normas 
para a proteção da vegetação nativa, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APPs) e 
Reserva Legal.
Áreas de Preservação Permanente (APPs)
Conforme definido na Lei n.º 12.651/2012, Área de Preservação Permanente (APP) é uma área 
protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos 
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, bem como de facilitar o fluxo 
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Áreas de Preservação Permanente (APPs)
As Áreas de Preservação Permanente (APPs), como matas ciliares, nascentes, topos de 
morros e encostas, merecem um cuidado especial, pois são áreas frágeis que prestam im-
portantes serviços ambientais, como a conservação dos recursos hídricos, a proteção do solo 
contra a erosão e o abrigo para os animais silvestres e plantas nativas, entre outros benefícios.
matas ciliares
Matas ciliares são florestas ou outros tipos de cobertura vegetal nativa que ficam às margens de 
rios, igarapés, lagos, olhos d’água e represas. O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão im-
portantes para a proteção de rios e lagos como são os cílios para os nossos olhos.
Fonte: WWF-Brasil (2016)
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 247
Para ser um produtor sustentável, é fundamental que você preserve as matas ciliares e as nas-
centes de sua propriedade, identificando-as no campo e colocando cercas quando houver gado 
ou criação de outros animais que possam invadir essas áreas. Porém, quando não for o caso, 
evite colocar cercas, pois estas dificultam a circulação dos animais silvestres de maior porte.
Atenção
As APPs, assim como outras áreas de conservação, devem ser sempre 
protegidas e, por isso, é proibido cultivar café nessas áreas, respeitan-
do as dimensões mínimas definidas no novo Código Florestal. 
Confira a seguir as dimensões mínimas das APPs nas faixas marginais de cursos d’água e re-
servatórios naturais.
Reservatório Natural
Áreas/Zona Urbanas
Mantenha 30m
Reservatório natural 
com área < 20ha
Mantenha 50m
Reservatório natural 
com área > 20ha
Mantenha 100m
Nascente
Raio mínimo de 50m
Largura do rio < 10m
Largura mínima marginal 30m
Largura do rio 10-50m
Largura mínima marginal 50m
Largura do rio 50-200m
Largura mínima marginal 100m
Largura do rio 50-200m
Largura mínima marginal 100m
Largura do rio 200-600m
Largura mínima marginal 200m
Largura do rio > 600m
Largura mínima marginal 500m
Fonte: Adaptado de WWF-Brasil (2016)
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 248
Confira algumas imagens de APPs em diferentes estágios de recomposição.
Mata ciliar em processo de recomposição. Nascente preservada, cercada e identificada com 
placa sinalizadora.
Fonte: Pedro Ronca Fonte: Sylvio Padilha
APP identificada com placa e em processo de 
recomposição.
APP identificada, porém com necessidade de 
recomposição.
Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Eduardo Matavelli
Nascente delimitada e cercada, porém com necessidade de recomposição.
Fonte: Eduardo Matavelli
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 249
De acordo com o novo Código Florestal, todas as APPs devem ser mantidas na propriedade. Se 
houver supressão não autorizada de vegetação nessas áreas, o proprietário poderá ser mul-
tado e obrigado a recompô-las. No caso das APPs desmatadas antes de 22 de julho de 2008 
(consideradas como áreas consolidadas), o proprietário ficará livre de multas desde que se 
comprometa a recompor a vegetação nessas áreas, conforme tabela a seguir.
Área da 
propriedade 
em Módulos 
Fiscais
Faixa mínima a ser recomposta
Cursos d’água Nascentes Lagos e lagoas naturais Veredas
Até 1 5 m 15 m 5 m 30 m
1 a 2 8 m 15 m 8 m 30 m
2 a 4 15 m 15 m 15 m 30 m
Superior a 4 20 a 100 m 15 m 30 m 50 m
Módulos Fiscais
Módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é fixado pelo INCRA para cada 
município brasileiro, variando entre 5 e 110 hectares.
Cursos d’água
Para cursos d’água, a largura da faixa marginal é contada a partir da borda da calha do leito regular 
do curso d’água. Para propriedades com até 4 módulos fiscais, a faixa a ser recomposta independe 
da largura do curso d’água.
Veredas
Para veredas, a largura da faixa é contada a partir do espaço brejoso e encharcado.
Você sabia que existem diversas formas de recompor a vegetação nativa 
nas APPs e na Reserva Legal de sua propriedade?
Pode ser por meio do plantio de mudas, da semeadura direta ou mesmo 
promovendo a regeneração natural da vegetação.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 250
Reserva Legal
A Reserva Legal é formada por áreas de vegetação nativa no interior de propriedades rurais 
com a função de assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais, auxiliar a ma-
nutenção de processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, protegendo a 
fauna e flora silvestres. Sua dimensão mínima em termos percentuais relativos à área da pro-
priedade depende de sua localização. Por exemplo, no caso de propriedades localizadas fora 
da Amazônia Legal, o produtor deve destinar 20% da área da propriedade para a Reserva Legal.
O proprietário rural deve manter a cobertura vegetal nativa na Reserva Legal, mas são permi-
tidos o manejo sustentável e a coleta de produtos florestais madeireiros e não madeireiros 
(frutos, cipós, folhas, sementes etc.), devendo-se observar períodos de coleta e volumes fixa-
dos em regulamentos, quando houver, assim como a época de maturação e técnicas que não 
coloquem em risco os indivíduos produtivos e a espécie.
Exemplo
O produtor João dos Santos possui uma propriedade de 25 hectares no Espírito 
Santo. De acordo com a legislação, sua propriedade deveria ter 5 hectares de Re-
serva Legal, ou seja, 20% da área total. No entanto, há somente 2 hectares. O que 
o produtor deve fazer neste caso?
