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CCJ0024-WL-B-AMRP-02-Relação de Trabalho e Relação de Emprego - Espécies de Trabalhadores

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INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
I - ESCRAVIDÃO - No Brasil foi abolida a escravidão em 1888, porém 
anteriormente já havia sido proibida a importação de escravos (1850), 
libertados os nascituros (1871), assim como os maiores de 65 anos (1885). 
 
 
 
II - SERVIDÃO: A evolução foi sutil : o escravo era coisa, de propriedade de 
seu amo; o colono era pessoa, pertencente à terra. Sendo, "pessoa", sujeito de 
direito, podia transmitir, por herança, seus animais e objetos pessoais: mais 
transmitia também a condição de servo. Tem seu início no século I e declínio a 
partir do século IX o regime feudal, com a servidão, entrou em crise. 
 
 
 
III - CORPORAÇÕES DE OFÍCIO - Com a decadência do regime feudal, os 
colonos refugiaram-se nas cidades e pouco a pouco esses trabalhadores livres 
constituíram instrumentos da produção econômica local, surgindo no século X 
as corporações de ofício. Dividiam-se em três personagens: 
Mestres - eram os proprietários das oficinas, que passaram pela prova da obra-
mestra; 
Companheiros - trabalhadores que percebiam salários dos mestres; 
Aprendizes - menores que recebiam dos mestres o ensino do ofício ou 
profissão. Estes trabalhavam a partir dos 12 ou 14 anos, em alguns países 
idade inferior, ficando, sob responsabilidade dos mestres; 
 
 
 
OBS: Os pais dos aprendizes pagavam taxas elevadas, para o mestre ensinar 
seus filhos. Se o aprendiz superasse o grau de dificuldade, passava a condição 
de companheiro. Os filhos dos mestres, maridos das filhas dos mestres e/ ou 
marido da viúva do mestre não necessitavam fazer a prova de obra-mestra 
para ser considerado mestre. Os trabalhadores tinham um pouco mais de 
liberdade, porém os objetivos eram os interesses das corporações, mas do que 
conferir qualquer proteção ao trabalhador. Foi definitivamente extinta com a 
Revolução Francesa em 1789, pois consideradas incompatíveis com o ideal de 
liberdade do homem. Outras causas da extinção foram à liberdade do comércio 
e o encarecimento dos produtos das corporações. 
OBS: APRENDIZ – ARTIGOS 428 ATÉ 433, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS 
DO TRABALHO. 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL E NO MUNDO 
 
