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REFORMA ORTOGRÁFICA: Veja o resumo das novas regras 
Trema 
Deixou de ser usado, mas nada muda na pronúncia 
 
 
tranquilo; sequestro; consequência; aguentar; sagui; arguir 
 
Atenção: 
Exceção para nomes próprios estrangeiros (como Müller e Bündchen) 
 
Ditongos abertos 
Os ditongos 'éi', 'ói' e 'éu' só continuam acentuados no final da palavra 
 
 
Mas céu, dói, chapéu, anéis, lençóis não mudam 
 
Atenção: 
O acento será mantido em destróier e Méier, conforme a regra que manda acentuar os 
paroxítonos terminados em 'r' 
 
Acento diferencial de tonicidade 
Não se acentuam mais certos substantivos e formas verbais para distingui-los graficamente 
de outras palavras 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: 
Esta regra aplica-se também às palavras compostas: para-brisa, para-raios. Para evitar 
confusões, foram mantidos os acentos do verbo pôr e da forma do pretérito perfeito pôde. O 
acento de fôrma (distinto de forma) é facultativo 
 
Acento circunflexo 
Os hiatos 'oo' e 'ee' não recebem mais acento 
 
 
 
Atenção: 
Continuam acentuados (ele) vê, (eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc. 
 
Acento agudo sobre o 'u' 
1. Não se acentua mais o 'u' tônico das formas verbais argui, apazigue, averigue 
2. Não se acentuam mais o 'u' e o 'i' tônicos precedidos de ditongo em palavras paroxítonas 
 
 
 
Atenção: 
Feiíssimo e cheiíssimo continuam acentuados porque são proparoxítonos; bem como Piauí e 
teiú, que são oxítonos 
 
Hífen 
 
O hífen é empregado: 
1. Se o segundo elemento começa por 'h' 
 
-história; giga-hertz; bio-histórico; super-herói; anti-herói; macro-história; mini-hotel; 
super-homem 
 
2. Para separar vogais ou consoantes iguais 
 
-racial; micro-ondas; micro-ônibus; mega-apagão; sub-bibliotecário; 
sub-base; anti-imperialista; anti-inflamatório; contra-atacar; entre-eixos; hiper-real; infra-
axilar 
 
3. Prefixos 'pan' ou 'circum', seguidos de palavras que começam por vogal, 'h', 'm' ou 'n' 
 
-negritude; pan-hispânico; circum-murados; pan-americano; pan-helenismo; circum-
navegação 
 
4. Com 'pós', 'pré' 'pró' 
 
-graduado; pré-operatório; pró-reitor; pós-auricular; pré-datado; pré-escolar 
Atenção: 
Esta regra não se aplica às palavras em que se unem um prefixo terminado em vogal e uma 
palavra começada por 'r' ou 's'. Quando isso acontece, dobra-se o 'r' ou 's': microssonda 
(micro + sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom, infrassom, suprarregional 
 
Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa 
 
Confira aqui quais são as novas regras e quais alterações ocorreram: 
ALFABETO 
Nova Regra: O Alfabeto agora passa a ser oficialmente formado 
por 26 letras. 
Como era com a regra 
antiga 
Como ficou com a regra atual 
O 'k', 'w' e 'y' não eram 
consideradas letras do 
nosso alfabeto 
Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, 
nomes próprios, palavras estrangeiras e seus 
derivados. Exemplos: km, watt, Byron, 
byroniano. 
 
TREMA 
Nova Regra: Não existe mais o trema em língua portuguesa. 
Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por 
exemplo: Müller, mülleriano. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, 
freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, 
tranqüilo, lingüiça... 
Aguentar, consequência, 
cinquenta, quinquênio, 
frequência, frequente, 
eloquência, eloquente, arguição, 
delinquir, pinguim, tranquilo, 
linguiça... 
 
ACENTUAÇÃO 
 Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados 
em palavras paroxítonas. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, 
Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, heróico, 
apóio, paranóico... 
Assembleia, 
plateia, ideia, 
colmeia, boleia, 
panaceia, 
Coreia, hebreia, 
boia, paranoia, 
jiboia, heroico, 
apoio, 
paranoico... 
Observações: 
• Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossólabas o acento 
continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. 
• O acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. 
 
Nova Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abencôo, povôo... 
Enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, 
abencoo, povoo... 
 
Nova Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem... 
Creem, deem, leem, veem, descreem, 
releem, reveem... 
 
Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras 
homográficas. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), 
pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)... 
Para (verbo), pela (substantivo e 
verbo), pelo (substantivo), pera 
(substantivo), pera (substantivo), 
polo (substantivo)... 
Observação: O acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' 
(3ª pessoa do Pretérito Perfeito do indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para 
diferenciar da preposição 'por'. 
 
Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais 
rizotônicas, quando precedidos de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' 
(gue, qui, gui, qui). 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, oblíque... 
Argui, apazigue, averigue, enxague, 
enxaguemos, oblique... 
 
Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em 
paroxítonas quando precedidos de ditongo. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Baiúca, boiúna, cheiínnho, saiínha, feiúra, feiúme... 
Baiuca, boiuna, cheiinnho, saiinha, 
feiura, feiume... 
 
HÍFEN 
 
Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas 
de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras 
iniciadas por 'r' ou 's' sendo que essas devem ser dobradas. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, 
arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-
sugestão, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, 
infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-
renal, supra-sensível... 
Antessala, antessacristia, 
autorretrato, antissocial, 
antirrugas, arquirromântico, 
arquirrivalidade, 
autorregulamentação, 
autossugestão, contrassenha, 
extrarregimento, extrassístole, 
extrasseco, infrassom, 
ultrassonografia, semirreal, 
semissintético, suprarrenal, 
suprassensível... 
Observação: Em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra 
seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, 
inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente... 
 
Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas 
de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras 
iniciadas por outra vogal. 
 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, 
auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, 
contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-
ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-
aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-
obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado... 
Autoafirmação, autoajuda, 
autoaprendizagem, autoescola, 
autoestrada, autoinstrução, 
contraexemplo,contraindicação, 
contraordem, extraescolar, 
extraoficial, infraestrutura, 
intraocular, intrauterino, 
neoexpressionista, neoimperialista, 
semiaberto, semiárido, 
semiautomático, semiembriagado, 
semiobscuridade, supraocular, 
ultraelevado... 
Observações: 
• Esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, 
antiamericano, socioeconômico... 
• Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h' anti-herói, anti-
higiênico, extra-humano, semi-herbáceo... 
 
Nova Regra: Agora se utiliza hífen quando a palavra é formada 
por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra 
iniciada pela mesma vogal. 
Como era com a regra antiga 
Como ficou com a regra 
atual 
Antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, 
arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico... 
Anti-ibérico, anti-
inflamatório, anti-
inflacionário, anti-
imperialista, arqui-
inimigo, arqui-irmandade, 
micro-ondas, micro-
ônibus, micro-orgânico... 
Observações: 
• Esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo que termina com vogal + palavra 
que inicia com vogal diferente = não têm hífen, prefixo que termina com vogal + palavra 
que inicia com mesma vogal = com hífen. 
• Uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', não 
utiliza-se hífen. 
 