Para atingir os 5 hectares de Reserva Legal, é necessário que o produtor realize a 
recomposição ou a compensação dos 3 hectares restantes. A recomposição da 
vegetação pode ser feita de diferentes formas, incluindo sistemas agroflorestais com 
espécies nativas e exóticas. Já a compensação, consiste em destinar uma área fora 
da propriedade para a conservação, atendendo a alguns critérios específicos.
O novo Código Florestal permite que as APPs sejam incluídas no cálculo da Reserva Legal, des-
de que:
• Não impliquem a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo.
• A APP a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação.
• O proprietário tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Fonte: Eduardo Matavelli
Uma das inovações do novo Código Florestal é a 
criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que 
pode ajudar o produtor na adequação ambien-
tal de sua propriedade. Todos os proprietários 
rurais devem manter APP e Reserva Legal e re-
gistrá-las no CAR.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 251
Fonte: Eduardo Matavelli
Outro aspecto importante é buscar, sempre que 
possível, promover a interligação das APPs, das 
Reservas Legais e de outras áreas de conserva-
ção da propriedade entre si e com as áreas de 
preservação vizinhas à propriedade, de forma a 
criar faixas contínuas de vegetação nativa (cor-
redores ecológicos) para facilitar a movimenta-
ção dos animais, o equilíbrio ecológico e a con-
servação dessas áreas.
Você também pode instalar placas nas entradas 
da propriedade e emáreas de conservação in-
formando que é proibido caçar, pescar ou praticar qualquer outra ação predatória de animais e 
plantas silvestres. Converse com moradores, trabalhadores, vizinhos e visitantes sobre a proi-
bição. Cuide das plantas e animais que vivem na sua propriedade. Assim, seus filhos e netos 
também terão a oportunidade de conhecê-los!
Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Eduardo Matavelli
Confira uma dica importante do Antônio!
Outro procedimento muito importante na preservação da vegetação na-
tiva é a proteção contra incêndios.
Você pode fazer aceiros, mantendo-os sempre limpos – principalmente 
nos períodos de seca. É útil manter ferramentas como abafadores, pás, 
tanques de água etc., que possam auxiliar no combate a incêndios.
Continue com os estudos!
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 252
Aula 3: Consumo de energia
Todo cafeicultor usa energia em sua produção, seja gasolina na “roçadeirinha”, óleo diesel no 
trator, lenha no secador ou eletricidade na iluminação da propriedade. Conhecer e usar as fon-
tes de energia de forma eficiente é favorável tanto para o meio ambiente como para o bolso do 
produtor. Um primeiro passo é identificar as fontes de energia utilizadas em cada etapa da 
produção. Para auxiliar nessa identificação, confira os principais usos de energia na cafeicultura.
Uso de roçadeira costal movida à gasolina para o 
“manejo do mato”.
Uso de trincha e trator movido a óleo diesel para 
o “manejo do mato”.
Fonte: Caio Diniz Fonte: LS Tractor
Secador com fornalha à lenha.
Fonte: Caio Diniz
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 253
Uso de eletricidade no maquinário de beneficiamento de café.
Fonte: Frederico Caldeira
Uso de óleo diesel no maquinário de beneficiamento de café.
Fonte: Frederico Caldeira
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 254
Uso de óleo diesel (à esquerda) e eletricidade (à direita) em moto-bombas para irrigação de lavouras.
Fonte: Frederico Caldeira
Terreiro de secagem de café pela ação dos raios 
solares.
Secador movido a gás proveniente de 
biodigestores.
Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Eduardo Matavelli
Sempre que possível, reduza o consumo de energia oriunda de fontes não-renováveis e po-
luentes, como os combustíveis fósseis (ex.: gasolina e óleo diesel). Utilize mais fontes renová-
veis, como, por exemplo, sol, vento, biomassa e biocombustíveis.
biomassa
Exemplo: lenha e palha de café.
biocombustíveis
Exemplo: etanol e biodiesel.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 255
Confira uma dica importante do Antônio!
Para a secagem do café, a melhor opção do ponto de vista ambiental é 
utilizar terreiros para aproveitar ao máximo a energia solar. De forma 
secundária, você pode usar secadores com fornalha à lenha ou outro 
tipo de biomassa, lembrando-se que esta fonte de energia, apesar de 
ser renovável, libera gás carbônico na atmosfera durante sua queima, 
contribuindo para o agravamento do aquecimento global.
Confira o Portal Brasil e saiba mais sobre a produção de energia elé-
trica no Brasil.
Depois de listar as fontes de energia utilizadas, um segundo passo é medir e registrar o con-
sumo de cada uma delas. A partir desses registros, você saberá o quanto gasta de energia para 
produzir cada saca de café, e isso possibilita que você crie metas para reduzir seu consumo e, 
ao mesmo tempo, economizar dinheiro. Além disso, o produtor pode criar metas de substitui-
ção de veículos movidos à gasolina por etanol e de tratores movidos a óleo diesel por biodiesel.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 256
Na Prática
Vamos imaginar um cafeicultor que realiza a secagem do café utilizando 
terreiros, secador à lenha e que beneficia o próprio café em sua proprie-
dade. Além disso, esse cafeicultor possui dois tratores, utilizados nos 
tratos culturais das lavouras e transportes internos. Todos os meses, ele 
registra as quantidades de eletricidade, óleo diesel e lenha utilizados na 
produção do café, chegando às seguintes quantidades em um ano:
a) 10.000 quilowatts (kW) para produzir 1.000 sacas de café = 
10.000/1.000 = 10 kW/saca.
b) 50 m³ de lenha para produzir 1.000 sacas de café = 50/1.000 = 
0,05 m³/saca.
c) 3.000 litros de óleo diesel para produzir 1.000 sacas de café = 
3.000/1.000 = 3 litros/saca.
