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Prévia do material em texto

Conceitos, objetivos e finalidades
Contabilidade
APOSTILA-RESUMO
SEMANA 01
Estude por este material que pode ser encontrado 
na aba Bibliografia da plataforma do Clipping; 
Faça os Minissimulados com as questões 
referentes a esse tópico do Edital na parte de 
Exercícios da plataforma do Clipping;
Discuta a matéria com outros candidatos no nosso 
Mural.
clippingPF
clippingcacd.com.br/policia-federal
PARTIU
ESTUDAR! 
🤘
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
 
Conteúdo da apostila 
 
 
 
 
01. Conceito de Contabilidade 
02. Objeto da ciência contábil 
 
03. Objetivo da Contabilidade 
 
04. Finalidade da Contabilidade 
 
05. Campos de aplicação da Contabilidade 
 
06. Funções da Contabilidade 
 
07. Bases teóricas da contabilidade 
08. Técnicas Contábeis 
09. Usuários das informações contábeis 
10. Características da informação contábil útil 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Introdução 
Amigos do Clipping, essa é nossa apostila sobre Contabilidade. Ela 
deve ser usada pelo candidato para estudar a semana 1 do cronograma 
do Clipping Concursos. Nesse primeiro momento, o candidato estará 
atento em diferenciar conceitos, objetivos e finalidades da 
contabilidade. São conceitos que não somente darão subsídios para o 
estudo do resto do programa como são efetivamente cobrados pelo 
CESPE. 
O candidato deverá ler atentamente os textos e fazer os minissimulados 
disponíveis na nossa plataforma sobre o tema. 
 
 
 
 
 
1. Conceito de Contabilidade 
 
A Contabilidade é uma ciência social que tem por objeto de estudo o 
patrimônio das entidades e tem como objetivo o controle econômico. Sua 
finalidade é gerar informações de natureza física, financeira, econômica, 
patrimonial e de desempenho em demonstrações contábeis que devem 
representar adequadamente os fenômenos econômicos que se propõem a 
representar. Para isso, a contabilidade se baseia nos Princípios de Contabilidade 
são eles: 
 
 
● Competência 
● Continuidade 
● Entidade 
● Oportunidade 
● Prudência e 
● Registro pelo Valor Original. 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Os Princípios de Contabilidade serão estudados na semana 12, conforme 
nosso cronograma. 
Com o objetivo de aumentar o seu repertório, caro leitor, apresentamos a 
seguir definições da escola italiana e da escola americana acerca da contabilidade, 
visto que a banca CESPE oscila entre essas duas definições: ora apresenta 
definição da escola italiana; ora apresenta definição da escola americana. As 
definições dessas duas escolas não são excludentes, são complementares. 
A escola italiana compreende a ciência contábil como uma ferramenta 
administrativa que deve ser usada pelas entidades (pessoas físicas ou jurídicas) 
para melhor administrarem seus patrimônios (controle econômico). 
A escola americana, por sua vez, enfatiza que a contabilidade é um sistema 
de identificação, mensuração e comunicação de informações econômicas para 
fins de tomada de decisão. Vejamos: 
 
Definição Fonte 
 
 
 
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de 
orientação, controle e registro relativos aos atos e fatos da 
administração econômica.” 
 
 
Francisco 
D’Áuria 
 
“Considerada em seu aspecto teórico, é a ciência que estuda e 
enuncia as leis do controle econômico das empresas de todas as 
classes e deduz normas oportunas a seguir para que esse controle seja 
verdadeiramente eficaz, persuasivo e completo. Considerada em sua 
manifestação prática, é a aplicação ordenada das ditas normas.” 
 
 
 
 
Fábio Besta 
 
 
“Contabilidade é um processo de comunicação de informação 
econômica para propósitos de tomada de decisões tanto pela 
administração como por aqueles que necessitam fiar-se nos relatórios 
externos.” 
 
 
 
Eldon 
Hendriksen 
 
“Contabilidade é o processo de identificação, mensuração e 
comunicação de informação econômica para permitir a formação de 
julgamentos e decisões pelos usuários da informação.” 
 
 
Glautier e 
Underdown 
 
Contabilidade é a “ciência que cuida da classificação, registro e análise 
de todas as transações realizadas por uma empresa ou órgão público, 
permitindo dessa forma uma constante avaliação da situação 
econômico-financeira. Tem por objeto o patrimônio econômico das 
pessoas físicas ou jurídicas, comerciais ou civis, bem como o 
patrimônio público e as questões financeiras do Estado. Seu objetivo 
é permitir o controle administrativo e o fornecimento de informações 
precisas a investidores, credores e ao público. Envolve todos os 
aspectos empresariais ou públicos que possam ser expressos em 
números, como o ativo (propriedade), o passivo (dívidas), as receitas e 
despesas, os lucros e perdas e os direitos de investidores”. 
 
