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Tutoria 01 – Módulo 03 É só ser regrado! 01- Definir e caracterizar: METABOLISMO É o somatório de todas as transformações químicas que ocorrem em determinada célula ou organismo, ocorre por meio de uma série de reações catalisadas enzimaticamente, as quais constituem as vias metabólicas. Cada uma das etapas consecutivas em uma via metabólica produz uma alteração química pequena e especifica, geralmente a remoção, transferência ou adição de um átomo ou grupo funcional. O metabolismo é constituídos de duas fases, o chamado catabolismo e anabolismo. As reações metabólicas visam: - obter energia química por degradação de nutrientes ricos em energia obtidos do meio ambiente; - converter as moléculas de nutrientes em moléculas com características próprias de cada células, incluindo-se os precursores de macromoléculas; - polimerizar precursores monoméricos em macromoléculas tais como proteínas, ácidos nucléicos, e polissacarídeos; - sintetizar e degradar biomoléculas necessárias a funções celulares especializadas, tais como lipídeos de membrana, mensageiros intracelulares e pigmentos. CATABOLISMO É a fase do metabolismo na qual moléculas e nutrientes orgânicos (carboidratos, lipídeos e proteínas) sofrem degradação, sendo convertidas em produtos finais menores e mais simples (por exemplo, ácido lático, CO2, NH3). As vias catabólicas liberam energia uma parte da qual é conservada na forma de ATP e de transportadores de elétrons reduzidos (NADH, NADPH, E FADH2); a energia restante é liberada na forma de calor. ANABOLISMO É também denominado biossíntese, moléculas precursoras pequenas e simples são ligadas entre si formando moléculas maiores e mais complexas incluindo-se lipídeos, polissacarídeos, proteínas, e ácidos nucléicos. As reações anabólicas requerem um fornecimento de energia, geralmente na forma de potencial de transferência do grupo fosforila do ATP e de perder redutor do NADH, NADPH e FADH2 . DIETA Refere-se aos hábitos alimentares individuais, onde cada pessoa tem uma dieta específica seja ela saudável ou não. Trata-se de um conjunto de alimentos que podem ser sólidos e/ou líquidos, consumidos diariamente. O problema é que às vezes, ela pode estar inadequada para as nossas necessidades e por isso, é preciso adaptar-se a uma dieta balanceada, equilibrada. Dieta equilibrada é aquela que contém porções adequadas de diferentes alimentos com objetivo de satisfazer às necessidades dos nutrientes de um determinado indivíduo. NUTRIÇÃO Os nutrientes por sua vez, servem para fornecer energia para realização das reações metabólicas; proporcionar energia para o crescimento e desenvolvimento de atividades; para manutenção do funcionamento e estrutura dos órgãos. Os nutrientes são os constituintes dos alimentos necessários para sustentar as funções normais do organismo. Toda a energia é fornecida por três classificações de nutrientes: gorduras, carboidratos e proteína (e em algumas dietas etanol, o qual não é um componente essencial da dieta, mas pode fornecer uma contribuição significativa para a ingestão calórica diária), os chamados macronutrientes. Os nutrientes necessários em menor quantidade, como as vitaminas e os minerais são os chamados micronutrientes. IDR- Ingestão Dietéticas de Referência: estima as quantidades de nutrientes necessárias para prevenir as deficiências, além de manter uma boa saúde e um crescimento adequado. Estabelecem ainda limites máximos para o consumo de alguns nutrientes e incorporam o papel dos nutrientes na saúde ao longo de toda a vida. É composta por: -Necessidade média estimada (NME) - Quantidade diária recomendada (QDR) - Ingestão adequada (IA) - Níveis de ingestão máxima tolerados (IM) Necessidades energéticas em humanos: Deve haver a ingestão média de nutrientes energéticos prevista para manter balanço energético (isto é, quando as calorias consumidas são iguais à energia gasta) em um adulto sadio, em determinado gênero, idade e altura, e cujo peso e nível de atividade física são