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Plano de Aula: Aula 01 - Noções de Economia de Mercado ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Aula 01 - Noções de Economia de Mercado Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 1 Tema Noções de Economia de Mercado Objetivos Conhecer a importância do estudo da Economia para o curso de Direito Compreender os conceitos básicos de Economia Identificar os Sistemas Econômicos e os Fatores de Produção Estrutura do Conteúdo NOÇÕES DE ECONOMIA DE MERCADO A relação da Economia com o conhecimento jurídico. Importância do estudo da Economia para o Curso de Direito. Conceituação básica. Sistemas econômicos. Fatores de Produção. Problemas Econômicos Fundamentais. Abaixo, apresentamos de forma resumida os aspectos a serem abordados pelos professores sobre o conteúdo da aula. As questões aqui colocadas deverão ser contextualizadas procurando associar aos fatos recentes. A relação da Economia com o conhecimento jurídico. Ao iniciar o estudo do Direito o discente vê como uma das suas disciplinas Economia Política. Sendo frequente, no decorrer dos anos, a indagação de: qual a relação que há entre estas duas áreas? A estranheza sentida por alguns, não é de todo infundada, mas se deve muito mais pelos rumos que estas duas áreas das ciências sociais tomaram no decorrer do tempo do que pelos fundamentos que as sustentam e as fazem ser tão relevantes para a sociedade. Contudo, tanto o direito, quanto a economia, se originam do mesmo conjunto de questões, pois são frutos da tentativa humana de entender como os indivíduos se organizam socialmente e produtivamente, como se entendem e como formulam o entendimento sobre o outro. Suas origens estão, portanto, nos primeiros textos filosóficos, sendo o campo da Filosofia sua origem comum. O objeto de estudo do direito enquanto área do conhecimento é a relação humana, ou seja, o conjunto de relações que ocorrem entre os seres humanos que se comunicam (as relações sociais), pois indivíduos isolados, que não possuem outros seres humanos para se relacionarem, não travam este conjunto de relações. A valoração jurídica é relativa à relação humana na medida em que o comportamento de um indivíduo se defronta com os comportamentos intercomplementares dos outros indivíduos, sendo esta uma relação intersubjetiva, pois ocorre entre mais de um. As ?Leis?, como são conhecidas, disciplinam ou buscam disciplinar a relação humana, ou seja, as formas como os indivíduos travam (ou devem travar) as suas relações sociais. A análise jurídica destas relações cria uma norma de ?dever-ser? ? regras e regulamentos, que podem ser explícitos ou tácitos ? que estabelece a forma e o conteúdo através dos quais aquelas relações são válidas e aceitas, além de estudar o conjunto das normas já criadas. Assim, estas normas de ?dever-ser? estabelecem de que forma as relações devem ser travadas entre os indivíduos e de que forma passam a ser aceitas por estes. De acordo com cada época e/ou lugar a ?relação jurídica? apresenta conteúdos diferentes, podendo ser interpretada tanto como a representação dos interesses coletivos, como reflexo dos interesses da ?classe dominante?. No entanto, tanto de uma como de outra, a relação jurídica vêm acompanhado e, algumas vezes, buscando condicionar as transformações ocorridas na forma como os indivíduos se relacionam. Portanto, a ?Norma Jurídica? representa o conjunto de todos os contextos de relações jurídicas expressas na manifestação da vontade social, sendo o direito o reflexo do entendimento dos indivíduos em cada época e em cada local, como o resultado daquilo que é considerado melhor, mais adequado e mais justo. É neste contexto de transformações das relações sociais que o direito e a economia se apresentam de forma inter-relacionada, pois é no bojo das transformações ocorridas nas relações entre senhores e servos no final da Idade Média, que a valorização de cada pessoa como dotada de uma individualidade própria, passa a definir o direito de ?SER?, valorizando cada um como um indivíduo provido de direitos que são extensivos a todos de forma igual, formulando a idéia de ?individualidade?, fundamento básico para a criação de uma nova categoria social, a dos ?cidadãos?, distinta da dicotomia até então vigente ? nobreza ou servos. Contudo, estes direitos individuais consagrados nos primeiros códigos civis, se centralizavam em torno das garantias do direito de propriedade, o direito de ? TER?, na medida em que tinham como fundamento