 
• REVOLUÇÃO FRANCESA – 1789 - laissez-faire. 
• REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - AFIRMA-SE QUE O DIREITO DO 
TRABALHO E O CONTRATO DE TRABALHO PASSARAM A 
DESENVOLVER-SE COM O SURGIMENTO DA REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL – NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO ESTATAL. 
• PRIMEIRAS LEIS TRABALHISTAS DE PROTEÇÃO AO 
EMPREGADO: 
• 1802 - Lei de Peel - INGLATERRA - disciplina o trabalho dos 
aprendizes paroquianos nos moinhos e que eram entregues aos donos 
das fábricas. Jornada limitada a 12 horas, excluindo-se os intervalos 
para refeição. O trabalho não poderia iniciar-se antes das 6:00 e 
terminar após às 21:00 horas. 
• 1813 - FRANÇA vedado trabalho de menores em minas. 
• 1814 - FRANÇA vedado o trabalho aos domingos e feriados. 
• 1819 - - INGLATERRA - Lei tornando ilegal o trabalho a menores de 9 
anos. O horário do trabalho dos menores de 16 anos era de 12 horas 
diárias, nas prensas de algodão. 
• 1833 - INGLATERRA - proibido trabalho para menores de 9 anos e a 
jornada de trabalho era de 9 horas para menor de 13 anos e 12 horas 
para menor de 18 anos. 
• 1839 - ALEMANHA - proibido trabalho para os menores de 9 anos e a 
jornada de trabalho era de 10 horas para os menores de 16 anos. 
• 1844 - INGLATERRA - Limitou trabalho feminino em 10 horas diárias. 
• 1847 - MAIS IMPORTANTE - INGLATERRA - SEPULTOU O TABU DO 
NÃO INTERVENCIONISMO DO ESTADO NAS RELAÇÕES DE 
TRABALHO - Limitou em caráter geral a jornada para 10 horas diárias. 
Essa Lei coroou a campanha sindical por uma jornada diária de 8 horas. 
• 1891 - A Encíclica RERUN NOVARUM (COISAS NOVAS), do Papa 
Leão XIII, traça regras para intervenção estatal na relação entre 
trabalhador e patrão. Dizia o Papa "não pode haver capital sem 
trabalho, nem trabalho sem capital". 
• IMPORTANTE : DE 1891 À 1919 (ANO EM QUE O TRATADO DE 
VERSAILLES CONSAGROU O DIREITO DO TRABALHO), DIVERSOS 
ESTADOS PASSARAM A LEGISLAR SOBRE ASPECTOS 
RELEVANTES DAS RELAÇÕES DE TRABALHO, JORNADA DE 
TRABALHO, SALÁRIO-MÍNIMO, REPOUSO SEMANAL 
REMUNERADO E EM FERIADOS, ACIDENTES DE TRABALHO, 
SEGURO-DOENÇA, SEGURO-INVALIDEZ-VELHICE-MORTE. 
• 1897 - RÚSSIA - 10 HORAS DIÁRIAS 
• 1901 - AUTRÁLIA - PIONEIRA NAS 8 HORAS DIÁRIAS. 
• 1907 - ITÁLIA - 10 HORAS DIÁRIAS. 
• 1908 - GRÃ-BRETANHA - 8 HORAS PARA MINEIROS. 
• A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO QUE TRATOU DO TEMA FOI A DO 
MÉXICO - 1917 ESTABELECENDO JORNADA DE 8 HORAS 
SEMANAIS, PROIBIÇÃO DE TRABALHO DE MENORES DE 12 ANOS, 
LIMITAÇÃO DA JORNADA DOS MENORES DE 16 ANOS À SEIS 
HORAS, JORNADA MÁXIMA NOTURNA DE SETE HORAS, 
DESCANSO SEMANAL, PROTEÇÃO MATERNIDADE, SALÁRIO 
MÍNIMO, DIREITO A SINDICALIZAÇÃO, INDENIZAÇÃO DE 
DISPENSA; SEGURO SOCIAL E PROTEÇÃO CONTRA ACIDENTES 
DO TRABALHO. 
• A SEGUNDA CONSTITUIÇÃO FOI A DE WEIMAR EM 1919 E A 
PARTIR DAÍ AS CONSTITUIÇÕES DOS PAÍSES PASSARAM A 
TRATAR DO DIREITO DO TRABALHO, CONSTITUCIONALIZANDO 
OS DIREITOS TRABALHISTAS. 
• TRATADO DE VERSAILLES - 1919 - Surge prevendo a criação da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT). 
• 1927 - CARTA DEL LAVORO - Institui um sistema corporativista-
fascista, que inspirou outros sistemas políticos, como Portugal, Espanha 
e especialmente Brasil. O Estado nacional colocava-se acima dos 
interesses dos particulares, regulando praticamente tudo. 
• 1948 - DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM - 
Prevendo também direitos como férias remuneradas periódicas, repouso 
e lazer, limitação razoável ao trabalho.... 
 
EVOLUÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS NO BRASIL 
 
 
• I - CARTA DA REPÚBLICA - DA INDEPENDÊNCIA AO IMPÉRIO - 
1822 À 1889 
• Foi decretada em 1824, dois anos após a Declaração da Independência, 
adotou pensamentos da Revolução Francesa, surgindo, por 
conseqüência uma ampla liberdade para o trabalho e abolido as 
corporações de ofício. 
• II - A PRIMEIRA REPÚBLICA - 1889-1930 
• A Constituição Federal de 1891, apenas garantiu, quanto ao trabalho 
humano o livre exercício de qualquer profissão moral, intelectual e 
industrial, garantindo também o direito a associação, que mais tarde 
serviu de fundamento jurídico para o Supremo Tribunal Federal 
considerar lícita a organização de sindicatos. 
• Nesse período foram editadas diversas Leis no Brasil dispondo sobre 
trabalho : 
• 1891 - Lei dispondo sobre trabalho dos menores 
• 1903 - Organização dos sindicatos rurais 
• 1907 - sindicatos urbanos - ESTADO 
• III - O GOVERNO PROVISÓRIO DA REVOLUÇÃO DE 1930 
• Getúlio Vargas assumiu a chefia do governo provisório da Revolução em 
24/10/1930 e no dia 26 do mês seguinte criou o MINISTÉRIO DO 
TRABALHO. 
• IV - CARTA CONSTITUCIONAL DE 1937 E A CLT. 
• Esta CRFB era corporativista inspirada na Carta del Lavoro (1927) e na 
Constituição Polonesa. Logo, o Estado, iria intervir nas relações entre 
empregados e empregadores, uma vez que o estado liberal tinha se 
mostrado incapaz. 
• A CLT surge em 01/05/1943; 
• V - CONSTITUIÇÃO DE 1946 
• GETÚLIO VARGAS FOI DEPOSTO EM 1945 E EM 1946 O 
PRESIDENTE EURICO DUTRAS institui uma nova Constituição Federal 
considerada norma democrática, rompendo com o corporativismo. Nela 
encontramos a participação dos empregados nos lucros, repouso 
semanal remunerado, estabilidade, direito de greve... 
• VI - CONSTITUIÇÃO DE 1967 - RATIFICA A ANTERIOR. 
• .empregadas domésticas (5859/72) 
• .trabalhador rural (Lei 5889/73) 
• . trabalhador temporário (6019/74) 
• VII - CONSTITUIÇÃO DE 1988 - 
• A NOSSA ATUAL CONSTITUIÇÃO TRATA DOS DIREITOS DOS 
TRABALHADORES EM SEUS ARTIGOS 7º A 11º ( CAPÍTULO II - 
DIREITOS SOCIAIS), DO TÍTULO II (DOS DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS) 
• VII - CONSTITUIÇÃO DE 1988 - 
• A nossa atual constituição trata dos direitos dostrabalhadores em seus 
artigos 7º a 11º ( Capítulo II - Direitos Sociais), do Título II (Dos Direitos 
e Garantias Fundamentais) 
 
• DIREITO DO TRABALHO – 
 
 
• Conceito - Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e 
instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações 
análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais 
ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são 
destinadas. 
 
• DIVISÃO : 
 
• DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO 
 
• DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 
 
• A maioria das regras que dispõem sobre Direito do Trabalho encontram-
se na CLT. O Estado é o maior criador de normas de Direito do Trabalho 
• (INTERVENÇÃO DO ESTADO EM DEFESA DO ECONOMICAMENTE 
MAIS FRACO). A Justiça do Trabalho é competente para julgar 
questões trabalhistas. 
• O objeto do Direito do Trabalho é o estudo do trabalho 
subordinado. 
• RELAÇÃO DE EMPREGO – EMPREGADO X EMPREGADOR 
• AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO : 
• Autonomia Legislativa 
• Autonomia doutrinária 
• No que diz respeito ao desenvolvimento didático, todas as faculdades de 
Direito possuem a matéria Direito do Trabalho. Os exames das OAB 
exigem conhecimentos de Direito do Trabalho para habilitar o bacharel 
de Direito a atuar como advogado. 
• Autonomia Jurisdicional - Têm-se pelos julgamentos de pleitos 
administrativos pertencentes ao Poder Executivo e a partir da CLT. Em 
1946 a CF consagrou a autonomia jurisdicional da Justiça do Trabalho 
que passa a fazer parte integrante do Poder Judiciário, com um ramo 
especializado que aplica a matéria. 
• Autonomia Científica - O Direito do Trabalho possui Princípios Próprios, 
como o da proteção ao trabalhador, norma mais favorável, 
irrenunciabilidade de direitos, sendo completamente distintos do Direito 
Civil. 
• 
• RELAÇÕES DO DIREITO DO TRABALHO COM OS DEMAIS RAMOS 
DO DIREITO : 
 
• DIREITO CONSTITUCIONAL 
• DIREITO CIVIL 
• DIREITO TRIBUTÁRIO 
• DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
• DIREITO PENAL 
• DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
• DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
• DIREITO EMPRESARIAL 
• DIREITO INTERNACIONAL 
 
• FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
• Fonte tem o significado de origem, de fundamento de validade das 
normas jurídicas e da própria exteriorização do Direito. 
 
