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Ana Beatriz Coelho ¦ Graças a ele as células podem ser grandes, se movimentar, se sustentar e ter forma. ¦ O citoesqueleto determina a distribuição das estruturas intracelulares e impede que as células desabem sob seu próprio peso. Possuem 3 tipos de filamentos: Microfilamentos ¦ Formados pela proteína actina (formato globular) ¦ Mais finos ¦ Flexíveis ¦ Extremamente maleável ¦ Polimerizam (podem montar e desmontar rapidamente) Instabilidade dinâmica Microtúbulos ¦ Formados pela proteína tubulina (formato globular) ¦ Mais rígidos ¦ Mais grossos ¦ Polimerizam (podem montar e desmontar rapidamente) Instabilidade dinâmica Filamentos intermediários ¦ Formados por proteínas fibrosas de origem diversa, de acordo com o tipo celular. (Proteínas alongadas) ¦ Mais estáveis: Confere a célula resistência mecânica ¦ Exclusivo de células animais Maior coesão dos tecidos ¦ Suportam mais tensão e deformação que causariam a ruptura de microfilamentos e microtúbulos. Cada um dos tipos tem características próprias de resistência a tensões, flexibilidade e estabilidade Todos os filamentos podem polimerizar-se e despolimerizar-se rapidamente. Ana Beatriz Coelho Microtúbulos ¦ Determinam a forma geral da célula e a disposição de suas organelas ¦ Os microtúbulos são heteropolímeros ¦ 13 protofilamentos formam a circunferência dos microtúbulos. ¦ Cada protofilamento, por sua vez é formado por dímeros de α e β tubulinas alternadamente dispostos. ¦ A molécula de β tubulina possui um sítio ao qual se liga uma molécula de GTP. ¦ A disposição das tubulinas confere aos microtúbulos polaridade a incorporação de novos dímeros de tubulina ocorre preferencialmente em uma das extremidades do microtúbulo, enquanto a outra extremidade tende a liberar dímeros de tubulina com maior rapidez e facilidade. ¦ Estruturas muito dinâmicas, capazes de crescer ou encolher rapidamente. ¦ A extremidade onde preferencialmente incorporam novos dímeros é chamada positiva ou plus. ¦ A extremidade negativa ou minus é onde ocorre os dímeros se despolimeriza. Heteropolímeros: Polímero onde duas (ou mais) moléculas diferentes se alteram. Homopolímero: polímero em que todas as moléculas são iguais Dímero: duas moléculas que juntas formam uma unidade funcional: podem ser homopolímeros ou heteropolímeros A energia do GTP é menor ao ATP 37OC+GTP+Mg++ 4oC+GDP+Ca++ Dímeros de tubulina Microtúbulos polimerizados Ana Beatriz Coelho ¦ As células in vivo possuem um centro organizador de microtúbulos ou centrossoma, onde partem todos os seus microtúbulos, onde partem todos os microtúbulos. Os microtúbulos se orientam com a extremidade minus voltada para o centro organizador e a extremidade plus voltada para periferia celular. ¦ O que define o centro organizador de microtúbulos não é a presença do centríolo, e sim uma forma específica de 𝛾 tubulina, ela forma um complexo em anel de 𝛾 tubulina que se acredita ser o molde a partir do qual os protofilamentos e a estrutura tubular são formados. ¦ 𝜸 tubulina forma uma espécie de tampa que impede a perda de subunidades. ¦ A Instabilidade dinâmica resulta da hidrólise espontânea da molécula de GTP ligada à subunidade 𝛽 da tubulina em GDP, o GTP favorece a polimerização e mantém o protofilamento esticado, o GDP diminui a ligação entre os dímeros de tubulina encurvando o filamento e favorecendo o desligamento do dímero do protofilamento. ¦ Despolimerização catastrófica: rápido encolhimento do microtúbulo toda estrutura colapsa. (Proteína que contribuem para essa rápida despolarização: catastrofinas. ¦ Os microtúbulos partem do centrossomo, irradiando-se em todas as direções, mas preferencialmente no sentido para o qual essa célula parece estar se deslocando ¦ O centro organizador de microtúbulos corresponde ao centro da célula pois se for deslocado de uma posição, todas as organelas celulares se reposicionarão em relação a ela. ¦ Existem proteínas associadas a face citoplasmática da membrana plasmática, capazes de “estimular” a incorporação de novos dímeros de tubulina e, consequentemente, o crescimento do microtúbulo. Outras proteínas interagem lateralmente com os microtúbulos, ajudando a manter a ligação entre dímeros de tubulina (as MAPs ou proteínas associadas a microtúbulos). Já a statmina (mantém um estoque de tubulina não polimerizada) e a Katanina (picota microtúbulos já formados) estão no citoplasma da célula. A catastrofina atua na extremidade positiva do microtúbulo, onde está o guepe de GTP. A katanina fragmenta o