básico a garantia das transformações sociais em curso, marcadas pela decadência econômica e política da nobreza e pela ascensão dos homens livres por suas atividades comerciais ? mercantis. Nestes termos, o ?direito de ser? vinculava-se ao ? direito de ter?, na medida em que somente aqueles dotados de individualidade e, portanto, de direitos, poderiam ser identificados como capazes de ?possuir?, isto é, de ter propriedades e estas serem respeitadas. As ideias contidas na construção deste ?indivíduo atomizado?, criatura única, possuidora de direitos, podem ser claramente identificadas nos primeiros textos da economia moderna (pós Idade Média), conhecidos como ?Liberalismo Econômico?, que pregavam a autonomia do indivíduo em suas atividades empresariais e a liberdade de realizarem suas transações como bem entendessem, sem qualquer intervenção. Contudo, o processo de transformações sociais em curso se deu de forma que os direitos individuais e, portanto, o ?indivíduo atomizado?, cedesse lugar a ideia do indivíduo como componente de um coletivo: uma ?comunidade? ? onde os interesses do todo (coletivo) passaram a se sobrepor aos interesses individuais, fazendo com que indivíduos dotados de direitos fossem também dotados de obrigações. Passando a ?regra jurídica? a ser um instrumento do desenvolvimento econômico e não mais a busca da consagração da perfeição das relações humanas ? em regras de como ?deve/ser? as relações entre os indivíduos se transformando num instrumento para alcançar o ?bem-estar? econômico coletivo, expresso no desenvolvimento econômico, na ampliação da riqueza e na prosperidade comum. Importância do estudo da Economia para o Curso de Direito. Economia e Direito A importância do estudo da Economia para o Curso de Direito é fornecer uma visão das principais questões econômicas de tal forma que se possa ter uma melhor compreensão da realidade econômica e suas relações com as Normas Jurídicas. O direito em geral desempenha uma função importante na organização da atividade econômica. Princípios legais que estão por trás das medidas de política econômica é parte integrante do presente estudo, e serão analisados durante as diversas unidades. Como exemplo, pode-se citar a intervenção por parte do governo em atividades econômicas como Oligopólios e Monopólios. Conceitos como escolha, necessidades, recursos, escassez, produção e distribuição fazem parte tanto do direito como da economia. Como esses termos se relacionam com o campo do direito? Qual a sua relevância para o estudo do direito? Estas são algumas das questões a serem abordas ao longo do curso. No entanto, toda decisão de intervenção seja ela política, econômica e/ou jurídica por parte de qualquer agente da sociedade deve sempre objetivar o bem estar social. Fatos, Fenômenos e Leis Econômicas. Quando se observa a existência de fatos ou fenômenos econômicos como a troca, o trabalho, e a moeda, e quando esses fatos ou fenômenos estão ligados entre si por relações constantes e conhecidas surgem às leis econômicas. Registrar fatos e fenômenos econômicos procurando estabelecer entre eles as relações constantes ou Leis Econômicas é a finalidade própria da economia política. Entretanto a observação das Leis Econômicas não é perfeita como se verifica com as Leis do mundo físico. Com relação à constituição dos fenômenos sociais e jurídicos, vale ressaltar que a função socialtem relevância na seara jurídica, por envolver aspectos políticos, econômicos e sociais. As desigualdades latentes no convívio em sociedade ao longo da história passaram a requerer soluções que fossem capazes de reduzir o quadro de injustiças existentes em cada época, principalmente em virtude da distância entre o que determinava a lei e o que se verifica na realidade social atual. Daí o fenômeno jurídico englobar todos os eventos, provenientes da atividade humana ou decorrente de fatos naturais capazes de ter influência na órbita do direito por transferir, conservar, modificar ou extinguir as relações jurídicas. Conceituação básica Definição Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de bens e serviços, e como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção, de modo a distribuí-lo entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Economia também pode ser definida como a administração da escassez dos recursos de produção. Essa definição contém vários conceitos importantes que são a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica: Escolha, necessidades, recursos, escassez, produção e distribuição. Em qualquer sociedade, os recursos de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. O ser humano não se satisfaz com o que tem, sempre desejando mais coisas. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade. A escassez de recursos humanos e materiais, evidenciados pela existência de preços, impõe a necessidade de distribuir recursos entre alternativas de uso presente e futuro. Logo, a escolha é a essência da tomada de decisão econômica. É necessário avaliar o valor relativo dos diferentes tipos e quantidades de bens de consumo e serviços (Ex.: pão, automóveis, geladeiras, apartamentos, escolas, etc.) em relação uns aos outros e em relação à oferta futura que provavelmente se tornará disponível se esses recursos presentes forem desviados para a produção de bens de capital (ex.: portos, estradas, pontes, fábricas). Necessidades Humanas Ilimitadas (Ato econômico) X Escassez de Recursos Þ Problema ¯ Solução: "Escolha" ¯ Distribuir (alocar) recursos Como esses conceitos e essas definições se relacionam com o Direito? A Economia é uma ciência social assim como o Direito, que depende das relações humanas seja na esfera familiar ou mesmo na organização do Estado e que através de suas normas regem as relações econômicas. Como esses conceitos e essas definições se relacionam com o Direito? Quando se define Economia como uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos, o direito também é uma ciência social que através de suas normas regula as relações econômicas. Os diversos ramos da ciência jurídica se relacionam com a economia: Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito do Trabalho e o Direito Internacional, entre outros. Pode-se citar como exemplo a importância do Direito Financeiro que trata da captação e da gestão dos recursos econômicos para que os órgãos públicos possam cumprir com suas obrigações. Da mesma forma que qualquer cidadão, o Estado carece de recursos para satisfazer às suas necessidades de realizar obras e prestar serviços à sociedade. Daí a importância do Direito Financeiro, cuja autonomia é implicitamente reconhecido na Constituição Federal do Brasil de 1988, tendo em vista o disposto nos arts. 145 a 169. Sistemas econômicos Definição Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade, para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação e consumo de bens e serviços. Os elementos básicos de um sistema econômico são: Fatores de produção: são os recursos humanos, o capital, os recursos naturais e a tecnologia/conhecimento. Unidades de produção: são as empresas. Instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais que constituem na base de organização da sociedade. Classificação dos Sistemas Econômicos a) Sistema Capitalista ou economia de mercado: É aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. Com relação à livre iniciativa e a propriedade privada, esses conceitos podem ser visualizados no caput do artigo 170 da Constituição Federal do Brasil de 1988. Vale ressaltar que pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de livre concorrência (concorrência pura), em que não havia intervenção do Estado na atividade econômica. Porém em 1930 passou a predominar o sistema de economia mista, onde prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação e intervenção do Estado, através das idéias do economista inglês John Maynard Keynes. b) Sistema Socialista ou economia centralizada: É aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção. Os bens de produção são de controle direto do Estado. É aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção. Os bens de produção são de controle direto do Estado. Fatores de Produção. Todo indivíduo precisa atender às suas necessidades, por mais elementares que sejam. Se observar bem, verifica-se que tudo que existe no planeta é finito. Certos bens que são encontrados na natureza com aparente abundância de reservas (tais como água potável, matas, florestas, etc.) já se tornam escassos, representando um sério problema para as sociedades futuras. Nesse sentido, preliminarmente, o estudo da economia nada mais é do que o estudo de como atender às necessidades humanas observando-se o fenômeno da escassez dos recursos ou fatores de produção. Mas, o que se entende por necessidades humanas? Entende-se por necessidades humanas tudo que o ser humano precisa (alimentos, vestuário, moradia, saúde, educação, lazer, etc.) e deseja possuir (brinquedo, reconhecimento profissional, status, etc.) nas