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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA BERNADINA PADILHA RODRIGUES
CURSO TÉCNICO ELETROMECÂNICA
ELEMENTOS DE MAQUINAS 
(PARAFUSOS)
EDUARDO KELLERMANN VELHO
MECÂNICA
VACARIA
2019
ELEMENTOS DE MAQUINAS 
(PARAFUSOS)
por
 
EDUARDO KELLERMANN VELHO
PROF: ELIZEU DA SILVA FERREIRA
VACARIA-RS
2019
IDENTIFICAÇÃO
 1. NOME: EDUARDO KELLERMANN VELHO 
2. CURSO: TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA-AREÁ INDUSTRIAL
3. TURMA: ETAPA 3
4. ENDEREÇO: AVENIDA FRANCIOSI, 675 
5. MUNICÍPIO: VACARIA- RS
6. CEP: 95200-000
7. TELEFONE: (54) 99916-3775
8. ENDEREÇO ELETRÔNICO: VELHOEDUARDO@BOL.COM.BR
E.K.VELHO@HOTMAIL.COM
INTRODUÇÃO
O parafuso é uma peça metálica ou feita de matéria dura (PVC, plástico, vidro, madeira, entre outros), em formato cônico ou cilíndrico, sulcada em espiral ao longo de sua face externa e com a sua base superior adaptada a diversas ferramentas de fixação.
O parafuso tem por finalidade ser o elemento de fixação de duas ou mais superfícies, combinadas ou em junções diferentes, como a madeira, parede de alvenaria (neste caso com a utilização de bucha de fixação), chapas metálicas ou numa matriz de matéria pouco dura ou dura, podendo associar o uso de porcas ou através do efeito combinado de rotação e pressão (penetração por progressão retilínea) em um orifício destinado exclusivamente para recebê-lo, sulcado em sentido contrário ao espiral ou não
PARAFUSOS
Na antiguidade, o matemático grego Archytas Of Tarentum (428 - 350 aC.) foi responsável pela invenção do parafuso. No 1º Século aC., os parafusos de madeira foram usados em todo o mundo mediterrâneo em dispositivos como prensas de óleo e de vinho. Arquimedes (287 AC – 212 AC) desenvolveu o principio da rosca e utilizou-o para a construção de dispositivos para a elevação de agua na irrigação. Os romanos aplicaram o princípio de Arquimedes para conduzir material em minas. Também existem evidencias de que componentes parafusados foram aplicados em instrumentos cirúrgicos em 79 aC. Os parafusos de metal só apareceram na Europa a partir do ano de 1400. O primeiro documento impresso sobre parafusos consta num livro do começo do século XV. Mais tarde, no mesmo século, Johann Gutenberg incluiu parafusos entre os fixadores na sua impressora. Os cadernos de Leonardo Da Vinci, do fim do século XV e começo do século XVI, incluem vários desenhos de maquinas para fabricar parafusos, mas a primeira maquina concreta para este proposito foi inventada em 1568 por Jacques Besson, um matemático francês. Pelos fins do século XVII, os parafusos já eram componentes comuns nas armas de fogo. O britânico Henry Maudslay patenteou o parafuso de fenda em 1797; um dispositivo similar foi parenteado por David Wilkinson nos Estados Unidos no ano seguinte. Na atualidade o parafuso está presente em praticamente todos os aparelhos e estruturas construídas pelo homem.
PADRONIZAÇÕES
Ao longo da história, o parafuso foi sempre a soluções de infinitos problemas, mas também gerava outros, pois cada inventor, indústria e ferramenteiros, desenvolviam seus parafusos e estes, quando utilizados em outras localidades ou situações, apresentavam questões de problemas técnicos para falta de padrão. Como resultado destes contratempos, foi a criação de padrões, os quais garantiriam o intercâmbio dos parafusos, tornando universal sua aplicação. Estes padrões garantiram a produção e o consumo em escala industrial dos parafusos. Após a elaboração destas normas e da especificação dos padrões dimensionais de roscas, foi necessária a criação de métodos para medição e garantia de qualidade, de acordo com tais determinações.