Nova Regra: Não se usa mais hífen em compostos que, pelo uso, 
perdeu-se a noção de composição. 
Como era com a regra antiga Como ficou com a regra atual 
Manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, 
pára-choque, pára-vento... 
Mandachuva, paraquedas, 
paraquedista, paralama, 
parabrisa, parachoque, 
paravento... 
Observações Gerais: 
O uso do hífen permanece: 
• Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice' e 'soto'. Exemplos: ex-
marido, vice-presidente, soto-mestre... 
• Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N. 
Exemplos: pan-americano, circum-navegação... 
• Em palavras formadas com prefixos 'pre', 'pró' e 'pós' + palavras que tem significado 
próprio. Exemplos: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação... 
• Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém' e 'sem'. Exemplos: além-mar, 
além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto... 
Não existe mais hífen: 
• Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, 
prepositivas ou conjuncionais). Exemplos: Cão de guarda, fim de semana, café com leite, 
pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de... 
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, car-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-
Deus-dará, à queima-roupa... 
Prefixos e Elementos de Composição 
Usa-se o hífen com diversos prefixos e elementos de composição. 
Veja o quadro a seguir: 
Usa-se hífen com os prefixos: Quando a palavra seguinte começa por: 
Ante-, Anti-, Contra-, Entre-, Extra-, 
Infra-, Intra-, Sobre-, Supra-, Ultra- 
H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O 
PREFIXO 
Exemplos com H: ante-hipófise, 
anti-higiênico, anti-herói, 
contra-hospitalar, entre-hostil, 
extra-humano, infra-hepático, 
sobre-humano, supra-hepático, 
ultra-hiperbólico. 
Exemplos com vogal idêntica: 
anti-inflamatório, contra-ataque, 
infra-axilar, sobre-estimar, 
supra-auricular, ultra-aquecido. 
Hiper-, Inter-, Super- 
H / R 
Exemplos: hiper-hidrose, hiper-raivoso, inter-humano, 
inter-racial, 
super-homem, super-resistente. 
Sub- 
 
B - H - R 
Exemplos: sub-bloco, sub-hepático, 
sub-humano, sub-região. 
Obs.: as formas escritas sem hífen e sem "h", como por 
exemplo "subumano" e "subepático" também são 
aceitas. 
Ab-, Ad-, Ob-, Sob- 
B - R - D (Apenas com o prefixo "Ad") 
Exemplos: ab-rogar (pôr em desuso), 
ad-rogar (adotar) 
ob-reptício (astucioso), sob-roda 
ad-digital 
Ex- (no sentido de estado anterior), 
Sota-, Soto-, Vice-, Vizo- 
DIANTE DE QUALQUER PALAVRA 
Exemplos: ex-namorada, sota-soberania (não total), 
soto-mestre (substituto), vice-reitor, vizo-rei. 
Pós-, Pré-, Pró- (tônicos e com 
significados próprios) 
DIANTE DE QUALQUER PALAVRA 
Exemplos: pós-graduação, pré-escolar, 
pró-democracia. 
Obs.: se os prefixos não forem autônomos, não haverá 
hífen. Exemplos: predeterminado, pressupor, pospor, 
propor. 
Circum-, Pan- 
H / M / N / VOGAL 
Exemplos: circum-meridiano, 
circum-navegação, circum-oral, 
pan-americano, pan-mágico, 
pan-negritude. 
Pseudoprefixos (diferem-se dos 
prefixos por apresentarem elevado 
grau de independência e possuírem 
uma significação mais ou menos 
delimitada, presente à consciência dos 
H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O 
PREFIXO 
Exemplos com H: geo-histórico, 
mini-hospital, neo-helênico, 
falantes.) 
Aero-, Agro-, Arqui-, Auto-, Bio-, 
Eletro-, Geo-, Hidro-, Macro-, Maxi-, 
Mega, Micro-, Mini-, Multi-, Neo-, 
Pluri-, Proto-, Pseudo-, Retro-, Semi-, 
Tele- 
proto-história, semi-hospitalar. 
Exemplos com vogal idêntica: 
arqui-inimigo, auto-observação, 
eletro-ótica, micro-ondas, 
micro-ônibus, neo-ortodoxia, 
semi-interno, tele-educação. 
Importante 
1) Não se utilizará o hífen em palavras iniciadas pelo prefixo ‘co-’. Ele irá se juntar ao 
segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'o' ou 'h'. Neste último caso, corta-se o 'h'. 
Se a palavra seguinte começar com 'r' ou 's', dobram-se essas letras. 
Exemplos: 
coadministrar, coautor, coexistência, cooptar, coerdeiro corresponsável, cosseno. 
2) Com os prefixos pre- e re- não se utilizará o hífen, mesmo diante de palavras começadas 
por 'e'. 
Exemplos: 
preeleger, preexistência, reescrever, reedição. 
3) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo 
elemento começar por r ous, estas consoantes serão duplicadas e não se utilizará o hífen. 
Exemplos: 
antirreligioso, antissemita, arquirrivalidade, autorretrato, contrarregra, contrassenso, 
extrasseco, infrassom, eletrossiderurgia, neorrealismo, etc. 
Atenção: 
Não confunda as grafias das palavras autorretrato e porta-retrato. A primeira é composta 
pelo prefixo auto-, o que justifica a ausência do hífen e a duplicação da consoante 'r'. 'Porta-
retrato', por outro lado, não possui prefixo: o elemento 'porta' trata-se de uma forma do 
verbo "portar". Assim, esse substantivo composto deve ser sempre grafado com hífen. 
4) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo 
elemento começar por vogal diferente, não se utilizará o hífen. 
Exemplos: 
antiaéreo, autoajuda, autoestrada, agroindustrial, contraindicação, infraestrutura, intraocular, 
plurianual, pseudoartista, semiembriagado, ultraelevado, etc. 
5) Não se utilizará o hífen nas formações com os prefixos des- e in-, nas quais o segundo 
elemento tiver perdido o "h" inicial. 
Exemplos: 
desarmonia, desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. 
6) Não se utilizará o hífen com a palavra não, ao possuir função prefixal. 
Exemplos: não violência, não agressão, não comparecimento. 
Lembre-se: 
Não se utiliza o hífen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", "tetra", "penta", 
"hexa", etc. 
Exemplos: 
bicampeão, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, trimestral, triênio, 
tetracampeão, tetraplégico, pentacampeão, pentágono, etc. 
Observações: 
- Em relação ao prefixo "hidro", em alguns casos pode haver duas formas de grafia. 
Exemplos: 
"Hidroavião" e "hidravião"; 
"hidroenergia" e "hidrenergia" 
- No caso do elemento "socio", o hífen será utilizadoapenas quando houver função de 
substantivo (= de associado). 
Exemplos: 
sócio-gerente / socioeconômico 
 