 
 
SANDRONI, 
Paulo. 
Novíssimo 
dicionário de 
Economia. 
São Paulo: 
BestSeller, 
1999. D
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C
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IT
A
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A
N
A 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Note que a definição do economista Paulo Sandroni integra conceitos da 
escola italiana e da escola americana. Para fins de concurso, é relevante verificar no 
edital a bibliografia indicada para que se possa responder às questões com base na 
forma como os autores definem a contabilidade. 
⚠ Atenção 
 
Muito cuidado com um detalhe, pessoal! 
 
Em concursos públicos é comum que se cobrem (conjuntamente ou isoladamente) duas definições 
de contabilidade: 
 
 
 
 
Note que a primeira definição, elaborada no “Primeiro Congresso de Contabilistas” é alinhada com a 
escola italiana; ao passo que a segunda definição, a do Ibracon, é alinhada com a escola americana. 
Apesar de esse início da matéria ser bastante conceitual, vale lembrar que 
essa tema é cobrado em concursos, pelo CESPE, inclusive. Vejamos 
 
 
 
Banca: CESPE - Órgão: FUB - Prova: Técnico em Contabilidade 
 
Com relação a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue os itens 
que se seguem: 
 
A contabilidade consiste em um sistema de informações financeiras destinado a 
identificar, registrar e comunicar os eventos econômicos de uma organização. 
 
 
Definições de Contabilidade 
comumente cobradas em 
concursos públicos: 
Contabilidade é a ciência que 
estuda e pratica as funções de 
orientação, de controle e de 
registro relativas à administração 
econômica 
(conceito oficial formulado no 
Primeiro Congresso de Contabilistas, 
em 1924) 
Contabilidade é, objetivamente, 
um sistema de informação e 
avaliação destinado a prover seus 
usuários com demonstrações e 
análises de natureza econômica, 
financeira, física e de 
produtividade, com relação à 
entidade objeto de Contabilização 
(definição do Ibracon, aprovado pela 
Deliberação CVM n.29 de 1986. 
Definição idêntica também foi dada 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Gabarito comentado: 
 
Certo! 
 
Contabilidade é a ciência que cuida da classificação, 
registro e análise de todas as transações realizadas por 
uma empresa ou órgão público, permitindo dessa forma 
uma constante avaliação da situação econômico-financeira. 
 
Note que nesta questão a definição de contabilidade 
apresentada se coaduna com a definição da escola 
americana, que entende a contabilidade como um sistema 
de informação destinado a comunicar os eventos 
econômicos. 
 
 
 
 
2. Objeto da ciência contábil 
 
O objeto de estudo da ciência contábil é o patrimônio das entidades 
econômico-administrativas. O patrimônio é entendido como o conjunto de bens, 
direitos e obrigações de uma entidade. Os bens e direitos são chamados pela 
contabilidadede ativos; e as obrigações são chamadas de passivos. Um quadro 
geral do patrimônio de uma entidade é apresentado pela contabilidade no Balanço 
Patrimonial, que é composto por ativo (bens e direitos), passivos (obrigações) e 
patrimônio líquido (diferença entre ativos – passivos). 
 
Balanço Patrimonial 
Ativos 
(bens e direitos) 
Passivos 
(obrigações) 
Patrimônio Líquido 
(ativos – passivos) 
 
 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
As entidades econômico-administrativas podem ser de três tipos: entidades 
com fins econômicos; entidades com fins socioeconômicos; e entidades com fins 
sociais, conforme ilustração a seguir. 
 
 
 ¹ Superávit é a diferença entre receitas e despesas. 
Quando as receitas são maiores que as despesas, diz-
se que houve um superávit; quando as despesas são 
maiores que as receitas, diz-se que houve um déficit. 
Superávit é equivalente a lucro e déficit é equivalente a 
prejuízo. Como as empresas com fins socioeconômicos 
não possuem finalidade lucrativa, usa-se as palavras 
“superávit” e “déficit”, pois não se fala em “lucro” ou 
“prejuízo” em entidades sem fins lucrativos. 
 