Com o fim de uniformizar a construção dos parafusos metálicos, foram propostos diversos sistemas de fios de rosca. Os sistemas mais empregados são o inglês ou whitworth, que é o mais antigo, pois foi adotado pela "Institution of Civil Engineers" em 1841, cujo filete tem o perfil de um triângulo isósceles com os ângulos arrendondados e o ângulo do vértice em 55°. Sistema Internacional (SI), de base métrica, adotado pelo Congresso Internacional de Zurique em 1898, em que o filete tem também o perfil de um triângulo co um ângulo ao vértice de 60°; o sistema sellers ou americano, em que o filete tem a mesma forma do SI, mas de dimensões em polegadas, como também é o sistema inglês.
TIPOS DE PARAFUSOS
Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento. Em geral, os parafusos são compostos de duas partes: cabeça e corpo.
O corpo do parafuso pode ser cilíndrico ou cônico, totalmente roscado ou parcialmente roscado. A cabeça pode apresentar vários formatos: Porem, há parafusos sem cabeça.
Há uma enorme varidade de parafusos que podem ser diferenciados pelo formato da cabeça, do corpo e da ponta. Essas diferenças, determinadas pela função dos parafusos, permite classifica-los em quatro grupos: Parafusos passantes, Parafusos não-passantes, Parafusos de pressão, Parafusos prisioneiros.
Parafusos passantes: Esses parafusos atravessam, de lado a lado, as peças a serem unidas, passando livremente nos furos. Dependendo do serviço, esses parafusos, além das porcas, utilizam arruelas e contra porcas como acessórios. Os parafusos passantes apresentam-se com cabeça ou sem cabeça.
Parafusos não-passantes: O papel de porca é desempenhado pelo furo roscado, feito numas peças a ser unida.
Parafusos de pressão: Esses parafusos são fixados por meio de pressão. A pressão é exercida peças pontas dos parafusos contra a peça a ser fixada. Os parafusos de pressão podem apresentar cabeça ou não.
Parafusos prisioneiros: São parafusos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades, sendo recomendados nas situações que exigem montagens e desmontagens frequentes. Em tais situações, o uso de outros tipos de parafusos acaba danificando a rosca dos furos. As roscas dos parafusos prisioneiros podem ter passos diferentes ou sentidos opostos, isto é, um horário e o outro anti-horário. 
MATERIAIS E REVESTIMENTOS DE PARAFUSOS
Os materiais e revestimentos são muito importantes na hora de escolher fixadores para seu projeto. Cada tipo de aço e cada revestimento aplicado possuem suas indicações e suas limitações. Alguns são muito resistentes a intempéries, enquanto outros são utilizados apenas por estética. 
Aço Zincado: É um aço de baixo carbono para uso geral. Relativamente barato, este revestimento de zinco, fornece resistência moderada à corrosão. Ideal para ambientes fechados ou ambientes secos. Sua tonalidade varia de acordo com o processo utilizado.
Galvanizado a Fogo: É um revestimento de zinco mais grosso, com maior resistência à corrosão. Indicado para uso externo. Por deste tipo de revestimento, apenas porcas e arruelas galvanizadas servirão com o parafuso. Sua aparência possui um aspecto áspero e cinza.
Aço Inoxidável: É resistente contra a corrosão, indicado para uso externo e aplicações marítimas. Porém, é mais caro que o revestimento de zinco.
Latão e Bronze: São ligas de cobre com boa resistência à corrosão. Mais caro do que o aço, estes materiais são normalmente utilizados para aplicações decorativas. As cores podem variar significativamente.
Aço Liga: É altamente endurecido, usualmente oxidado preto e/ou oleado, oferece pouca resistência contra a corrosão.
CABEÇA DE PARAFUSOS
Existe uma grande variedade de tipos de cabeça de parafusos, basta escolher o tipo que seja melhor pra o tipo de aplicação que for usada.