consistentes com uma boa saúde. Diferenças na genética, na constituição corporal, no metabolismo e no comportamento dos indivíduos tornam difícil predizer com precisão as necessidades calóricas de um individuo. Estima-se que adultos sedentários necessitem de cerca de 30 kcal/kg/dia para manter seu peso corporal, adultos moderadamente ativos necessitam de 35 kcal/kg/dia e adultos muito ativos requerem 40 kcal/kg/dia. (a média é de 2000 a 2500 kcal/dia). Média de kcal/g disponível a partir dos principais nutrientes: - carboidrato; 4 kcal/g - proteína; 4 kcal/g - gordura; 9 kcal/g - álcool; 7 kcal/g A energia gerada pelo metabolismo dos macronutrientes é utilizada para três processos dependentes de energia que ocorrem no organismo: taxa metabólica de repouso (50 a 70% do gasto energético – energia gasta por um individuo em repouso), efeito térmico do alimento (5 a 10% - durante a digestão e absorção dos alimentos a produção de calor pelo corpo aumenta em até 30%) e atividade física (a atividade muscular fornece a maior variação no gasto energético, dependendo da duração e intensidade do exercício). As vitaminas e sais minerais (micronutrientes) são compostos orgânicos não-relacionados quimicamente, que não podem ser sintetizados por humanos em quantidades adequadas e, portanto, devem ser supridos pela dieta. DESNUTRIÇÃO A desnutrição é uma doença causada pela dieta inapropriada. Também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Tem influência de fatores sociais, psiquiátricos ou patológicos. A desnutrição prolongada pode reduzir a taxa metabólica em 20 a 30%, presumivelmente devido à pequena quantidade de substâncias alimentares nas células. É dividida em três estágios: leve, moderada e grave. Como conceito, a subnutrição é o estágio denominado leve da desnutrição. A desnutrição pode ser o resultado de pouca alimentação ou alimentação excessiva. Ambas as condições são causadas por um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes essenciais. - A subnutrição é uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre; de uma absorção deficiente do intestino dos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; ou da perda excessiva de nutrientes por processos como a diarréia, sangramento (hemorragia), insuficiência renal. - A hipernutrição é um excesso de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de comer demais (ingestão excessiva); ou do uso excessivo de vitaminas ou outros suplementos. A desnutrição se desenvolve em fases: primeiro ocorrem alterações na concentração de nutrientes no sangue e nos tecidos, a seguir acontecem alterações nos níveis de enzimas, depois passa a ocorrer mal funcionamento de órgãos e tecidos do corpo e então surgem sintomas de doença e pode ocorrer a morte. O corpo necessita de mais nutrientes durante certas fases da vida, especialmentena infância e adolescência; durante a gravidez; e enquanto a mãe está amamentando. Na velhice as necessidades alimentares são menores, mas a capacidade de absorver os nutrientes também está freqüentemente reduzida. Assim, o risco de subnutrição é maior nestas etapas da vida, e ainda mais entre pessoas economicamente desprovidas. SUB-NUTRIÇÃO É uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre; de uma absorção deficiente do intestino dos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; ou da perda excessiva de nutrientes por processos como a diarréia, sangramento (hemorragia), insuficiência renal. MACRONUTRIENTES Trata-se de polímeros de alto peso molecular montados a partir de precursores relativamente mais simples. A síntese de macromoléculas é a atividade que mais consome energia das células. Proteínas são longos polímeros de aminoácidos, os carboidratos são polímeros de açucares simples como a glicose, os lipídeos são polímeros de ácidos graxos e glicerol. MICRONUTRIENTES São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em pequenas quantidades, de miligramas a microgramas. Fazem parte deste grupo as vitaminas e os minerais. São nutrientes essenciais e