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AJ SERVIÇOS REPRESENTAÇÕES (Cursos e Treinamentos) LICENCIATURA EM MATEMÁTICA RAQUEL OLIVEIRA MAGALHÃES ORIENTADOR: PROF. BRUNO BARRETO TEMA: O USO DA TECNOLOGIA NO AMBIENTE ESCOLAR 1. INTRODUÇÃO A tecnologia tem se tornado um elemento marcante no mundo contemporâneo, passou a desempenhar um papel que contribui em diversos ramos de atividades. A educação já vem utilizando esse novo recurso de ensino-aprendizagem e o valorizando cada vez mais nas salas de aula, os benefícios proporcionados aos alunos e professores são inúmeros, o objetivo é além de expandir o conhecimento aos alunos despertá-los para a busca de novas formas eficazes de ensino de forma mais atrativa, além de ser uma forma bastante significativa de contribuir na inclusão de pessoas com deficiência no ambiente escolar, permitindo um melhor desenvolvimento ao aluno e na sua interação com os demais. Forest e Pearpoint (1997, p. 138) definem o princípio da inclusão como: Inclusão NÃO trata apenas de colocar uma criança deficiente em uma sala de aula ou em uma escola. Esta é apenas a menor peça do quebra-cabeça. Inclusão trata, sim, de como nós lidamos com a diversidade, como lidamos com as diferenças, como lidamos (ou como evitamos lidar) com a nossa moralidade. (...) inclusão não quer absolutamente dizer que somos todos iguais. Inclusão celebra, sim, nossa diversidade e diferenças com respeito e gratidão. Quanto maior a nossa diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar novas formas de ver o mundo. (...) Inclusão é reconstruir nossos corações e nos dar as ferramentas que permitam a sobrevivência da humanidade como uma família global. Por mais que todos saibam que a tecnologia está cada vez mais presente na vida de todas as pessoas de modo geral, ainda assim é um grande desafio realizar uma integração de seu uso nas escolas, não é uma tarefa fácil descontruir o que nossa sociedade vem conservando há anos, o modo tradicionalista de ensino é algo que ainda é bastante presente no ambiente escolar, o uso de livros e quadros negros ainda assumem um papel importantíssimo e continuarão a serem vistos dessa forma. O fato é que o uso da tecnologia em sala já vem sendo observado por muitos professores, essa nova ferramenta de ensino vem atribuindo mais qualidade e resultados significativos no dia a dia de docentes e discentes. 2. DESENVOLVIMENTO A ideia de inovar as ferramentas utilizadas no ambiente escolar ainda tem se mostrado com uma certa resistência, aplicar novos métodos vem sendo uma difícil tarefa para alguns professores, de fato desde o princípio a tecnologia em sala é vista como um elemento que remete a distração, desconcentração, desvinculando o aluno do sentido original daquela aula preparada com tanta dedicação pelo professor. É verdade que, se utilizado de maneira desapropriada é bem provável que isso ocorra, visto que muitos alunos possuem um nível de distração mais alto que outros, grande parte dos professores preferem não se adaptar aos recursos tecnológicos, mantendo os critérios ou métodos reconhecidos como princípios educacionais por muitos deles, o que leva a uma aula monótona onde os alunos pouco interagem sobre os temas abordados. Sabe-se que já são inúmeras as dificuldades enfrentadas pelo professor diariamente, mas isso não o impede de tentar se adaptar à contemporaneidade. Conscientizar os educadores da importância e utilização de tecnologias com mais frequência é o maior desafio enfrentados no dia-a-dia pois a forma tradicional de ensino é algo ainda muito resistente para grande parte dos educadores. Propor algumas mudanças em sala de aula, desconstruir alguns conceitos e métodos de ensino, apresentar-lhes novos aliados a aprendizagem é algo visto com um certo receio por alguns professores, no entanto é importante identificar e conhecer essas ferramentas que atribuirão mais qualidade ao ensino. O uso de recursos tecnológicos é visto de forma bastante atrativa para os alunos, contribuindo para um maior interesse e busca ao conhecimento. Em vez de apenas o professor ensinar ao longo do período em sala, eles sentiriam a necessidade e motivação de ir a busca de conhecimento, fortalecendo a sede do saber e estimulando a autonomia nos alunos. Estimular os alunos é um dos papéis mais difíceis para o professor, despertar a vontade de buscar conhecimentos além do interesse pela nota de avaliações é um desafio constante, é interessante que eles sejam estimulados e queiram sair da zona de conforto que vivem. É um processo que requer o uso de alguns artifícios que devem ser utilizados para que esse objetivo seja alcançado e traga bons resultados. Para TEKURA, “as ferramentas tecnológicas favorecem o acesso a coleta de informações, textos, mapas e que todo acesso rápido a informação contribui para melhorar o ensino”. (2006, p. 94). A tecnologia é uma verdadeira aliada do professor nos dias atuais, além de tornar o processo ensino aprendizagem mais dinâmico permite que os próprios alunos interajam entre si. São instrumentos capazes de construir novas formas que promovam até mesmo a inclusão social. Sabe-se que muitos alunos possuem algum tipo de deficiência e tem dificuldade de aprendizagem e de socializar com as pessoas. Para Mantoan (1997, p. 145) é definido como escolas inclusivas as quais: Propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. Sabe-se que a escola é um local que deve promover ao máximo a inclusão social, devendo estar mais atentos àqueles que possuem algum tipo de deficiência, muitas vezes o grau de dificuldade varia de acordo com a