Hífen - compostos 
Uso em palavras compostas 
 
PALAVAS COMPOSTAS 
ELEMENTOS 
OU 
PALAVRAS 
REGRAS EXEMPLOS 
OBSERVAÇÕES; 
SAIBA MAIS 
Compostas 
comuns 
1. Usa-se hífen 
nas palavras 
compostas 
comuns, sem 
preposições, 
quando o primeiro 
elemento 
for substantivo, a
djetivo, verbo ou 
numeral. 
Amor-perfeito, 
boa-fé, 
guarda-noturno, 
guarda-chuva, 
criado-mudo, 
decreto-lei. 
A) Formas adjetivas como afro, 
luso, anglo, latino não se ligam por 
hífen: 
afrodescendente, eurocêntrico, 
lusofobia, 
eurocomunista. 
B) Mas com adjetivos pátrios (de 
identidade), usa-se o hífen: 
afro-americano, 
latino-americano, 
indo-europeu, 
ítalo-brasileira, 
anglo-saxão. 
C) Se a noção de composição 
desapareceu com o tempo, deve-se 
unir o composto sem hífen: 
pontapé, 
madressilva, 
girassol, 
paraquedas, 
paraquedismo(perdida a noção do 
verbo parar); 
mandachuva(perdida a noção do 
verbo mandar). 
D) Demais casos 
com para e mandausam hífen: 
para-brisa, 
para-choque (sem acento no para); 
manda-tudo, 
manda-lua. 
E) Compostos com elementos 
repetidos também levam hífen: 
tico-tico, 
tique-taque, 
pingue-pongue, 
blá-blá-blá. 
F) Compostos 
com apóstrofo também levam 
hífen: 
cobra-d'água, 
mãe-d'água, 
mestre-d'armas. 
Nomes 
geográficos 
2. Usa-se o hífen 
em nomes 
Grã-Bretanha, 
Grão-Pará, 
Demais nomes geográficos 
compostos não usam hífen: 
antecedidos 
de grão, grã ou 
verbos 
geográficos 
compostos 
com grã e grão o
u verbos de 
qualquer tipo. 
Passa-Quatro. América do Norte, 
Belo Horizonte, 
Cabo Verde. 
(O nome 
Guiné-Bissau 
é uma exceção). 
Espécies 
vegetais/ 
animais 
3. Usa-se o hífen 
nos compostos 
que designam 
espécies vegetais 
e animais. 
bem-te-vi, 
bem-me-quer, 
erva-de-cheiro, 
couve-flor, 
erva-doce, 
feijão-verde, 
coco-da-baía, 
joão-de-barro, 
não-me-toques 
(planta). 
Se a palavra for usada em sentido 
figurado, não leva hífen: Ela está 
cheia de não me toques(melindres). 
Mal 4. Usa-se hífen 
com mal antes 
de vogais ou hou l
. 
mal-afamado, 
mal-estar, 
mal-acabado, 
mal-humorada, 
mal-limpo. 
A) Escreva, porém: malcriado, 
malnascido, 
malvisto, 
malquerer, 
malpassado. 
B) Escreva com hífen no feminino: 
má-língua, 
más-línguas. 
Além, aquém, 
recém, bem, 
sem 
5. Usa-se hífen 
com além, 
aquém, recém, 
bem e sem. 
além-mar, 
aquém-oceano, 
recém-casado, 
recém-nascido, 
bem-estar, 
bem-vindo, 
sem-vergonha. 
Quando o bem se aglutina com o 
segundo elemento, não se usa 
hífen: benfeitor, 
benfeitoria, 
benquerer, 
benquisto. 
Locuções 6. Não se usa 
hífen nas locuções 
dos vários tipos 
(substantivas, 
adjetivas etc). 
à vontade, 
cão de guarda, 
café com leite, 
cor de vinho, 
fim de semana, 
fim de século, 
quem quer que 
seja, 
um disse me disse. 
A) Certas grafias consagradas agora 
são exceções à regra. Escreva: 
água-de-colônia, 
arco-da-velha, 
pé-de-meia, 
mais-que-perfeito, 
cor-de-rosa, 
à queima-roupa, 
ao deus-dará. 
B) Outras expressões/locuções que 
não usarão hífen: 
bumba meu boi, 
tomara que caia, 
arco e flecha, 
tão somente, 
ponto e vírgula. 
C) Escreva também sem hífen as 
locuções à toa(adjetivo ou 
advérbio), dia a dia(substantivo e 
advérbio) e arco e flecha. 
Encadeamentos 
de palavras 
7. Os 
encadeamentos 
vocabulares levam 
hífen (e não mais 
traço). 
A relação 
professor-aluno. 
O trajeto 
Tóquio-São Paulo. 
A ponte 
Rio-Niterói. 
Um acordo 
Angola-Brasil. 
Áustria-Hungria. 
Alsácia-Lorena. 
 
Hífen no fim da 
linha 
8. Quando cai no 
fim da linha, o 
hífen deve ser 
repetido, por 
clareza, na linha 
abaixo. 
Atravesso a 
ponte Rio- 
-Niterói. 
 
Couve- 
-flor. 
 
Este quadro está apoiado nas obras: 
BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro, Nova 
Fronteira, 2008. 
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/São 
Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008. 
GOMES, Francisco Álvaro. O acordo ortográfico. Porto, Porto Editora, 2008. 
 
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a 
seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a 
respeito desse assunto. 
 
Por que 
O por que tem dois empregos diferenciados: 
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá 
o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”: 
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão) 
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo) 
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de 
“pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais. 
Exemplo: Os lugares por que passamos eram encantadores. (pelos quais) 
 
Por quê 
Quando vier antes de um ponto (final, interrogativo, exclamação), o por quê deverá vir 
acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”. 
Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê? 
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro. 
 
Porque 
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para 
que”. 
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois) 
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que) 
 
Porquê 
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, 
pronome, adjetivo ou numeral. 
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo) 
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão) 
 
Emprego dos Porquês 
POR QUE 
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome 
interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": 
Exemplos: 
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. 
Por que você comprou este casaco? 
Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, 
equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas 
quais). 
Exemplos: 
Estes são os direitos por que estamos lutando. 
O túnel por que passamos existe há muitos anos. 
POR QUÊ 
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de 
interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por 
quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico. 
Exemplos: 
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? 
Será deselegante se você perguntar novamente por quê! 
PORQUE 
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, 
como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. 
Exemplos: 
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. 
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? 
PORQUÊ 
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e 
normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). 
Exemplos: 
Não consigo entender o porquê de sua ausência. 
Existem muitos porquês para justificar esta atitude. 
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê. 
Veja abaixoo quadro-resumo: 
Forma Emprego Exemplos 
Por que 
Em frases interrogativas (diretas e 
indiretas) 
Em substituição à expressão "pelo 
qual" (e suas variações) 
Por que ele chorou? (interrogativa direta) 
Digam-me por que ele chorou. (interrogativa 
indireta) 
Os bairros por que passamos eram sujos.(por 
que = pelos quais) 
Por quê No final de frases 
Eles estão revoltados por quê? 
Ele não veio não sei por quê. 
Porque 
Em frases afirmativas e em 
respostas 
Não fui à festa porque choveu. 
Porquê Como substantivo Todos sabem o porquê de seu medo. 
 
Resumindo: 
 Porque (junto) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais); 
 Por que (separado) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por 
“pelo qual” e suas variações; 
 Por quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa. 
 Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada. 
 