várias etapas de sua vida. É importante notar que essas necessidades humanas possuem duas características, a saber: a) são ilimitadas, no sentido de que é próprio de qualquer indivíduo querer possuir sempre mais coisas do que já tem; b) são diversificadas, no sentido de que cada indivíduo possui sua escala de prioridades e desejos; Entende-se por recursos ou fatores de produção a tudo que, de certa forma, pode ser utilizado para a produção de um bem ou de um serviço. Esses fatores de produção subdividem-se em: a) Terra ou Recursos Naturais: o que existe na natureza (florestas, rios, oceanos, clima, etc.); b)Trabalho ou Mão de Obra: força de trabalho economicamente ativa; c) Capital: riquezas acumuladas pela sociedade, utilizadas no processo produtivo como capital fixo (máquinas, ferramentas, prédios, galpões, estradas, etc.) e capital monetário (dinheiro); d) Tecnologia e Conhecimento: habilidade que é utilizada no processo produtivo na busca de sua contínua melhora e expansão; Os fatores de produção também possuem duas características bem definidas, são elas: a) são escassos ? e, portanto, tem preço; b) são versáteis ? no sentido de que um mesmo fator de produção pode ser empregado em diversos processos produtivos; Sendo que, cada um destes fatores recebe uma remuneração específica pela sua participação no processo produtivo: a) Terra ou Recursos Naturais ? Aluguel; b)Trabalho ou Mão-de-Obra ? Salário; c) Capital (Fixo e Monetário) ? Juro; d) Tecnologia e Conhecimento ? Royalty e Lucro. Então, pelo que já foi visto, pode-se definir economia como: ?A Economia é o estudo da maneira pelo qual os homens utilizam recursos produtivos (fatores de produção) escassos e versáteis para produzir bens (mercadorias e serviços) para satisfazer as necessidades ilimitadas e diversificadas dos membros da sociedade?. 1.6 Problemas Econômicos Fundamentais: a) O que e quanto produzir? A sociedade deverá escolher dentro das possibilidades de produção, quais os produtos e quantidades deverão ser produzidos. O resultado do processo produtivo serão os bens (coisas físicas, tangíveis, como, por exemplo, a geladeira, o fogão, o sapato, etc.) e os serviços (coisas intangíveis, como, por exemplo, os serviços de educação, segurança, hospitalares, etc.). Esses bens e serviços, por sua vez, poderão ser de consumo (duráveis e não duráveis) e de capital. Os bens de consumo durável são aqueles que não acabam no ato de consumo (geladeira, móveis, etc.) enquanto que os bens de consumo não duráveis são os que terminam no ato de consumo (alimentos, bebidas, etc.) b) Como e onde produzir? A sociedade deverá escolher quais os recursos produtivos serão utilizados considerando o nível tecnológico disponível. Como e onde se dará se dará o processo produtivo implica em tentar adotar as melhores técnicas de produção disponíveis que deverão ser utilizadas em três possíveis cenários (setores da economia), a saber: setor primário, setor secundário e setor terciário. No setor primário ocorrerão as atividades de lavouras, extração animal e extração vegetal. No setor secundário ocorrerão as atividades de extração mineral, da indústria de transformação, da indústria da construção e de semi-industriais (energia elétrica, gás encanado, tratamento e distribuição de água, etc.). No setor terciário ocorrerão as atividades do comércio, mercado financeiro, transporte, comunicação, lazer, saúde, educação, etc. e do governo. Obs: É importante observar que os bens tangíveis são produzidos nos setores primário e secundário e os bens intangíveis (serviços) no setor terciário. c) Para quem produzir? A sociedade deverá escolher como os indivíduos deverão participar do resultado da produção. Considera-se que a distribuição de tudo que foi produzido se dará levando-se em conta dois aspectos: - a quantidade e qualidade dos fatores que o indivíduo empregou no processo produtivo; e - o preço que conseguiu receber pelo uso desses fatores. Aplicação Prática Teórica Estudo de Caso: Ipea lança publicação sobre tendências mundiais para os próximos 15 anos (Jornal do Commercio, Rio de janeiro, 24/03/2016) O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quarta-feira (14) o livro Megatendências Mundiais 2030: o que as entidades e personalidades internacionais pensam sobre o futuro do mundo? A obra trata de assuntos que devem moldar o contexto mundial nos próximos anos nas áreas de população, geopolítica, ciência e tecnologia, economia, meio ambiente e foi organizada pela coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica, Informação e Documentação do Ipea, Elaine Coutinho Marcial. Entre as referências do estudo estão o ex-senador e ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ecológico Al Gore e o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, cuja obra aborda a transição das sociedades do mundo moderno para o mundo pós-moderno. Muitos dos problemas que enfrentamos hoje é porque no passado não olhamos para o futuro no longo prazo. Ou não nos preparemos para evitar que ocorressem ou para que estivéssemos mais bem preparados para essa ocorrência?, disse Elaine. [...] A obra está disponível no site do Ipea. Na questão ambiental, por exemplo, o livro destaca que o modelo econômico vigente, associado ao comportamento de cidadãos e de países, é agressivo ao meio ambiente, provoca poluição do ar, desmatamento, perdas ecossistêmicas nos meios marinho e de costa, enfim, degradação, de forma geral. Para os autores, se não houver rupturas nos padrões de consumo e diminuição na geração de resíduos, esse modelo continuará conduzindo à escassez de recursos naturais nos próximos anos. O estudo mostra ainda que, em decorrência da taxa de natalidade decrescente e do aumento da expectativa de vida, observa-se a tendência de envelhecimento populacional, sobretudo na Ásia, nos países do Leste Europeu e nos países do Sul da Europa, com efeito potencialmente negativo sobre o crescimento econômico, em virtude da diminuição da população em idade ativa. Esse envelhecimento pressiona os serviços de saúde e previdência social. Estamos em um momento de grandes mudanças. E as grandes mudanças, às vezes, nos deixam um pouco incomodados e inseguros em relação a esse processo, É, na verdade, um momento de grandes oportunidades, mas, com boas informações, conseguimos fazer boas escolhas e, com isso, construir o país que tanto almejamos?, afirmou Elaine Marcial. Durante o lançamento da obra, que está disponível no site do Ipea, foi anunciada também a criação da Plataforma Brasil 2100, um espaço de diálogo permanente entre a sociedade civil e o Estado, para construção de cenários levando em consideração quatro dimensões: social, econômica, territorial e político-institucional. A plataforma deve ser lançada ainda neste ano. Ainda esperamos muito por governos, que são fundamentais. O Estado também é fundamental, mas a sociedade precisa tomar a dianteira de algumas discussões, e não esperar que os dirigentes que estão sendo cobrados para gerar resultado de curto prazo tomem a inciativa de mais longo prazo?, disse o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), Marcio Gimene. Indagações: Comentar sobre o conceito de escassez levando em conta o fato da população estar envelhecendo e existir a falta de recursos para investimentos em saúde e previdência social. Como utilizar o Direito para estimular investimentos em áreas sociais com menor retorno em vez de setores com alta rentabilidade, mas com inclusão social reduzida. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto os aspectos que os recursos são escassos (fatores de produção), mas a demanda da sociedade é crescente. Por sua vez, a questão jurídica é importante para direcionar recursos para áreas com impacto social. Tributos e incentivos fiscais que afetam essa distribuição é um dos campos com intensa participação do Direito. Poderá ser consultado o site www.ipea.gov.br. QUESTÕES PARA A AULA Questão 1: É característica do Sistema Socialista ou economia centralizada em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas: a) pelos fatores de produção. b) pelas forças de mercado. c) pela livre iniciativa. d) pela propriedade privada. e) por um órgão central de planejamento. Questão 2: São considerados fatores de produção e suas remunerações respectivas com EXCEÇÃO: a) do Rendimento e da Iniciativa. b) da Terra e do Aluguel. c) do Trabalho e do Salário. d) do Capital e do Juro. e) da Capacidade Empresarial e do Lucro. Questão 3: O sistema capitalista ou economia de mercado é regido: a) por um órgão central de planejamento. b) pela propriedade pública dos fatores de produção. c) pelas forças de mercado. d) pelo pensamento econômico. e) pela força da mão-de-obra. Questão 4: As regras propostas para nosso sistema capitalista de produção estão baseadas: a) na base definida na engenharia de produção. b) em preceitos constitucionais que ordena a alocação de recursos escassos. c) na física quântica. d) na matemática e estatística associada à economia. e) no plano empresarial estatal.