A contabilidade estuda o patrimônio das entidades sob os aspectos 
quantitativos e qualitativos. 
Pelo aspecto qualitativo, a contabilidade discrimina os elementos 
patrimoniais conforme o tipo, a natureza e seu comportamento, classificando-os em 
ativos, passivos, receitas, despesas, etc. Portanto, ao diferenciar os elementos que 
compõem o patrimônio, a contabilidade os avalia qualitativamente, detalhando seus 
componentes segundo sua espécie. 
Pelo aspecto quantitativo, a contabilidade mede cada um dos componentes 
patrimoniais em termos monetários (em dinheiro). Pelo aspecto quantitativo a 
contabilidade mensura o patrimônio em bases monetárias (por seu valor em 
dinheiro). 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
3. Objetivo da Contabilidade 
 
O objetivo da contabilidade é estudar e controlar o patrimônio e suas 
variações (aumentativas e/ou diminutivas) das entidades econômico-administrativas 
para que se tenha exata noção da situação econômico-financeira delas. 
Ao registrar todos os atos e fatos que geram impacto no patrimônio, a 
contabilidade passa a ser um dos principais instrumentos de controle patrimonial, 
pois permite ao empresário (ou administrador da entidade) saber onde os recursos 
estão aplicados (aplicações), quais são suas origens (endividamento), e quais as 
fontes de receitas e despesas da entidade. 
O controle patrimonial proporcionado pela contabilidade é fundamental para o 
planejamento de ações futuras, para a implementação dessas ações e para a 
avaliação de seus resultados (lucro ou prejuízo). Deste modo, não é possível 
planejar ações futuras sem dados concretos, assim como não é possível 
implementar ações sem avaliar sua viabilidade econômico-financeira, também não é 
possível uma avaliação do resultado de uma ação sem uma métrica consistente. 
Portanto, é a contabilidade que fornece os dados concretos para o planejamento, a 
avaliação da viabilidade econômico-financeira dos planos a serem implementados, 
sendo também ela a métrica consistente que nos possibilita avaliar os resultados 
dos planos implementados. 
 
 
 
Portanto, a função de controle econômico ocorre em três momentos: controle 
antecedente (ocorre na fase de planejamento); controle concomitante (ocorre 
durante o desenrolar dos fatos ou durante a implementação do plano); e controle 
subsequente (ocorre após os fatos planejados e ocorridos, avaliando seus 
resultados). 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
 
 
 
Banca: CESPE - Órgão: TRE-BA - Prova: Técnico Judiciário – Contabilidade 
 
 
A contabilidade tem como principal objetivo a(o) 
 
a. fornecimento de informações que proporcionem aos seus mais diversos usuários — seja internos, 
seja externos — utilidade no processo de tomada de decisões. 
 
b. elaboração de guias de recolhimento de tributos a fim de manter a entidade em conformidade com 
os ditames legais. 
 
c. elaboração de demonstrações contábeis que atendam às finalidades específicas de determinado 
grupo de usuários. 
 
d. avaliação da capacidade das entidades comerciais em arcar com suas obrigações financeiras. 
 
e. mensuração de bens patrimoniais a fim de elaborar corretamente as demonstrações contábeis. 
 
 
 
Gabarito comentado: 
 
A contabilidade tem como principal objetivo fornecer 
informações que proporcionem aos seus usuários (internos 
e externos) utilidade no processo de tomada de decisões. 
 
Resposta correta: alternativa A. 
 
 
A alternativa B: não é objetivo da contabilidade elaborar 
guias de tributos. 
 
A alternativa C também está errada, pois as demonstrações 
não devem atender a apenas determinados grupos de 
usuários. As principais demonstrações devem atender 
disposições legais (lei 6404/1976, lei 10.406/2002, dentre 
outras), normas de contabilidade e fiscais. Apenas as 
demonstrações gerenciais (aquelas feitas para fins de 
gestão) podem ser elaboradas especificamente para 
determinado grupos de usuários. 
 
 
A alternativa D, avaliação da capacidade de arcar com 
obrigações financeiras não é um objetivo da contabilidade, 
embora essa avaliação possa ser feita com base nas 
demonstrações contábil-financeiras. 
 
 
A alternativa E, mensuração, não é um objetivo, mas sim 
um meio usado para que a contabilidade alcance seus 
objetivos. Sobre a mensuração, ler item 7.1 da nossa 
apostila. 
 