De posse dessas informações, o produtor passa a ter indicadores e 
poderá propor metas de redução, por exemplo:
a) Diminuir em 10% o consumo de eletricidade nos próximos 10 
anos por meio da substituição de lâmpadas comuns por lâm-
padas fluorescentes ou outras de menor consumo e/ou instalar 
aquecedor solar de água para utilização nos chuveiros das casas.
b) Diminuir em 20% o consumo de lenha nos próximos 5 anos, 
dando preferência ao uso de terreiro para a secagem do café 
(energia solar) e, se necessário, investindo na construção de 
novos terreiros.
c) Diminuir em 15% o consumo de óleo diesel na próxima safra, 
através da manutenção preventiva dos tratores ou da renova-
ção dos tratores antigos. 
Uso de lenha
Quando usar lenha como fonte de energia, verifique se ela é proveniente de atividade legal e 
arquive as notas fiscais e outros documentos que comprovem sua origem e legalidade. Para 
uso da lenha de cafeeiro, não é necessário esse tipo de comprovação.
Atenção
Nunca use lenha ilegal proveniente de APPs ou Reserva Legal (Lei n.º 
12.651/2012, art. 56).
Caso seja utilizada lenha de espécies nativas, deve haver autorização de 
corte do órgão competente. Verifique se o órgão ambiental do seu esta-
do exige autorização específica para corte e queima de lenha, inclusive 
no caso de florestas plantadas. 
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 257
Aula 4: Manuseio e armazenamento de agroquímicos
Agora vamos tratar de um assunto extremamente importante e que necessita de muita aten-
ção do produtor: o manuseio e o armazenamento de agroquímicos.
Mas, antes de tudo, é importante lembrar que o manuseio de agroquímicos só pode ser reali-
zado por maiores de 18 anos, certo?
Vamos começar!
Manuseio de agroquímicos
O local de manuseio de agroquímicos ou preparo de caldas deve ser impermeável e ter conten-
ção de vazamentos. Pode ser o mesmo local da lavagem do equipamento de pulverização, pois 
a caixa de contenção de vazamentos servirá também como caixa de armazenamento da água 
de lavagem, desde que possua tamanho compatível. A seguir, confira os itens importantes que 
devem estar presentes no local destinado ao manuseio de agroquímicos.
__ _ _
__ _ _ __ _ _
__ _ _
__ _ _ __ _ _
Ducha de emergência1
Sinalização2
Tanque para lavagem de EPI3
Lava-olhos4
Murinho de contenção5
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 258
Atenção
É proibido realizar o preparo de caldas próximo a corpos de água e sem 
medidas contra acidentes e vazamentos. 
Se o preparo da calda for feito no campo, procure manter uma distância segura de corpos 
de água e moradias (no mínimo 30 metros), adotando medidas preventivas contra 
acidentes e derramamentos.
Todos os locais relacionados ao 
manuseio de agroquímicos de-
vem estar de acordo com a legis-
lação federal e/ou estadual.
Antes de iniciar o preparo da calda, leia aten-
tamente o rótulo ou a bula do agroquímico. O 
preparo da calda exige muito cuidado, pois é 
o momento em que o trabalhador está manu-
seando o produto concentrado.
Fonte: Eduardo Matavelli
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 259
Fonte: ANDEF (2008)
O procedimento recomendado é o seguinte:
• abra a embalagem com cuidado para evitar derra-
mamento do produto;
• utilize balanças, copos graduados, baldes e funis es-
pecíficos para o preparo da calda. nunca utilize esses 
mesmos equipamentos para outras atividades;
• faça a lavagem da embalagem vazia logo após tê-la 
esvaziado;
•lave os utensílios e seque-os ao sol após o preparo 
da calda;
• use apenas o agitador do pulverizador para misturar 
a calda;
• utilize sempre água limpa para preparar a calda e 
evitar o entupimento dos bicos do pulverizador;
• verifique se todas as embalagens utilizadas estão fe-
chadas e guarde-as no depósito;
• manuseie os produtos longe de crianças, animais e 
pessoas desprotegidas.
Armazenamento de agroquímicos
Todo produtor deve ter um local adequado para armazenar os agroquímicos a fim de garantir 
a segurança das pessoas e do meio ambiente, além de atender à exigência da legislação. Vale 
lembrar que o produtor que não cumpre essa exigência corre o risco de ser multado. Desta 
forma, o local utilizado deve ser exclusivo para isso, distante de moradias, fechado com teto 
e paredes, ventilado, com piso impermeável e contenção para vazamentos. Além disso, deve 
ser sinalizado com indicações de perigo e risco, deve ser trancado e o acesso a ele deve ser 
permitido somente para pessoas autorizadas.
Saiba Mais
Na biblioteca do curso, você encontra a Norma Regulamentadora n.º 31 
do Ministério do Trabalho (NR-31), que estabelece as condições completas 
no ambiente de trabalho rural. E, para saber mais sobre as edificações 
destinadas ao armazenamento de agrotóxicos, confira o item 31.8.17. 
Não é preciso gastar muito para construir um local adequado ao armazenamento dos agroquí-
micos, existem soluções simples e baratas, conforme mostrado a seguir.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 260
Exemplos de locais simples e adequados para armazenamento de agroquímicos.
 Fonte: Sylvio Padilha
Exemplos de locais simples e adequados para armazenamento de agroquímicos.
 Fonte: Sylvio Padilha
Armazenamento de agroquímicos sobre pallets. Armazenamento de agroquímicos sobre 
prateleiras impermeáveis.
Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Eduardo Matavelli
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 261
Interior de um depósito de agroquímicos 
com prateleiras impermeáveis, sistema para 
contenção de vazamentos na porta e local para 
destinação de embalagens vazias.
