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13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 1/26 ADMINISTRATIVO Estratégia para as provas de primeira fase: - Leis - Doutrina - Súmulas - Jurisprudência HISTÓRICO DO DIREITO ADMINISTRATIVO O direito administrativo tem origem no Estado Absolutista (séc. XVI ao XIX) Origem do Direito Administrativo. O direito administrativo surgiu na França no fim do século XVIII e início do século XIX, tendo seu reconhecimento como ramo autônomo do direito no início do processo de desenvolvimento do Estado de Direito, calcado no princípio da legalidade e da separação dos poderes. O direito francês se notabiliza como a principal influência na formação do Direito Administrativo brasileiro, de onde importamos institutos importantes como o conceito de serviço público, a teoria dos atos administrativos, da responsabilidade civil do estado e da submissão da Administração Pública ao princípio da legalidade. "O Direito Administrativo brasileiro sofreu grande influência do direito alienígena, em especial, nas origens, do francês e italiano, e posteriormente, também do direito alemão, todos inseridos no sistema de base romanística. Porém, também adotou institutos originários do sistema common law. (...). No que diz respeito às teorias e princípios, ficou evidente que a influência predominante foi a do direito francês criado pela jurisdição administrativa (...). Do Direito Francês, o Direito Administrativo brasileiro acolheu a ideia de ato administrativo, com o atributo da autoexecutoriedade, as sucessivas teorias sobre responsabilidade civil do Estado, o conceito de serviço público, as prerrogativas da Administração Pública, a teoria dos contratos administrativos, o princípio da legalidade." - (Maria Sylvia Zanella Di Pietro - Direito Administrativo - 29ª edição - p. 28/30). ** No concurso da Polícia Civil do Rio Grande do Sul de 2018, banca FUNDATEC, foi considerado que um Código Administrativo Nacional seria inviável. Obviamente esse posicionamento é questionável *Administração extroversa: Quando a Administração se relaciona com os administrados, exemplo de administração extroversa seria na prestação de serviços públicos, como quando um cidadão é atendido no posto de saúde público. No caso, a relação é entre a Administração (posto de saúde) e uma pessoa externa ao órgão estatal, o cidadão. *Administração introversa: quando a Administração se relaciona entre si, ou seja, entre os entes políticos (União, Estados, DF e Municípios), entre esses e os órgãos da Administração Direta ou entre os órgãos em si. Há administração introversa quando, poar exemplo, a União realiza transferências de recursos federais para um Município. No caso, as duas partes da relação (União e Município) são entes estatais, ou seja, a atividade é desenvolvida dentro do núcleo estatal. ESTADO EM REDE A teoria do “Estado em rede” foi criada como uma tentativa de aperfeiçoamento no modelo da administração pública gerencial. Superando a simples busca por resultados, o Estado em rede visa realizar uma gestão para a cidadania, transformando os indivíduos de destinatários das políticas públicas em “protagonistas na definição das estratégias governamentais”. Seu principal desafio é incorporar a participação da sociedade civil organizada na priorização e na implementação de estratégias governamentais, fomentando a gestão regionalizada e a gestão participativa. MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1) Adm Patrimonialista – que ocorreu na época do Império -> o patrimônio público se confundia com o patrimônio de quem estava no poder. Características: Nepotismo, corrupção, ineficiência. 2) Adm Burocrática (racional)– que ocorreu na Era Vargas. Rompeu com os excessos da patrimonialista e incorporou o modelo racional-legal, ou seja, de seguir normas, leis e regulamentos, deixando de lado a vontade pessoal. Assim, a maior preocupação desse modelo são os procedimentos/processos, o que deixou de lado a ideia de servir a sociedade. Características: Impessoalidade, Formalismo, Profissionalismo, Procedimentalismo. 3) Adm Gerencial (consensual)– que está ocorrendo. Busca o resultado, a eficiência e efetividade da administração, ainda que tenha o detrimento dos processos e ritos. Procura maior participação dos cidadãos na gestão pública. Características: Resultados, eficiência, transparência, participação popular As fontes do Direito Administrativo são classificadas pela doutrina em fontes primárias ou secundárias. A lei em sentido amplo é a fonte considerada como primária, sendo as demais - costumes, princípios gerais do direito, doutrina e jurisprudência-, consideradas fontes secundárias. ADMINISTRATIVO E OUTROS RAMOS 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 2/26 I. O direito administrativo é que dá mobilidade ao direito constitucional. "A relação de maior intimidade do Direito Administrativo é com o Direito Constitucional. E não poderia ser de outra maneira. É o Direito Constitucional que alinhava as bases e os parâmetros do Direito Administrativo; este é, na verdade, o lado dinâmico daquele." (p. 8/9; 2011). II. O direito administrativo tem vínculo com o direito processual civil e penal. "Com o Direito Processual, o Direito Administrativo se relaciona pela circunstância de haver em ambos a figura do processo: embora incidam alguns princípios próprios em cada disciplina, existem inevitáveis pontos de ligação entre os processos administrativos e judiciais." "A relação com o Direito Penal se consuma através de vários elos de ligação." (p. 9; 2011). III. As normas de arrecadação de tributos podem ser tidas como de direito administrativo. "De outro ângulo, tem-se que as normas de arrecadação tributária se inserem dentro do Direito Administrativo." (p. 9; 2011). IV. A teoria civilista dos atos e negócios jurídicos tem aplicação supletiva aos atos e contratos administrativos. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - O estudo da Organização Administrativa é a análise da estrutura interna da Administração Técnicas Administrativas de Organização Administrativa: 1 - Desconcentração ==> Criação de órgãos dentro das entidades da Administração Pública DIRETA Órgãos são centros de competência desprovidos de personalidade jurídica 2 - Descentralização ==> É a criação pelos entes da Administração Direito de entes com personalidades jurídicas próprias distintas da pessoa que as criou. Esses entes criados formam o que se chama de Administração Pública INDIRETA Entidades da Administração Pública INDIRETA: A - Autarquias B - Fundações Públicas C - Empresas Públicas D - Sociedades de Economia Mista ♔ Consórcio Público --> União de entidades federativas em busca de determinado interesse em comum --> Natureza de AUTARQUIA, quando for de direito público, caso em que será também chamado de associação pública Características em comum das entidades da adm indireta: Especialidade Vinculação (controle finalístico, tutela, supervisão ministerial) Reserva Legal, criando ou autorizando sua criação --> Independentemente da entidade (se de direito público ou privado), a lei deverá tratar especificamente de sua criação ou da autorização de sua criação --> A Lei pode determinar genericamente a possibilidade de criação de subsidiárias e a participação em empresa privada das empresas estatais, não sendo necessária uma lei nova para cada subsidiária ♞ Descentralização por outorga (por serviço/técnica/funcional para a di pietro, ou por lei para o josé dos santos) --> Quando a Administração cria uma pessoa jurídica e já atribui a essa PJ (de Direito Público) uma determinada atividade ♞ Descentralização por delegação (por colaboração para a di pietro, ou negocialpara o josé dos santos) --> Quando a administração contrata com PJ fora da administração e pré-existente a execução de determinado serviço público ** Há doutrinadores que entendem que a por outorga, por envolver a transferência da titularidade do serviço, só pode acontecer para PJs de Direito Público ♞ Descentralização territorial/geográfica (Di Pietro) --> Transferência de parcela de autornomia para uma parcela geográfica. Ex.: território federal ♞ Descentralização SOCIAL --> Ocorre com o fomento dado pelo poder público ás pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que exercem algum tipo de função social (3º setor) AUTARQUIAS PJ de direito público. Criada para exercer atividades típicas do Estado Regime de pessoal --> ESTATUTÁRIO --> De 1998 a 2007, foi possível o ingresso de servidores celetistas nas autarquias, por conta de EC, que extinguiu o Regime Jurídico único estabelecido pela CF/88. Essa Emenda foi declarada inconstitucional liminarmente, com efeitos ex nunc Regime de bens --> Bens públicos Entidades criadas por lei ESPECÍFICA, componentes da Administração Pública 1. Agências Executivas: 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 3/26 autarquias comuns ou fundações públicas que firmaram com a adm contrato de gestão (art. 37, par. 8º, CF/88) Contrato de Gestão --> Estabelece metas de desempenho A lei de licitações dispensa licitação para agências executivas no patamar de 20% do valor do convite 2. Autarquias