 
Gabarito: A - O principal objetivo da contabilidade é fornecer 
informações que proporcionem aos seus mais diversos 
usuários utilidade no processo de tomada de decisões. 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
4. Finalidade da Contabilidade 
A finalidade da contabilidade, ou objetivo final, é fornecer informações de 
natureza econômica, financeira, física e de produtividade relativas à entidade objeto 
de contabilização que sejam úteis na tomada de decisão. As informações geradas 
pela contabilidade são condensadas em demonstrativos ou relatórios contábeis. 
Informações de natureza econômica compreendem especialmente os fluxos 
de receita e despesas da entidade, bem como o monitoramento de seu valor 
(valuation). Informações de natureza financeira compreendem os fluxos de caixa e 
capital de giro. Informações físicas envolvem o inventário da entidade bem como os 
demais ativos. E, finalmente, as informações de produtividade envolvem 
principalmente aquelas geradas pela contabilidade de custos, contabilidade 
gerencial (management accounting) e controladoria. 
 
 
5. Campos de aplicação da Contabilidade 
 
O campo de aplicação da contabilidade são todas as entidades econômico-
administrativas. Entenda que entidade econômico-administrativa são 
organizações que apresentam os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, 
capital, ação administrativa e fim determinado. A contabilidade é aplicável a 
qualquer entidade que possua patrimônio, sejam essas entidades pessoas físicas 
ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos. Sendo entidades econômico-
administrativas, elas podem ter objetivos sociais e/ou econômicos, conforme você 
aprendeu no tópico 1.1 deste capítulo. 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
As entidades econômico-administrativas também podem ser chamadas de 
Azienda, palavra italiana que, etimologicamente, significa “coisa a fazer”. Em 
português equivale a Fazenda, daí as expressões “Fazenda Pública”, “Ministério da 
Fazenda”, entre outras. 
Conforme Richard Mattessich, a Contabilidade pode ser dividida em Micro-
Contabilidade e Macro-Contabilidade. A Micro-Contabilidade é composta pela 
Contabilidade Empresarial; Contabilidade Pública; e Contabilidade das Entidades 
sem Fins Lucrativos.A Macro-Contabilidade compreende a Contabilidade Nacional 
(Contas Nacionais); Contabilidade de Transações entre Setores; Contabilidade dos 
Fluxos Monetários e de Crédito; e Contabilidade de Balanço de pagamentos. 
 
 
Apesar do largo campo de aplicação da contabilidade, nosso estudo se foca 
na Contabilidade Empresarial. 
A contabilidade possui diversas ramificações, as principais são: 
● Contabilidade Financeira, Societária ou Geral: é fundamental para todas 
as empresas. Gera informações básicas aos seus usuários, sendo obrigatória 
para fins fiscais. A contabilidade financeira recebe várias denominações 
conforme suas aplicações: contabilidade bancária (aplicada aos bancos), 
contabilidade agrícola (aplicada às empresas agrícolas), contabilidade 
hospitalar (quando aplicada os hospitais), contabilidade de seguros, 
contabilidade imobiliária, etc. 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
● Contabilidade de Custos: é focada no cálculo, interpretação, análise e 
gestão de custos dos produtos fabricados, mercadorias vendidas ou serviços 
prestados. É a área da contabilidade que apura custos em geral e faz análise 
de custos para fins gerenciais. 
 
● Contabilidade gerencial: focada na gestão, no público interno. Tem por 
objetivo gerar um maior leque de informações exclusivamente para a tomada 
de decisões, como definição de preço de venda, volume de produção etc. 
Não se prende a princípios tradicionais. O profissional que a exerce é 
também chamado de Controller. 
 
● Contabilidade Fiscal ou Tributária: envolve o estudo da teoria e a aplicação 
prática dos conceitos, princípios e normas de contabilidade e da legislação 
tributária de forma simultânea. Objetiva atender a legislação tributária nas 
três esferas (União, Estado e Município). É responsável pelo gerenciamento 
de tributos incidentes nas diversas atividades das empresas. 
 
 
 
6. Funções da Contabilidade 
 
A contabilidade, de forma simplificada, possui duas funções básicas: 
 
1) Função administrativa: controlar o patrimônio sob o aspecto estático 
e dinâmico. No aspecto estático, a contabilidade fornece um “retrato” da situação 
patrimonial em determinado momento. Sob o aspecto dinâmico, a contabilidade 
explica as variações ocorridas em determinados componentes do patrimônio, 
evidenciando os fatos que geraram as alterações patrimoniais observadas. Um 
exemplo seria a Demonstração dos Fluxos de Caixa, que mostra por que o caixa 
apresenta determinado saldo, evidenciando as entradas e saídas de caixa ocorridas 
em determinado período. 
 
2) Função econômica: consiste em apurar o resultado econômico 
(rédito), ou seja, apurar se a entidade teve lucro ou prejuízo no período. No caso 
das entidades sem fins lucrativos, a função econômica seria apurar o superávit ou 
déficit do período. 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
7. Bases teóricas da contabilidade 
 
Uma ciência pode ser confirmada por suas teorias. A ciência contábil se 
baseia em três teorias principais: Teoria da Mensuração, Teoria da Informação e 
Teoria da Decisão. 
 
