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AncylostomaAncylostoma duodenaleduodenale e e 
NecatorNecator americanusamericanus
ee
Ancilostomose humanaAncilostomose humana
Sinonímia: necatorose, opilação, doença do 
Jeca Tatu, mal da terra, anemia tropical dos 
mineiros/dos agricultores, clorose...
POSIPOSIÇÇÃO SISTEMÃO SISTEMÁÁTICATICA
• Reino: Animalia
• Filo: Nematoda
• Classe: Secernentea
• Família: Ancilostomidae
• Gêneros: AncylostomaAncylostoma e e NecatorNecator
• Espécie: AncylostomaAncylostoma duodenaleduodenale e e 
NecatorNecator americanusamericanus
Jeca Tatu – Monteiro Lobato
“O Jeca não é assim, está assim”
Importância mImportância méédicadica
• Ampla distribuição geográfica - Mais frequente
em países de clima tropical ou subtropical (paises
em desenvolvimento)
• Manifestações clínicas intestinais ou sistêmicas
(leve, média, alta gravidade)(dor física e mental 
ao longo da vida)
• Crianças são as mais atingidas e apresentam as 
repercussões clínicas mais significativas
• Trata-se de uma doença negligenciada (opções 
de tratamento inadequadas ou poucas; interesse 
do governo é medíocre, sem prioridade em saúde 
pública; ausência de estatísticas confiáveis, 
nomes “impronunciáveis”...)
Importância mImportância méédicadica
•• ““A ancilostomose humana mais subnutriA ancilostomose humana mais subnutriçção = problema grave de ão = problema grave de 
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intestinais. intestinais. Rev. Rev. SocSoc. . BrasBras. . MedMed. . TropTrop.. 10: 29710: 297--301, 1975301, 1975
••
BIOLOGIABIOLOGIA
1 - Habitat:
– Intestino delgado (duodeno, jejuno e 
íleo)
2 - Formas evolutivas: 
– Adultos, ovos e larvas
Morfologia adultos
- Adultos machos e fêmeas cilindriformes e 
com cor róseo-avermelha e/ou esbranquiçada;
- A extremidade posterior das fêmea é afilada
e dos machos é romba (bolsa copuladora).
- Ancylostoma duodenale com cápsula bucal
profunda com dois pares de dentes ventrais
na margem interna da boca e Necator
americanus com cápsula bucal profunda com 
duas lâminas cortantes na margem interna da
boca;
Morfologia adultos parte anterior
A. duodenale
Morfologia adultos parte posterior
Nota: detalhe da bolsa copuladora
Morfologia ovos
●Ovalados, entre a casca (fina e lisa) e as
células germinativas existe um halo hialino
característico;
● Iguais para as duas espécies. 
Morfologia larvasMorfologia larvas
Morfologia larvasMorfologia larvas
Larvas rabdtoides
CICLO EVOLUTIVOCICLO EVOLUTIVO
CICLO EVOLUTIVOCICLO EVOLUTIVO
Os ovos são eliminados meio externo através das fezes (20.000 ovos/dia
A. duodenale e 10000 ovos/dia N. americanus).
Ovos no meio externo (oxigenação, temperatura e umidade adequadas) 
embrionam:
em 1 dia formam a larva de primeiro estágio L1 - rabditóide, que
após 3 dias transforma em larva de segundo estágio L2 -
rabditóide, que
após 3 dias transforma em larva L3, filarióide, forma infectante
para o hospedeiro (cc700um e embainhada.
A penetração dura cerca de 30’, as larvas alcançam a circulação
sangüínea e/oulinfática, chegam no coração, indo das artérias
pulmonares para os pulmões→L4 → L5 
(Ciclo de Looss).
Pulmões: larvas de 3o estádio → 4o estádio invadem os alvéolos → 5o estádio (1-2 
mm) → bronquíolos → arrastadas com muco pelos movimentos ciliares da 
mucosa;
sobem pelos brônquios → traquéia → faringe:
⇒ algumas são expectoradas, saindo pela boca; 
⇒ a maioria é deglutida: esôfago → estômago → intestino delgado (60 dias 
após infecção): completam o desenvolvimento, tornando-se adultos. 
TRASMISSÃOTRASMISSÃO
• Penetração transcutânea (+ comum) e oral
(- comum) de L3.
• L3 apresenta termo e tigmotropismo positivos e 
proteases e hialuronidase.
• Período pre-patente: 2 meses a 2 meses e meio
• Período de transmissibilidade: enquanto forem 
eliminados ovos pelas fezes em locais 
inadequados
Patogenia e manifestações 
clínicas
• Fase invasiva
• Fase migração larvária pulmonar
• Fase intestinal
1. Correlação com as fases acima 
2. Espoliação parasitas (A. duodenale= 
0.2 ml/dia e N. americanus = 
0,05ml/dia) mais carga parasitária 
(larvas e adultos)
3. Idade
4. Estado nutricional
5. Grau de anemia
Patogenia e manifestações 
clínicas
Fase aguda
Migração das larvas → lesões traumáticas, 
fenômenos vasculares, processo inflamatório…
• Pele eritematosa e com pequenas pápulas
pruriginosas →dermatite alérgica
• Intenso prurido, calor, formigamento, pápulas
→ lesões urticariformes
• pápulas→vesículas→pústulas→ulcerações→
• sequelas cicatriciais
• Infartamento ganglionar – absenteísmo
• (às vezes hipersensibilidade tipo 1→IgE
Patogenia e manifestações 
clínicas
Fase aguda
- Pulmão: ação traumática, irritativa, 
espoliativa, alergênica.