 
Acentuação Gráfica 
Acento Prosódico e Acento Gráfico 
Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o 
acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja: 
es - per - te - za 
ca - pí - tu - lo 
tra - zer 
e - xis - ti - rá 
Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se 
que: 
Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais 
sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É 
o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são: 
Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -
em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas. 
Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém 
Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. 
Exemplos: pé, herói 
Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com 
artigos e pronomes. 
Exemplos: à, às, àquele 
Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com 
timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, 
normalmente diante de m, n ou nh. 
Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo 
Tipos de acentos gráficos 
Aprender quais são os acentos gráficos da língua portuguesa e quais são suas funções é 
tão importante quanto aprender onde usá-los. No português, utilizamos quatro acentos, 
cada um representado por um símbolo. São eles: 
 Acento Agudo (´) – Sua função é simples: indicar a as vogais tônicas. O acento 
agudo sempre será usado na vogal da sílaba tônica. Quando aparece sobre o “e” e 
“o” também indica um timbre aberto. 
 Acento Circunflexo (^) – Só é usado nas vogais “a”, “e” e “o”, e além de indicar a 
vogal tônica, indica também o timbre fechado na pronúncia. 
 Til (~) – Também conhecido como “tilde”, é usado nas vogais para indicar 
nasalidade. Não necessariamente é usado na vogal tônica. Uma palavra pode ter 
um acento til e outro agudo ou circunflexo. 
 Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase, é o acento que indica uma fusão 
entre as preposições “a” e “as” com os pronomes demonstrativos “a” e “as”, ou 
com a letra inicial de “aquela(s)”, “aquele(s)” e “aquilo”, além dos artigos definidos 
femininos “a” e “as”. 
Uso dos acentos gráficos 
O uso dos acentos gráficos tônicos (agudo e circunflexo) está relacionado a alguns 
fatores. São eles: sílaba tônica, terminações, pronúncia e encontros de vogais. Além 
disso, os acentos podem ser usados para diferenciar palavras que têm a mesma grafia. 
Veja as regras gerais abaixo: 
Monossílabos 
 Acentua-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e” e “o”, seguidos de “s” 
ou não. Exemplos: pá, cá, lá, já, gás, pé, fé, três, ré, pó, vô, dó, nós. 
 Não são acentuados os monossílabos terminados em “z”, “i(s)” e “u(s)”. Exemplos: 
paz, faz, dez, voz, vi, li. 
 Os monossílabos átonos também não são acentuados: artigos definidos, 
conjunções, preposições, pronomes oblíquos, contrações e pronome relativos. 
Oxítonas 
 Sâo acentuadas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)” e “o(s)”, assim como as 
monossílabas. Exemplos: café, xará, cipó, guaraná, cadê. 
 Levam acentos também as oxítonas terminadas “em” e “ens”. Exemplos: alguém, 
parabéns, amém. 
Paroxítonas 
 São acentuadas as paroxítonas terminadas em “i(s)” e “u(s)”. Exemplos: táxi, júri, 
lápis, vírus, bônus. 
 As palavras paroxítonas terminadas em consoantes também são 
acentuadas. Exemplos: difícil, Éden, ônix, túnel, íons. 
 Terminações “ã(s)” e “ão(s)” em palavras paroxítonas também levam 
acentos. Exemplos: ímã, bênção, sótão. 
 Paroxítonas terminadas em ditongo (seguido ou não de “s”) levam 
acento. Exemplos: área, várzea, contínuo, água. 
Proparoxítonas 
São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. Exemplos: tráfego, máquina, veículo, 
lágrima, sólido, lógica, música. 
Ditongos 
Os ditongos “eu”, “ei” e “oi” com pronuncia aberta são acentuados. Exemplos: céu, 
papéis, dói, réu. 
Hiatos 
São acentuados os hiatos onde as letras “i” e “u” estão em uma sílaba isolada e são 
precedidas de vogal. Exemplos: saída, caída, viúva, saúde. 
Acentos diferenciais 
Algumas palavras de grafia semelhante e pronúncia diferente requerem o uso obrigatório de 
acentos para que possam ser diferenciadas pelo leitor. Exemplos: pôde (pretérito perfeito do 
indicativo do verbo “poder”)/ pode (verbo no presente do indicativo do verbo “poder”), pôr 
(verbo)/ por (preposição), vêm (terceira pessoa do plural do verbo “vir”)/vem (terceira 
pessoa do singular do verbo “vir”). 
 
A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, sobrepostos às vogais, 
indicam a pronúncia correta das palavras no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à 
modulação aberta ou fechada das vogais. Os sinais diacríticos, que englobam os acentos 
gráficos e os sinais gráficos auxiliares, permitem a correta representação da linguagem 
falada na linguagem escrita, possibilitando também uma mais fácil leitura e compreensão do 
conteúdo escrito. 
Acentos gráficos e sinais gráficos auxiliares 
Acento agudo (´) 
É um acento gráfico que indica que a sílaba é tônica e que a vogal deve ser pronunciada de 
forma aberta, como em: pé, máquina, música, revólver,… 
Acento circunflexo (^) 
É um acento gráfico que indica que a sílaba é tônica e que a vogal deve ser pronunciada de 
forma fechada ou nasalada, como em: antônimo, estômago, lâmpada, pêssego,… 
Acento grave (`) 
É um acento gráfico colocado apenas sobre a vogal a, indicando que há crase, ou seja, a 
contração da preposição a com outra palavra. É usado em poucas palavras, como em: à, 
àquele, àquela, àquilo,… 
Til (~) 
É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado na vogal a e na vogal o para indicar nasalização, 
como em: manhã, coração, põe,… Nem sempre indica a tonicidade da sílaba, como em: 
órgão, órfão, bênção,… 
Trema (¨) 
É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado, desde a entrada em vigor do Novo Acordo 
Ortográfico, apenas em substantivos próprios estrangeiros e palavras derivadas destes, como 
em: Müller, mülleriano,… 
Apóstrofo (') 
É um sinal gráfico auxiliar de escrita que indica a supressão de fonemas em palavras, como 
em: copo-d'água, pau-d'óleo,… 
Regras de acentuação das palavras oxítonas 
As palavras são oxítonas quando a última sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: jacaré, 
cipó, cantar, anzol,… 
São naturalmente oxítonas as palavras terminadas em r, l, z, x, i, u, im, um e om, não 
necessitando de acentuação gráfica. 
São acentuadas graficamente as seguintes palavras oxítonas: 
 Terminadas em vogais tônicas:sofá, dominó, purê, crochê,… 
 Terminadas no ditongo nasal -em ou -ens: mantém, porém, também, harém,… 
 Terminadas nos ditongos abertos -ói, -éu, -éi: chapéu, papéis, heróis, corrói,… 
Regras de acentuação das palavras paroxítonas 
As palavras são paroxítonas quando a penúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: 
adorável, órgão, perfume, mesa,… As palavras paroxítonas não são geralmente acentuadas e 
representam a maioria das palavras da língua portuguesa. 
São acentuadas graficamente as seguintes palavras paroxítonas: 
 Terminadas em r: ímpar, cadáver, caráter,… 
 Terminadas em l: fóssil, réptil, têxtil,… 
 Terminadas em n: hífen, éden, dólmen,… 
 Terminadas em x: córtex, tórax, fênix,… 
 Terminadas em ps: bíceps, fórceps,… 
 Terminadas em ã, ãs, ão, ãos: órfã, órgão, sótão,… 
 Terminadas em um, uns, om, ons: álbum, fórum, prótons,… 
 Terminadas em us: vírus, húmus, bônus,… 
 Terminadas em i, is: júri, íris, tênis,… 
 Terminadas em ei, eis: jóquei, hóquei, fizésseis,… 
Desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, foram abolidos, nas palavras 
paroxítonas: o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei, o acento agudo na vogal i e na 
vogal u quando precedidas de ditongos e o acento circunflexo nos ditongos oo e ee. 
 Palavras com oi antes do acordo: jibóia, bóia, paranóia, heróico, jóia, … 
 Palavras com oi depois do acordo: jiboia, boia, paranoia, heroico, joia, … 
 Palavras com ei antes do acordo: idéia, européia, alcatéia, geléia, platéia,… 
 Palavras com ei depois do acordo: ideia, europeia, alcateia, geleia, plateia,… 
 Palavras com i ou u antes do acordo: baiúca, feiúra,… 
 Palavras com i ou u depois do acordo: baiuca, feiura,… 
 Palavras terminadas em oo antes do acordo: abençôo, perdôo, vôo, magôo, enjôo, ... 
 Palavras terminadas em oo depois do acordo: abençoo, perdoo, voo, magoo, enjoo, ... 
 Palavras com ee antes do acordo: eles dêem, eles crêem, eles lêem, eles vêem, … 
 Palavras com ee depois do acordo: eles deem, eles creem, eles leem, eles veem,… 
Regra de acentuação das palavras proparoxítonas 
As palavras são proparoxítonas quando a antepenúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, 
como: pássaro, cantássemos, gráfico, pêssego,… 
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente. 
Acento diferencial 
Com a entrada do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais foram abolidos, 
outros se mantiveram inalterados. 
O acento foi abolido nas palavras pára, pólo, pêlo e pêra, ficando para, polo, pelo e pera. 
Exemplos: 
 Para onde ele foi? 
 Para de fazer isso, por favor! 
O acento mantém-se nas palavras pôr, pôde, têm e vêm, diferenciando as mesmas de por, 
pode, tem e vem. 
Exemplos: 
 Você vai pôr a caixa aqui? 
 Por onde ele foi? 
Escrever sem acento 
Sem acentuação gráfica, as palavras da língua portuguesa são naturalmente paroxítonas, ou seja, 
acentuadas prosodicamente na penúltima sílaba, como: casa, felicidade, pobreza,… Através da 
acentuação gráfica, é possível a identificação de palavras que não se encaixam nesse padrão, 
sendo oxítonas ou proparoxítonas, bem como a distinção entre palavras com grafia igual, mas 
sílabas tônicas diferentes e significados diferentes, como: análise/analise, privilégio/privilegio, 
negligência, negligencia,… 
Emprego do sinal indicativo de crase. 
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo 
acento grave. 
Fomos à piscina 
à artigo e preposição 
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro 
termo que aceite o artigo a. 
 Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios: 
 
· Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao 
ou aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase. 
Exemplos: 
Temos amor à arte. 
(Temos amor ao estudo) 
Respondi às perguntas. 
(Respondi aos questionários) 
· Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase: 
Exemplos: 
Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.) 
Fui à Holanda. (Fui para a Holanda) 
· Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão 
voltar da, é porque ocorre a crase. 
Exemplos: 
Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba) 
Iremos à Bahia . (Voltaremos da Bahia) 
 
Não ocorre a Crase 
· antes de verbo 
Voltamos a contemplar a lua. 
· antes de palavras masculinas 
Gosto muito de andar a pé. Passeamos a cavalo. 
· antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona: 
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza. Dirigiu-se à Sra. com aspereza. 
· antes de pronomes em geral: 
Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna. 
· em expressões formadas por palavras repetidas: 
Estamos frente a frente. Estamos cara a cara. 
· quando o "a" vem antes de uma palavra no plural: 
Não falo a pessoas estranhas. 
Restrição ao crédito causa o temor a empresários. 
 
Crase facultativa 
· Antes de nome próprio feminino: 
Refiro-me à (a) Julinana. 
· Antes de pronome possessivo feminino: 
Dirija-se à (a) sua fazenda. 
· Depois da preposição até: 
Dirija-se até à (a) porta. 
 
Casos particulares 
· Casa 
Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por 
nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase. 
Exemplos: 
Regressaram a casa para almoçar 
Regressaram à casa de seus pais 
· Terra 
Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase. 
Exemplos: 
Regressaram a terra depois de muitos dias. 
Regressaram à terra natal. 
· Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo. 
Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, 
vai ocorrer a crase. 
Exemplos: 
Está é a nação que me refiro. 
(Este é o país a que me refiro.) 
Esta é a nação à qual me refiro. 
(Este é o país ao qual me refiro.) 
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto. 
(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.) 
Houve um sugestão anterior à que você deu. 
(Houve um palpite anterior ao que você me deu.) 
 
Ocorre também a crase 
· Na indicação do número de horas: 
Chegamos às nove horas. 
· b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta: 
Usam sapatos à (moda de) Luís XV. 
· c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento: 
Chegou à tarde (tempo). 
Falou à vontade (modo). 
· d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de... 
OBSERVAÇÕES: Lembre-se que: 
· Há - indica tempo passado. Moramos aqui há seis anos 
· A - indica tempo futuro e distância. 
Daqui a dois meses, irei à fazenda. 
Moro a três quarteirões da escola. 
Cinco dicas simples sobre o uso da crase: 
 
A crase nada mais é do que a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a”, por isso ela não ocorre antes de 
substantivos masculinos 
 
1. A crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas: Essa é a regra básica para 
quem quer aprender mais sobre o uso da crase. Apesar de ser a mais conhecida, não é a única, mas 
saber que – salvo exceções – a crase não acontece antes de palavras masculinas já ajuda bastante! 
Caso você fique em dúvida sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por 
uma masculina: se o “a” virar “ao”, ele receberá o acento grave. Veja só um exemplo: 
As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa. 
Substitua a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”: 
As amigasforam ao encontro de final de ano da empresa. 
 
2. Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora: Antes de locuções indicativas 
de horas, empregue o acento grave. Observe: 
Às três horas começaremos a estudar. 
A partida de futebol terá início às 17h. 
Ele esteve aqui às 8h, mas foi embora porque não te encontrou. 
Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até, naturalmente o artigo 
não receberá o acento indicador de crase. Observe: 
Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h. 
Marcaram o encontro no restaurante para as 20h. 
Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h. 
 
3. Antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo. 
Observe os exemplos: 
Às vezes chegamos mais cedo à escola. 
Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário. 
 
4. A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de palavra masculina: Isso acontece 
porque antes de palavra masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do gênero feminino: 
O pagamento das dívidas foi feito a prazo. 
Os primos foram para a fazenda andar a cavalo. 
Tempere com pimenta e sal a gosto. 
Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna. 
Marcos foi a pé para o escritório. 
Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma palavra 
masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase. 
Observe o exemplo: 
Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto Carlos). 
Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé). 
Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV). 
 
5. Casos em que a crase é opcional: 
→ Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses casos, o uso 
do artigo antes do pronome é opcional. Observe: 
Eu devo satisfações à minha mãe ou Eu devo satisfações a minha mãe. 
→ Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes próprios 
femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não é obrigatório. 
Observe: 
Carlos fez um pedido à Mariana. 
Ou 
Carlos fez um pedido a Mariana. 
→ Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra feminina que 
admita artigo, a crase será opcional. Observe: 
Os amigos foram até à praça General Osório. 
ou 
Os amigos foram até a praça General Osório. 
 
 
Crase (Regras) 
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase 
com o acento grave (`). Observe: 
 Obedecemos ao regulamento. 
 ( a + o ) 
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas: 
 Obedecemos à norma. 
 ( a + a ) 
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à ) 
 
Regra Geral: 
Haverá crase sempre que: 
I. o termo antecedente exija a preposição a; 
II. o termo consequente aceite o artigo a. 
 
Fui à cidade. 
( a + a = preposição + artigo ) 
( substantivo feminino ) 
 
Conheço a cidade. 
( verbo transitivo direto – não exige preposição ) 
( artigo ) 
( substantivo feminino ) 
 
Vou a Brasília. 
( verbo que exige preposição a ) 
( preposição ) 
( palavra que não aceita artigo ) 
 
Observação: 
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício: 
I. se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que 
ela aceitao artigo 
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita. 
 
Ex: Vim da Bahia. (aceita) 
 Vim de Brasília (não aceita) 
 Vim da Itália. (aceita) 
 Vim de Roma. (não aceita) 
 
Nunca ocorre crase: 
 
1) Antes de masculino. 
Caminhava a passo lento. (preposição) 
 
2) Antes de verbo. 
Estou disposto a falar. (preposição) 
 
3) Antes de pronomes em geral. 
Eu me referi a esta menina. (preposição e pronome demonstrativo) 
 
Eu falei a ela. (preposição e pronome pessoal) 
 
4) Antes de pronomes de tratamento. 
Dirijo-me a Vossa Senhoria. (preposição) 
 
Observações: 
 1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, 
senhorita e dona. 
Dirijo-me à senhora. 
 
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria... 
Eu me referi à mesma pessoa. 
 
5) Com as expressões formadas de palavras repetidas. 
Venceu de ponta a ponta. (preposição) 
 
Observação: 
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição: 
Caminhavam passo a passo. (preposição) 
 
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte: Caminhavam 
passo ao passo – o que não ocorre. 
 
6) Antes dos nomes de cidade. 
Cheguei a Curitiba. (preposição) 
 
Observação: 
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase. 
Cheguei à Curitiba dos pinheirais. (adjunto adnominal) 
 
7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural. 
Falei a pessoas estranhas. (preposição) 
 
Observação: 
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase. 
Falei às pessoas estranhas. 
(a + as = preposição + artigo) 
 
Sempre ocorre crase: 
 
1) Na indicação pontual do número de horas. 
Às duas horas chegamos. 
(a + as) 
 
Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma 
expressão masculina correlata. 
Ao meio-dia chegamos. 
(a + o) 
 
2) Com a expressão à moda de e à maneira de. 
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha 
implícita. 
Escreve à (moda de) Alencar. 
 