Depósito de agroquímicos com sinalização de 
perigo e lava-olhos na área externa, para ser 
utilizado em caso de acidentes.
Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Sylvio Padilha
Lava-olhos na área externa.
Fonte: Sylvio Padilha
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 262
Para conter vazamentos, o próprio armazém poderá servir de contenção desde que haja como 
retirar o produto que vazou, sem riscos de contaminação, e que o local possa ser higienizado.
Fonte: Sylvio Padilha
E as embalagens vazias?
Por lei, as embalagens vazias devem ser devolvidas à unidade de recebimento indicada pelo 
revendedor na nota fiscal até o prazo de um ano após a compra. Por isso, é importante que 
você devolva regularmente essas embalagens e sempre guarde o comprovante de entrega.
As embalagens vazias não podem ser reutilizadas para qualquer outra finalidade, nem podem 
ser descartadas em terrenos ou lixões.
Fonte: Pedro Ronca Fonte: Eduardo Matavelli
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 263
Antes de fazer a devolução das embalagens vazias, é aconselhável realizar a tríplice lavagem, 
ou lavagem sob pressão. Esse procedimento é feito durante o preparo da calda, com o uso do 
EPI, garantindo a utilização de todo o produto na lavoura e evitando contaminações. Confira o 
passo a passo.
Tríplice lavagem
Passo 1
 
Passo 2
 
Passo 3
 
Esvaziar todo o conteúdo 
da embalagem no tanque 
do pulverizador.
Adicionar água limpa na 
embalagem até 1/4 do 
seu volume.
Tampar bem e agitar por 
30 segundos.
Passo 4
 
Passo 5
 
Despejar a água da 
lavagem no tanque do 
pulverizador, com cuidado 
para não espirrar.
Depois de repetir esse 
procedimento por mais 
duas vezes, a embalagem 
deve ser inutilizada e seu 
fundo deve ser perfurado 
com objeto pontiagudo.
Fonte: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV)
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 264
Lavagem sob pressão
Caso você tenha um equipamento próprio integrado ao pulverizador, realize a lavagem sob 
pressão conforme o seguinte procedimento:
Passo 1
 
Passo 2
 
Passo 3
 
Esvaziar todo o conteúdo 
da embalagem no tanque 
do pulverizador.
Encaixar a embalagem 
vazia no local apropriado 
do funil instalado no 
pulverizador.
Acionar o mecanismo 
para liberar o jato de 
água limpa.
Passo 4
 
Passo 5
 
Passo 6
 
Direcionar o jato de água 
para todas as paredes 
internas da embalagem 
por 30 segundos.
Transferir a água de 
lavagem para o interior do 
tanque do pulverizador.
Inutilizar a embalagem, 
perfurando o fundo com 
objeto pontiagudo.
Fonte: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV)
As embalagens vazias, lavadas e perfuradas podem ser armazenadas temporaria-
mente em um cômodo específico ou dentro do armazém de agroquímicos, sempre 
de forma separada e identificada.
Está disponível no Ambiente de Estudos um vídeo sobre dicas impor-
tantes de alguns produtores que estão implementando as boas práti-
cas na produção do café.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 265
Jogo dos 7 erros
Agora vamos dar uma pausa para testar seus conhecimentos!
Na imagem abaixo, existem 7 erros sobre proteção das APPs, sobre a destinação de resíduos e 
o armazenamento de agroquímicos. Vamos lá?
Boa sorte!
__ _ _
__ _ _
RES
ERV
A
__ _ _ __ _ _
__ _ _
__ _ _ __ _ _
Você pode conferir o gabarito no final da Atividade de aprendizagem.
Aula 5: Conservação do solo e mitigação dos efeitos da seca
Solo e água pertencem à biosfera, à ordem da natureza, e – como uma espé-
cie entre muitas, como uma geração entre muitas ainda por vir – não temos 
o direito de destruí-los.
(Daniel Hillel, cientista de solo)
A sustentabilidade da sua produção depende da conservação do solo e da água na proprie-
dade, tendo em vista que, em solos degradados e sem água, não é possível produzir café de 
forma rentável. O uso de práticas que promovem a saúde do solo, além de evitar sua erosão 
e compactação, favorece a infiltração da água e o abastecimento dos mananciais. Além disso, 
algumas técnicas contribuem para o aprofundamento do sistema radicular do cafeeiro e a 
diminuição das perdas de água nas lavouras, o que é muito vantajoso em tempos de chuvas 
irregulares, secas prolongadas e altas temperaturas causadas pelas mudanças climáticas.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 266
Neste sentido, é fundamental adotar técnicas de conservação de solo no plantio e na condução 
das lavouras. O solo deve ser corrigido em função da análise de solo, que deve ser realizada 
antes da implantação da cultura e durante a fase de produção. A proteção do solo por meio 
das técnicas de cobertura vegetal é uma das formas de preservá-lo contra os efeitos da erosão 
e da compactação. A construção de estruturas como terraços, bacias de contenção, carreado-
res e estradas em nível serve para conduzir e armazenar a água, promovendo sua infiltração e 
evitando o carreamento do solo, da matéria orgânica e a perda de nutrientes.
Você pode construir 
lombadas e bacias de 
contenção para diminuir 
a velocidade e conter a 
água dos carreadores 
e estradas, evitando o 
surgimento de erosões.
Outro exemplo de bacia 
de contenção.
Sempre que possível, 
mantenha os carre-
adores cobertos por 
vegetação viva ou co-
bertura morta (palhada) 
para auxiliar a infiltra-
ção de água no solo.
Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Pedro Ronca Fonte: Eduardo Matavellia
O solo leva milhares de anos para ser formado e a erosão carrega sua parte mais fértil em pou-
co tempo e de forma irreversível. A erosão é um dos maiores problemasque uma propriedade 
pode ter e muitas vezes não enxergamos o tamanho do prejuízo.
Na Prática
É fundamental identificar as áreas degradadas dentro da propriedade e, 
em seguida, planejar e realizar sua recuperação. A identificação dessas 
áreas pode ser feita no mapa ou croqui da propriedade. 
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 267
Confira o que o Antônio costuma fazer para conservar o solo da sua propriedade!
Para proteger o solo contra a erosão, tenho utilizado em minha proprie-
dade cana-de-açúcar para cordões de vegetação. Você também pode 
utilizar outras espécies, como bananeira, capim napier, feijão-guandu 
etc. Outra técnica muito utilizada é o quebra-vento, que também auxilia 
na redução da intensidade do escorrimento superficial da água, princi-
palmente no caso de chuvas fortes.
Evite também o revolvimento desnecessário do solo, principalmente em 
áreas mais inclinadas e com riscos de erosão. Lembre-se de implantar e 
manter o cafezal, sempre que possível, com boa cobertura vegetal no solo.
Confira a seguir alguns exemplos do uso de outras espécies na plantação do café para sombre-
amento e quebra-vento.
Sombreamento parcial de cafezal com cedro-australiano.
Fonte: Sylvio Padilha
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 268
Quebra-vento de bananeira.
Fonte: Sylvio Padilha
Lavoura bem protegida por vegetação natural contra o excesso de vento.
Fonte: Pedro Ronca
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 269
Lavoura nova com quebra-vento de milho.
Fonte: Pedro Ronca
Quebra-vento em lavoura nova.
Fonte: Pedro Ronca
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 270
Saiba Mais
Confira os textos disponíveis na biblioteca do curso e conheça mais so-
bre as funções do solo e algumas ações que podem ser realizadas para 
a recuperação de áreas degradadas. 
As mudanças climáticas representam um risco para a cafeicultura, principalmente devido à fal-
ta de chuvas (ou às chuvas fora de época) e ao aumento das temperaturas nas regiões produto-
ras. Você deve ter percebido, nos últimos anos, os impactos negativos da seca em períodos que 
são normalmente chuvosos. Por isso é tão importante a utilização de técnicas que favoreçam 
o aprofundamento do sistema radicular e a diminuição da perda de água. Os produtores que 
aplicam essas técnicas conseguem enfrentar a crise hídrica de forma mais confortável.
Embora a maior parte das raízes do cafeeiro se concentre nas camadas superficiais do solo, 
o sistema radicular pode absorver água e nutrientes em profundidade, desde que esteja bem 
desenvolvido. Além disso, existem técnicas para aumentar a retenção de água no solo e a dimi-
nuição das perdas por evaporação. Assim, mesmo em períodos de seca prolongada, o cafeeiro 
consegue absorver a água necessária para se manter saudável e produtivo.
O aprofundamento das raízes do cafeeiro e a manutenção da umidade do solo são favorecidos 
pelas seguintes técnicas:
• correção do solo com calcário e uso de gesso agrícola;
• subsolagem;
• plantio em nível;
• uso de adubos orgânicos;
• aplicação de micronutrientes via solo;
• manutenção de cobertura vegetal nas entrelinhas do café, seja através do “manejo do 
mato” ou de plantas de cobertura, priorizando o manejo com métodos mecânicos.
Fonte: Eduardo Matavelli
Uso de gesso agrícola em lavoura recém-plantada: técnica 
utilizada para aprofundamento do sistema radicular.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 271
Aula 6: Uso de água e irrigação
Você sabia que, aproximadamente, 20% da população mundial (1,2 bi-
lhão de pessoas) vive em regiões com escassez de água? Outros 25% (1,6 
bilhão) enfrentam a falta de água econômica, condição na qual os países 
não têm a infraestrutura e a capacidade financeira necessárias para le-
var a água dos rios e aquíferos até as moradias (WWF, 2013).
Para ser um produtor sustentável, é fundamental usar a água, nas diferentes etapas da produ-
ção do café, de forma racional e de acordo com a legislação. Um aliado para diminuir os efeitos 
da falta de chuvas é o sistema de irrigação, mas ele pode tornar-se um grande vilão caso não 
sejam utilizadas técnicas adequadas para determinar quanto e quando irrigar.
O processamento do café por via úmida também consome grande quantidade de água e, por 
isso, algumas medidas devem ser adotadas a fim de que seu uso seja eficiente e desperdícios 
sejam evitados.
Um primeiro passo, então, é medir e registrar o volume de água consumido na irrigação e no 
processamento do café por via úmida. Conhecer esse volume é importante para o planejamen-
to de ações que possam otimizar o uso da água.
Caso você tenha outorga, fique atento para que o volume não ultrapasse o limite concedido 
pelo órgão responsável. No caso de propriedades que utilizam água sem possuir outorga, bus-
que a orientação de um técnico e siga o procedimento de regularização para a obtenção da 
outorga ou do cadastro de uso insignificante (dependendo do volume).
outorga
É o ato administrativo mediante o qual o poder público (União, Estado ou Distrito Federal) conce-
de ao requerente o direito de uso de recursos hídricos, por prazo determinado, nos termos e nas 
condições expressas no respectivo ato. O ato administrativo é publicado no Diário Oficial da União 
(no caso da ANA), ou nos Diários Oficiais dos estados ou do Distrito Federal.
Fonte: ANA.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 272
Na Prática
Evite o desperdício de água em todos os processos dentro da proprieda-
de. Além da irrigação e do processamento por via úmida, existem outros 
locais e processos que consomem água, tais como: pulverizações, lava-
dor de café, lavagem de máquinas e implementos, moradias, consumo 
de animais etc. Dê prioridade para otimizar o consumo nos processos 
onde o gasto é maior – em geral, na irrigação e no processamento por 
via úmida. Fique sempre atento à manutenção da rede de distribuição 
de água, pois os vazamentos, mesmo que pequenos, podem causar per-
das significativas.
