Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso: Licenciatura em Química.
JUSCELINA MACIEL PARENTE
MARCIELE CORRÊA DE ALMEIDA
NAYARA DA SILVA RODRIGUES
ROOSENILSON DIAS MUNIZ
MACAPÁ
2017
JUSCELINA MACIEL PARENTE
MARCIELE CORRÊA DE ALMEIDA
NAYARA DA SILVA RODRIGUES
ROOSENILSON DIAS MUNIZ
ÉTICA CONTEMPORÂNEA
Trabalho de Pesquisa apresentado a Disciplina, Filosofia da Educação e Ética Profissional, no Curso de Licenciatura em Química no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, sobre a orientação da Prof.ª Marilda Pereira.
Macapá
2017
Introdução
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. Ambas são responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
A Ética ao longo da História
A moral, enquanto construção humana está sujeita a transformações ao longo dos tempos. Os valores mudam, logo, os conceitos de bem e mal, certo e errado e os limites colocados para liberdade individual também se modificam. Assim, diversas foram as concepções éticas ao longo dos tempos:
▪ O relativismo dos sofistas: Os sofistas afirmavam que não existem verdades universais ou as normas morais seriam relativas.
▪ A ética racionalista de Sócrates: Era o sentido oposto à concepção dos sofistas, Sócrates acreditava na existência de uma essência humana, a partir da qual poderíamos conceber uma moral universalmente válida. Partia da premissa de que a qualidade essencial da humanidade é a razão, e dessa forma, o homem que age conforme a razão estaria agindo corretamente.
▪ O idealismo de Platão: Platão parte das concepções defendido por Sócrates, mas compreende a moral como ideal/material. De acordo com essa concepção, o corpo, sede dos desejos e das paixões, muitas vezes levaria o homem ao vício, desviando-o do caminho da virtude. Dessa maneira, o mundo material deveria se purificar para alcançar a perfeição da Ideia de Bem. Platão ainda considerava que esse ideal somente poderia ser perseguido em coletividade, não individualmente. Um homem bom seria um bom cidadão da polis.
▪ Aristóteles e a razão em busca do equilíbrio: A ética em Aristóteles passa pela seguinte questão: qual o fim último do ser humano? Segundo o filósofo, todos nós buscamos a felicidade. Para Aristóteles ela não se confundiria com o prazer, pura e simplesmente. A felicidade seria atingível pelo desenvolvimento da capacidade contemplativa, ou seja, a partir de uma vida teórica, em meditação. Nesse ponto seríamos capazes de distinguir o que é bom e o que é mau, considerando-se como virtude o equilíbrio. A coragem, por exemplo, seria uma virtude, meio-termo entre dois excessos: a temeridade (excesso de confiança) e a covardia (deficiência, ausência de confiança). Assim como Platão, Aristóteles também considera a ética vinculada à vida política. Aristóteles considera a ética como um ramo da política. Esta seria voltada para o bem comum, ao passo que aquela, estaria voltada para o bem-estar individual.
▪ O Estoicismo: No estoicismo ético está assentada na ideia do autocontrole. A chave para a paz interior, a felicidade, seria a apatia, ou seja, a aceitação de tudo o que acontece, pois tudo seria de um plano superior orientado por uma razão universal. Essa ideia de aceitação contraria, portanto, a concepção política de Platão.
▪ O Epicurismo: Assim como no estoicismo, a ética no epicurismo está centrada na busca de uma paz interior. Mas para Pedicuro, o caminho para isso seria a atarraxai, ou seja, um estado de imperturbabilidade e uma atitude que nos desvia da dor. A felicidade consistiria em desfrutar dos verdadeiros prazeres nesta vida, mas que estão nas coisas do espírito.
Ética Contemporânea
 A ética contemporânea teve seu início em meados do século XIX, devido às mudanças que a evolução da ciência provocou na humanidade, surgiu uma nova maneira de encarar as questões éticas e morais. 
Dessa forma, o novo pensamento ético que nasceu começou a contestar o racionalismo absoluto, e assumir a existência de uma parte inconsciente em todos os homens.
Ética x Jeitinho Brasileiro
O jeito, ou o jeitinho brasileiro, é a prática da conveniência, driblando o que está legalmente estabelecido. É a forma de resolver um problema individual, geralmente de interesse imediato.
Quando se fala em jeitinho brasileiro, a primeira coisa em que pensamos é esperteza, suborno, ambição, embora essa não seja a única maneira de definir o jeitinho. Mas, o lado negativo dessa prática tão disseminada em nossa sociedade é o que mais se evidencia.