3) Nas expressões adverbiais femininas. 
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo 
circunstâncias de tempo, de lugar, de modo... 
Chegaram à noite. (expressão adverbial feminina de tempo) 
 
Caminhava às pressas. (expressão adverbial feminina de modo) 
 
Ando à procura de meus livros. (expressão adverbial feminina de fim) 
 
Observações: 
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório 
de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se 
impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de 
crase em tais ocasiões. 
 
4) Uso facultativo da crase 
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, 
pode ou não ocorrer a crase. 
Ex: Falei à Maria. 
 (preposição + artigo) 
 
 Falei à sua classe. 
 (preposição + artigo) 
 
 Falei a Maria. 
 (preposição sem artigo) 
 
 Falei a sua classe. 
 (preposição sem artigo) 
 
Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos 
aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não. 
 
Casos especiais: 
 
1) Crase antes de casa. 
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por 
um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase. 
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a 
crase. Ex: 
Volte a casa cedo. 
(preposição sem artigo) 
 
Volte à casa dos seus pais. 
(preposição sem artigo) (adjunto adnominal) 
 
2) Crase antes de terra. 
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vierdeterminada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex: 
Já chegaram a terra. (preposição sem artigo) 
 
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex: 
Já chegaram à terra dos antepassados. 
(preposição + artigo) (adjunto adnominal) 
 
3) Crase antes dos pronomes relativos. 
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex: 
Achei a pessoa a quem procuravas. 
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu. 
 
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, 
aos quais. Ex: 
Esta é a festa à qual me referi. 
Este é o filme ao qual me referi. 
Estas são as festas às quais me referi. 
Estes são os filmes aos quais me referi. 
 
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo. 
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes 
demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex: 
Falei àquele amigo. 
Dirijo-me àquela cidade. 
Aspiro a isto e àquilo. 
Fez referência àquelas situações. 
 
5) Crase depois da preposição até. 
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto 
porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a 
(até a). Ex: 
Chegou até à muralha. 
(locução prepositiva = até a) 
(artigo = a) 
 
Chegou até a muralha. 
(preposição sozinha = até) 
(artigo = a) 
 
6) Crase antes do que. 
Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi. 
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome 
demonstrativo a (equivalente a aquela). 
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício: 
I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino 
ocorrerá crase; 
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu. ( a + o ) 
 Houve uma sugestão anterior à que você deu. ( a + a ) 
 
II. se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase. 
Ex: Não gostei do filme a que você se referia. 
 (ocorreu a que, não tem artigo) 
 Não gostei da peça a que você se referia. 
 (ocorreu a que, não tem artigo) 
 
Observação: 
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes 
do que, pode ocorrer antes do de. Ex: 
Meu palpite é igual ao de todos. 
(a + o = preposição + pronome demonstrativo) 
 
Minha opinião é igual à de todos. 
(a + a = preposição + pronome demonstrativo) 
 
7) há / a 
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com 
a grafia do há (verbo haver). 
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões: 
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido); 
há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex: 
Daqui a pouco terminaremos a aula. 
Há pouco recebi o seu recado. 
 
Sinais de Pontuação 
 
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam 
reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram 
estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade: 
1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura; 
2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; 
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. 
Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns, responsáveis por dar à escrita maior clareza e 
simplicidade. 
Vírgula ( , ) 
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do 
período. Geralmente é usada: 
- Nas datas, para separar o nome da localidade. 
Por Exemplo: São Paulo, 25 de agosto de 2005. 
- Após os advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase. 
Por Exemplo: – Você gostou do vestido? 
 – Sim, eu adorei! 
 – Pretende usá-lo hoje? 
 – Não, no final de semana. 
- Após a saudação em correspondência (social e comercial). 
Exemplos:Com muito amor, 
 Respeitosamente, 
- Para separar termos de uma mesma função sintática. 
Por Exemplo: A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal. 
Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo. 
- Para destacar elementos intercalados, como: 
a) uma conjunção 
Por Exemplo: Estudamos bastante, logo, merecemos férias! 
b) um adjunto adverbial 
Por Exemplo: Estas crianças, com certeza, serão aprovadas. 
Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução 
adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o 
exija. 
c) um vocativo 
Por Exemplo: Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado. 
d) um aposto 
 Por Exemplo: Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular. 
e) Uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.) 
Por Exemplo: O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos 
humanos, tem seu princípio em Deus. 
- Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase. 
Por Exemplo: O documento de identidade, você trouxe? 
- Para separar elementos paralelos de um provérbio. 
Por Exemplo: Tal pai, tal filho. 
- Para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo. 
Por Exemplo: As flores, eu as recebi hoje. 
- Para indicar a elipse de um termo. 
Por Exemplo: Daniel ficou alegre; eu, triste. 
- Para isolar elementos repetidos. 
Exemplos: A casa, a casa está destruída. 
 Estão todos cansados, cansados de dar dó! 
- Para separar orações intercaladas. 
Por Exemplo: O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola. 
- Para separar orações coordenadas assindéticas. 
Por Exemplo: O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém. 
- Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas 
orações alternativas. 
Exemplos: Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. 
 Vá devagar, que o caminho é perigoso. 
 Estuda muito, pois será recompensado. 
 As pessoas ora dançavam, ora ouviam música. 
ATENÇÃO 
Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de sua ocorrência: 
1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. 
Por Exemplo: O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. 
Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é sujeito de "protestou". 
2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). 
Por Exemplo: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, 
consequência, por exemplo) 
Por Exemplo: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. 
- Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem antes da 
oração principal). 
Por Exemplo:Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir. 
 Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova. 
- Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas. 
Por Exemplo: A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o 
conteúdo. 
 
Pontuação 
 
Ponto, dois-pontos e travessão são exemplos de sinais de pontuação que utilizamos. A 
pontuação recupera recursos específicos da língua falada, comoentonação e pausas. 
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar 
recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc. 
Divisão e emprego dos sinais de pontuação: 
1 - Ponto ( . ) 
a) indicar o final de uma frase declarativa. 
Ex.: Lembro-me muito bem dele. 
 b) separar períodos entre si. 
Ex.: Fica comigo. Não vá embora. 
c) nas abreviaturas 
Ex.: Av.; V. Ex.ª 
 
2 - Dois-pontos ( : ) 
a) iniciar a fala dos personagens: 
Ex.: Então o padre respondeu: 
- Parta agora. 
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que 
explicam, resumem ideias anteriores. 
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto. 
c) antes de citação 
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas 
que seja infinito enquanto dure.” 
 
3 - Reticências ( ... ) 
a) indicar dúvidas ou hesitação do falante. 
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece. 
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. 
Ex.: - Alô! João está? 
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde... 
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir 
prolongamento de ideia. 
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-
rosa...” (Cecília - José de Alencar) 
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita. 
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner) 
 
4- Parênteses ( ( ) ) 
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. 
Exemplos: 
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas. 
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois 
duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça 
Aranha) 
Dicas: 
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. 
 
5- Ponto de Exclamação ( ! ) 
a) Após vocativo 
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos) 
b) Após imperativo 
Ex.: Cale-se! 
c) Após interjeição 
Ex.: Ufa! Ai! 
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional 
Ex.: Que pena! 
 
6- Ponto de Interrogação ( ? ) 
a) Em perguntas diretas 
Ex.: Como você se chama? 
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação 
Ex.: - Quem ganhou na loteria? 
- Você. 
- Eu?! 
 
7 - Vírgula ( , ) 
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos 
por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma 
unidade sintática. 
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena. 
 
