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Aula 4 - A Revolução Digital
Introdução
A revolução digital teve seu início marcado pelo surgimento da Internet e uso das novas tecnologias da informação e comunicação para apoiar as atividades econômicas, financeiras, governamentais, o comércio e a comunicação entre as pessoas. Para compreender suas características vamos nos aprofundar nessa aula em temas como: Internet, Negócios Digitais, Conhecimento Digitalizado, Tecnologia e Exclusão Digital.
A Revolução Digital
As TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) permitem que a informação e o conhecimento, atualmente, sejam acessados de forma rápida e fácil através da Internet. O acesso, o armazenamento, a recuperação, o tratamento, a manipulação, a localização, o compartilhamento e a difusão da informação e do conhecimento ficaram bastante facilitados.
A convergência tecnológica nos possibilita acessar às informações de qualquer lugar e através de qualquer meio de comunicação por uma interface única.
A revolução digital está apoiada nas novas TIC e na forma como possibilitam a interação social, os negócios e o comércio eletrônico, o governo eletrônico, as formas de produção, entre outros aspectos da Sociedade da Informação e do Conhecimento.
Internet
A Internet atualmente está baseada no conceito de rede de arquitetura aberta. Assim, escolhemos livremente um provedor que nos possibilita entrar em rede com outras redes, numa interconexão entre redes.
Assim configurada, a Internet tornou-se novo meio multifacetado de massa, possibilitando a interação entre pessoas e a disponibilização da informação e do conhecimento, independente do espaço geográfico ou temporal.
Fica imperceptível ao usuário, mas vários atores (humanos ou tecnológicos) participam da cadeia de valor da Internet.
O que é a internet?
Em 1960, a DARPA patrocinou um projeto com o objetivo de interligar vários pesquisadores em rede. Surgiu a ARPANET.
A Arpanet ligava quatro locais:
UCLA;
Stanford Research Institute;
UC Santa Barbara;
Utah University.
Em 1972, apareceu o e-mail.
Em 1973, a Arpanet se conectou à University College of London no Reino Unido e com o Royal Radar Establishment na Noruega, tornando-se internacional.
Em 1986 foi a vez da NSFNet se interligar e o resultado ficou conhecido como internet.
Sobre o DNS
Domain Name System – Sistema de nomes de domínios.
É um “tradutor” de nomes de domínio para números de IP e vice-versa.
Possui uma estrutura hierárquica
- Domínio raiz
Domínios de primeiro nível
- Domínios de segundo nível
>> Nome hospedeiro
Ex.:
Computer1.sales.google.com
Arquitetura cliente-servidor
Internet, intranet e extranets
Intranet: é uma rede privada de uma empresa que usa a mesma tecnologia da internet para conectar dispositivos, recursos e aplicações.
Possui público interno;
Deve possuir mecanismos de segurança;
Diferença com Internet: conteúdo (na intranet o conteúdo é privado).
Uso de intranets:
Ensino eletrônico;
Repositório de dados;
TV corporativa;
Mensagens instantâneas;
Gerenciamento de projetos;
etc.
Negócios Digitais
A partir do entendimento da cadeia de valor da Internet é possível compreender os negócios digitais na sociedade da informação e do conhecimento. Você já deve ter visto ou ouvido falar em negócios B2B, B2C, C2B, C2C, entre outros. Estas são categorias de transação na Internet que compõem a arquitetura do ambiente de negócios eletrônicos.
A partir da possibilidade dos negócios eletrônicos, muitas oportunidades foram criadas com base na Internet, subvertendo a lógica de funcionamento dos mercados existentes, entre elas:
Fácil acesso à informação;
Redução dos custos de transação;
Surgimento de novos agentes na ponta da cadeia produtiva, substituindo os tradicionais intermediários;
Eliminação das distâncias físicas;
Funcionamento ininterrupto.
Há uma tendência atual das pessoas preferirem se relacionar virtualmente, para buscar informações sobre um produto ou serviço antes fechar um negócio, bem como para manifestar sua insatisfação com as empresas. Percebemos através desse comportamento do consumidor um crescente acesso à informação e ao conhecimento digitalizado, que demanda uma nova forma de configuração dos processos de negócios, que passam a ser também digitalizados. Como exemplos desses processos digitalizados, temos:
Com a digitalização dos processos de negócios, na área de TI evoluímos cada vez mais para a integração da cadeia e do sistema de valor por inteiro, abrangendo as camadas de fornecedores, canais e clientes. Esse tipo de integração demanda o uso de aplicações colaborativas, que possibilitam a colaboração entre os vários atores nessa cadeia virtualizada dos processos de negócios.
E-business e e-commerce
Laudon e Laudon:
E-BUSINESS refere-se ao uso de tecnologia digital e de internet para executar os principais processos de negócios de uma empresa. 
E-COMMERCE lida com a compra e venda de mercadorias e serviços pela internet.
Etapas do e-commerce
Segundo Kalakota & Robinson (2002) 
 Primeira etapa (1994 - 1997): na primeira etapa, o que ocorreu foi uma corrida das empresas em garantir sua presença na internet.
Segunda etapa (1997 - 2000): na segunda etapa, o foco foram as transações eletrônicas: comprar e vender na internet.