 
 
 
7.1. Teoria da Mensuração 
A contabilidade entende que decisões racionais se baseiam em informações 
ou dados. A mensuração é definida como a quantificação de objetos ou eventos 
conforme regras específicas, definindo a propriedade a ser mensurada, a escala de 
mensuração e as dimensões da unidade. Com esse intuito, deve-se definir: (1) os 
objetos ou eventos a serem mensurados; (2) os padrões ou escalas de medida a 
serem usados; e (3) a dimensão ou unidade de mensuração. 
A unidade padrão de mensuração contábil é a monetária, onde se atribui um 
ou mais valores a todos os eventos econômicos que ocorrem na entidade e que 
possuem consequências patrimoniais. Ao atribuir valor aos eventos econômicos 
(mensurar, medir, contabilizar), a contabilidade expressa todos os fenômenos 
empresariais sob a ótica econômica. A quantificação é que possibilita a gestão 
global de um empreendimento. 
 
7.2. Teoria da Informação 
A informação reduz incertezas e possibilita que as empresas alcancem seus 
objetivos pelo uso eficiente dos recursos materiais, financeiros, humanos e 
tecnológicos. Nesse sentido, as informações devem ser úteis na tomada de 
decisões e seu custo não pode ser superior aos seus benefícios. Isto é, o custo de 
gerar uma informação não pode ser maior que os benefícios por ela gerados. 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
7.2. Teoria da Decisão 
A teoria da decisão é descritiva, pois busca explicar como as decisões são 
atualmente tomadas, e parcialmente normativa, pois se esforça para demonstrar 
como as decisões deveriam ser tomadas (decisões ótimas). Os modelos de decisão 
são amplamente estudados em contabilidade de custos, contabilidade gerencial e 
controladoria. 
 
 
8. Técnicas Contábeis 
 
A contabilidade utiliza inúmeras técnicas contábeis em sua 
operacionalização. As mais comuns são: 
● Escrituração: é o registro, em livros específicos (Diário, Razão, 
Contas Correntes e Caixa), dos fatos administrativos e de alguns atos 
administrativos que ocorrem nas entidades. Exemplos de fatos que 
são registrados (escriturados): pagamento de salários a funcionários; 
recebimento de duplicatas; pagamento de seguro contra incêndios; 
compra de mercadorias; venda de mercadorias, entre outros. 
Estudaremos detalhadamente os atos e fatos administrativos no 
capítulo 3 deste curso. 
 
● Demonstrações contábeis: também chamadas de demonstrações 
financeiras, são quadros que apresentam de forma sistemática e 
ordenada os dados oriundos dos registros contábeis da empresa. As 
demonstrações contábeis evidenciam a situação patrimonial, 
financeira, econômica e o desempenho da entidade. São exemplos de 
demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do 
Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, 
Demonstração do Valor Adicionado, dentre outras. 
 
A elaboração de demonstrações contábeis é uma exigência legal, por força 
do artigo 176 da Lei 6.404/1976 e, por força de diversos artigos código civil, o 
empresário ou sociedade empresária deverão elaborar, ao término do 
exercício social, o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do 
exercício. 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Art. 176 da Lei 6404/1976: 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base 
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações 
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da 
companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos. 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação 
dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os 
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua 
natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de 
contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como 
"diversas contas" ou "contas-correntes". 
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros 
segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua 
aprovação pela assembléia-geral. 
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessáriospara 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
Artigo 1.065 da Lei 10.406/2002: 
Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração 
do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. 
 
Você estudará a Lei 6404/1976 na semana 11. Voltaremos a tratar de 
demonstrações contábeis em semanas subsequentes, especialmente o 
Balanço Patrimonial na semana 9 e a Demonstração do Resultado do 
Exercício na semana 10. 
● Auditoria: tem o objetivo de verificar a fidedignidade das informações 
apresentadas nas demonstrações contábeis por meio da análise dos 
fatos administrativos, de seus registros e documentos que lhes deram 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
origem. Também busca verificar se a entidade deu o tratamento 
contábil adequado aos fatos escriturados. Ao final da auditoria, o 
auditor emite um relatório ou parecer de auditoria acerca das 
demonstrações contábeis, do sistema contábil e dos controles internos 
da entidade auditada. 
 