Dicas: 
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se 
pode separá-los por meio de vírgula. 
Não se separam por vírgula: 
a) predicado de sujeito; 
b) objeto de verbo; 
c) adjunto adnominal de nome; 
d) complemento nominal de nome; 
e) predicativo do objeto do objeto; 
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja 
apositiva nem apareça na ordem inversa) 
b) 
A vírgula no interior da oração 
É utilizada nas seguintes situações: 
a) separar o vocativo. 
Exemplos: 
Maria, traga-me uma xícara de café. 
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país. 
b) separar alguns apostos. 
Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. 
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. 
Exemplos: 
Chegando de viagem, procurarei por você. 
As pessoas, muitas vezes, são falsas. 
d) separar elementos de uma enumeração. 
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras. 
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo. 
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem. 
f) separar conjunções intercaladas. 
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva. 
g) separar o complemento pleonástico antecipado. 
Ex.: A mim, nada me importa. 
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas. 
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. 
i) separar termos coordenados assindéticos. 
Ex.: "Lua, lua, lua, lua, 
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso) 
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo). 
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir) 
 
Dicas: 
Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula. 
Exemplos: 
Conversaram sobre futebol, religião e política. 
Não se falavam nem se olhavam. 
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. 
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, 
o uso da vírgula passa a ser obrigatório. 
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia. 
A vírgula entre orações 
 
É utilizada nas seguintes situações: 
 
a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. 
 
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro. 
 
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela 
conjunção “e”). 
Exemplos: 
 
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. 
Estudou muito, mas não foi aprovado no exame. 
 
Atenção: 
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e: 
 
1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes. 
 
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. 
 
2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). 
 
Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
 
3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição 
(adversidade, consequência, por exemplo) 
 
Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. 
 
c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se 
estiverem antepostas à oração principal. 
 
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo 
apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar) 
 
d) separar as orações intercaladas. 
 
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...” 
 
Dicas: 
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão. 
 
Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...” 
 
e) separar as orações substantivas antepostas à principal. 
 
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei. 
 
8- Ponto e vírgula ( ; ) 
 
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc. 
 
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares: 
I- advertência; 
II- suspensão; 
III- demissão; 
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V- destituição de cargo em comissão; 
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito 
Administrativo) 
 
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham 
utilizado a vírgula. 
 
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era 
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite 
crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os 
lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de 
Taunay) 
 
9- Travessão ( — ) 
 
a) dar início à fala de um personagem 
 
Ex.: O filho perguntou: 
— Pai, quando começarão as aulas? 
 
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogosEx.: - Doutor, o que tenho é grave? 
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom 
 
c) unir grupos de palavras que indicam itinerários 
 
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado. 
 
Dicas: 
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas 
 
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe. 
 
10- ASPAS ( “ ” ) 
 
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, 
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. 
Exemplos: 
 
Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador. 
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”. 
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido. 
 
b) indicar uma citação textual 
 
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, 
desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós) 
 
Dicas: 
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas 
aspas, estas serão simples. (' ') 
 
Recursos alternativos para pontuação: 
 
Parágrafo ( § ) 
Chave ( { } ) 
Colchete ( [ ] ) 
Barra ( / ) 
 
Qualidades da Comunicação escrita: clareza, concisão, adequação 
vocabular e correção gramatical. 
 
"A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, 
denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática 
normativa nem sempre são obedecidas pelo falante. 
 Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as 
figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo desconhecimento da norma culta, temos os 
chamados vícios de linguagem. 
 
 As qualidades: 
 correção 
 clareza 
 concisão 
 elegância 
 coerência 
 coesão 
 
1 – Correção 
Um texto deve obedecer às regras gerais da língua, ressalvando-se sempre algumas liberdades 
como consequência do estilo. 
Os desvios da norma culta que são comumente encontrados nas redações referem-se à ortografia, 
pontuação, concordância e regência. 
 
 
2 – Clareza 
Se o texto não obedece às normas gerais da língua, torna-se pouco claro, difícil de ser 
compreendido. As palavras devem ser bem colocadas, as idéias devem obedecer a uma 
determinada lógica. 
 
 3 – Elegância 
É, o resultado final obtido quando se observam as qualidades e se evitam os defeitos. É o texto 
agradável de ser lido tanto pelo seu conteúdo como pela sua forma. 
 
 4 – Concisão 
Consiste em apresentar uma idéia em poucas palavras, sem, contudo, comprometer a clareza; deve 
ser entendida como sinônimo de precisão, exatidão, brevidade. 
O procedimento oposto é a prolixidade, que deve ser evitada. Ser prolixo é usar muitas palavras 
para dizer pouco ou nada. 
 
 5 – Coerência 
Encadeamento de idéias; qualidade de coerente; que possui nexo, lógica, ligação recíproca; 
resultado da harmonia entre as idéias existentes num texto. 
Coerente, portanto, é o texto onde sobejam lógica, consequência, compreensão. 
 
 6 – Coesão 
Conexão, entrosamento das palavras entre si; união íntima entre as partes de um todo; conexão, 
concordância, consonância. 
Superfície física do texto, em oposição ao plano, à esfera, à região das idéias, argumentos e 
conceitos. 
 
 Os defeitos: 
 ambiguidade 
 arcaísmo 
 barbarismo 
 cacofonia 
 eco 
 laconismo 
 neologismo 
 obscuridade 
 pleonasmo ou redundância 
 prolixidade 
 solecismo 
 
1 - Ambiguidade ou anfibologia: ocorre quando a frase apresenta mais de um sentido, em 
consequência da má pontuação ou da má colocação das palavras. Trata-se portanto de construir a 
frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido: 
O guarda deteve o suspeito em sua casa. 
(na casa de quem: do guarda ou do suspeito?) 
 
O menino viu o incêndio do prédio. 
(o menino estava no prédio e viu um incêndio, ou viu um prédio que estava pegando fogo?) 
 
O Ricardão está com sua namorada. 
(de quem é a namorada? dele ou sua?) 
 
2 - Arcaísmo: consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso: 
Vossa Mercê me permite um aparte? (em vez de você) 
O boticário não me recomendou este remédio. 
(em vez de o farmacêutico) 
 
 3 - Barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma 
culta. 
pesquiza (em vez de pesquisa) 
prototipo (em vez de protótipo) 
rúbrica (em vez de rubrica) 
excessão (em vez de exceção) 
 
São também considerados barbarismos os desvios semânticos (uso de uma palavra 
semelhante à que deveria ser empregada): 
O iminente deputado presidiu a sessão. (em vez de eminente) 
É preciso combater com rigor o tráfego de drogas. (em vez de tráfico) 
 
4 - Cacofonia ou cacófato 
Trata-se do som desagradável resultante da combinação de duas ou mais sílabas de 
diferentes palavras. Consiste, por conseguinte, no mau som produzido pela junção de 
palavras. Exemplos: 
Caro deputado, nunca gaste dinheiro com bobagens. 
Meu coração por ti gela. 
Paguei cinco mil reais por cada. 
Você notou a boca dela? 
uma mão 
vou-me já 
 
Outra vez citamos Camões, em um de seus sonetos mais famosos: 
Alma minha gentil que te partiste 
tão cedo desta vida descontente! 
 
5 - Eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som. Essa repetição, 
desnecessária, resulta num texto desagradável, com um ritmo batido e monótono: 
O aluno repetente mente alegremente. 
A decisão da eleição causou comoção na multidão. 
Cuidado com as terminações ão, ade e mente, por exemplo, para evitar frases como esta: 
Contra sua vontade, e apenas por bondade, ele foi à cidade; na verdade..." 
 
6 – Laconismo 
Característica oposta à prolixidade; ocorre quando a economia de palavras é tanta que a 
compreensão do texto se torna dificílima ou impossível. 
 
7 - Neologismo: é a criação desnecessária de palavras novas. Ex.: 
Respondendo aos que o criticavam, aquele político disse que eram todos neobobos e 
fracassomaníacos. 
 