Fundacionais 3. Autarquias Corporativas/Corporações Profissionais/Autarquias Profissionais ==> Conselhos de Fiscalização Profissional (Ex.: CRM) Exercem poder de polícia ** OAB ==> Entidade sui generis, que presta serviço público independente. A OAB não é uma autarquia (ADI 3026). Submete-se a um regime jurídico híbrido Tribunal de Contas determinou que a OAB deverá prestar contas. Isso valerá a partir de 2020 4. Autarquias Territoriais ==> São os TERRITÓRIOS FEDERAIS 5. Autarquias Associativas ==> Lei 11107 (Lei dos Consórcios Públicos) ==> Os consórcios públicos podem ter natureza jurídica de direito público ou de direito privado. Quando esses consórcios tiverem natureza jurídica de direito público, serão chamados de ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS, que têm natureza jurídica de Autarquia interfederativa 6. Autarquias Especiais AGÊNCIAS REGULADORAS: autarquias em regime especial criadas para regular e fiscalizar a prestação de serviços públicos ou atividades de interesse público Dirigentes: 1. O chefe do executivo nomeia, mas o legislativo precisa aprovar essa nomeação; 2. Mandato fixo/ investidura a termo; 3. Quarentena (período sem atuar na área) Deslegalização FUNDAÇÕES PÚBLICAS --> Pessoas Jurídicas da Administração Indireta que exercem algum tipo de atividade social ** STF já definiu que as Fundações Públicas podem ser de direito público ou de direito privado DPúblico --> Criadas por lei. Também chamadas de fundações autárquicas, por serem muito parecidas com as autarquias DPrivado --> criação autorizada por lei, fazendo-se necessário o registro dos seus atos constitutivos. LC definirá as suas áreas de atuação ** Tanto a criação quanto a extinção de autarquia só podem ocorrer por LEI DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO (TRF1/2013) EMPRESAS PÚBLICAS --> São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei para prestar serviço público ou explorar atividade econômica Passam a existir com o registro de seus atos constitutivos, nos moldes do que dispõe o CC Lei 13303/16 --> Estatuto das Empresas Públicas (arts. 3º e 4º e art. 28 e ss) Hipóteses de exploração econômica pelo Estado: Imperativos de segurança nacional Relevante interesse coletivo Regime de pessoal --> Celetista (empregados públicos) Regime de bens --> Bens privados Empresa pública e sociedade de economia mista se submete ao precatório? Sim, caso prestem serviço público não concorrencial EMPRESA PÚBLICA Forma societária --> Livre Formação do capital --> 100% público, podendo ser da adm direta e da indireta, mas a maioria deverá ser da adm direta Competência --> 1. EPFederal: JF; 2. EPEstadualDistritalouMunicipal: JE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Forma societária --> S/A Formação do capital --> Misto, com a maioria público Competência --> 1. SEMFederal: JE; 2. SEMEstadualDistritalouMunicipal: JE ÓRGÃOS PÚBLICOS 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 4/26 Existe órgão na administração indireta? Sim! Logo, existe descentralização seguida de desconcentração órgão, como regra, não possui capacidade processual. Exceção: 1. disposição de lei, como no caso do MP; 2. órgãos constitucionais na defesa de seus direitos institucionais (direitos do órgão, não dos seus membros) TEORIAS 1- Do MANDATO --> O agente agiria em nome do Estado 2- Da REPRESENTAÇÃO --> O agente agiria em nome próprio, na representação do Estado (incapaz) 3 - DO ÓRGÃO (utilizada no Brasil) Da imputação, da imputação volitiva, de Otto Gierke Quando o agente público atua a sua vontade é imputada à Pessoa Jurídica que ele compõe, como se o órgão fosse a própria PJ. Logo, quando o agente age, o Estado age I) QUANTO À ESTRUTURA: SIMPLES E COMPOSTO. A Classificação Estrutural diz respeito à estrutura. COMPOSTO: órgão formado por mais de um órgão com atribuições próprias para atribuições de mais de um órgão. Ex. o Congresso é um órgão composto, pois é composto pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sendo que cada um dos órgãos tem atribuições específicas e integra o Congresso Nacional que tem atribuições específicas também. SIMPLES: a estrutura é única. Ex. Assembleia Legislativa do Poder Judiciário da Bahia. . CUIDADO: não confundir com a classificação a seguir: . II) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: SINGULAR E COLEGIADO. O órgão quanto à atuação funcional pode ser singular e colegiado. Não estamos falando de estrutura!!! Mas sim da atuação funcional. SINGULAR: A atuação funcional é singular quando a vontade manifestada por um agente representa a vontade do órgão. Ex. Ministério da Fazenda manifesta a vontade através de um Ministro que representa a vontade da Presidência da República. COLEGIADO: o Congresso Nacional é colegiado porque manifesta a vontade por um grupo. O Congresso Nacional é um órgão composto perante a sua estrutura e colegiado quanto à sua atuação. O Senado Federal é um órgão simples, perante sua estrutura, mas é colegiado, quanto à sua atuação pois manifesta a vontade por um colegiado de agentes. Órgão é um centro de competências, sem personalidade jurídica Órgão, como regra, não tem capacidade processual --> Exceções: 1. Quando a Lei dispõe que o órgão possui, como ocorre com o MP; 2. Órgãos constitucionais, na defesa dos interesses do órgão (e não de seus membros) Órgão não firma contrato, quem o faz é a pessoa jurídica que ele compõe ♞ IASS: 1. INDEPENDENTES: Órgãos representativos de poder, que não se subordinam a nenhum outro órgão (ex.: governadoria do Estado) 2. AUTÔNOMOS: Diretamente subordinados aos independentes, mas que ainda possuem autonomia (ex.: Secretaria de Estado de Educação) 3. SUPERIORES: Não possuem autonomia, mas possuem poder de decisão (ex.: Escola Pública Estadual) 4. SUBALTERNOS Apenas executa ordens (ex.: Almoxarifado) ** A Polícia Civil pode ser um órgão autônomo (quando diretamente subordinada ao governo do Estado) ou um órgão superior (se subordinada a uma secretaria) ATOS ADMINISTRATIVOS Decreto regulamentar -> Não inova o direito, não cria direitos ou obrigações que já não estejam previstos na lei 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 5/26 A partir daEC 32/2001, passamos a ter, no Brasil, ao lado dos decretos regulamentares, que são a REGRA GERAL, a previsão constitucional de decreto autônomo. Decreto autônomo é um decreto editado diretamente a partir do texto constitucional, sem base em lei, sem estar regulamentando alguma lei. Ele inova o direito, criando, por força própria, situações jurídicas, direitos e obrigações. --> Esta fita é bastante questionada e pá. Todo mundo fala que não pode, mas tem aquela exceção lá das atribuições do Presidente da República. Pra todos os efeitos, não pode ser autônomo o decreto Além dos decretos regulamentares e autônomos, a doutrina menciona uma terceira espécie, os chamados decretos delegados ou autorizados. Temos um regulamento delegado quando o Poder Legislativo, na própria lei, autoriza o Poder Executivo a disciplinar determinadas situações nela não descritas. Segundo a doutrina tradicional, o regulamento delegado é inconstitucional, porque fere o princípio da separação entre os Poderes e o princípio da legalidade. A doutrina mais moderna admite o regulamento delegado no caso de leis que tratem de matérias eminentemente técnicas. É o que acontece, por exemplo, com as agência reguladoras. A lei estabelece diretrizes gerais, digamos, relativas aos serviços de telefonia, e a própria lei autoriza a ANATEL a estabelecer normas que a complementem. ATOS DA ADMINISTRAÇÃO --> GÊNERO ATOS ADMINISTRATIVOS --> ESPÉCIE Espécies de Atos da Administração: Atos políticos (de governo) --> exercício da função política --> Não se submetem ao controle jurisdicional em abstrato --> Não se submetem a súmula vinculante Atos privados --> a adm age em pé de igualdade com o particular, sob a égide do direito privado. Ex.: aluguel de imóvel Atos materiais --> NÃO HÁ MANIFESTAÇÃO DE VONTADE --> execução de atividade. Ex.: demolição de um prédio, instalação de radar de trânsito fatos administrativos: são acontecimentos naturais (nisto se diferenciam dos atos materiais), sem manifestação de vontade, que trazem consequências ao mundo jurídico. Assim, nem todo fato administrativo é precedido de um ato administrativo. Atos administrativos --> Atos praticados no exercício da função administrativa, sob o regime de direito público, representando uma manifestação unilateral de vontade da Adm ou de seus delegatários. ** Atos administrativos podem ser praticados por particulares, nos casos de delegação, ocasião em que não serão atos da administração --> Assim, cabe MS quando a concessionária de serviço público determina o corte do serviço {{CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS}} 1. Quanto ao grau de liberdade: atos vinculados e atos discricionários: ☕ ATO VINCULADO --> Todos os seus elementos estão objetivamente previstos na lei --> Ausência de margem de liberdade ☕ ATO DISCRICIONÁRIO --> Há margem de escolha ao administrador, mediante a análise do mérito administrativo (conveniência e oportunidade) --> Não pode descambar em arbitrariedade O mérito