microtúbulo em vários pontos. Ana Beatriz Coelho As proteínas motoras ¦ Pertencem a duas famílias: as cinesinas e dineinas. ¦ As cinesinas se ligam aos microtúbulos pelo seu domínio motor, A outra extremidade se liga à partícula que será à partícula que será transportada. Em custas da hidrólise de ATP, as cabeças globulares da cinesina se ligam e se desligam do microtúbulo, fazendo com que a carga associada à outra extremidade seja transportada ao longo desse trilho. A hidrólise de ATP que promove o desligamento da cinesina e seu deslizamento sobre o microtúbulo. ¦ O fuso mitótico é formado por microtúbulos e presente apenas durante a divisão celular, na qual desaparece Cinesinas sempre andam para o lado plus, em direção a periferia celular. O transporte centrípeto é feito por dineínas que caminham ao longo fo microtúbulo, sempre no sentido minus As dineínas são mais rápidas que as cinesinas MAP 2 e Tau estabiliza o microtúbulo e forma pontes laterais entre microtúbulos originando feixes. Dineínas: Liga-se a vesículas e organelas, transportando-as na direção do centrossoma. Também promove a inclinação dos microtúbulos dos axonemas. Cinesina: Liga-se a vesículas e organelas, transportando-as na direção da periferia da célula Ana Beatriz Coelho Cílios e Flagelos ¦ Estrutura básica: axonema ¦ Além de pontes radiais que ligam os pares periféricos ao par central, os pares periféricos se conectam por uma proteína que forma pontes entre eles a nexina. O movimento do cílio e flagelo é produzido pela inclinação do axonema. A inclinação é resultado da interação dos braços de dineína de um microtúbulo A com o microtúbulo B do par seguinte. Drogas Droga Função Interação Colchina Se liga a dímeros de tubulina Impede a polimerização Vinblastina Se liga a dímeros de tubulina Impede a polimerização Nocodazol Se liga a dímeros de tubulina Impede a polimerização Taxol Se liga a microtúbulos estabilizando-os Impede a despolimerização Os cílios costumam ser curtos e se dispor em fileiras que executam um movimento semelhante a um remo, os flagelos são bem mais longos e em menor número e seu movimento é ondulatório. Ana Beatriz Coelho Ana Beatriz Coelho Microfilamentos ¦ Feita de polímeros de actina ¦ A actina pode corresponder a até 20% do peso seco da célula ¦ Pelo menos seis formas de actina já foram descritas. ¦ Actina 𝛼 e 𝛾 são presentes nas células musculares ¦ Actina 𝛽 é encontrada em células musculares. ¦ A actina em seu estado monomérico é chamada de actina G (de globular) ¦ A actina incorporada ao microfilamento é chamada de actina F (de filamentosa) ¦ O filamento de actina se torna polarizado, isto é, as extremidades são diferentes. Isso acarreta uma maior probabilidade de incorporação de novos monômeros a uma das extremidades que é chamada de positiva (ou plus), geralmente voltada para a membrana plasmática. ¦ O ATP incorporado na actina G é importante para a manutenção da estruturada molécula. ¦ Quando a actina G se incorpora ao filamento, hidrolisa o ATP formando o ADP que fica “preso” no filamento. ¦ Um novo filamento tem início pela formação de um núcleo. Para que esse núcleo se forme são necessárias pelo menos duas outras proteínas relacionadas à actina. As ARPs (actin related proteins) do tipo 2 e 3. As proteínas e as actinas se associam e formam um outro filamento. ¦ Os microtúbulos se distribuem por todo o citoplasma, mas principalmente nas regiões periféricas (córtex celular). ¦ As células, ao se deslocarem, em uma determinada direção, emitem prolongamentos de seu citoplasma que resultam na incorporação de novos monômeros de actina na extremidade voltada para a membrana plasmática de microfilamentos já existentes. ¦ Quando a proteína citoplasmática gelsolina se liga a Ca++, ocorre uma imediata fragmentação dos microfilamentos, provocando o desaparecimento de estruturas mantidas por eles. Isoforma: Pequenas variações de uma molécula que podem resultar de modificações sutis na cadeia primária, como a substituição de um aminoácido, ou o acréscimo de um grupamento, como acetil e metil Concentração crítica é a concentração citoplasmática mínima de moléculas de actina g para que os microfilamentos se formem. Ana Beatriz Coelho ¦ Mais actina F citoplasma em estado gel ¦ Mais actina G citoplasma em sol ¦ A constante transição gel/sol é fundamental nas regiões periféricas do citoplasma é fundamental para o deslocamento da célula num substrato. Proteínas motoras ¦ As miosinas são capazes de hidrolisar ATP a ADP quando se associam a microfilamentos. Durante o processo, a