Fonte: Eduardo Matavelli
Considere a possibilidade de captar e aproveitar a água das chuvas. Construções e adaptações 
simples podem armazenar a água captada por telhados, terreiros ou estruturas similares. Você 
pode utilizar essa água em processos que permitam seu aproveitamento e que não compro-
metem a eficiência das referidas estruturas, tais como: pulverizações, lavadores despolpado-
res, irrigação e limpezas em geral. Na imagem a seguir, confira um sistema simplificado de 
captação de água de chuva utilizado por pequenos produtores.
Periodicamente, é importante analisar a água utilizada na irrigação e no proces-
samento por via úmida. Essa análise tem como objetivo avaliar a qualidade da 
água com relação a parâmetros microbiológicos e químicos (incluindo poluentes). 
Para a coleta das amostras, siga os procedimentos definidos pelo laboratório. 
Solicite a ajuda de um técnico para interpretar o resultado das análises.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 273
Fonte: Associação Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil
Irrigação
Um sistema de irrigação eficaz demanda planejamento e investimento. Para isso, é fundamen-
tal que exista, antes de sua instalação, um projeto técnico elaborado por profissional habilitado 
que determine com precisão os parâmetros de uso da água.
Irrigação por gotejamento Pivô central Gotejo enterrado
Fonte: André Luís T. Fernandes Fonte: Eduardo Matavelli Fonte: Eduardo Matavelli
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 274
Saiba Mais
A cafeicultura irrigada brasileira ocupa, aproximadamente, 240 mil 
hectares, os quais estão situados, em sua maior parte, no Cerrado – 
que representa mais de 10% da área plantada e mais de 25% do café 
produzido no Brasil. Os sistemas de irrigação mais utilizados são os 
de aspersão (convencional, em malha e pivô central)e os localizados 
(gotejamento e modificados).
A produção de café em sequeiro no Brasil é viável e lucrativa em diversas 
regiões. Por isso, precisamos questionar modelos de produção depen-
dentes de irrigação e a viabilidade de se generalizar o uso da irrigação 
em uma cultura perene como o café diante da limitação de água e do 
grande consumo que esse processo representa.
Fonte: Adaptado de Fernandes e Lima (2013).
A propriedade precisa ter mecanismos para determinar a quantidade de água que deve ser 
aplicada e o momento de fazer a irrigação. São diversos os métodos disponíveis e o produtor, 
juntamente com o técnico, deve escolher o que melhor se adapta à sua situação. Irrigar sem o 
uso de um método técnico ou “no olho”, como se diz no campo, é altamente prejudicial, pois, 
em geral, o produtor estará irrigando mais ou menos que o necessário.
métodos
Exemplos: tensiômetro, tanque Classe A, estação meteorológica, sistemas de cálculo informa-
tizados etc.
Na Prática
Sempre que fizer irrigação, registre as seguin-
tes informações: data, talhão ou lavoura, vo-
lume aplicado, duração da irrigação e dados 
climáticos. Registre os volumes de chuva, e a 
temperatura (máxima e mínima) pode servir 
como informação complementar.
Ao lado, a imagem mostra um equipamento de-
senvolvido pela UFV, utilizado para determinar 
a quantidade de água e o momento de irrigar. 
Fonte: Eduardo Matavelli
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 275
Periodicamente, avalie a uniformidade de distribuição de água do sistema de irrigação. Isso 
pode ser feito de maneira simples, por meio da colocação de copos graduados em diversos 
pontos do sistema (gotejadores ou aspersores) e posterior conferência do volume de água 
dentro desses copos.
Fonte: CETCAF – Apostila sobre técnicas recomendadas 
para irrigação de cafeicultura de Conilon.
Compare com os volumes recomendados no 
projeto de irrigação e, caso haja diferença, reali-
ze os ajustes necessários até que o sistema 
apresente uniformidade na aplicação. Geral-
mente, essas diferenças são causadas por vaza-
mentos ou entupimentos no sistema. O monito-
ramento e a manutenção da rede de distribuição 
são fundamentais para evitar o desperdício de 
água. A imagem a seguir mostra o momento da 
medição da vazão dos emissores no sistema de 
irrigação por gotejamento.
No caso da fertirrigação, é importante calcular precisamente a dose e a diluição dos produtos, 
assim como a frequência de aplicação, para que não haja excesso ou falta de nutrientes. Os 
fertilizantes, além de registrados para a cultura do café, devem ser específicos para uso em 
fertirrigação:
• alta solubilidade;
• pouco acidificante;
• baixa condutividade elétrica;
• baixo índice salino etc.
Fonte: Café Point - Alexia Santi/Agência Ophelia/Café Editora
Caso sejam aplicados agroquímicos via água de irrigação, siga rigorosamente o receituário 
agronômico. Lembre-se que só podem ser utilizados produtos com registro para a cultura do 
café e para uso em quimigação.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 276
Vamos relembrar?
Chegamos ao final do Módulo 2! Quantas informações importantes, não é mesmo?
Neste módulo, você conheceu as principais práticas que contribuem para minimizar os impac-
tos ambientais da cafeicultura e, assim, aumentar o nível de sustentabilidade da sua produção. 
Vamos relembrar algumas delas?