administrativo é integrado pelo MOTIVO e/ou OBJETO 2. Quanto aos destinatários: ☕ ATOS GERAIS --> Atingem uma quantidade indeterminada de pessoas, com caráter abstrato e impessoal --> Dependem de publicação ☕ ATOS INDIVIDUAIS --> Dirigem-se a determinados indivíduos, especificados no próprio ato. Ex.: Portaria de nomeação --> Destinatários certos 3. Quanto à formação: ☕ SIMPLES --> Uma única manifestação de vontade (ainda que de órgão colegiado) ☕ COMPLEXO --> Soma de vontades de órgãos públicos distintos, não hierarquicamente dispostos. Ex.: aposentadoria de servidor público, que depende da manifestação do órgão do servidor e do tribunal de contas --> O ato só se aperfeiçoa com todas as manifestações de vontade SV 3 --> Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão --> Nesses últimos casos, o contraditório é diferido, pois não seria uma restrição a direito adquirido, mas mero impedimento de aperfeiçoamento de ato --> A inércia do Tribunal por 05 anos constitui aprovação tácita ☕ COMPOSTO --> Aqui também há duas manifestações de vontade, dentro de um mesmo órgão. Contudo, a segunda é meramente ratificadora e acessória em relação à outra, servindo para fins de exequibilidade. Ele se aperfeiçoa antes da ratificação EFEITOS ATÍPICOS DOS ATOS 1. EFEITO PRODRÔMICO --> Efeito que a primeira manifestação de vontade tem de exigir a segunda, no caso dos atos compostos ou complexos 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 6/26 2. REFLEXO --> Quando o ato atinge terceiros estranhos a sua prática 4. Quanto ao OBJETO ☕ ATOS DE IMPÉRIO --> são aqueles nos quais a Administração atua com prerrogativa de poder público, em nome da supremacia do interesse público sobre o privado ☕ ATOS DE GESTÃO --> a adm age sem as prerrogativas de poder público, em pé de igualdade com o particular ☕ ATOS DE EXPEDIENTE --> praticados para dar andamento à atividade administrativa. Ex.: despacho de encaminhamento 5. Quanto ao CONTEÚDO ☕ NORMATIVOS --> Atos que elaboram normas gerais e abstratas com finalidade de assegurar a fiel execução da lei. Não pode inovar dentro do ordenamento jurídico Decreto: forma de apresentação do ato Regulamento: ato Decreto/Regulamento autônomo --> Vedado, como regra. Exceção: art. 84, VI/CF (extinção de cargo vago e organização administrativa, desde que não resulte em gastos) Outros exemplos: instruções normativas, resoluções, deliberações e regimentos internos dos tribunais Avisos são atos normativos das secretarias estaduais e municipais, bem como dos ministérios ☕ ORDINATÓRIOS --> Ordenam e coordenam a atuação interna administrativa Manifestação do poder hierárquico Portarias, Circular, Ordem de Serviço, Atos de Comunicação (ofício, memorando) ☕ NEGOCIAIS --> a ADM confere algum benefício ao particular Licença --> é um ato de polícia, nos casos em que o particular pretende. A licença, diferentemente da autorização de polícia, é vinculada Autorização --> Ato precário, discricionário, cujo desfazimento não gera indenização (exs.: autorização de uso de bem público, autorização de polícia pra porte) Permissão --> natureza contratual, também é ato precário --> A doutrina diferencia a permissão da autorização pelo interesse. Sendo prevalente o interesse público na permissão e o interesse privado na autorização Licença, autorização e permissão são expedidas por meio de Alvará Admissão --> Ato por meio do qual a administração permite o usufruto de serviço público. Ex.: admissão em escola pública ☕ ENUNCIATIVOS --> Atestam/apresentam situações de fato ou que emitem opiniões Pareceres --> Só são vinculantes quando a lei assim dispuser O parecerista somente pode ser responsabilizado se tiver agido de forma dolosa certidão, atestado, apostila (acréscimo de informação) ☕ PUNITIVOS --> Aplicação de sanção. Pode decorrer do poder de polícia ou do disciplinar, conforme o vínculo 6. Quanto à estrutura ☕ CONCRETOS --> resolve uma situação específica, exaurindo seus efeitos numa única aplicação. Ex.: demissão ☕ ABSTRATOS --> definem uma regra genérica que trata de uma situação que se prolonga no tempo. Ex.: proibição de estacionamento em determinada via 7. Quanto aos efeitos ☕ CONSTITUTIVOS --> Criam ou extinguem direitos. Ex.: autorização de uso de bem público ☕ DECLARATÓRIOS --> Afirmam um direito preexistente, por isso têm efeitos retroativos 8. Quanto aos resultados ☕ AMPLIATIVOS --> atribuem direitos e vantagens aos seus destinatários ☕ RESTRITIVOS --> restringem a esfera do particular, por meio de obrigações ou sanções13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 7/26 9. Quanto ao seu alcance ☕ INTERNOS --> Produzem efeitos dentro da estrutura da administração que editou o ato Não dependem de publicação ☕EXTENOS --> Produzem efeitos fora da administração, sobre particulares administrados Dependem de publicação {{REQUISITOS/ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS}} COMPETÊNCIA FINALIDADE FORMA MOTIVO # MOTIVAÇÃO OBJETO ☕ COMPETÊNCIA ☕ É o limite de atribuições de um órgão público e seus agentes Previsão legal legitimação/atribuição para a prática de um ato administrativo Originária: decorre da lei ou do texto constitucional Elemento vinculado Características: Irrenunciável --> Não se abre mão Imprescritível --> Não se perde pelo não uso Improrrogável --> Não se adquire pelo uso Modificações temporárias na competência: DELEGAÇÃO --> extensão temporária da competência para órgão de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, para a prática de atos especificados Demanda Publicação Praticado o ato por autoridade no exercício da competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou medida judicial Revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante AVOCAÇÃO --> o agente chama para si competência de órgão inferior caráter excepcional, por motivos relevantes devidamente justificados temporária VEDAÇÃO À DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO: 1. competência exclusiva 2. decisão de recurso administrativo 3. edição de atos normativos Exceção à regra de vedação à delegação e avocação --> Regulamentos autônomos --> Podem ser delegados para o PGR, AGU e ao Ministro de Estado ☕ FINALIDADE ☕ Objetivo mediato do ato administrativo Finalidade genérica: a busca pelo interesse público Finalidade específica: definida em lei Desvio de finalidade gera nulidade do ato Elemento vinculado ABUSO DE PODER 1. Excesso de poder --> Atua fora das competências --> Vício de competência 2. Desvio de Poder --> Atua dentro dos limites da competência, mas fora da finalidade --> Vício de Finalidade 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 8/26 ** O abuso de poder pode se dar por meio de ato omissivo ou comissivo CFF --> Elementos vinculados ☕ FORMA ☕ É a exteriorização do ato administrativo A regra é que a forma seja escrita. Porém, o ato pode possuir outras formas (ex.: gesto do guarda de trânsito) Se o objetivo for alcançado, o vício de forma é sanável Não havendo forma predefinida em lei, será ela discricionária Elemento vinculado ☕ MOTIVO ☕ Razões de fato e de direito que justificam a prática do ato É o porquê do ato Motivo é a situação. Motivação é a exposição dos motivos, o texto Nem todos os atos administrativos demandam motivação. Porém, todo ato possui motivo, ainda que não expresso Exoneração ad nutum não demanda motivação Motivos falsos ou inexistentes geram vício de legalidade SE UM ATO ADMINISTRATIVO PRECISA DE MOTIVAÇÃO E ESSA NÃO É FEITA, O VÍCIO É NA FORMA! Teoria dos MOTIVOS DETERMINANTES --> Alguns atos não exigem motivação, contudo, se o agente decidir arrolar motivos, estes deverão ser verdadeiros, sob pena de vício do ato. Os motivos determinantes condicionam a validade do ato Em alguns atos, o motivo é vinculado --> Ex.: demissão, que só pode ocorrer nos casos previstos em lei Em algumas situações, o motivo é ato discricionário ☕ OBJETO ☕ É a alteração imediata no mundo fático causada pelo ato administrativo É aquilo que se dispõe. O efeito causado no mundo jurídico Em alguns atos, o objeto é vinculado Em alguns atos, porém, o objeto pode ser discricionário Ex.: aplicação de suspensão, cujo objeto pode ser X ou Y dias ** MOTIVAÇÃO E OBJETO podem ser discricionários {{ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS}} Decorrem da supremacia do interesse público sobre o privado PRESUNÇÃO DE VERACIDADE PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE IMPERATIVIDADE EXIGIBILIDADE EXECUTORIEDADE/AUTOEXECUTORIEDADE TIPICIDADE VERACIDADE LEGITIMIDADE IMPERATIVIDADE EXIGIBILIDADE/COERCIBILIDADE AUTOEXECUTORIEDADE TIPI presumem-se verdadeiras as alegações exaradas no ato administrativo presunção relativa (juris tantum), admitindo prova em contrário ônus da prova invertido --> o particular é quem deve provar que os presume-se o ato administrativo compatível com as leis e o ordenamento jurídico presunção relativa fundamenta a imediata execução do ato independe da vontade ou concordância do particular sobre o qual recai, podendo contrariar seu interesse Poder extroverso Exceções: Atos enunciativos -- > veicula-se opinião ou situação de fato (exs.: parecer, Poder de exigir o cumprimento da obrigação imposta pelo