devem estar presentes na alimentação diariamente. O déficit pode provocar doenças ou disfunções e o excesso, intoxicações. Por isso, a dieta deve ser sempre equilibrada e variada. São compostos orgânicos, que não podem ser sintetizados pelo organismo. Encontram-se em pequenas quantidades na maioria dos alimentos. São essenciais para o bom funcionamento de processos fisiológicos do corpo. São substâncias extremamente frágeis, podendo ser destruídas pelo calor, ácidos, luz e certos metais. Suas principais propriedades envolvem dois mecanismos importantes: o de coenzima (substância necessária para o funcionamento de certas enzimas que catalisam reações no organismo) e o de antioxidante (substâncias que neutralizam radicais livres). OLIGONUTRIENTES Existem vários oligoelementos (oligonutrientes) que são fundamentais ao organismo em uma quantidade bem pequena. Mesmo se necessários em apenas uma quantidade muito pequena, os oligoelementos permanecem indispensáveis ao organismo, pois o corpo não consegue sintetizá-los sozinho. É possível encontrar os oligoelementos na alimentação, mas as vezes, em caso de carência, fadiga ou doenças, os complementos alimentares vendidos em farmácias podem ser importantes. Os oligoelementos são: cobalto, cobre, ferro, flúor, iodo, manganês, selénio e zinco. DIETA BALANCEADA Esta é uma expressão pouco clara, que na realidade engloba várias características a serem analisadas antes de se concluir se uma dieta é, de fato, devidamente balanceada. Antes de mais nada, uma dieta equilibrada, ou balanceada, deve fornecer vários nutrientes, incluindo-se entre eles as vitaminas, os minerais, fibras, fluidos e macronutrientes. Uma dieta balanceada é, portanto, um tipo de alimentação que não tem deficiência (falta) de nenhuma dessas categorias de nutrientes. Além disso, ela deve fornecer esses nutrientes sem ganho de peso, sendo uma dieta que mantém o peso estável e o indivíduo com saúde. Existem tabelas e regras para se compor uma dieta balanceada, que deve ser sempre acompanhada por um profissional, principalmente se da dieta depende a recuperação da saúde de uma pessoa. Quando se fala em dieta, pensa-se de imediato na ingestão de alimentos sólidos, porém a água é um dos fatores mais importantes para o acompanhamento da mesma e para manter o indivíduo em boas condições de hidratação. Assim, ao estudar a pirâmide alimentar, não se deve perder de vista que os nutricionistas recomendam a ingestão diária de 8 a 10 copos de água, preferencialmente a outros líquidos (como refrigerantes, cervejas, etc), ou ao menos de sucos de frutas frescas. Não existe um padrão de dieta que atenda, ao mesmo tempo, a todas as necessidades de todas as pessoas, pois essas necessidades variam enormemente de acordo com a faixa etária, condições gerais de saúde(inclui-se pessoas com boa saúde, pessoas convalescentes, gravidez, doentes acidentados, pré e pós operatórios, atletas, jogador e desportistas de fim de semana, pessoas com alergia e pessoas tomando determinado medicamento), situação geográfica e clima. O que existe é uma dieta balanceada geral, considerando-se um individuo de padrão normal que é: 60% de carboidratos, 25% de proteínas e 15% de gordura. A partir desta dieta geral, as dietas especiais são preparadas de acordo com os tipos descritos acima. Esta dieta balanceada segue a pirâmide alimentar descrita no segundo objetivo. 02- Descrever e caracterizar a pirâmide alimentar Trata-se de uma forma mais prática para a demonstração dos alimentos que devem ser consumidos em maior e menor quantidade supondo uma dieta balanceada. Nenhum alimento conterá todos os nutrientes necessários a manutenção da vida e um mesmo tipo de alimento pode oferecer ao organismo nutrientes em excesso, que podem causar várias doenças. O ideal então é equilibrar a alimentação. A Pirâmide Alimentar foi criada para ajudar e a entender como equilibrar esses alimentos diariamente. Os alimentos são agrupados de acordo com as suas funções e seus nutrientes. De acordo com a Universidade de Brasília - Departamento de Nutrição, a pirâmide alimentar é dividida em 8 grupos. Nenhum grupo pode ser utilizado como única fonte dos nutrientes, mesmo por que, nenhum grupo contém todos os nutrientes. A pirâmide funciona da seguinte maneira: A base larga indica os alimentos mais necessários e que devem sem mais consumidos, a medida que vai encurtando, vai diminuindo a necessidade de consumir esses tipos de alimentos, chegando até a ponta da pirâmide que indica alimentos que devem ser ingeridos em poucos quantidades. É bom lembrar que todos os alimentos contidos em todos os grupos são importantes, o que muda é a quantidade a ser ingerida. A quantidade é especificada através das porções para cada grupo. Alimentos como açúcar, as gorduras e o sal podem ser encontrados em vários grupos, por já estarem presente naturalmente nos alimentos. A ingestão particular desses alimentos, como por exemplo: o sal de cozinha e o açúcar de mesa, devem ser alvos de atenção. Uma vez que o seu excesso pode acarretar vários comprometimentos a saúde. O mesmo vale para as gorduras, principalmente a gordura animal, que é rica em colesterol. A antiga pirâmide alimentar: Grupo 01: Na base da pirâmide estão os alimentos energéticos ricos em carboidratos que são responsáveis pelo fornecimento da maior parte da energia que precisamos. São os cereais, pães, raízes e tubérculos. São indicadas 8 porções. Grupo 02: No segundo grau da pirâmide estão os alimentos reguladores, ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água. São ashortaliças, verduras. São indicadas 3 porções. Grupo 03: As frutas e os sucos de frutas naturais, também são alimentos reguladores, ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e água. São indicadas 3 porções. Grupo 04: No terceiro grau estão os alimentos construtores, ricos em proteínas, cálcio, ferro e zinco. Esse grupo também possui açucares e gorduras. São eles: o leite, derivados de leite, queijos, bebidas lácteas, etc. São indicadas 3 porções. Grupo 05: Alimentos construtores ricos em proteína e cálcio, também possuem gorduras e colesterol, além de ferro e zinco. São as carnes e ovos. São indicadas 2 porções. Grupo 06: Esse grupo encerra o grupo dos alimentos construtores, que são ricos em proteínas, fibras, além de cálcio, ferro, zinco e vitaminas. A vantagem desse grupo é que possuem alimentos que oferecem calorias, através do colesterol bom, sem prejudicar a saúde. Além de proteínas especificas, como a Isoflavona que é encontrada na soja e que ajuda a combater várias doenças. São as leguminosas: feijão,soja, ervilha, etc. É indicada uma única porção. Grupo 07: óleos e gorduras (120 kcal). No ultimo grau da pirâmide estão os alimentos energéticos, ricos em calorias e colesterol. São importantes pois as gorduras e o colesterol transportam as vitaminas A, D, E e K, mas devem ser consumidas em pequenas quantidades. São indicadas duas porções. Grupo 08: Açucares, balas, chocolates, salgadinhos (80 kcal). São alimentos energéticos que provem muitas calorias e poucos nutrientes. Devem ser consumidos com moderação. São indicadas duas porções por dia. A nova pirâmide alimentar: Trata-se de uma versão da pirâmide alimentar sem tanto carboidrato. A antiga pirâmide alimentar foi usada por nutricionistas e praticantes de dieta do mundo inteiro e estabelecia uma alimentação rica em carboidratos. Vendo que este não era o real padrão de alimentação saudável, a escola de medicina de Harvard deu forma a uma nova pirâmide alimentar. Na versão anterior a base era constituída de alimentos ricos em carboidratos, como arroz, batata e macarrão. Agora, esses ingredientes vão para o topo da pirâmide, o que significa que precisam ser comidos com parcimônia, na mesma proporção em que se deve comer carne vermelha e manteiga. Na velha pirâmide laticínios, peixes, ovos e frango ocupavam o mesmo patamar, na nova, os lacticínios foram para um ponto mais alto e, portanto, passaram a sofrer restrições. Os exercícios físicos e controle de peso ganharam muita importância e ocupam a