• tratar e destinar corretamente todos os resíduos gerados na propriedade;
• preservar as áreas de vegetação nativa conforme o novo Código Florestal;
• reduzir o consumo de energia proveniente de fontes não-renováveis;
• manusear, armazenar e devolver as embalagens vazias dos agroquímicos de maneira 
correta;
• conservar o solo e utilizar técnicas que previnam a erosão;
• utilizar um sistema de irrigação preciso, sem desperdiçar água, avaliando periodicamen-
te a uniformidade de distribuição de água do sistema de irrigação.
Currículo de
Sustentabilidade
do Café (CSC)
Fique atento(a): produtor que implementa as boas práticas contidas 
no Currículo de Sustentabilidade do Café tem maiores chances de 
ter lucro e se manter na atividade no longo prazo.
Para ajudá-lo(a), está disponível nos Anexos a segunda parte do CSC, 
para que você reveja, de maneira resumida, os principais assuntos 
tratados nesse módulo.
Vídeo
Assista ao vídeo sobre produtores que estão implementando essas prá-
ticas sustentáveis com sucesso na cafeicultura no Ambiente de Estudos. 
A seguir, teste seus conhecimentos realizando a atividade de aprendizagem.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 277
Atividade de aprendizagem
É chegado o momento de responder algumas questões relacionadas ao conteúdo estudado 
neste módulo. Vamos lá?
Atenção
Será necessário que você acesse o Ambiente de Estudos para registrar 
suas respostas e também para verificar as explicações de cada questão. 
Caso tenha alguma dificuldade no registro das atividades, entre em con-
tato com a equipe de atendimento pelo telefone 0800 642 7070. 
Questão 1
Todo produtor que busca a sustentabilidade deve ficar atento ao tratamento e destinação cor-
reta dos resíduos gerados na propriedade. Qual das afirmações abaixo é verdadeira?
a) A água residuária do processamento de café por via úmida é um efluente líquido que 
pode ser descartado diretamente em cursos d’água pois não oferece riscos de conta-
minação ao meio ambiente.
b) O esgoto doméstico é um efluente líquido que deve ser tratado antes de ser lançado 
no ambiente através da caixa separadora de água e óleo, atendendo às condições e 
padrões estabelecidos pelo CONAMA.
c) Os resíduos sólidos podem ser separados em resíduos orgânicos, lixo reciclável, resí-
duos altamente contaminantes e lixo não reciclável, cada qual com uma destinação 
adequada.
d) Na ausência do sistema de coleta municipal, o lixo deve ser queimado ou enterrado 
na propriedade. Dessa maneira, o produtor contribui com a preservação ambiental e 
valoriza o seu patrimônio.
Questão 2
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) prestam importantes serviços ambientais como 
conservação dos recursos hídricos, proteção do solo contra a erosão e abrigo para os animais 
silvestres e plantas nativas. De acordo com o novo Código Florestal, podemos afirmar que:
a) Não há necessidade de recomposição das APPs.
b) Todas as APPs devem ser mantidas na propriedade.
c) Não há necessidade de manter as APPs caso a propriedade possua Reserva Legal.
d) As APPs podem ser aproveitadas para o cultivo de culturas perenes como o café.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 278
Questão 3
Com o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC) em mão, indique qual das práticas relacio-
nadas ao manuseio e armazenagem de agroquímicos é PROIBIDA?
a) Armazenar as embalagens vazias de agroquímicos de forma apropriada, lavadas e per-
furadas, até a sua correta devolução.
b) Manter os agroquímicos em condições adequadas de armazenamento, com identifica-
ção de perigo e riscos, em ambiente fechado, ventilado e de acesso restrito.
c) Ter local adequado para manuseio de agroquímicos, caldas e realização da tríplice la-
vagem (ou sob pressão) de embalagens.
d) Utilizar embalagens vazias de agroquímicos para qualquer outra finalidade.
Questão 4
Para ser um produtor sustentável, é fundamental usar a água nas diferentes etapas da pro-
dução do café de forma racional e de acordo com a legislação. No caso de um produtor que 
realiza irrigação, qual das afirmações abaixo é verdadeira?
a) É necessário ter mecanismos para determinar a quantidade de água que deve ser apli-
cada e o momento certo de fazer a irrigação.
b) Quanto mais água se aplica, maior é a produtividade do café.
c) É necessário medir e registrar o volume de água consumido na irrigação somente no 
caso do sistema de irrigação por pivô central.d) A outorga de direito de uso de recursos hídricos permite que o produtor de café faça 
irrigação sem o uso de um método técnico.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 279
Gabarito - Jogo dos 7 erros
Conforme já estudamos, essas situações são proibidas e não podem estar presentes numa 
propriedade. Para ser sustentável, você precisa eliminar todos os erros sinalizados na imagem 
e fazer a coisa certa:
• Dar destino correto às embalagens vazias de agroquímicos para que estas não contami-
nem o meio ambiente.
• Construir fossa séptica ou tanque de evapotranspiração para a destinação do esgoto 
doméstico.
• Usar o EPI sempre que for manusear ou aplicar agroquímicos.
• Utilizar lenha proveniente de atividade legal.
• Cercar as nascentes para evitar a entrada de animais de criação.
• Nunca queimar lixo.
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 280
Anexos
Programa Café Sustentável Currículo de Sustentabilidade do Café03
2.1.1. Identificar possíveis fontes de poluição geradas 
na propriedade, tais como efluentes líquidos, resíduos 
sólidos e gasosos. Planejar e realizar o tratamento e a 
disposição adequada evitando os impactos que 
possam causar dentro e fora da propriedade (após o 
descarte ou destinação dos resíduos).
2.1.2. Identificar as áreas degradadas dentro da 
propriedade. Planejar e realizar a recuperação das 
mesmas.
2.1. Planejamento
 ambiental
2. Gestão Ambiental
2.2.2. Manter ações de proteção contra incêndio.
2.2.3. Considerar a existência e ampliação de 
corredores ecológicos internos e conectados a 
vizinhos como forma de ampliar o equilíbrio biológico.