ato por meios indiretos de coação Vai além da imperatividade, pois traz uma coação para que o ato seja cumprido. Ex.: multa poder de os atos serem executados sem a participação do particular ou o auxílio do poder judiciário não está presente em todos os atos. Ex.: multa Meios diretos de coerção Ex.: interdição de estabelecimento pela vigilância sanitária Subdivisões da autoexecutoriedade: Executoriedade Ex qu ad es pr lei de pr leg 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 9/26 fatos alegados pela ADM não são verdadeiros certidão, atestado) Atos negociais (de consentimento) Hoje se fala mais na ideia de consentimento na atuação da Administração. Contudo, prevalece que a imperatividade ainda persiste como característica dos atos administrativos meios diretos de coerção (ex.: interdição) Exigibilidade meios indiretos de coerção (ex.: multa) ** PODER EXTROVERSO --> poder que o Estado tem de constituir unilateralmente obrigações para terceiros, indo além dos domínios da própria administração ** {{FASES DE CONSTITUIÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS}} 1. PERFEIÇÃO/EXISTÊNCIA --> Quando o ato administrativo cumpre todos os trâmites previstos em lei para a sua constituição, completando seu ciclo de formação 2. VALIDADE --> Conformidade com o ordenamento jurídico. Corresponde à regularidade do ato 3. EFICÁCIA --> Aptidão para a produção de efeitos ATOS PENDENTES -> alguns atos podem ter sua eficácia em situação de pendência, em face de um termo inicial. Ex.: autorização de uso da praia no dia X {{EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS}} 1.EXTINÇÃO NATURAL --> Quando cumpriu todos os seus efeitos ou atingiu termo final 2. Extinção SUBJETIVA --> desaparecimento da pessoa 3. Extinção OBJETIVA --> desaparecimento do objeto sobre o qual recai o ato 4. Extinção por RENÚNCIA --> O beneficiário pede a extinção do ato enquanto goza de seus benefícios. Ocorre em atos ampliativos 5. Extinção por RECUSA --> O beneficiário pede a extinção do ato antes de ele se beneficiar do ato 6. RETIRADA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ☕ ANULAÇÃO ☕ É a retirada do ato administrativo do mundo jurídico, em virtude de vício de legalidade, tornando o ato inválido Somente se anulam atos INVÁLIDOS Efeitos ex tunc não existe direito adquirido a ato inválido, ainda que de boa-fé EFEITOS DA ANULAÇÃO O efeito padrão é ex tunc, contudo, alguns efeitos poderão sem mantidos, em nome da segurança jurídica e da boa-fé. O ato não se mantém, apenas alguns efeitos Teoria da Aparência --> Mantém-se a eficácia de atos administrativos praticados sob a aparência de validade, quando existente boa-fé A anulação pode ser feita pela própria ADM, independentemente de provocação (Súmula 473) A anulação também pode ser feita pelo judiciário. Neste caso, dependerá de provocação, dada a inércia da jurisdição DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA (ART. 54, Lei nº 9784/99) Prazodecadencial de 05 anos para anulação de atos favoráveis ao destinatário, contados da data em que foram praticados, ao destinatário de boa-fé --> Se o beneficiado estava de má-fé, o ato pode ser anulado a qualquer tempo --> Passados 05 anos sem a anulação, o ato convalida-se, atingindo tanto o particular quanto a ADM Não pode a anistia política ser anulada após 05 anos, ainda que a AGU tenha emitido questionamento sobre os critérios adotados antes de completar esse prazo (esse parecer não suspende o prazo de decadência) O prazo decadencial de 05 anos não se aplica a atos que afrontem diretamente a CF/88 --> É o caso do ingresso em carreira pública sem concurso --> Nesses casos, o ato é tido como inexistente ** Servidor que recebeu auxílio-moradia apresentando declaração falsa, terá que ressarcir, mesmo já passados 05 anos da autorização do pagamento 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 10/26 {} VÍCIO SANÁVEL --> NULIDADE RELATIVA --> ATO ANULÁVEL --> há convalidação, desde que esses atos com vício sanável não causem prejuízo ao interesse público ou a terceiros Exemplo de convalidação --> Nomeação feita por autoridade incompetente. A autoridade competente ratifica o ato e ocorre a convalidação A convalidação produz efeitos retroativos Quando a mesma autoridade convalida o ato, ocorre confirmação. Sendo a convalidação feita por autoridade distinta, ocorre ratificação São sanáveis os vícios de COMPETÊNCIA E FORMA ☕REVOGAÇÃO☕ Extinção do ato por motivos de conveniência e oportunidade. Razões de mérito Extingue-se um ato válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno para a Administração, por motivos de mérito Todos os efeitos produzidos pelo ato lícito são válidos. Assim, não há necessidade de que essa modalidade de extinção retroaja, razão pela qual seus efeitos são ex nunc Somente quem revoga o ato é a própria ADM Não se admite a revogação de atos consumados (atos que já exauriram seus efeitos) Não se admite a revogação de atos vinculados, pois não há mérito aqui ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS 1. Vinculados --> Por não ter em seu bojo conveniência e oportunidade -->LICENÇA PARA CONSTRUIR pode ser revogada? O STF decidiu que a licença para construir pode ser revogada, mediante indenização justa e se não iniciada a obra. Alguns doutrinadores entendem que a solução mais técnica seria apenas desapropriar o direito de construir 2. Consumados --> Por já terem gerado seus efeitos 3. Atos preclusos em um Processo Administrativo 4. Declaratórios/Enunciativos --> não há conveniência e oportunidade aqui 5. Direito Adquirido --> Não há espaço para a Adm decidir se é conveniente ou oportuno o beneficiário continuar com seu direito adquirido, que é um direito constitucional ☕CASSAÇÃO☕ Extinção do ato por motivo de ilegalidade superveniente praticada pelo beneficiário O ato nasce válido, mas se torna ilegal por culpa de seu beneficiário Situação fática posterior ☕CADUCIDADE☕ Extinção de ato pela superveniência de norma jurídica que impede sua manutenção Ex.: permissão de exploração de atividade que caduca em face de lei posterior incompatível com essa permissão Situação jurídica posterior Caducidade do ato administrativo # Caducidade do contrato de concessão de serviço público A caducidade do contrato de concessão é causa de extinção por culpa da concessionária ☕CONTRAPOSIÇÃO☕ Ato posterior impede a manutenção do primeiro Ex.: Exoneração em face de nomeação Atos que não podem ser revogados para a Di Pietro: vinculados que exauriram seus efeitos que estiverem sob apreciação de autoridade superior meros atos administrativos (certidões, atestados, votos) que integram um procedimento que geram direitos adquiridos FORMAS DE CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: INVOLUNTÁRIA: decadência administrativa VOLUNTÁRIA: Ratificação: Convalidação de um ato que possui defeito da competência não exclusiva ou na forma Reforma: Convalidação de um ato que possui defeito no OBJETO, desde que o objeto seja plúrimo (mais de um objeto ) Retira-se o objeto inválido e deixa-se o objeto válido Conversão: Convalidação de um ato que possui defeito no OBJETO, desde que o objeto seja plúrimo Retira-se o objeto inválido coloca-se um novo objeto válido 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 11/26 USO DOS BENS PÚBLICOS 1. Uso normal ou Anormal --> Conforme seja exercido consoante a destinação principal do bem ou quando atenda a finalidades diversas. Utilização normal: tomar banho de praia, sentar nos bancos da praça, andar pelas ruas. Utilização anormal: desfile em uma rua, luau na praia - não pode ser feita de forma livre. Para se fazer uma passeata não é necessária a autorização, mas deve-se avisar o Poder Público para preservação dos bens dos quais tenha titularidade. ** Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei (art. 144, par. 8º, da CF/88) 2. Uso privativo e comum Comum: várias pessoas podem usar. Ordinário (sem exigências) e extraordinário (p.ex.; sujeito a comunicação) Privativo: concessão de uso (contrato), concessão de direito real de uso (bancas, feiras), autorização de uso (ex.: fechamento de rua), aforamento ou enfiteuse (ADCT, art. 49, par. 3º) ** O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio de lei da pessoa jurídica à qual o bem pertencer (art. 103, CC). Ex.: Zona azul nas ruas - lance de estacionamento rotativo - e zoológico, que tem uso oneroso ** Os bens públicos podem ter sua utilização condicionada à remuneração. Trata-se de uma das formas de uso especial de bens públicos. O art. 103 do CC prevê isso. Assim, pagamento de pedágio, "área azul", entrada em museus, parques ecológicos, são todos exemplos de formas remuneradas de utilização de bens públicos, no caso, uso especial. 