base da pirâmide com tanto relevo quanto a própria escolha dos alimentos. Vitaminas e até mesmo uma dose moderada de bebida alcoólica são bem vindas. Verduras, legumes e frutas ficam no mesmo tópico e devem ser consumidos com entusiasmo. Acredita-se que a alta taxa de carboidratos ingeridos contribuíam para a obesidade, saúde deficiente e mortes precoces desnecessárias. A restrição dos carboidratos vem da compreensão de que algum deles, presentes no arroz branco, no pão comum ou na batata, são quebrados rapidamente no intestino transformando em açúcar. Os efeitos da alta taxa de glicemia podem levar à compulsão alimentar e problemas cardiovasculares. Por essa razão estes alimentos foram transferidos para o topo da pirâmide. O carboidrato capaz de trazer grande benefícios é encontrado nos grãos integrais, estes estão liberados. Devido a hábitos culturais acredita-se que seja possível ao brasileiro seguir a nova pirâmide alimentar porém com algumas restrições, como por exemplo o arroz branco e feijão, mas segundo estudos, o arroz branco quando consumido juntamente com o feijão é saudável pois o alto índice de glicemia é atenuado. A carne vermelha na mesa do brasileiro também não deve ser abolida devido ao efeito benéfico do ferro de prevenir anemia e desnutrição. 03- Identificar a influência da idade no metabolismo Com a idade avançada há uma queda dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), como esses hormônios são reguladores do metabolismo e conseqüentemente sua velocidade, há uma diminuição do metabolismo a partir dos 30 anos. Porém é preciso considerar também que uma grande parte da diminuição das atividades metabólicas ocorre devido a não-prática de atividades físicas que é comum com o avanço da idade. 04- Caracterizar a importância do exercício físico para a regulação do metabolismo Praticar atividade física, combinando exercício aeróbico e ginástica localizada ou musculação acelera o metabolismo. Além disso, o exercício regular ajuda a transformar glicose e gordura em energia, sem a necessidade de produzir o hormônio insulina, que ajuda a engordar. É importante que a atividade física seja regular, para que haja uma ação metabólica contínua, e que a alimentação seja adequada ao gasto calórico. As alterações que ocorrem com o treinamento de velocidade, potência e força incluem: maiores níveis de substratos energéticos (aumento de ATP, fosfocreatina, creatina livre e glicogênio, acompanhados por uma melhora de 28% na força muscular); maior quantidade e atividade de enzimas-chave que controlam a fase anaeróbica do catabolismo da glicose (maior nas fibras de contração rápida); maior capacidade de gerar altos níveis de lactato sangüíneo durante o exercício explosivo (maiores níveis de glicogênio e de enzimas glicolíticas e melhor motivação e tolerância à dor no exercício extenuante). O treinamento aeróbico produz melhoras significativas na capacidade para o controle respiratório no músculo esquelético. O treinamento de endurance faz aumentar a capacidade do indivíduo de mobilizar, transportar e oxidar os ácidos graxos para obtenção de energia durante o exercício submáximo. O catabolismo acelerado das gorduras com o treinamento aeróbico torna-se particularmente evidente para a mesma carga de trabalho absoluta do exercício submáximo, independentemente de o indivíduo estar alimentado ou em jejum. Aumentos impressionantes ocorrem também na capacidade do músculo treinado de utilizar os triglicerídeos intramusculares como fonte primária para a oxidação dos ácidos graxos. Uma lipólise (quebra de gorduras) mais vigorosa induzida pelo treinamento resulta de: - Maior fluxo sangüíneo dentro do músculo treinado; - Mais enzimas para a mobilização e o metabolismo das gorduras; - Capacidade respiratória aprimorada das mitocôndrias musculares; - Menor liberação de catecolaminas para a mesma produção absoluta de potência. O catabolismo das gorduras aprimorado beneficia os indivíduos praticantes de atividades de endurance, pois conserva as reservas de glicogênio tão