O jeitinho é quase um código secreto de relacionamento. Basta apenas que algo dê errado ou tarde em solucionar para pensarmos em como dar a volta e, assim, abreviar seu desfecho. Ele revela o desejo do ser humano de não se prender às normas, e sim de superá-las, subjugá-las. Suspende-se temporariamente a lei, cria-se a exceção e depois tudo volta ao normal.
O brasileiro seria, então, um anarquista, um fora-da-lei? Não. O brasileiro não nega a existência da lei, o que ele nega é a aplicação da lei naquele momento. Simples assim. Justificamo-nos com todos os rigores da razão: se podemos pagar menos imposto de renda a um governo que não retribui adequadamente em benefícios sociais para seus contribuintes, por que não fazê-lo? Por que pagar uma multa de trânsito – altíssima – se pode dar um jeito de cancelá-la?
Mas nem todo jeitinho é negativo. A inventividade e a criatividade são algumas das facetas mais relevantes do lado positivo. O brasileiro possui uma alta capacidade de adaptação às situações mais inesperadas, que muitas vezes pode significar a diferença entre viver ou morrer, entre estar desempregado ou arranjar uma profissão alternativa para manter a si própria e à família.
O jeitinho brasileiro também tem o lado conciliador, permitindo que se crie uma solução favorável para uma situação a princípio impossível. É o caso do operário que substitui o colega em seu turno enquanto aquele participa de um curso no supletivo, para ganhar o tempo perdido.
Enquanto o lado negativo do jeito brasileiro gera situações delicadas e comprometedoras da conduta ética, o lado positivo muitas vezes vem aliviar o brasileiro da vida oprimida que ele precisa vencer. E é aqui que se estabelecem os dilemas éticos do jeitinho. A inconsistência da ação governamental em áreas como a segurança pública, a fiscalização e o planejamento da política tributária e financeira leva o cidadão a uma situação tal que sua única saída no momento é o jeito, a driblada, sob pena de perder o emprego ou inviabilizar sua empresa.
A legislação no Brasil, vinculada ao Estado sob o domínio da elite capitalista, impõe sobre a população normas rígidas e formas de punição para os que não cumprem a lei. A distância entre a lei e a conduta das pessoas na realidade social é uma resposta ao formalismo instituído pelo Estado, através das estruturas sociais, política e econômica. O jeitinho funciona como válvula de escape individual diante das imposições e determinações. Os interesses pessoais tornam-se mais importantes do que a coletividade.
Com o modelo centralizador de poder em nosso país, o jeitinho pode ser visto como mecanismo de controle social. Torna-se um instrumento de manipulação quando utilizado pela autoridade instituída para subjugar a população com menor grau de instrução. Exemplo disso é a prática do paternalismo e do assistencialismo inspirado nos coronéis, quese confundem com a própria lei. "Você sabe com quem está falando"? É a expressão da autoridade, que pode conceder benefícios usando as brechas e os favores da lei, confirmando a desigualdade e a dependência social.
No estágio próximo ao jeitinho, encontra-se a corrupção, tema diariamente mencionado na mídia escrita e falada. Ela está presente naquele jeito de conseguir uma concorrência, no jeito de apressar um processo numa repartição pública, no jeito de driblar o fiscal, sempre apoiada em algum tipo de pagamento ou suborno. A corrupção não se contenta apenas em transgredir a norma, mas envolve ganho monetário além de prejudicar terceiros, que lhe confere a diferença para o jeitinho, culturalmente brasileiro.
Em suma, o descaso das autoridades públicas quanto às reais necessidades do povo e as leis impostas pela elite estatal, gera o salve-se quem puder que por sua vez alimenta o jeitinho e incentiva a transgressão das normas. Desta à corrupção é apenas um passo. Tão logo se estabeleça, a corrupção generalizada aumenta a impunidade.
Os principais filósofos contemporâneos
Friedrich Hegel (1770-1831): filósofo alemão, Hegel foi um dos maiores expoentes do idealismo cultural alemão, e sua teoria ficou conhecida como “hegeliana”. Baseou seus estudos na dialética, no saber, na consciência, no espírito, na filosofia e na história, reunidos em suas principais obras: Fenomenologia do Espírito, Lições sobre História da Filosofia e Princípios da Filosofia do Direito. Dividiu o espírito (ideia, razão) em três instâncias: espírito subjetivo, objetivo e absoluto. Já a dialética, segundo ele, seria o movimento real da realidade que teria de ser aplicada no pensamento.
Ludwig Feuerbach (1804-1872): filósofo materialista alemão, Feuerbach foi discípulo de Hegel, embora mais tarde, tenha adotado uma postura contrária de seu mestre. Além de criticar a teoria de Hegel em sua obra “Crítica da Filosofia Hegeliana” (1839), o filósofo criticou a religião e o conceito de Deus, que segundo ele, é expresso pela alienação religiosa. Seu ateísmo filosófico influenciou diversos pensadores dentre eles Karl Marx.