molécula de miosina promove o deslocamento do microfilamento. ¦ Todas as miosinas possuem uma região da molécula conservada, é o chamado domínio motor. Trata-se de uma região globular onde a hidrolise do ATP é catalisada. Isso provoca uma modificação na posição relativa entre a miosina e o microfilamento que lhe esteja próximo que leva a liberação de Pi. A ligação entre actina e miosina se fortalece, ao mesmo tempo que uma região flexível logo abaixo da cabeça globular da miosina se deforma. ¦ Todas as miosinas possuem uma cauda que pode manter a molécula ligada à membrana ou a outro filamento. ¦ A interação actina-miosina é importante para as contrações musculares, para o estrangulamento que separa as células filhas após uma divisão é resultante de um anel de contração formado por feixes de actina que deslizam uns em relação aos outros diminuindo o diâmetro do anel e trazendo consigo a membrana. Proteínas associadas a actina ¦ A 𝛼 −actina e a fibrina formam pontes entre dois filamentos de actina, dando origem a feixes paralelos, mantendo equidistantes os filamentos do feixe. ¦ A 𝛼 −actina mantém os microfilamentos mais distanciados que a fibrina, pondendo, assim, outras proteínas serem inseridas. Formando feixes capazes de suportar tensões. ¦ A filamina forma uma rede Ana Beatriz Coelho ¦ A proteínas espectrina permite a distribuição homogênea das proteínas da membrana da membrana da hemácia e garante sua flexibilidade, fazendo com que ela possa se deformar para atingir os capilares mais finos. Proteínas associadas ao crescimento ¦ Timosina: proteção da actina G, impede a sua incorporação à extremidade positiva do filamento ¦ Profilina: Compete com a timosina, ela se liga à região da molécula oposta ao ATP e é capaz de responder sinais de sinalização. A actina ligada à profilina fica estimulada a se associar à extremidade plus de um microfilamento. Assim que o complexo actina- profilina se incorpora ao filamento, a actina muda de conformação e libera profilina. Promovendo o crescimento, geralmente, em direção à membrana. Proteína Função Tropomiosina Fortalece o filamento Fimbrina Forma feixes a partir dos filamentos Miosina I Move filamentos ou vesículas Ana Beatriz Coelho Drogas que interferem Ana Beatriz Coelho Filamentos intermediários ¦ Conferem às células resistência mecânica ao esticamento e são duráveis. Essa propriedade é importante para tecidos de modo geral e particularmente para aqueles que normalmente são submetidos à tensão e compressão, como as células musculares, cardíacas e a pele. ¦ Os filamentos intermediários são encontrados no citoplasma de quase todas as células eucariontes. ¦ Formados por proteínas fibrilares que formam dímeros em que as duas extremidades NH2 das moléculas participantes se alinham na mesma direção. ¦ Os filamentos não são polarizados ¦ Podem ser dobrados e esticados com facilidade e muito resistentes d difíceis de arrebentar quando puxados ¦ Estruturas dinâmicas, que se reorganizam constantemente, aumentando ou diminuindo seu comprimento e mudando sua localização na célula. ¦ Cada tipo celular possui filamentos intermediários específicos. ¦ Maior grupo de proteínas são as queratinas. ¦ As laminas nucleares formam uma malha na superfície interna do envoltório nuclear. Essa rede de filamentos intermediários reforça o envoltório nuclear e se despolimeriza a cada divisão celular, refazendo-se depois, assim como o próprio envoltório. ¦ A organização e a desorganização da lâmina nuclear são controladas por proteínas quinases que fosforilam laminas, enfraquecendo as ligações entre elas e causando colapso da lâmina nuclear. A posterior desfosforilação dessas proteínas leva a recomposição da lâmina. ¦ Funções dos filamentos intermediários: Suporte mecânico, citoarquitetura, migração celular e modulação de sinais Ana Beatriz Coelho Neurofilamentos ¦ Se destribuem ao longo dos axônios, contribuindo tanto para a sustentação quanto para o transporte axonal. ¦ Alguns neurofilamentos atingem grande comprimento a sua estrutura difere a da de outros filamentos intermediários pela presença de “espaçadores” que mantém os neurofilamentos paralelamente dispostos ao longo do axônio. ¦ Durante o crescimento da fibra nervosa, novas subunidades são acionadas a ambas extremidades dos neurofilamentos já existentes, aumentando seu comprimento e se conecta a uma célula efetora, seu diâmetro ainda pode aumentar cerca de cinco vezes, aumentando a velocidade com que os estímulos elétricos serão transmitidos. Tipos de Filamentos intermediários