Terceira etapa (2000 - até hoje): o foco deste período está relacionado com a lucratividade.
10 regras que norteiam o processo de e-business
Kalakota & Robinson (2002):
Regra 1: a tecnologia não é mais algo a ser levado em conta depois da formação da estratégia de negócios e sim a razão e o caminho dessa estratégia.
Regra 2: a capacidade de agilizar a estrutura de informação e de influenciar e controlar seu fluxo é um serviço muito mais poderoso e eficaz em termos de custo do que a de movimentar e produzir produtos físicos.
Regra 3: a incapacidade de superar o modelo de negócios ultrapassado e dominante leva muitas vezes ao fracasso.
Regra 4: utilizando comércio eletrônico, a empresa pode ouvir os clientes e tornar-se “a mais barata”, “a mais familiar” ou “a melhor”.
Regra 5: não use tecnologia apenas para criar o produto. Use a tecnologia para inovar, incentivar e aprimorar toda a experiência em torno do produto: da seleção e pedido ao recebimento e serviço.
Regra 6: o projeto empresarial do futuro utiliza de forma crescente modelos de e-business reconfiguráveis para melhor atender às necessidades do cliente.
Regra 7: o objetivo dos novos projetos de negócios é que as empresas criem alianças flexíveis de terceirização que não apenas diminuam custos, mas também fascinem os clientes.
Regra 8: para projetos urgentes de e-business, é fácil minimizar as necessidades da infraestrutura de aplicação e concentrar-se no falso brilho das aplicações de interface com os usuários. A omissão pode custar muito caro.
Regra 9: a capacidade de planejar o desenvolvimento de uma infraestrutura de e-business rapidamente e de implementá-la de forma inflexível é a chave do sucesso. A regra é uma execução rigorosa.
Regra 10: a difícil tarefa da gerência é alinhar estratégias de negócios, processos e aplicações de forma rápida, correta e simultânea. Uma forte liderança é imprescindível.
Conhecimento Digitalizado
Até aqui, propositalmente, viemos tratando os termos informação e conhecimento sem diferenciá-los.
Você pode perceber que o conhecimento está relacionado a mente das pessoas e como elas processam as informações. Desta forma, digitalizar o conhecimento é um processo complexo e que exige ferramentas tecnológicas apropriadas, de forma que o conhecimento possa ser explicitado, armazenado, indexado, recuperado, compartilhado e difundido para a sociedade.
Como você pode verificar na leitura do material didático, a lista de recursos em TI para permitir a digitalização do conhecimento é ampla e não exaustiva, pois ferramentas novas surgem a todo o momento.
É muito importante que o profissional de TI conheça essas ferramentas e seu potencial, para que possa atuar também na área de Gestão do Conhecimento (GC), que vem se desenvolvendocontinuamente permitindo que cada vez mais organizações digitalizem seu conhecimento e implantem Sistemas de Gestão do Conhecimento (SGC).
Tecnologia Onipresente
A base da Revolução Digital são as ferramentas que permitem a digitalização do conhecimento e a convergência tecnológica.
Cada vez mais a comunicação, as atividades de produção, os serviços e outras atividades estão baseadas na mobilidade. Novos dispositivos móveis surgem no mercado com funções complexas e que possibilitam um leque de possibilidade para as organizações e a sociedade como um todo.
Os jovens que ingressam atualmente no mercado de trabalho são nativos digitais, ou seja, já nasceram no bojo da revolução digital e lidam com os artefatos tecnológicos com naturalidade e desembaraço. Utilizam as redes sociais e os blogs para comunicação, interação e diversão. Essa geração de nativos digitais possui algumas características importantes, como:
Independência e forte interação em rede;
Abertura intelectual;
Colaboração;
Interligação dos intelectos para a conscientização organizacional;
Cultura de Inovação;
Empresa em tempo real.
Inclusão e Exclusão Digital
A Revolução Digital trouxe muitos benefícios para a sociedade, porém ainda há muitas pessoas no Brasil que estão a margem e que não utilizam as TIC. Essas pessoas pertencem ao grupo de excluídos digitalmente.
Entretanto, a exclusão digital está diretamente relacionada aos índices de miséria e de analfabetismo, ainda muito altos no Brasil.
Pobreza e exclusão digital estão diretamente relacionadas.
Para utilizar as TIC em seu benefício e para ingresso ou permanência no mercado de trabalho é importante não somente saber utilizá-las, mas também conhecer suas vantagens e desvantagens e ter uma consciência crítica sobre seu uso.
Resumo do conteúdo
A Revolução Digital através da discussão de quatro importantes temas: Internet, Negócios Digitais, Conhecimento Digitalizado e Tecnologia Onipresente.
As principais características da Revolução Digital e seus impactos para a sociedade atual.
A história da Internet e como revolucionou hábitos, costumes e processos sociais, econômicos, produtivos, comunicativos, entre outros em nossa sociedade.
A importância dos Negócios Digitais na Sociedade do Conhecimento.
O que é o Conhecimento Digitalizado e como é tratado através das ferramentas de Gestão do Conhecimento.
Como a Tecnologia é onipresente na Sociedade do Conhecimento.

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