Não é considerado vício de linguagem, nem desnecessário, quando a nova palavra é criada para 
designar algo igualmente novo, ou para obter efeito estilístico: 
Naquele estúdio, faziam a remasterização das gravações. 
Para diminuir custos, a empresa resolveu terceirizar os serviços. 
Para ilustrar seu trabalho, é preciso antes escanear estas imagens. 
Segundo Mario Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, 
envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice. 
 
8 – Obscuridade 
Trata-se da falta de clareza, de transparência, nexo, lógica, simplicidade. 
É o defeito que se opõe à clareza. Dentre os vícios que acarretam obscuridade, podemos citar: 
má pontuação 
rebuscamento da linguagem 
frases excessivamente longas (prolixas) ou exageradamente curtas (lacônicas) 
emprego equivocado de pronomes relativos e conjunções 
erros de concordância e regência. 
 
9 - Pleonasmo ou redundância 
Consiste na repetição desnecessária de um termo ou de uma ideia. 
Em alguns casos, no entanto, o pleonasmo tem a função de realçar uma ideia, torná-la mais 
expressiva; dessa forma, o pleonasmo deixade ser um vício e passa a ser uma figura de 
linguagem, um recurso estilístico. 
Portanto, torna-se necessário distinguir dois tipos de pleonasmo: 
Pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma ideia. Ex.: 
subir para cima, entrar para dentro, decisão unânime de todos, monopólio exclusivo etc. 
A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito. 
Ele teve uma hemorragia de sangue. 
A brisa do vento é tão suave! 
Eu, na minha opinião, acho que... 
Não podemos mais continuar fingindo... 
O boêmio voltou novamente. 
Quando amanheceu o dia... 
Sem exceção, todos compareceram. 
Só alguns, nem todos aqui trabalhamos. 
Viva intensamente, pois só temos uma única vida! 
Vou repetir mais uma vez... 
 
Pleonasmo de reforço ou estilístico: Camões, em Os Lusíadas (Canto V, estrofe 18), faz uso de 
um pleonasmo célebre ao iniciar a descrição de uma tromba-d'água marítima: 
Vi, claramente visto, o lume vivo 
Que a marítima gente tem por santo. 
 
Conforme podemos perceber, o pleonasmo tanto pode ser um vício como uma figura de 
linguagem; isto dependerá sobretudo da eficácia e originalidade da mensagem. 
 
 
10 – Prolixidade 
Característica do texto muito longo, palavroso, enfadonho. Defeito de estilo que consiste em 
escrever muito para dizer quase nada. 
 
11 - Solecismo 
Consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática. Ex.: 
Fazem dois meses que ele não aparece. 
(em vez de faz; desvio na sintaxe de concordância) 
 
Não espere-me, porque eu não irei. 
(em vez de não me espere; desvio na sintaxe de colocação pronominal) 
Assisti o filme que você recomendou. 
(em vez de assisti ao filme; desvio na sintaxe de regência) 
 
 Do livro: Minigramática, de Ernani Terra 
 (supervisão de José de Nicola). 
 Editora Scipione, SP, 2002. 
 
 
 Abordagem II 
 
 A – Qualidades: 
 1) Coerência – “Harmonia entre as ideias existentes num texto; encadeamento de ideias 
num texto; qualidade de coerente; que possui nexo, lógica, ligação recíproca. 
 Coerente é o texto em que há lógica, consequência, compreensão.” 
 
 2) Coesão – União íntima das partes de um todo; conexão, condordância, consonância. 
 Conexão, entrosamento das palavras entre si; superfície física do texto, em oposição ao 
plano, à esfera, à região das ideias, argumentos e conceitos. 
 
 3) Correção – Obediência às regras gramaticais, evitando-se desvios da norma culta. 
 
 4) Clareza – Seu texto deve ser compreensível. Utilize frases curtas. Não seja esnobe 
empregando palavras “difíceis”; o uso de um vocabulário simples, porém culto, evita o risco do 
seu texto não ser compreendido. 
 
 5) Concisão – É a virtude de expressar um fato, uma opinião com o menor número possível 
de frases e palavras. Cuidado porém com o excesso de concisão, pois pode redundar em 
obscuridade. 
 No exemplo abaixo, as palavras destacadas são dispensáveis: 
“Há algumas ocasiões em que é melhor ficar calado do que falar besteira. Eu posso contar um 
caso recente que me aconteceu há pouco. Eu saí de casa rumo ao bar para beber alguma coisa. 
Percebam vocês que não tinha nada planejado, apenas queria beber um pouco e ficar a observar 
os habitantes da noite, os boêmios. Foi então que algo totalmente inesperado aconteceu...” 
 
 6) Elegância – Produto final resultante da observância das qualidades e evitação dos 
defeitos, quando surgirá um texto equilibrado e agradável de ler, opulento em forma e conteúdo. 
 
 B – Defeitos: 
 1) Obscuridade (falta de clareza, de transparência, nexo, lógica, simplicidade). Vícios que a 
causam: má pontuação, rebuscamento da linguagem, frases muito longas ou muito curtas e erros 
de concordância e regência. 
 
 2) Ambiguidade ou anfibologia – Imperfeição, deficiência de construção frasal devido à 
colocação desleixada, incoerente das palavras. Ex.: 
 Chefe, o funcionário acaba de sair com sua mãe. 
 (Mãe de quem? Do chefe ou do empregado?) 
 
 5) Redundância – Compõe-se de pleonasmos viciosos (termos, expressões ou ideias 
repetidas sem necessidade): 
check-up geral 
decisão unânime de todos 
entrar para dentro 
monopólio exclusivo. 
subir para cima 
 
 6) Cacofonia ou cacófato – Som repugnante, ridículo oriundo da pronúncia de duas ou mais 
palavras, ocasionando um sentido deplorável: 
Nosso hino é tão lindo! 
Por razões que desconheço, eis-me aqui. 
Que o governo nunca gaste mais do que arrecada..." 
 (Fonte: Internet) 
 
1- FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO 
 
Frase, oração e período 
 
Aqui temos um trecho do livro de Machado de Assis, A mão e a luva. 
“Elegantíssimo, pelo contrário. 
- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na 
academia, Vou-me embora. São horas da baronesa dar o seu passeio pela chácara. 
 
- Será aquela senhora que ali está no alto da escada? Perguntou Estevão.” 
No enunciado as palavras vão se intercalando e formando uma mensagem. Ao analisar cada 
uma dessas mensagens, percebe-se um emaranhado de palavras com sentido. 
“Elegantíssimo, pelo contrário.”, o enunciado fornece uma mensagem sem utilizar verbo é o 
que chamamos de frase. 
 
Frase 
É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. 
Na frase é facultativo o uso do verbo. 
Exemplos: 
- Atenção! 
- Que frio! 
- A China passa por dificuldades. 
As frases classificam-se em: 
Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis) 
Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” 
(Machado de Assis) 
Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis) 
Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis) 
Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova". 
“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que 
chamamos de oração. 
 
Oração 
É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo. 
Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal. 
Exemplos: 
- A fábrica, hoje, produziu bem. 
- Homens e mulheres são iguais perante a lei. 
“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na 
academia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que se utilizou 
vários verbos é o que chamamos de período. 
 
Período 
É a oração composta por um ou mais verbos. 
O período classifica-se em: 
Simples: tem apenas uma oração. 
- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis) 
Composto: tem duas ou mais orações. 
- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis) 
 
Concordância verbal e nominal 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
A regra básica da concordância verbal é o verbo concordar em número (singular ou plural) e 
pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase. 
1. Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa. 
Ex.: O artista excursionará por várias cidades do interior. 
 
2. Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural. 
Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram com que todos o abandonassem. 
Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o 
plural. 
Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) a confusão e a tristeza” (Dinah S. de Queiroz). 
Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o verbo

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