2.3.2. Destinar o lixo reciclável para reciclagem.
2.3.3. Tratar resíduos orgânicos do café e outros 
resíduos orgânicos utilizando-os para reciclagem e 
otimização do sistema produtivo (cobertura de 
solo, fertilizantes ou fontes de energia).
2.3.4. Minimizar a produção de resíduos poluentes.
2.5.1. Identificar as fontes de uso de energia, 
visando a redução desta bem como a substituição da 
energia produzida por combustível fóssil. Relacionar 
a quantidade de energia usada por saco de café 
produzido. Criar metas e medidas para reduzir o 
consumo de energia.
2.2.4. Cultivar café em 
áreas de proteção 
ambiental, preservação 
permanente ou em áreas 
de desmatamento ilegal, 
respeitando o Código 
Florestal Brasileiro 
vigente e suas exceções 
(quando se aplicam).
2.3.5. Realizar 
queima de lixo ou 
resíduos.
2.4.2. Lançamento 
de efluentes líquidos 
poluentes, incluindo 
esgoto doméstico, 
em corpos de água 
ou no ambiente, sem 
o devido tratamento.
2.5.3. Usar lenha 
ilegal proveniente de 
APP (Áreas de 
Preservação 
Permanente) e 
Reserva Legal.
2.2.1. Preservar e recuperar áreas protegidas 
APP (Área de Preservação Permanente), 
Reserva Legal e outras áreas de conservação, 
identificando-as no campo, visando promover 
o controle biológico, equilíbrio natural e
conservação da água, de acordo com a
legislação ambiental vigente.
2.3.1. Recolher o lixo gerado na propriedade e 
destiná-lo de forma adequada.
2.4.1. Tomar medidas para que todos os efluentes 
líquidos poluentes, inclusive esgoto doméstico, 
estejam com parâmetros adequados antes de 
lançá-los no ambiente.
2.2. Cobertura
 vegetal e 
 biodiversidade
2.3. Resíduos 
 sólidos (lixo,
 resíduos
 poluentes e
 não poluentes)
2.4. Efluentes
 líquidos
 poluentes
2.5. Consumo
 de energia
ÁREAS TEMÁTICAS PROIBIDASPRIORITÁRIAS RECOMENDADAS
Sustentabilidade na produção do café | Módulo 281
Anexos
Programa Café Sustentável Currículo de Sustentabilidade do Café04
2.6.1. Ter local adequado para manuseio de 
agroquímicos, caldas e realização da tríplice 
lavagem (ou sob pressão) de embalagens.
2.6.2. Armazenar de forma apropriada (segura, 
isolada e identificada) as embalagens vazias de 
agroquímicos, lavadas e perfuradas, até a sua 
correta devolução. Guardar os comprovantes de 
devolução das embalagens.
2.6.3. Dispor de um local apropriado para 
lavagem de atomizadores / pulverizadores, com 
destino correto do resíduo da lavagem.
2.7.1. Manter os agroquímicos em condições 
adequadas de armazenamento, com identificação de 
perigo e riscos, em ambiente fechado, ventilado, de 
acesso restrito (adequado a legislação).
2.7.2. Os locais de armazenamento de agroquímicos 
devem possuir sistema de contenção de vazamento.
2.7.3. Os depósitos de agroquímicos devem 
respeitar as distâncias recomendadas de 
mananciais, residências e estradas.
2.6.4. Utilizar 
embalagens de 
agroquímicos para 
qualquer outra 
finalidade.
2.6. Manuseio de
 agroquímicos
2.7. Armazenagem
 de agroquí-
 micos
2.8.1. Realizar, de 
maneira ilegal, 
caça, captura, 
tráfico e pesca de 
animais e plantas 
silvestres.
2.8. Fauna e flora 
 silvestres
ÁREAS TEMÁTICAS PROIBIDASPRIORITÁRIAS RECOMENDADAS
2.5.2. Registrar o consumo mensal de energia, 
incluindo eletricidade. Estabelecer meta de redução. 
Programa Café Sustentável Currículo de Sustentabilidade do Café04
2.6.1. Ter local adequado para manuseio de 
agroquímicos, caldas e realização da tríplice 
lavagem (ou sob pressão) de embalagens.
2.6.2. Armazenar de forma apropriada (segura, 
isolada e identificada) as embalagens vazias de 
agroquímicos, lavadas e perfuradas, até a sua 
correta devolução. Guardar os comprovantes de 
devolução das embalagens.
2.6.3. Dispor de um local apropriado para 
lavagem de atomizadores / pulverizadores, com 
destino correto do resíduo da lavagem.
2.7.1. Manter os agroquímicos em condições 
adequadas de armazenamento, com identificação de 
perigo e riscos, em ambiente fechado, ventilado, de 
acesso restrito (adequado a legislação).
2.7.2. Os locais de armazenamento de agroquímicos 
devem possuir sistema de contenção de vazamento.
2.7.3. Os depósitos de agroquímicos devem 
respeitar as distâncias recomendadas de 
mananciais, residências e estradas.
2.6.4. Utilizar 
embalagens de 
agroquímicos para 
qualquer outra 
finalidade.
2.6. Manuseio de
 agroquímicos
2.7. Armazenagem
 de agroquí-
 micos
2.8.1. Realizar, de 
maneira ilegal, 
caça, captura, 
tráfico e pesca de 
animais e plantas 
silvestres.
2.8. Fauna e flora 
 silvestres
ÁREAS TEMÁTICAS PROIBIDASPRIORITÁRIAS RECOMENDADAS
2.5.2. Registrar o consumo mensal de energia, 
incluindo eletricidade. Estabelecer meta de redução.

Mais conteúdos dessa disciplina