● Análise de balanços: também chamada de “Análise de 
demonstrativos Financeiros”, compreende o exame e interpretação 
das informações apresentadas nos demonstrativos financeiros. O 
objetivo da análise de balanços é extrair dos demonstrativos contábeis 
informações úteis à tomada de decisões dos diversos usuários da 
contabilidade. 
 
 
 
 
9. Usuários das informações contábeis 
Vimos no item 1.3 que a finalidade da contabilidade é fornecer informações 
econômicas, financeiras, físicas, patrimoniais e de desempenho sobre a entidade 
objeto de contabilização. 
Informações econômicas dizem respeito a capacidade de geração de receitas 
da empresa, o lucro gerado e o incremento no valor da empresa. Informações 
financeiras dizem respeito à capacidade de pagamento da entidade, à liquidez da 
empresa. Informações físicas envolvem dados sobre o inventário da empresa e 
seus ativos. Informações patrimoniais dizem respeito a configuração dos bens, 
direitos e obrigações da entidade, demonstrada no Balanço Patrimonial. As 
informações de desempenho são obtidas da contabilidade de custos, da 
contabilidade gerencial, bem como da análise de balanços realizada. Note que tão 
amplo leque de informações é útil a um grande número de usuários. 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Os usuários das informações contábeis se dividem em dois grupos: os 
internos e os externos, conforme mostra o esquema a seguir. 
 
 
 
Os principais usuários internos são: 
● Sócios, acionistas ou quotistas: precisam de informações sobre 
seus investimentos na empresa, tais como a rentabilidade, segurança 
dos investimentos, dividendos, margem de lucro etc. 
● Administradores e gerentes: precisam de informações contábeis 
para avaliar as consequências de suas decisões gerenciais sobre o 
patrimônio da empresa, bem como para planejar ações futuras, avaliar 
a viabilidade econômico-financeira de ações atuais e futuras. As 
informações geradas pela contabilidade possibilitam aos 
administradores e gerentes melhorar continuamente a qualidade das 
decisões empresariais tomadas, tendo em vista os objetivos de lucro. 
● Funcionários: precisam de informações para avaliar suas ações na 
empresa bem como o impacto delas para a entidade. Também utilizam 
as informações contábeis para solicitar aumento de salários ou 
participação nos lucros e resultados. As informações contábeis 
departamentais também servem para avaliar os custos da mão de 
obra e eficiência dos funcionários. 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
Os principais usuários externos são: 
● Investidores: precisam de informações para avaliar possíveis 
investimentos na entidade, pois a decisão de investir ou não depende 
do retorno esperado dos investimentos feitos ou a fazer. 
● Bancos: utilizam as informações especialmente para avaliar a 
capacidade de pagamento da entidade para fins de concessão de 
empréstimos, definição de limite de crédito, dentre outras finalidades. 
● Fornecedores: utilizam as informações para avaliar a capacidade 
operacional de seus clientes e sua capacidade de pagamento. 
● Governos: os governos (Federal, Estadual e Municipal) utilizam as 
informações contábeis para apurar os impostos devidos pela entidade. 
● Agências reguladoras: utilizam as informações contábeis no suporte 
ao controle das entidades submetidas ao seu poder regulatório. 
● Sindicatos: utilizam as informações contábeis em negociações 
coletivas, acordos salariais e acordos de distribuição de lucros e 
resultados. 
● Financiadores: utilizam as informações contábeis para avaliar a 
capacidade de pagamento da entidade tomadora de recursos. 
● Clientes: utilizam as demonstrações contábeis para analisar a 
continuidade de seus fornecedores (visando a manutenção do 
fornecimento), e a capacidade deles de atender suas demandas, bem 
como informações relativas aos seus custos de produção visando 
negociar preço. Importante destacar que normalmente os clientes que 
fazem essas análises são grandes clientes corporativos, cuja atividade 
depende de um fornecimento contínuo de suprimentos. 
As demonstrações contábeis são importantíssimas para tomada de decisões 
econômicas, tais como (CPC 00 R1): 
a) Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; 
b) Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe 
tenha sido conferida a quanto à qualidade de seu desempenho e de 
sua prestação de contas; 
c) Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e 
proporciona-lhes outros benefícios; 
d) Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros 
emprestados à entidade; 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
e) Determinar políticas tributárias; 
f) Determinar a distribuição de lucros e dividendos; 
g) Elaborar e usar estatísticas de renda nacional; ou 
h) Regulamentar as atividades das entidades 
 
 
 
10. Características da informação contábil útil 
Conforme do Pronunciamento CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para 
Elaboração de Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, para que as 
informações contábeis sejam úteis aos seus diversos usuários elas precisam 
apresentar algumas características qualitativas. Essas características são 
classificadas em dois grandes grupos: (1) características qualitativas 
fundamentais; e (2) características qualitativas de melhoria. 
 