importantes durante o exercício prolongado de alta intensidade. Em relação ao catabolismo dos carboidratos, o músculo treinado exibe uma maior capacidade de oxidar os carboidratos durante o exercício submáximo. Conseqüente, grandes quantidades de piruvato fluem através das vias energéticas aeróbicas, efeito esse consistente com a maior capacidade oxidativa das mitocôndrias e o melhor armazenamentode glicogênio dentro dos músculos. Entretanto, durante o exercício submáximo o treinamento de endurance reduz a renovação (turnover) do glicogênio muscular em favor de uma maior combustão de ácidos graxos. A utilização reduzida de carboidratos totais como combustível no exercício submáximo com o treinamento de endurance resulta dos efeitos combinados de: menor utilização do glicogênio muscular e produção reduzida de ATP através da glicólise hepática e utilização da glicose carreada pelo plasma. A oxidação dos ácidos graxos, combinada com um catabolismo reduzido dos carboidratos, contribui para a homeostasia (estado de equilíbrio) da glicose sangüínea e uma maior capacidade de endurance após o treinamento aeróbico. A capacidade gliconeogênica hepática (formação de novo ATP pela glicose armazenada no fígado) exarcebada pelo treinamento também proporciona resistência à hipoglicemia durante o exercício prolongado. 05- Reconhecer e caracterizar a influência dos fatores hormonais na regulação do metabolismo (quais hormônios e onde age; muito pouco sobre ‘como’) Posso citar três hormônios capazes de aumentar a taxa metabólica basal, ou seja, os metabolismos consumidores de 50 a 70% da energia diária total. Trata-se da energia requerida para a realização de todas as reações químicas do corpo mesmo quando uma pessoa se encontra em completo repouso. Hormônio Tireoidiano: quando a glândula tireóide secreta uma quantidade máxima de tiroxina, a taxa metabólica aumenta em 50 a 100% acima do normal. Inversamente, a perda completa da secreção tireoidiana reduz a taxa metabólica em 40 a 60% do normal. A tiroxina eleva a taxa das reações químicas de muitas células no corpo, aumentando, por conseguinte, a taxa metabólica. Hormônio Masculino e Feminino: A testosterona pode aumentar a taxa metabólica em cerca de 10 a 15%. Os hormônios femininos podem elevar um pouco a TMB, mas em geral não o bastante para que este aumento seja significativo. Hormônio Do Crescimento: Aumenta a taxa metabólica em 15 a 20%, como resultado da estimulação direta do metabolismo celular. 06- Identificar a relação entre consumo, produção de energia e desnutrição Se há um elevado consumo de energia logo haverá muita produção, mas essa produção depende do catabolismo de lipídeos, carboidratos e proteínas, como fora explicado no item 1. É preciso haver a reação de quebra das moléculas de macronutrientes para a produção de ATP. Se não existirem macronutrientes em reserva suficiente e estes não forem repostos no organismo logo irá ocorrer a subnutrição. Se não há o consumo e conseqüentemente a produção de energia, logo irá ocorrer o acumulo exagerado de micro, macro e oligonutrientes no organismo, levando então à uma hipernutrição. Tanto a hipernutrição quanto a subnutrição podem levar e desnutrição. 07- Caracterize IMC e suas variações O índice de massa corporal (IMC) é uma formula que indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável. A fórmula para calcular o índice de massa corporal é: IMC = peso/(altura) 2. Antes de tudo é preciso salientar que o índice de massa corporal é apenas um indicador, e não determina de forma inequívoca se uma pessoa esta acima ou abaixo do peso. A Organização Mundial da Saúde usa um critério simples: Condição IMC em adultos abaixo do peso abaixo de 18,5 no peso normal entre 18,5 e 25 acima do peso entre 25 e 30 obeso acima de 30 A vantagem do sistema da OMS é que ele é simples, com números redondos e fáceis de utilizar. Há outros critérios mais detalhados. Os resultados da NHANES II survey (National Health and Nutrition Examination Survey), uma pesquisa realizada nos Estados