Arthur Schopenhauer (1788-1860): filósofo alemão e crítico do pensamento hegeliano, Schopenhauer apresenta sua teoria filosófica baseada na teoria de Kant donde a essência do mundo seria resultado da vontade de viver de cada um. Para ele, o mundo estaria repleto de representações criadas pelos sujeitos e a essência das coisas seria somente encontrada através do que ele chamou de “insight intuitivo” (iluminação). Sua teoria foi marcada também pelos temas do sofrimento e do tédio.
Soren Kierkegaard (1813-1855): filósofo dinamarquês, Kierkegaard foi um dos precursores da corrente filosófica do existencialismo. Dessa maneira, sua teoria esteve pautada nas questões da existência humana, destacando a relação dos homens com o mundo e ainda, com Deus. Nessa relação, a vida humana, segundo o filósofo, estaria marcada pela angústia de viver, por diversas inquietações e desesperos. Isso somente poderia ser superado com a presença de Deus, que, no entanto, está assinalada por um paradoxo entre a fé e a razão e, portanto, não pode ser explicada.
Auguste Comte (1798-1857): Na “Lei dos Três Estados” o filósofo francês aponta para a evolução histórica e cultural da humanidade a qual está dividida em três estados históricos diferentes: estado teológico e fictício, estado metafísico ou abstrato e estado científico ou positivo. O positivismo, baseado no empirismo, foi uma doutrina filosófica inspirada na confiança do progresso científico e seu lema era “ver para prever”. Essa teoria se opôs aos preceitos da metafísica citada na obra “Discurso sobre o Espírito Positivo”.
Karl Marx (1818-1883): filósofo alemão e crítico do idealismo hegeliano, Marx é um dos principais pensadores da filosofia contemporânea. Sua teoria denominada de "Marxista" abrange diversos conceitos relacionados com o materialismo histórico e dialético, a luta de classes, os modos de produção, o capital, o trabalho e a alienação. Ao lado do teórico revolucionário, Friedrich Engels publicou o “Manifesto Comunista”, em 1948. Segundo Marx, o modo de produção material da vida condiciona a vida social, política e espiritual dos homens, analisada em sua obra mais emblemática “O Capital”.
Georg Lukács (1885-1971): filósofo húngaro, Lukács baseou seus estudos no tema das ideologias. Segundo ele, elas têm a finalidade operacional de orientar a vida prática dos homens, que por sua vez, possuem grande importância na resolução dos problemas desenvolvidos pelas sociedades. Suas ideias foram influenciadas pela corrente marxista e ainda, pelo pensamento kantiano e hegeliano.
Friedrich Nietzsche (1844-1900): filósofo alemão, o niilismo de Nietzsche está expresso em suas obras em forma de aforismos (sentenças curtas que expressam um conceito). Seu pensamento passou por diversos temas desde religião, artes, ciências e moral, criticando fortemente a civilização ocidental. O mais importante conceito apresentado por Nietzsche foi o de “vontade de potência”, impulso transcendental que levaria a plenitude existencial. Além disso, analisou os conceitos de “apolíneo e dionisíaco” baseado nos deuses gregos da ordem (Apolo) e da desordem (Dionísio).
Edmund Husserl (1859-1938): filósofo alemão que propôs a corrente filosófica da fenomenologia (ou ciência dos fenômenos) no início do século XX, baseada na observação e descrição minuciosa dos fenômenos. Segundo ele, para que a realidade fosse vislumbrada a relação entre sujeito e objeto deveria ser purificado. Assim, a consciência é manifestada na intencionalidade, ou seja, é a intenção do sujeito que desvendaria tudo.
Martin Heidegger (1889-1976): filósofo alemão e discípulo de Husserl, as contribuições filosóficas de Heidegger estavam apoiadas nas ideias da corrente existencialista donde a existência humana e a ontologia são suas principais fontes de estudo, desde a aventura e o drama de existir. Para ele, a grande questão filosófica estaria voltada para a existência dos seres e das coisas, definindo assim, os conceitos de ente (existência) e ser (essência).
Jean Paul Sartre (1905-1980): filósofo e escritor francês existencialista e marxista, Sartre focou nos problemas relacionados com o “existir”. Sua obra mais emblemática é o “Ser e o Nada”, publicada em 1943, donde o “nada”, uma característica humana, seria um espaço aberto, no entanto, baseada na ideia da negação do ser (não ser). O “nada” proposto por Sartre faz referência a uma caraterística humana associada ao movimento e as mudanças do ser. Em resumo, o “vazio do ser” revela a liberdade e a consciência da condição humana.