3. Autorização, Permissão e Concessão de Uso Autorização de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário e precário através do qual se transfere o uso do bem público para particulares por um período de curtíssima duração. Ex.: uso de área pública para instalar provisoriamente um canteiro de obra, fechamento de ruas para uma festa ou para o transporte de determinada carga, uso de área pública para circos e parques de diversão --> Seu desfazimento não gera direito de indenização Permissão de uso: é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário através do qual se transfere o uso do bem público para particulares por certo período de tempo ** Segundo a doutrina mais moderna, a diferença entre autorização de uso e permissão de uso seria que, naquela prevalece o interesse do particular, enquanto nesta prevale o interesse público. Concessão de uso: é o contrato administrativo por meio do qual se delega o uso de bem público ao concessionário por prazo determinado. Impede- se, assim, a sua rescisão unilateral. Ex.: área para restaurantes em aeroportos, lanchonetes em zoológico, cantinas em universidade Concessão real de uso: contrato por meio do qual se delega o uso de imóvel não edificado para fins de edificação, urbanização, industrialização, cultivo da terra --> O Decreto-Lei 271/67 regulamentou a concessão real de uso e o seu art. 7º, com redação dada pela lei 11481/2007, dispôs que "é instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seusmeios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas" --> Moradia, Regularização Fundiária, Industrialização/urbanização, preservação da amazônia legal ** Permissão, Autorização e Concessão de Uso # Permissão, Autorização e Concessão de Serviço Público Súmula 477, STF --> As concessões de terras devolutas situadas na Zona de Fronteira, feitas pelos Estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolarante, em relação aos possuidores LICITAÇÕES E CONTRATOS --> Licitar é um dever constitucional (art. 37, XXI, CF/88), constituindo a regra --> Obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e LOCAÇÕES --> Essa obrigação se estende para todos os poderes e o MP quando no exercício de função administrativa --> A 8666 é uma lei NACIONAL, que estabelece normas gerais --> Finalidades da licitação: 1. selecionar a proposta mais VANTAJOSA (que nem sempre coincide com a de menor preço); 2. cumprir o princípio constitucional da ISONOMIA e 3. promover o DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL --> Princípios Licitatórios EXPRESSOS: Legalidade, Impessoalidade, moralidade, publicidade, probidade administrativa, igualdade, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo --> Princípios Licitatórios IMPLÍCITOS: Competitividade, Procedimento FORMAL, SIGILO das propostas, Adjudicação compulsória ** O princípio da Adjudicação compulsória previne que o objeto licitado seja atribuído a outro que não o seu legitimo vencedor. Veda também que seja aberta nova licitação enquanto houver adjudicação anterior válida. Este princípio igualmente não permite revogar o procedimento licitatório ou delongar a assinatura do contrato indefinidamente sem que haja justo motivo. A adjudicação encerra o procedimento licitatório, que passa então à fase de contratação --> A adjudicação gera apenas expectativa de direito, não direito subjetivo ** As cláusulas do Edital da licitação não podem, em hipótese alguma, frustrar o caráter competitivo do certame, sob pena de cometimento e ilícito penal (art. 90) 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 12/26 --> Critérios de desempate SUCESSIVOS: 1. produzido no Brasil; 2. produzidos ou prestados por empresas brasileiras; 3. produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País; 4. produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação --> Margem de Preferência --> A administração pode estabelecer margem de preferência, sendo possível que finde adquirindo produtos ou serviços por um preço maior que a proposta mais barata oferecida na licitação --> Nos casos de produtos manufaturados, serviços nacionais que atendam às normas técnicas, empresas que façam reserva de vagas para pessoas com deficiência ou para reabilitados da previdência e que atendam às regras de acessibilidade --> Prazo máximo da reserva é de 05 ANOS --> Essa margem deve levar em consideração: geração de emprego e renda; efeito na arrecadação de tributos; desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país (inclusive, os produtos manufaturados e serviços resultantes de DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA REALIZADOS NO PAÍS podem ter margem de preferência ADICIONAL à margem regular); custo adicional dos produtos e serviços; análise retrospectiva de resultados --> As margens serão definidas pelo PODER EXECUTIVO FEDERAL --> Até o máximo de 25% sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros --> Essa margem pode ser estendida aos países do MERCOSUL --> Tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei --> Moeda corrente nacional --> Licitações internacionais podem ter preços cotados em moeda estrangeira --> O procedimento licitatório é público. O que fica em sigilo durante certo tempo são as propostas ==> JURISPRUDÊNCIA <== O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que a contratação direta, quando não caracteriza situação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, gera lesão ao erário (dano in re epsa), na medida em que o Poder Público perde a oportunidade de contratar a melhor proposta. O Superior Tribunal de Justiça entende que, ainda que o contrato realizado com a Administração Pública seja nulo, por ausência de prévia licitação, o ente público não poderá deixar de efetuar o pagamento pelos serviços prestados ou pelos prejuízos decorrentes da administração, desde que comprovados, ressalvada a hipótese de má-fé ou de ter o contratado concorrido para a nulidade. ==> BIZUS <== O regime diferenciado de contratação pública poderá ser adotado caso o poder público pretenda locar imóvel no qual o locador tenha realizado prévia reforma substancial do bem especificado pela administração --> "Built to suit" --> Contrato de locação sob medida PODERES ADMINISTRATIVOS Poderes administrativos são prerrogativas à Administração para o exercício da função administrativa e a busca do interesse público ABUSO DE PODER: Excesso de poder: vício na COMPETÊNCIA Desvio de poder: vício na FINALIDADE Aqui não se busca o interesse público A depender do autor, ele pode elencar DISCRICIONÁRIO e VINCULADO como espécies de poder. Outra parcela da doutrina já entende que discricionário e vinculado são espécies de ato e não de poderes REGULAMENTAR É a prerrogativa conferida à administração para editar atos gerais e abstratos para o fiel cumprimento de lei É possível a existência de decreto autônomo? Como regra, não é possível. Contudo, existe a previsão do art. 86, VI, "a", da CF/88, que constitui uma exceção --> organização e funcionamento da ADM federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos HIERÁRQUICO É a prerrogativa conferida à administração para escalonar funções, criando relações de hierarquia e subordinação dentro de uma mesma pessoa jurídica Entre pessoas jurídica diferentes não existe hierarquia, nem subordinação Recurso Hierárquico PRÓPRIO: É o recurso administrativo que será decidido pelo superior hierárquico de quem emitiu a primeira decisão, dentro da mesma entidade Recurso Hierárquico IMPRÓPRIO: É o recurso que será decidido por pessoa diversa daquela que proferiu a decisão recorrida 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 13/26 Precisa ter previsão legal Ex.: recurso de decisão máxima do INSS a ser analisado por ministério do governo federal Não há realmente uma hierarquia entre as entidades, não sendo manifestação do poder hierárquico, sendo mera manifestação do controle finalístico (supervisão ministerial) DISCIPLINAR É a prerrogativa conferida à administração para apurar irregularidades e aplicar sanções a pessoas que possuam uma relação especial com a Administração Pública Ex.: alunos em escola, pessoas contratadas pela ADM, presos em presídio Não se aplica apenas a servidores, mas a todas as pessoas que possuam relação especial com a ADM Existe a Verdade Sabida no Direito Administrativo? A verdade sabida consiste na possibilidade de o superior hierárquico aplicar sanção diretamente ao servidor quando presencia uma irregularidade Não mais existe no Brasil, desde a CF/88, em função da garantia ao contraditório, ampla defesa e devido processo legal também no processo administrativo Na aplicação de sanção, seja a mais leve ou a mais grave, deve-se garantir o direito ao contraditório e ampla defesa Ainda existe prisão disciplinar(administrativa)? NÃO! DE POLÍCIA É a prerrogativa conferida à Administração para condicionar ou limitar atuações de particulares e até mesmo aplicar sanções, em virtude de uma relação geral com a Administração Diferencia-se do poder disciplinar, uma vez que as sanções aplicadas pelo poder de polícia atingem qualquer pessoa com uma relação geral com a ADM Poder de Polícia # Polícia corporação --> Polícia corporação são órgãos de polícia judiciária ou administrativa, que podem exercer poder de polícia, mas não se confundem com poder de polícia. Além do mais, as corporações policiais não são os únicos órgãos que detêm poder de polícia POLÍCIA JUDICIÁRIA POLÍCIA ADMINISTRATIVA Caráter preparatório, pois atua na preparação de uma futura ação penal, por meio da coleta de elementos informativos que subsidiarão uma denúncia