Unidos entre 1976-1980, indicaram a adoção dos seguintes critérios: Condição IMC em IMC em Mulheres Homens abaixo do peso < 19,1 < 20,7 no peso normal 19,1 - 25,8 20,7 - 26,4 marginalmente acima do peso 25,8 - 27,3 26,4 - 27,8 acima do peso ideal 27,3 - 32,3 27,8 - 31,1 obeso > 32,3 > 31,1 Mas existem ainda alguns problemas em usar o IMC para determinar se uma pessoa esta acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas podem ter um índice de massa corporal alto e não serem gordas. Este método de avaliação também não é valido para crianças. Outro problema é a influencia ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e étnica tem sobre o IMC. Por exemplo, um grupo de assessoramento à OMS concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23. O índice de massa corporal apesar de conter alguns pontos fracos é um método fácil no qual qualquer um pode obter uma indicação, com um bom grau de acuidade, se esta abaixo do peso normal, acima do peso ideal, ou obeso. Porem o método mais preciso para determinar se a pessoa está gorda é a medição do percentual de gordura corporal. Tal medição deve ser feita por profissional qualificado utilizando medidor de dobras cutâneas. No IMC existem ainda tabelas mais precisas para a indicação de obesidade: Cálculo IMC Situação Abaixo de 18,5 Você está abaixo do peso ideal Entre 18,5 e 24,9 Parabéns — você está em seu peso normal! Entre 25,0 e 29,9 Você está acima de seu peso (sobrepeso) Entre 30,0 e 34,9 Obesidade grau I Entre 35,0 e 39,9 Obesidade grau II (severa) 40,0 e acima Obesidade grau III (mórbida) * Sobrepeso: grau de risco moderado *Obesidade grau I: grau de risco alto *Obesidade severa: grau de risco muito alto *Obesidade mórbida: grau de risco extremo A obesidade é fator de risco para um série de doenças ou distúrbios que podem ser: Doenças Distúrbios Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom") Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina Câncer Intolerância à glicose Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade Coledocolitíase Apnéia do sono 08- Anexos: Fatores que afetam o metabolismo Cerca de 80% da taxa metabólica é determinada geneticamente, enquanto os outros 20% dependem de outros fatores que listamos a seguir 1º) Tecido muscular - Quanto mais músculos você tem, maior e mais veloz é o gasto calórico, independente do seu nível de atividade, da sua idade, etc. Os músculos são tecido vivo e estão lá para trabalhar para você, queimando calorias 24hs por dia. 2º) Alimentação - O excesso de açúcar, especialmente após a refeição, deve ser evitado, uma vez que a digestão de proteínas e gorduras fica prejudicada. O açúcar é digerido mais rapidamente, retardando a digestão de outros alimentos e enganando o cérebro, que sinaliza com mais fome em pouco tempo. Isso também vale para as farinhas de trigo brancas (refinadas) utilizadas no preparo de pães, bolos e massas. Os alimentos gordurosos também devem ser controlados, mas é importante não reduzi-los em demasia, uma vez que a deficiência desse nutriente diminui a produção de certos hormônios, levando à diminuição do metabolismo. Utilize em suas refeições gorduras que fazem bem para a saúde provenientes de nozes, castanhas e azeite de oliva. 3º) Freqüência das refeições - O tempo entre uma refeição e outraé muito importante. Quanto maior o tempo, mais lento é o seu metabolismo, pois ele diminui para poupar energia. Quando pulamos refeições, ficando muito tempo sem comer, o corpo procura obter a energia que precisa consumindo o seu próprio tecido muscular (catabolismo). 4º) Atividade física - Praticar atividade física, combinando exercício aeróbico e ginástica localizada ou musculação acelera o metabolismo. Além disso, o exercício regular ajuda a transformar glicose e gordura em energia, sem a necessidade de produzir o hormônio insulina, que ajuda a engordar. É importante que a atividade física seja regular, para que haja uma ação metabólica contínua, e que a alimentação seja adequada ao gasto calórico. 