• DIVIDEM-SE EM : 
• FONTES MATERIAIS – SÃO OS FATORES REAIS QUE IRÃO 
INFLUENCIAR NA CRIAÇÃO DA NORMA JURÍDICA, ISTO É, 
SOCIAIS, PSICOLÓGICOS, ECONÔMICOS, HISTÓRICOS... 
 
• FONTES FORMAIS –SÃO AS FONTES DERIVADAS DA VONTADE DO 
ESTADO (HETERÔNOMAS) E AS FONTES PROVENIENTES DA 
VONTADE DOS PRÓPRIOS AGENTES SOCIAIS (AUTÔNOMAS). 
• São fontes formais autônomas: 
• a) acordos coletivos do trabalho – são ajustes sobre condições de 
trabalho celebrados entre a empresa ou grupo de empresas e 
determinado sindicato de categoria profissional; 
• b) convenções coletivas – acordo de caráter normativo sobre condições 
de trabalho celebrado entre sindicatos (obreiro e patronal), quer dizer em 
os sindicatos de empregados e empregadores. 
• são as principais fontes formais heterônomas: 
• Constituição Federal 
• leis – que são normas emanadas do Poder Legislativo para regular 
condutas e impor sanções. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – 
principal diploma legal na esfera laboral, dita as regras das relações e do 
processo trabalhista; 
• decretos executivos – norma regulamentadoras de lei expedidos pelo 
Presidente da República; 
• Portarias – editadas pelo Ministério do Trabalho, expedindo instruções 
práticas sobre aplicação de determinado direito (resoluções, instruções 
normativas e normas de serviço); 
• sentenças normativas – é editada pelo judiciário trabalhista ao julgar 
dissídio coletivo de determinada categoria econômica; 
• tratados internacionais – são as convenções e recomendações da OIT; 
• g) contrato de trabalho- estipulam direitos e deveres do empregado e do 
empregador. 
Caso concreto 1: Em meados de 2010 vivenciamos uma crise mundial nas 
bolsas valores, fato que interferiu diretamente no consumo. Na referida 
época várias indústrias brasileiras, dentre elas a automobilística, chamaram 
os sindicatos para uma negociação ofertando assim a redução de salários 
para evitar dispensas imotivadas. Após rodadas de discussões e diversas 
negativas, o Estado foi chamado a intervir e anunciou uma série de medidas 
que incentivassem o consumo a fim de movimentar o mercado consumidor, 
dentre essas medidas destacou‐se a redução do IPI. 
Cediço que estamos diante de movimentos sociais e questiona-se: Tais 
movimentos podem ser situados como fontes do Direito do Trabalho? 
Explique 
 