Exaure-se em si mesma, pois ela não prepara nada Ex.: vigilância sanitária aplica uma multa e depois zera a atuação e ela continua suas atuações típicas Atua sobre ilícitos penais Atua sobre ilícitos administrativos Aqui é preciso observar que a Polícia Militar, apesar de ser polícia administrativa, também atua sobre ilícitos penais Atua sobre pessoas Atua sobre atividades, bens ou direitos Caráter eminentemente REPRESSIVO, sobre ilícitos penais já praticados Caráter eminentemente PREVENTIVO É possível que um órgão exerça tanto polícia judiciária quanto polícia administrativa Ex.: Polícia Civil, mas tecnicamente ela é tratada como polícia judiciária CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA Discricionariedade: Em regra, há margem de liberdade na aplicação do poder de polícia (Ex.: blitz de trânsito) Exceção --> Algumas vezes, o poder de polícia se manifesta por meio de ato vinculado --> Ex.: licença para dirigir Coercibilidade: Aplicação do poder de polícia independentemente da vontade do particular Ex.: multa de trânsito Surgeo do PODER EXTROVESO da ADM -> Dever de Agir -> Dever de Eficiência -> Dever de Probidade --> Exige ética, honestidade e boa-fé do agente público Sujeitos passivos dos atos de improbidade: 1. Administração direta e indireta 2. Empresa incorporada ao poder público ou entidade para cuja criação ou custeio o poder público participe com mais de 50% do capital 3. Se for menos de 50% ou outros tipo de subvenção, benefício ou incentivo fiscal ou creditício 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 14/26 Sanções por improbidade: 1. Administrativas: perda da função pública, proibição de contratar com o poder público 2. Civil: indispoo Atos de Improbidade Administrativa 1. ** Terceiro que induz ou concorre para o ato de improbidade PODE SER PESSOA JURÍDICA PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI nº 9784/1999) Processo Administrativo --> Sucessão formal de atos realizados para dar base à prática de um ato administrativo Procedimento Administrativo --> Modo pelo qual o processo anda, ou a maneira de se encadearem seus atos, o rito e aforma pela qual os atos são realizados **Para a anulação de ato ampliativo de direitos --> Necessário que se faça antes de decorridos os 05 (cinco) anos da data de sua prática, bem como concedido direito ao contraditório e ampla defesa ao beneficiário --> O poder em questão é o de AUTOTUTELA **Risco iminente --> Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45, Lei 9784/1999) ** Processo Administrativo e juntada de documentos com firma reconhecida --> O Processo Administrativo é informal, sendo-lhe exigidas apenas as formas essenciais ao atendimento do interesse público --> O reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida da autenticidade --> A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo --> Fases do Processo Administrativo:a 1ª - Instauração -> fase em que ocorre a apresentação escrita dos fatos e indicação que enseja o processo 2ª - Instrução -> Produção de provas 3ª - Julgamento -> Normalmente exingue o processo por meio de decisão motivada ** O processo também pode ser extintos em decorrência de desistência ou renúncia do interessado, anulação e revogação ** a desistência deve ser feita mediante manifestação escrita, em que é possível desistir parcial ou totalmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. Nos casos em que houver vários interessados, é atingido somente quem a tenha formulado. Contudo, a desistência ou a renúncia do interessado, não prejudica o prosseguimento do processo se a Administração considerar que o interesse público assim o exige, nos termos do art. 51, §2, da Lei nº 9.784/99 Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 15/26 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA A violação da moralidade administrativa configura ato de improbidade. Porém, nem todo ato de improbidade configura violação ao princípio da moralidade, sendo este apenas uma das espécies de probidade, que possui significado mais amplo que moralidade Tanto o dever de moralidade quanto o dever de probidade exigem que o agente público, no exercício de suas funções, atue com honestidade, respeitando os princípios da ética, da lealdade e da boa-fé Art. 37, par. 4º, CF/88: Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível Perda da função pública e suspensão dos direitos políticos somente se aplicam após o trânsito em julgado A Lei 8429/92 (que possui caráter nacional) já foi declarada formalmente constitucional pelo STF. Ainda, a ampliação do rol de sanções previstas no art. 37,par. 4º da CF/88 foi considerada constitucional As sanções previstas na AIA possuem NATUREZA CIVIL, não afastando a possibilidade de responsabilidade administrativa e penal do agente Sentença penal absolutória por INEXISTÊNCIA DO FATO OU NEGATIVA DE AUTORIA ➔ Gera COMUNICAÇÃO DE INSTÂNCIAS e ABSOLVIÇÃO NAS ESFERAS CIVIL E ADMINISTRATIVA O magistrado não está vinculado à aplicação de todas as penas previstas no art. 12, pois ela não são cumulativas. As penas são aplicadas de forma isolada ou cumulativa ☕ SUJEITO ATIVO ☕ Duas espécies: 1. Agente público 2. terceiro ➔➔ Quem pratica, concorre para a sua prática, ou se beneficia da prática do ato de improbidade ➔ Podem ser agentes públicos ou terceiros (que são aqueles que concorrem/induzem ou se beneficiam do ato) ➔➔ Para que o terceiro seja responsabilizado pelas da AIA é indispensável que seja identificado algumagente público como autor da prática do ato de improbidade ➔ Logo, não é possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda ☕ SUJEITO PASSIVO ☕ ➔➔ A pessoa jurídica que sofre os efeitos deletérios do ato de improbidade ➔➔ administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual ➔➔ Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos ☕ ESPÉCIES DE ATO DE IMPROBIDADE ☕ A configuração do ato de improbidade independe do dano efetivo patrimonial, mesmo nos casos de enriquecimento ilícito. O que ocorre nesse caso é só a impossibilidade de condenação a ressarcimento ao erário A configuração do ato de improbidade independe da reprovação das contas pelo Tribunal de Contas 1. ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (art. 9º) Auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de função pública 2. DANO AO ERÁRIO (art. 10) Qualquer ação, DOLOSA OU CULPOSA, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades públicas ou que tenham incentivo financeiro público Única modalidade de improbidade que admite a modalidade culposa. As duas outras, enriquecimento ilícito e ofensa a princípios, exigem a demonstração do dolo do agente A ação de ressarcimento por dano ao erário é imprescritível quando a ação for dolosa, sendo prescritível quando for culposa 3. VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS (art. 11) Ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 16/26 ☕ Art. 10-A - DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DECORRENTE DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO OU TRIBUTÁRIO Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o par. 1º, do art. 8º, da LC 116/2003 (ISS) Sanções da espécie: Perda da função Suspensão de direitos políticos (5 a 8 anos) Multa de até 3x o valor do benefício financeiro Ressarcimento ao erário ☕ SANÇÕES DA LEI DE IMPROBIDADE ☕ ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DANO AO ERÁRIO ATENTAM CONTRA PRINCÍPIOS Perda da função pública Perda da função pública Perda da função pública Indisponibilidade e perda dos bens adquiridos ilicitamente Indisponibilidade e perda dos bens adquiridos ilicitamente ressarcimento do dano (se houver) ressarcimento do dano ressarcimento do dano (se houver) Multa de até 3X o ganho ilícito Multa de até 2x o valor do dano Multa de até 100X a remuneração do servidor Suspensão dos Direitos Políticos (8 a 10 anos) Suspensão dos direitos políticos (5 a 8 anos) Suspensão dos direitos políticos (3 a 5 anos) proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios (10 anos) proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios (5 anos) proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios (3 anos) No caso da perda de cargo por servidor aposentado --> Converte-se em cassação de aposentadoria (princípio da adequação punitiva) As penas de perda da função e suspensão dos direitos políticos só podem ser aplicadas com o trânsito em julgado Aquele que praticar ato de improbidade administrativa que importe em enriquecimento ilícito não poderá receber qualquer incentivo fiscal ou creditício, o que se estende à pessoa jurídica à qual pertença como sócio majoritário Não cabe a aplicação do princípio da insignificância aos casos de improbidade ☕ PROCEDIMENTO ☕ Ação de Improbidade --> Possui caráter civil, no bojo da qual se intenta a punição dos ofensores e dos partícipes ou coautores de atos contra a administração pública Legitimados para propor a ação de improbidade: Pessoas Jurídicas lesadas Entidades do art. 1º, da Lei nº 8.429/92 MP Se o MP não for parte, deverá constar necessariamente como custus legis No recebimento da Ação de Improbidade, aplica-se o in dubio pro societate, de modo que bastam indícios de cometimento de ato ímprobo para que a inicial seja recebida e se dê continuidade ao processo Se a inicial estiver a inicial em devida forma, o requerido será notificado para apresentar manifestação (defesa prévia) Recebida a inicial, o réu é citado para apresentar contestação, no prazo de 15 dias. Segue-se o rito ordinário MEDIDAS CAUTELARES Indisponbilidade dos bens A indisponibilidade pode recair sobre bens adquiridos tanto antes como depois da prática do ato de improbidade O periculum in mora nos casos de indisponbilidade é presumido, bastando a demonstração do fumus boni iuris ( presença de fortes indícios da prática do ato imputado) Afastamento Preventivo do Servidor Quando ele oferecer embaraço ao regular andamento do processo Não há prejuízo de sua remuneração Bloqueio de Contas Visando a solvência do réu, pode ser aplicada, inclusive, sobre contas no exterior (conforme diplomas internacionais) 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 17/26 Sequestro de Bens É possível a decretação de indisponibilidade e o sequestro de bens antes mesmo do recebimento da inicial Não cabe transação, acordo ou composição em AIA A ação principal deverá ser proposta dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar PEDIDO A aplicação das sanções previstas no art. 12, da L. 8429/92 PRESCRIÇÃO 1. 