deficiência por isso é importante analisar quais ferramentas devem ser utilizadas a fim de que possam contribuir ao máximo para o desenvolvimento do aluno. Segundo FOREST & PEARPOINT(1997) “Inclusão não quer dizer absolutamente que somos todos iguais. Inclusão significa aceitar nossa diversidade e nossas diferenças com respeito. Quanto maior nossa diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar novas formas de ver o mundo.” Deise Tomazin, educadora que há 20 anos vem se especializando na pesquisa sobre a tecnologia como instrumento auxiliar as pessoas portadoras de deficiência a fim de incluí-las no âmbito escolar e contribuir com o desenvolvimento de suas potencialidades e habilidades. Para isso ela possui um site onde é possível realizar o download dos tutoriais para instalação e utilização de cada vários softwares, conforme pode-se observar na tabela abaixo: Tabela 01: Descrição de softwares e indicação Nome do Software Descrição Indicado para SOROBÃ VIRTUAL Ábaco de desenvolvimento lógico matemático Pessoas com baixa visão e dificuldades em operações matemáticas NVDA Leitor de tela em código aberto Deficientes visuais e motores SIMON Controle de computador através da voz Pessoas com deficiência motora JECRIPE Game para estimulação Portadores de Síndrome de Down MECDAISY Permite a leitura e produção de livros em formato digital acessível Pessoas com deficiência visual e dificuldades de leitura e escrita EUGÊNIO 1. Preditor de texto Pessoas com dificuldade de leitura e escrita MICROFÊN IX Controle de computador através da voz ou som Deficientes motores HOLOS Estratégias para desenvolvimento global2. Pessoas com deficiência intelectual e dificuldades de aprendizagem. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/4940/blog-tecnologia-recursos-digitais-gratuitos-para-incluir-alunos-com- deficiencia. Adaptado pela autora Freire e Valente (2001, p. 31) sobre o uso das tecnologias: [...] Informática na Educação significa a integração do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação. A informática na Educação de que estamos tratando enfatiza o fato de o professor da disciplina curricular ter conhecimentos dos potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar, adequadamente, atividades não informatizadas de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. No entanto, a atividade de uso do computador pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo instrucionista de ensino, quanto para criar condições para o aluno construir seu conhecimento em ambientes de aprendizagem que incorporem o uso do computador. Com o avanço da tecnologia, já existem diversos softwares gratuitos que auxiliam os professores na busca de caminhos alternativos capaz de contribuir no desenvolvimento e inclusão no ambiente escolar, é bastante relevante que as escolas e educadores conheçam esses novos recursos para que os alunos tenham mais qualidade no aprendizado e tenham mais qualidade de ensino conforme suas necessidades. 3. CONCLUSÃO A utilização de tecnologias em sala de aula vem como um ponto estratégico para os professores, aprimorando a qualidade do ensino assim como também expande novas possibilidades e novos caminhos de aprendizado, aperfeiçoando o processo educacional. Esse novo recurso tem como objetivo oferecer algo inovador, atraindo a atenção dos alunos em sala, transformando e motivando a aprendizagem de forma bastante significativa além de contribuir para a inclusão social entre os alunos, além de uma ampla explanação de conteúdos e interatividade entre os alunos. Constatando que o uso de recursos tecnológicos é um aliado à educação e que proporciona e estimula os alunos oferecendo-lhes mais qualidade ao ensino, é bastante relevante que os professores e a gestão em geral busquem implementar nos ambientes escolares essa nova fonte de ensino, a fim de observar como de fato influencia na vida e na qualidade do aprendizado dos estudantes. REFERÊNCIAS CARON, A. Quais as vantagens de implantar tecnologia na escola? Positivoteceduc, 2017. Disponível em: https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e- tendencias/motivos-para-usar-a-tecnologia-na-educacao/ Acesso em: 20/04/2019. FOREST, Marsha, PEARPOINT, Jack. Inclusão: um panorama maior. In: MANTOAN, M. T. É. et al. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon/SENAC, 1997. FREIRE, F. M. P. & VALENTE, J. A. (orgs.) Aprendendo para a vida: os computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2001 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010 LOPES, M. Uso da tecnologia facilita engajamento de alunos com deficiência, 2017. Disponível em: http://porvir.org/uso-da-tecnologia-facilita-engajamento-de- alunos-deficiencia/. Acesso em 20/04/2019 MANTOAN, Maria Teresa Égler. Ser ou estar, eis a questão: explicando o déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA, 1997. REOLO, J. Recursos digitais gratuitos para incluir alunos com deficiência. Nova Escola, 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/4940/blog- tecnologia-recursos-digitais-gratuitos-para-incluir-alunos-com-deficiencia Acesso em: 19/04/2019. SEGANTINI, J. O USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA, COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA E SEUS REFLEXOS NO CAMPO, 2014 SILVA, N. O uso de novas tecnologias no ambiente escolar: Uma realidade necessária, 2017. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/index.php/ideiaseinovacao/article/view/4370. Acesso em: 20/04/2019 TOMAZIN, D. Tutoriais. Disponível em: http://deisetomazin.educapx.com/tutoriais.html.Acesso em 20/04/2019