 
Uma informação contábil-financeira, para ser útil, fundamentalmente, deve 
ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A 
qualidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, 
verificável, tempestiva e compreensível. 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
10.1 Características qualitativas fundamentais 
As características qualitativas fundamentais são a relevância, materialidade 
e representação fidedigna. 
10.1.1 Relevância 
Uma informação contábil relevante é aquela que pode alterar o rumo das 
decisões que podem ser tomadas por seus usuários. Trata-se, portanto, de uma 
informação que é capaz de fazer a diferença para um usuário, seja por seu caráter 
preditivo, seja por seu valor confirmatório. 
Uma informação tem valor preditivo quando puder ser utilizada em processos 
de análise para prever (ou predizer) resultados futuros. A informação em si não 
precisa ser uma predição, mas conter elementos que permitam aos seus usuários 
fazer suas próprias predições. 
O valor confirmatório de uma informação contábil se refere ao fato dela se 
retro-alimentar, servir de feedback, em avaliações prévias, confirmando-as ou 
alterando-as. 
Os aspectos preditivo e confirmatório de uma informação contábil-financeira 
estão inter-relacionados, pois uma mesma informação pode ser preditivae 
confirmatória. Exemplo: a informação sobre receita do ano corrente pode ser usada 
para prever receitas dos próximos anos, bem como também confirmar predições 
realizadas em anos anteriores de receita para o ano corrente. 
 
10.1.2. Materialidade 
Uma informação é material se sua omissão ou divulgação distorcida for 
capaz de influenciar as decisões que seriam tomadas pelos usuários da referida 
informação. A materialidade é um aspecto específico da relevância que se 
baseia em sua magnitude (depende do tamanho do item ou do erro) ou natureza. 
Por conseguinte, não se pode definir um limite quantitativo uniforme para a 
materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação 
específica. A materialidade deve ser analisada considerando o contexto específico 
de sua omissão ou distorção. 
 
10.1.3. Representação Fidedigna 
Os demonstrativos contábil-financeiros nada mais são que a representação 
de determinado fenômeno econômico em palavras e números. Isto é, os relatórios 
contábeis são um retrato da realidade econômica. Sua utilidade depende do grau de 
fidedignidade na representação do fenômeno econômico. Para que essa 
representação seja fidedigna ela deve ser, tanto quanto possível, completa, neutra 
e livre de erros. 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
O retrato da realidade econômica é completo quando inclui todas as 
informações necessárias para a compreensão do fenômeno econômico retratado, 
incluindo descrições e eventuais explicações necessárias. Exemplo, um retrato 
completo dos estoques incluiria seu valor monetário, os métodos de avaliação e a 
descrição de seus componentes, especificando sua natureza, qualidade, condições 
de armazenamento etc. 
O retrato da realidade econômica é neutro quando não possui viés na 
seleção ou apresentação das informações contábil-financeiras, sendo livre de 
distorções ou manipulações que visem induzir os usuários das demonstrações 
contábeis a tomarem determinadas decisões. 
O retrato da realidade econômica é livre de erros quando não há erros ou 
omissões no fenômeno retratado e quando o processo utilizado para gerar as 
informações reportadas foi aplicado livre de erros. 
 
10.2. Características qualitativas de melhoria 
As características qualitativas de melhoria são: comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. São assim chamadas, 
pois melhoram a utilidade da informação contábil-financeira fidedigna e relevante. 
 