5 anos APÓS O TÉRMINO de mandato, cargo em comissão ou função de confiança 2. No caso de servidor efetivo, o prazo prescricional para a demissão --> Se for crime, aplica-se o prazo prescricional penal 3. 5 anos após a apresentação da PRESTAÇÃO DE CONTAS E quanto ao particular? Prevalece que se aplica o mesmo prazo do agente público. Doutrina e STJ nesse sentido. Apesar disso, Carvalhinho entende que deve ser aplicado o prazo genérico do CC, que é de 10 anos No caso de reeleição, por não haver solução de continuidade, o prazo prescricional somente se inicia a partir do fim do segundo mandato --> Mesmo que tenha havido o afastamento do cargo por determinado período entre os dois mandatos REEXAME NECESSÁRIO? Na lei da Ação Popular existe uma espécie de reexame necessário invertido, que ocorre no caso de improcedência ou carência da ação --> Esse mesmo raciocínio se aplica no caso de ações de improbidade, cuja sentença será submetida a reexame caso haja improcedência ou carência da ação, independentemente do valor de sucumbência DECLARAÇÃO DE BENS Abrange bens dos dependentes econômicos, incluindo o cônjuge (independentemente do regime de bens) Renovada anualmente Vale entregar a declaração de IR da Receita Federal Negativa de declaração ou declaração falsa de bens gera DEMISSÃO ☕JURISPRUDÊNCIA☕ MP pode instaurar IC para apurar ato de improbidade praticado por magistrado e solicitar seu depoimento pessoal[ Aplica-se às ações de improbidade administrativa o reexame necessário previsto no art. 19 da Lei da Ação Popular Acórdão do Tribunal de Contas, que étítulo eecutivo, pode coexistir com sentença condenatória em AIA pelo mesmo fato. Contudo, o segundo título a ser executado deverá respeitar a dedução do valor pago em sede de execução do primeiro As sanções previstas na LIA não podem ser aplicadas abaixo do mínimo legal Para a configuração de enriquecimento ilícito por ato de improbidade é desnecessária a demonstração de lesão ao patrimônio público A dispensa indevida de licitação ocasiona prejuízo ao erário in re ipsa (presumido) A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública Recursos na inicial --> 1. Apelação: no caso de sentença que rejeita a inicial; 2. Agravo de Instrumento: no caso de recebimento da inicial ou de recebimento/rejeição parcial, recebendo contra alguns e rejeitando contra outros Estagiário pode ser responsabilizado por ato de improbidade administrativa Membros do Ministério Público podem perder o cargo por decorrência de condenação em AIA, independentemente da ação própria para perda de cargo prevista na lei orgânica do MP AIA proposta em face de ex-prefeito que não prestou contas de recursos recebidos por meio de convênio federal --> Competência: como regra, da JUSTIÇA ESTADUAL. Contudo, se alguma entidade federal apresentar interesse, desloca-se a competência para a JF Não gera bis in idem condenação por infração eleitoral e por improbidade em decorrência do mesmo fato Em sede de AIA, não pode recair indisponibilidade sobre verbas absolutamente impenhoráveis, já que eles não garantirão uma futura execução --> Desse modo, é possível que se aplique a indisponibilidade sobre bens de família, por não serem absolutamente indisponíveis Pode ser decretada a indisponibilidade sobre bens que o acusado possuía antes da suposta prática de ato de improbidade Em AIA, a indisponibildiade dos bens e sequestro podem ser decretados sem ouvir o réu, antes mesmo da defesa prévia ☕ BIZUS ☕ O prazo prescricional, no caso de múltiplos réus, deve ser CONTADO INDIVIDUALMENTE 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 18/26 Nos casos de improbidade administrativa, a concessão da medida cautelar de indisponibilidade de bens não exige a delimitação da responsabilidade de cada agente, sendo tal responsabilidade solidária até, ao menos, a instrução final do feito em que se poderá definir a quota de cada réu para o ressarcimento Embora não haja litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e os terceiros beneficiados com o ato ímprobo, é inviável que a ação civil por improbidade seja proposta exclusivamente contra os particulares, sem concomitante presença do agente público no polo passivo da demanda O particular não pode propor "ação de improbidade subisidiária" em caso de desídia do MP PJ pode ser responsabilizada por improbidade administrativa, na condição de terceiro, sem a necessidade de inclusão de seus sócios no polo passivo A propositura da ação de improbidade torna o juízo prevento para ações com o mesmo objeto ou causa de pedir --> Essa prevenção também ocorre no caso de ação cautelar em caso de improbidade (art. 61, CPC c/c art. 17, par.5º, da LIA) A AIA também pode ter como objeto obrigação de fazer ou não fazer Aplica-se o regramento da ACP à AIA quanto à desnecessidade de adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e outras despesas [Encontrar BIZUS dos comentários do QC] ENTIDADES PARAESTATAIS (3º SETOR) 1) OS => Contrato de GeStão (Art. 5º Lei 9.637/98) Obs: Cespe cobrou na DPE/PE 2018 - Q866407 Recebe delegação do poder público, mediante CONTRATO DE GESTÃO, para desempenhar serviço público de natureza social OS é o título jurídico dado à entidade. Não são uma categoria de pessoa jurídica. Trata-se, apenas, de uma qualificação atribuída pelo poder público a determinadas entidades privadas Requisitos para a qualificação como OS: Personalidade Jurídica de direito privado Não pode ter fins lucrativos Ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, cultura e saúde A qualificação como OS é ATO DISCRICIONÁRIO, dependendo da aprovação do Ministério correlato São entidades de interesse social e utilidade pública Contrato de Gestão: programa de trabalho e metas previsão dos critérios de avaliação de desempenho, segundo indicarores de qualidade e produtividade Limites de despesa com remuneração e vantagens Há um controle de resultado sobre o contrato de gestão Conselho de Administração: órgão de deliberação superior Deve ter representantes do poder público e da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral Formas de fomento à OS: destinação de recursos orçamentários destinação de bens públicos (dispensada a licitação), mediante cláusula de permissão de uso do contrato de gestão cessão especial de servidor OS não precisa licitar para contratar, mas seus contratos devem ser conduzidos de forma pública, objetiva e impessoal. A OS deverá publicar regulamento de contratação no máximo até 90 dias após a assinatura do contrato de gestão Quando o poder público contrata OS para executar serviço que conste de seu contrato de gestão, a licitação será dispensável Descumprindo o contrato de gestão, a entidade será desqualificada, perdendo a qualidade de OS, mediante processo administrati onde se garanta a ampla defesa, respondendo os dirigentes da OS individual e solidariamente pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão --> Feita a desqualificação, os bens e valores entregues à OS revertem (voltam) ao poder público, sem prejuízo de outras sanções Não precisam fazer concurso público, mas a contratação de pessoal deve se dar de forma pública, objetiva e impessoal MP e Tribunal de Contas possuem atribuição para fiscalizar as verbas públicas recebidas pela OS A figura da OS surgiu num contexto de publicização, em que atividades sociais não exclusivas de Estado prestadas por entidades de direito público passa a ser prestadas por entidades de direito privado --> Disso decorre que uma OS pode resultar da extinção de entidade integrante da Administração Pública Direta ou Indireta 2) OSCIP => Termo de Parceria (Art. 9º Lei 9.790/99). Obs: Cespe cobrou em 2018 - Q868525. Segue o mesmo esquema da OS, mas aqui o vínculo é estabelecido por meio de TERMO DE PARCERIA O rol de atividades da OSCIP também é maior Requisitos: Uma das