5º) Água -A maioria das funções do corpo acontecem na presença de água. O líquido é fundamental para transportar hormônios, vitaminas e minerais, além de facilitar o trânsito intestinal e a eliminação de toxinas. A falta de água desacelera o metabolismo. Por isso, beba pelo menos 8-10 copos por dia. 6º) Sexo - O metabolismo masculino é mais acelerado do que o feminino, pois os homens apresentam proporção maior de massa muscular e menor de gordura do que as mulheres. Por isso é importante que as mulheres não deixem de praticar uma atividade física, que ajude no desenvolvimento de massa muscular. 7º) Idade - A partir dos 30 anos o metabolismo começa a ficar mais lento, contudo pesquisas indicam que isso ocorre pelo fato das pessoas tornarem-se mais sedentárias, o que acarreta uma perda gradual de massa muscular. Por isso, é importante que haja um controle alimentar e prática regular de atividade física. 8º) Temperatura ambiente - Em dias mais frios, o corpo consome mais energia para se manter aquecido. Glândula Hormônio Estrutura Química Principais Efeitos Regulação Hipófise (Lobo posterior) Oxitocina Peptídeo Estimula a contração das musculaturas do útero e das glândulas mamárias Sistema nervoso Lobo posterior Antidiurético Peptídeo Promove a reabsorção de água pelos rins Osmolaridade dosangue Lobo anterior Somatotrofina Proteína Estimula o crescimento geral do corpo; afeta o metabolismo das células Hormônios do Hipotálamo Lobo anterior Prolactina Proteína Estimula a produção e a secreção do leite Hormônios do Hipotálamo Lobo anterior Folículo estimulante Proteína Estimula os folículos ovarianos nas fêmeas e a espermatogênese nos machos Estrógenos no sangue; hormônios do hipotálamo Lobo anterior Luteinizante Proteína Estimula o corpo amarelo e a ovulação nas fêmeas e as células intersticiais nos machos Progesterona ou testosterona; hormônios do hipotálamo Lobo anterior Tireotrofina Proteína Estimula a tireóide a secretar seus hormônios Tiroxina; hormônios do hipotálamo Lobo anterior Adrenocorticotrófico Proteína Estimula a secreção de glicocorticóides pelas glândulas adrenais Cortisol; hormônios do hipotálamo Tireóide Triiodotironina Aminoácidos Estimula e mantém os processos metabólicos Tireotrofina Tireóide Calcitonina Peptídeo Baixa o nível de cálcio no sangue e inibe a liberação de cálcio dos ossos Concentração de cálcio no sangue Paratireóides Paratormônio Peptídeo Eleva o nível de cálcio no sangue e estimula a liberação de cálcio dos ossos Concentração de cálcio no sangue Pâncreas Insulina Proteína Baixa sua taxa no sangue; estimula o armazenamento de glicose pelo fígado; estimula a síntese de proteínas Concentração de glicose no sangue; somatostatina Pâncreas Glucagon Proteína Estimula a quebra de glicogênio nofígado Concentração de glicose e aminoácidos no sangue Pâncreas Somatostatina Peptídeo Suprime a liberação de insulina e glucagon Controle nervoso Adrenal Epinefrina Catecolamina Aumenta o açúcar no sangue; causa Controle nervoso (medula) vasoconstrição na pele, mucosas e rins Adrenal (medula) Norepinefrina Catecolamina Acelera os batimentos cardíacos; causa vasoconstrição generalizada no corpo Controle nervoso córtex Glicocoticóides Esteróides Afeta o metabolismo de carboidratos; aumenta o açúcar no sangue Adrenocorticotrófico córtex Mineralocorticóides Esteróides Promove a reabsorção de sódio e a excreção de potássio pelosrins Nível de potássio no sangue Testículos Andrógenos Esteróides Estimula a espermatogênese; desenvolve e mantém os caracteres sexuais secundários masculinos Hormônio folículo estimulante; hormônio luteinizante Ovários (folículo) Estrógenos Esteróides Estimula o crescimento da mucosa uterina; desenvolve e mantém os caracteres sexuais secundários femininos Hormônio folículo estimulante; hormônio luteinizante Corpo amarelo Progesterona e estrógenos Esteróides Promove a continuação de crescimento da mucosa uterina Hormônio folículo estimulante; hormônio luteinizante Pineal Nelatonina Catecolamina Está envolvida no ritmo circadiano Ciclo dia / noite