- Hemorragia grave ou não
- Síndrome de Loeffler (febre, tosse,eosinofilia)
- Esôfago: disfagia
- Implantação dos parasitos adultos no
• intestino delgado: dores epigástricas, nâuseas, 
flatulência, náuseas, vômitos, diarreia, 
constipação, indigestão, apetite pervertido. 
Patogenia e manifestações 
clínicas
Fase Crônica
- Síndrome de má-absorção.
- Sangue: anemia ferropriva - [hemáceas↓, 
(Hipocromia, Microcitose) hemoglobina↓,
hemacócrito↓], leucocitose, eosinofilia, 
Hipoproteinemia.
- Medula óssea: hiperplasia eritrocítica→
reticulócitos
- Coração: dilatação (edema e derrames
cavitários generalizados (ANASARCA) 
EDEMA DE FACE E MEMBROS
Patogenia e manifestações
ANEMIAANEMIA
• Palidez, cansaço fácil, desânimo, fraqueza, 
tonturas, dispnéia, distúrbios visuais e 
auditivos, deficiência no crescimento (estatura e 
peso), atraso mental (rendimento escolar
deficiente), insuficiência cardíaca →→→ ÓBITO
• Anemia: ação dos vermes+ carência alimentar+ 
disturbios da absorção. (Vermes abocanham epitélio
intestinal (O
2
) →erosões→ulcerções→necrose e gangrena
CICLO EVOLUTIVOCICLO EVOLUTIVO
EpidemiologiaEpidemiologia
• Maior prevalência em áreas tropicais, subtropicais e temperadas.
• Incide + intensamente em locais de clima quente e úmido
• Ocorre preferencialmente em crianças com mais de 6 anos, 
adolescentes e indivíduos mais velhos
• Fonte de infecção homem mais hábito de defecar no solo e andar
descalço
• Fatores climáticos (solo arenoso, permeável, que preserva mais
umidade e aeração, rico em matéria orgânica, favorece o 
desenvolvimento dos estágios de vida livre
• Longevidade da L3 semanas (sol e radiação UV ↓ a L3)
• TÉCNICAS GERAIS
• PARA O DIAGNÓSTICO DE ENTEROPARASITAS E DE ENTEROCOMENSAIS
• (PROTOZOÁRIOS E HELMINTOS)
• MATERIAL: FEZES “IN NATURA”
• MÉTODO DIRETO (Exame a fresco): mobilidade. Recomendado para o diagnóstico 
• de infecções por: amebídeos (formas trofozoíticas) e tricomonadídeo intestinal
• MÉTODO DE BAERMANN– MORAES: mobilidade. Recomendado para o diagnóstico de 
• infecções por: Strongyloides stercoralis
• MÉTODO DE MIFC E DE HOFFMAN: Recomendado para o diagnóstico de infecções por:
Giardia lamblia (formas císticas e trofozoíticas), Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura,
Ancilostomídeos, S. stercoralis, Hymenolepis nana e Taenia sp.
• MÉTODO DE TAMIZAÇÃO: Recomendado para o diagnóstico de infecções por: Taenia
• sp.
DIAGNDIAGNÓÓSTICOSTICO
• Clínico
- Anamnese e na associação de sintomas cutâneos, pulmonares, intestinais e 
sistêmicos (HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO)
• Laboratorial
- Observação de ovos de ancilostomídeos nas fezes pelo método de 
sedimentação espontânea (Hoffman) e por centrifugação (MIFC).
• OBS.: Obstruções por Ascaris
lumbricoides: sais de piperazina e óleo 
mineral: paralisia da musculatura: 
vermes expulsos pelo peristaltismo
Gestantes???Dose únicaAsc. – Strong –
Filariose –
Oncocercose –
Escabiose - Pediculose
Ivermec
Vermectil
Revermectina
Ivermectina
Gestantes,
Insuficiência 
renal
SeriadaAsc. - Ent.Piperazil,
Uvilon
Sais de 
Piperazina
Sem
(gestantes?)
Dose únicaTri.TricocelPamoato de 
oxipirantel
Sem
(gestantes?)
SeriadaAnc. – Asc. - EntCombantrin, 
Pirantel, 
Piranver...
Pamoato
(emboato) de 
pirantel
Contra 
indicação
PosologiaNEMATELMINT
OS
DrogasDROGA 
(grupo)
Ancilostomose
Tratamento
• Albendazol: 400mg em dose única e
• Mebendazol: 100mg, 2X ao dia por 3 dias.
CONTROLE GEOHELMINTOSESCONTROLE GEOHELMINTOSES
•• DIAGNDIAGNÓÓSTICO E TRATAMENTO (STICO E TRATAMENTO (antianti--helmhelmíínticos nticos e e 
reeducareeducaçção alimentar )ão alimentar )
•• SANEAMENTO BSANEAMENTO BÁÁSICO (SICO (ÁÁgua Potgua Potáável e Destino vel e Destino 
Adequado aos Dejetos)Adequado aos Dejetos)
•• EDUCAEDUCAÇÇÃO SANITÃO SANITÁÁRIA (o que for possRIA (o que for possíível) (Parceria vel) (Parceria 
entre poder pentre poder púúblico blico –– professores professores –– agentes comunitagentes comunitáários)rios)
•• Lavar os alimentosLavar os alimentos
•• Cobrir os alimentosCobrir os alimentos
•• CocCocççãoão adequadaadequada dos dos alimentosalimentos
•• RegarRegar verdurasverduras e e frutasfrutas rasteirasrasteiras com com ááguagua limpalimpa
•• Lavar as mãos e limpar as unhasLavar as mãos e limpar as unhas
•• UtilizaUtilizaçção de ão de calcalççados e de luvasados e de luvas

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