várias atividades de cunho social pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos regular funcionamento há no mínimo 3 anos Não podem ser OSCIP (independentemente de prestarem alguma das atividades do rol da lei): Sociedades comerciais sindicatos e as associações de classe ou de representação de categoria profissional instituições religiosas 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 19/26 organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações entidades de benefício mútuo voltadas a um círculo restrito de associados ou sócios Entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados Instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras Escolas privas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras Organizações sociais Cooperativas Fundações públicas Fundações, sociedades civis ou associeações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional O requerimento para qualificação como OSCIP é endereçado ao MINISTÉRIO DA JUSTIÇA O ato de qualificação como OSCIP é VINCULADO Uma mesma OSCIP pode ter dois ou mais Termos de Parceria Quem confere a qualidade de OSCIP é o MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, mas quem fiscaliza é o órgão da área de atuação correspondente à atividade fomentada Comissão de avaliação entregará à autoridade competente relatórioconclusivo sobre a avaliação dos resultados da OSCIP OSCIP não precisa fazer licitação ou concurso, mas a lei não prevê hipótese de dispensa de licitação caso a OSCIP seja contratada pelo poder público para prestar serviços relacionados ao seu Termo de Parceria Na hipótese de posterior descumprimento dos requisitos legais, a perda da qualificação como OSCIP ocorrerá mediante decisão em processo administrativo, instaurado no MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, de ofício ou a pedido da entidade interessada, ou judicial, de iniciativa popular (vedado o anonimato) ou do Ministério Público, nos quais serão assegurados a ampla defesa e o contraditório Conselho Fiscal Não precisa ter participantes do Estado OS OSCIP foram idealizadas para substituir órgãos e entidades da Administração Pública que seriam extintos e teriam suas atividades absorvidas pela OS Não foram idealizadas para substituir órgãos e entidades da Administração Pública Formalizam parceria com o poder público mediante CONTRATO DE GESTÃO Formalizam parceria com o poder público mediante TERMO DE PARCERIA Qualificação é ATO DISCRICIONÁRIO Qualificação é ATO VINCULADO Qualificação depende de aprovação pelo MINISTRO DE ESTADO OU TITULAR DE ÓRGÃO SUPERVISOR OU REGULADOR DA ÁREA de atividade correspondente ao objeto social da OS Qualificação concedida pelo MINISTÉRIO DA JUSTIÇA A lei exige que a OS possua um CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, do qual participem representantes do poder público; não exige que a OS tenha Conselho Fiscal A lei exige que a OSCIP tenha um CONSELHO FISCAL; não exige que a OSCIP tenha um Conselho de Administração. Não há exigência de que existam representantes do poder público em algum órgão da entidade É hipótese de licitação dispensável a contratação de OS pelo poder público para o desempenho de aatividades contempladas no contrato de gestão Não existe hipótese de licitação dispensável para a contratação de OSCIP pelo poder público A desqualificação da OS pode ser feita pelo poder executivo, em processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa A desqualificação como OSCIP pode ser feita a pedido da própria entidade, por iniciativa de qualquer cidadão ou do Ministério Público, em processo administrativo ou judicial, assegurado o contraditório e a ampla defesa ** Uma entidade não pode ser OS e OSCIP ao mesmo tempo 3) OSC => (Art. 2º, VII, VIII e VIII-A Lei 13.019/14) A lei nº 13.019/14 incide sobre toda a administração pública direta e indireta de todas as entidades federativas, exceto as empresas não dependentes exploradoras de atividade econômica OSC abrange todas as entidades do terceiro setor que façam parceria com o poder público, compreendendo: Entidade privada sem fins lucrativos Cooperativas Organizações religiosas A lei não prevê qualificação como OSC A Lei nº 13019 não se aplica aos contratos de gestão celebrados com OS, aos termos de parceria celebrados como OSCIP, nem às parcerias com os serviços sociais autônomos 13/06/2019 ADMINISTRATIVO file:///C:/Users/AcerAspire/Desktop/ADMINISTRATIVO.html 20/26 OS, OSC e OSCIP são espécies distintas entre si Limitação do âmbito de aplicação dos CONVÊNIOS: Entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos, no âmbito do SUS Portanto, não existem mais convênios com entidades privadas --> As parcerias com entidades privadas que sejam OSC terão que ser firmadas por meio dos instrumentos próprios, que são: Termo de colaboração --> proposta pela ADM, com transferência de recursos Termo de fomento --> proposta pela OSC, com transferência de recursos Acordo de cooperação --> ADM ou OSC propõesm e não envolve transferência de recursos Termo de Colaboração e Termo de Fomento demandam prévia dotação orçamentária prévia e plano de trabalho --> Não se exige isso no caso do acordo de cooperação Prazos mínimos de existência (para firmarem termo de colaboração ou termo de fomento): um ano --> para parceria com o Município dois anos --> com o DF ou Estado três anos --> com a União Esses prazos podem ser reduzidos caso nenhuma OSC atinja o requisito É permita a atuação em rede por duas ou mais OSC Uma delas firma o termo e se torna responsável, podendo repassar recursos às outras OSC Precisa ter mais de cinco anos de inscrição no CNPJ, bem como capacidade técnica e operacioanal para supervisionar e orientar as outras OSC Os termos e acordos precisam ser publicados pra gerarem efeitos CHAMAMENTO PÚBLICO (aplica-se, como regra, aos termos de colaboração e termos de fomento) procedimento destinado a selecionar a OSC para firmar parceria Obrigatório para: Termos de colaboração Termos de fomento Acordos de cooperação que envolvam compartilhamento de recurso patrimonial Não precisa de chamamento público: Acordos de cooperação Termos de colaboração e termos de fomento que envolvam recursos de emendas parlamentares às LOA Fases do chamamento público: Edital (30 dias de antecedência) --> Julgamento e classificação (grau de adequação aos objetivos da parceria e ao valor de referência) --> Homologação (não gera direito adquirido à celebração da parceria) --> Habilitação (Ocorre uma inversão de fases, assim como no Pregão) Hipóteses de DISPENSA DE CHAMAMENTO: paralisação de atividades de relevante interesse social pelo prazo de até 180 dias guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou ameaça à paz social programa de proteção a pessoas ameaçadas educação, saúde e assistência social (a OSC deve ser previamente credenciada pelo órgão gestor da respectiva política) Essas hipóteses não forçam a não realização do chamamento, que se torna apenas não obrigatório Hipóteses de INEXIBILIDADE DE CHAMAMENTO: inviabilidade de competição natureza singular do objeto se as metas somente puderem ser atingidas por uma entidade específica, prevista em instrumento internacional ou lei prazo de 5 dias para impugnação de dispensa ou inexigibilidade e de 5 dias para análise --> A lei fala de revogação do ato de dispensa ou inexigibilidade, mas, havendo ilegalidade, o correto é falar em anulação Participação Social --> Procedimento de manifestação de interesse social --> instrumento por meio do qual as organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos poderão apresentar propostas ao poder público para que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando a celebração de parceria A realização do procedimento de manifestação de interesse social não obriga a Administração a fazer o chamamento público, nem dispensa a convocação por meio de chamamento público para firmar a parceria Vedações ao objeto das parcerias com OSC: Regulação Fiscalização Exercício do poder de polícia atividade exclusiva do Estado A OSC não precisa realizar licitação NEM SEGUIR REGULAMENTO PRÓPRIO para empregar os recursos transferidos pela Administração Pública, vedada a utilização de recursos vinculados à parceria para finalidade alheia ao objeto pactuado PRESTAÇÃO DE CONTAS apresentação das contas (fase 1) análise e manifestação conclusiva das contas (fase 2) Prazo de até 90 dias (prorrogável por 30 dias) a partir do término da vigência da parceria, ou no final de cada exercício se a parceria exceder a 1 ano 150 dias (prorrogável por igual período) para a ADM analisar as contas Pode gerar aprovação, aprovação com ressalvas, ou rejeição das contas --> No caso de hipótese de rejeição, abre-se prazo de 45 dias (prorrogáveis por igual período), contados dentro dos 150 para análise das contas, para a OSC sanar a irregualaridade ou cumprir a obrigação Rejeitadas as contas, a autoridade deverá determinar a imediata instauração de tomada de contas especial SANÇÕES E RESPONSABILIDADES advertência suspensão de fazer avenças com o poder público por até 2 anos (na esfera geográfica da entidade sancionadora) inidoneidade para chamamento público