Cabeça sextavada estampada; Cabeça sextavada; Cabeça quadrada; Cabeça redonda; Cabeça chata; Cabeça oval; Cabeça lentilha; Cabeça panela; Cabeça cilíndrica fenda; Cabeça cilíndrica com sextavado interno; Cabeça abaulada; Cabeça flangeada; Cabeça plana; Cabeça tampinha; Cabeça esférica; Cabeça sextavada estampada; Cabeça sextavada flangeada; Cabeça solda;
PARAFUSOS PODEM SER FABRICADOS:
Por conformação plástica: Prensagem ou rolagem.
Por usinagem: Torneamento ou fresamento.
AS PRINCIPAIS VANTAGENS DOS PARAFUSOS SÃO:
Baixo custo;
Facilidadesde montagem e desmontagem;
AS PRINCIPAIS DESVANTAGENS NOS PARAFUOSOS DE FIXAÇÃO SÃO:
Possibilidade de ocorrer desaperto durante o funcionamento do equipamento.
Baixo rendimento de transmissão e o elevado desgaste dos flancos das roscas.
ROSCAS
A rosca é formada por um ou mais filetes em forma de hélice. Podemos definir a hélice como sendo uma curva descrita num cilindro através de um ponto animado de dois movimentos uniformes:
Movimento de rotação em torno do eixo do cilindro;
Movimento de translação paralelo ao eixo do cilindro;
Podemos resumir as propriedades de uma rosca da seguinte maneira;
A qualquer instante as distâncias percorridas em rotação e translação são proporcionais. 
Duas roscas tendo os mesmos avanços, sentido de giro e diâmetro podem coincidir e correr uma sobre a outra girando no cilindro gerador
TIPOS DE ROSCAS
As roscas triangulares classificam-se, segundo seu perfil, em três tipos;
Rosca Métrica 
Rosca Whithworth
Rosca Americana 
CLASSIFICAÇÃO DAS ROSCAS
Podemos classificar as roscas de quatro maneiras:
PELA FORMA DO PERFIL
Triangulares; É o mais comum, utilizado em parafusos e porcas de fixação, uniões e tubos.
Quadrada; Quase em desuso, mas ainda utilizado em parafusos e peças sujeitas a choques e grandes esforços.
Trapezoidal; Empregado em órgãos de comando das maquinas operatrizes (para transmissão de movimento suave e uniforme), fusos e prensas de estampar.
Redonda; Usado para parafusos de grandes diâmetros e que devem suportar grandes esforços, geralmente em componentes ferroviários. É empregado também em lâmpadas e fusíveis pela facilidade na estampagem.
Dente de Serra: Parafusos que exercem grande esforço num só sentido
PELO SENTIDO DA HÉLICE:
Rosca direita;
Rosca esquerda;
PELO NÚMERO DE HÉLICES INDEPENDENTES E PARALELAS:
Rosca simples de uma entrada;
– Rosca múltipla de duas ou mais entradas;
PELA LOCALIZAÇÃO DA ROSCA NA PEÇA:
Roscas externas (parafusos e fusos);
Roscas internas (porcas).
CONCLUSÃO
Com esse trabalho podemos compreender um pouco mais sobre esse elemento de fixação não permanente, como a padronização, materiais usados, tipos de cabeça, e também seus tipos de rosca.
REFERÊNCIAS
www.abraman.org.br/arquivos/72/72.pdf
ABRAMAN – “Mecânica noções básicas de elementos de máquinas”
Acessado em 17/05/2019 às 22:40
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAeyUoAH/apostila-elementos-maquinas
PROFESSOR LUZERNA – “Elementos de máquinas” 
Acessado em 17/05/2019 às 23:05
https://www.ufsm.br/unidades-universitarias/ctism/.../01_elementos_maquina.pdf
UFSM – “Elementos de máquina”
Acessado em 17/05/2019 às 23:35
www.metalica.com.br/para-entender-os-elementos-de-fixacao
POTAL METÁLICA – “Para entender os elementos de fixação”
Acessado em 18/05/2019 às 01:10
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