10.2.1 Comparabilidade 
A informação contábil deve ser comparável, isto é, deve permitir que os 
usuários possam comparar os relatórios contábeis da entidade ao longo do tempo, 
em períodos sucessivos. Para que isso seja possível, a entidade não deve mudar 
seus critérios ou padrões de mensuração sem avisar os usuários. 
Atenção, não confunda comparabilidade com consistência. A consistência se 
refere a utilização dos mesmos métodos para os mesmos itens ao longo do tempo. 
A comparabilidade é um objetivo, ao passo que a consistência é um meio que 
permite a comparabilidade. 
Comparabilidade não é sinônimo de uniformidade. Na comparabilidade, 
coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer 
diferentes. Não se aprimora a comparabilidade ao fazer coisas diferentes parecerem 
iguais ou ao fazer coisas iguais parecerem diferentes. 
Para facilitar a comparabilidade, a entidade deve divulgar suas políticas 
contábeis e critérios de mensuração em notas explicativas. Notas explicativas são 
complementos às demonstrações contábeis e auxiliam os usuários a avaliar a 
situação patrimonial das entidades. 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
10.2.2. Verificabilidade 
A verificabilidade diz respeito a possibilidade de se verificar se a informação 
contábil representa com fidedignidade o fenômeno econômico que se propõe a 
representar. A verificabilidade possibilita que diferentes observadores, em conjunto 
ou de forma independente, possam chegar a um consenso acerca do retrato de uma 
realidade econômica específica. 
A verificação pode ser direta ou indireta. A verificação direta consiste em 
verificar um valor ou outra representação por meio da observação direta, como a 
contagem de estoques, por exemplo. A verificação indireta consiste em analisar os 
dados de entrada do modelo de controle de estoques, por exemplo, sua fórmula ou 
método de controle e recálculo dos resultados obtidos pela mesma metodologia. A 
verificação indireta do valor contábil dos estoques é feita por meio da checagem dos 
dados de entrada (quantidades e custos) e por meio do recálculo do saldo final dos 
estoques utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do custo (por exemplo, 
utilizando o método PEPS). 
 
10.2.3. Tempestividade 
Tempestividade significa que as informações devem estar disponíveis aos 
usuários tempestivamente, isto é, no tempo oportuno, sem atrasos ou 
retardamentos. Informação atrasada ou desatualizada tem menor utilidade. 
 
10.3.4. Compreensibilidade 
Alguns fenômenos econômicos são complexos e de difícil compreensão. 
Entretanto, as informações contábeis e financeiras não precisam ser assim, de difícil 
compreensão. Nesse sentido, os relatórios contábeis devem ser elaborados de 
forma que os usuários que possuam conhecimento razoável de negócios e 
atividades econômicas possam compreendê-los. 
A busca por tornar um relatório financeiro compreensível não deve implicar 
em remoção das informações complexas e difíceis, pois ao assim proceder 
estaríamos tornando os relatórios incompletos (omissos em alguns pontos) e 
potencialmente distorcidos. 
 
 
 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
11. Resumo da apostila da semana 1 
 
● A contabilidade se baseia na doutrina de diversos países. A escola italiana entende que a 
contabilidade é uma ferramenta administrativa para o controle econômico das entidades. A 
escola americana define a contabilidade como um sistema que visa a comunicação de 
informações econômicas para fins de tomada de decisões. 
 
● Para fins de concursos, duas definições se destacam: "Contabilidade é a ciência que estuda 
e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração 
econômica" e "A contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação 
destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, 
financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de Contabilização." 
 
● O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio, entendido como o conjunto de bens, 
direitos e obrigações. 
 
● As entidades sujeitas à contabilização podem ser de três tipos: com fins econômicos, com 
fins socioeconômicos e com fins sociais. 
 
● O objetivo da contabilidade é controlar o patrimônio e sua finalidade é gerar informações 
contábil-financeiras para a tomada de decisões. Seu campo de aplicação são as pessoas 
físicas ou jurídicas. 
 
● A função administrativa da contabilidade é controlar o patrimônio, ao passo que sua função 
econômica é apurar o lucro ou prejuízo do período. 
 
● Os principais ramos da contabilidade são: Contabilidade Financeira, Contabilidade de 
Custos, Contabilidade Gerencial e Contabilidade Fiscal 
 
● A contabilidade se baseia em três teorias básicas: teoria da mensuração, teoria da 
informações e teoria da decisão. 
 
● São técnicas contábeis: escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e análise de 
balanços. 
 
● Os usuários das informações contábeis podem ser internos (administradores, proprietários) e 
externos (credores, governo, sindicatos etc.). 
 
● A informações contábil útil deve possuir características qualitativas fundamentais (relevância 
e representação fidedigna) e características qualitativas de melhoria (comparabilidade, 
verificabilidade,tempestividade e compreensibilidade). 
 
 
 
Apostila Contabilidade – Semana 1 
 
 
 
 
 
 
Próximos passos: 
Faça agora os exercícios com gabaritos comentados na plataforma do Clipping ✍ 
 
 
 
📚 Bibliografia 
 
ADRIANO, Sérgio. Contabilidade geral 3D: básica, intermediária e avançada. 3ª edição.Salvador: 
Juspodvm, 2016. 
IUDÍCIBUS, Sérgio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas: 2010. 
FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral. 15ª edição. Niterói, RJ: Impetus, 2018. 
IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; ERNESTO, Rubens Gelbcke; SANTOS, Ariovaldo dos. 
FIPECAFI – Manual de Contabilidade Societária. São paulo: Atlas, 2015

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