Bertrand Russel (1872-1970): diante da análise lógica da linguagem, o filósofo e matemático britânico buscou nos estudos da linguística a precisão dos discursos, do sentido das palavras e das expressões. Essa vertente ficou conhecida como "Filosofia Analítica" desenvolvida pelo positivismo lógico e a filosofia da linguagem. Para Russel, os problemas filosóficos eram considerados "pseudoproblemas", analisados à luz da filosofia analítica, posto que não passassem de equívocos, imprecisões e mal-entendidos desenvolvidos pela ambiguidade da linguagem.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951): filósofo austríaco, Wittgenstein colaborou com o desenvolvimento da filosofia de Russel, de forma que aprofundou seus estudos na lógica, na matemática e na linguística. De sua teoria filosófica analítica, sem dúvida, os “jogos de linguagem” merecem destaque, donde a linguagem seria o “jogo” aprofundado no uso social. Em resumo, a concepção da realidade é determinada pelo uso da língua cujos jogos da linguagem são produzidos socialmente.
Theodor Adorno (1903-1969): filósofo alemão e um dos principais pensadores da Escola de Frankfurt, Adorno, ao lado de Max Horkheimer (1895-1973) criaram o conceito de Indústria Cultural, que está refletido na massificação da sociedade e em sua homogeneização. Na “Crítica da Razão”, os filósofos apontam que o progressosocial, reforçado pelos ideais iluministas, resultou na dominação do ser humano. Juntos, publicaram a obra “Dialética do Esclarecimento”, em 1947, denunciando a morte da razão crítica que levou a deturpação das consciências pautadas num sistema social dominante da produção capitalista.
Walter Benjamin (1892-1940): filósofo alemão, Benjamin demostra uma postura positiva em relação aos temas desenvolvidos por Adorno e Horkheimer, sobretudo da Indústria Cultural. Em sua obra mais emblemática “A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica”, o filósofo aponta que a cultura de massa, disseminada pela Indústria Cultural, poderia trazer benefícios e servir como um instrumento de politização, na medida em que permitiria o acesso da arte a todos os cidadãos.
Jurgen Habermas (1929-): filósofo e sociólogo alemão, Habermas propôs uma teoria baseada na razão dialógica e na ação comunicativa, que, segundo ele, seria uma maneira de emancipação da sociedade contemporânea. Essa razão dialógica surgiria dos diálogos e dos processos argumentativos em determinadas situações. Nesse sentido, vale ressaltar o conceito de verdade apresentado pelo filósofo, o qual é fruto das relações dialógicas e, portanto, é denominado de verdade intersubjetivo (entre sujeitos).
Michel Foucault (1926-1984): filósofo francês, Foucault buscou analisar as instituições sociais, a cultura, a sexualidade e o poder. Segundo ele, as sociedades modernas e contemporâneas são disciplinares e apresentam uma nova organização do poder, que, por sua vez, foram fragmentadas em “micro poderes”, estruturas veladas do poder. Para o filósofo, o poder na atualidade engloba os diversos âmbitos da vida social e não somente o poder concentrado no Estado, teoria esclarecida em sua obra “Microfísica do Poder”.
Jacques Derrida (1930-2004): filósofo francês nascido na Argélia, Derrida foi um crítico do racionalismo, propondo a desconstrução do conceito de “logos” (razão). Assim, ele cunhou o conceito de “logocentrismo” baseado na ideia de centro e que inclui diversas noções filosóficas como o homem, a verdade e Deus. A partir dessa lógica de oposições, Derrida apresenta sua teoria filosófica destruindo o “logos”, que, por sua vez, auxiliou nas construções de “verdades” indiscutíveis.
Conclusão
Ao longo do período histórico a ética sofreu diversas variações ate chegar à época contemporânea, onde suas discursões giram em torno da linguagem, e do uso que fazemos dela, sobre o que as palavras explicitam e o que ocultam.
Estamos vivendo numa sociedade extremamente egoísta, onde a todo o momento, pessoas querem levar vantagem umas das outras, seja nas pequenas coisas ou nas grandes coisas, mesmo sem encontrar fundamentos que possa justificar os atos morais.
Há quem procure fundamentá-los por meio de argumentação compartilhada, para esclarecer por que alguns valores são preferíveis a outros e por que certos valores são validos e outros não.
Quem sabe um dia a ética alcance a universalidade dos valores morais, por uma sociedade possível de compreender como cada vez mais e necessário rever comportamentos e buscar soluções.

Mais conteúdos dessa disciplina