NATUREZA JURIDICA DO DIREITO DO TRABALHO 
 A seguir vamos identificar o ramo do direito a que pertence o direito do 
trabalho, tarefa complexa. Levando-se em conta os princípios e fundamentos 
desta disciplina jurídica. Analisando a doutrina verifica-se a existência de várias 
teorias: 
a) Direito Público – Não é o entendimento majoritário. Fundamentado na 
existência de normas de caráter imperativo a reger as relações contratuais de 
trabalho, não só prevendo direitos mínimos, mas também tutelando interesses 
maiores do que o das partes vinculadas, como as normas referentes à 
segurança e medicina do trabalho. Em última análise, a imperatividade das 
normas retiraria a autonomia da vontade dos sujeitos da relação de emprego. 
Tal teoria foi rejeitada pela doutrina majoritária. Como bem observou Maurício 
Godinho Delgado, não é a existência de normas imperativas ou dispositivas 
que se apresenta como diferencial para classificar um ramo do direito, sendo 
critério mais seguro a combinação da titularidade do direito, com o interesse 
jurídico tutelado. Logo, faz parte do Direito Público aquele ramo em que se 
observa uma relação do Estado X Estado, ou Estado X Súdito (este na 
acepção da palavra), somado ao critério do interesse público, a prevalecer 
sobre o interesse privado. (Teoria defendida por Washington de Barros 
Monteiro). 
 Neste ramo da ciência do direito a vontade das partes é muitas vezes 
substituídas pela vontade do Estado. 
b) Direito Privado – É a aceita pela doutrina e pelas bancas examinadoras. 
Inicialmente tem-se que a relação de emprego se forma entre particulares, o 
que por presunção já desloca a sua classificação para o Direito Privado (critério 
da titularidade novamente). Ainda que haja, de fato, institutos onde a 
interferência estatal é mais acentuada, sob a ótica moderna da divisão 
dicotômica entre Direito Privado e Direito Público, esta intervenção não é mal 
vista, e nem desloca a classificação do ramo do direito. Em que pese a 
existência de direitos mínimos previstos, prevalece a autonomia da vontade 
das partes, seja para negociar acima do mínimo, seja mesmo para vincular-se 
ou para manter-se vinculado a uma relação de emprego. De mais a mais, a 
existência da supremacia do interesse público sobre o privado a mitigar a 
vontade das partes se dá em pontos específicos, o que não desautoriza esta 
classificação, pois há, na maioria das especialidades do direito, algumas 
normas a tutelar o interesse público, de forma que a classificação se faz por 
critérios preponderantes, e não exclusivos, e muito menos minoritários. Os 
defensores desta teoria entendem que o Direito do Trabalho pertence ao 
Direito Privado, pois tem origem no direito civil, através do contrato de locação 
de serviços. 
c) Direito Social – Também não é o entendimento majoritário. Há a noção de 
que o Direito do Trabalho tem um aspecto social mais acentuado do que os 
demais ramos do direito, sendo a relação de emprego forma de inserção social 
do indivíduo. Criticada, na medida em que esta característica acentuada não é 
exclusiva do Direito do Trabalho (Consumidor tambémpor exemplo), não se 
fazendo critério seguro para classificação, e muito menos justificando a criação 
de um terceiro gênero. (Teoria defendida por Paul Robier, e Mário de La 
Cueva). 
d) Direito Misto – Os que defendem essa teoria alegam que o Direito do 
Trabalho possui normas em que prevalece tanto o interesse público, quanto o 
interesse particular, sendo portanto de natureza híbrida; 
e) Direito Unitário – É a teoria defendida por Evaristo de Moraes Filho, para 
quem o Direito do Trabalho é um Direito Unitário, derivado da fusão dos 
conceitos públicos e privado. 
 No entanto, hoje a teoria mais aceita é que sustenta que o direito do 
trabalho pertence ao ramo do direito privado,PIS tem por finalidade 
regulamentar as relações individuais de trabalho e o contrato de trabalho, tendo 
como sujeito dois particulares. 
 
• EFICÁCIA DA LEI SEGUNDO O TEMPO E ESPAÇO : 
• TEMPO – REFERE-SE À ENTRADA EM VIGOR. NO DIR. TRABALHO 
ENTRAM EM VIGOR A PARTIR DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA LEI, 
TENDO EFICÁCIA IMEDIATA. INEXISTINDO DISPOSIÇÃO 
EXPRESSA SERÃO 45 DIAS (ART. 1º LICC). NOS PAÍSES 
ESTRANGEIROS A OBRIGATORIEDADE DA LEI BRASILEIRA 
QUANDO ADMITIDA É APÓS 3 MESES (§1º, ART. 1º LICC) 
• VACATIO LEGIS – PERÍODO ENTRE A EDIÇÃO DA LEI E SUA 
APLICAÇÃO. EX. LEI FGTS (5107/66) ENTROU EM VIGOR EM 
01/01/1967. 
 
• ESPAÇO – LEI TRABALHISTA É APLICÁVEL NO BRASIL PARA 
ESTRANGEIROS E NACIONAIS. 
• §2º ART. 651 DA CLT – COMPETÊNCIA DA JT BRASILEIRA PARA 
JULGAR AÇÃO OCORRIDA EM EMPRESA QUE POSSUA AGÊNCIA 
OU FILIAR NO ESTRANGEIRO, DESDE QUE EMPREGADO 
BRASILEIRO E INEXISTA CONVENÇÃO INTERNACIONAL NESSE 
SENTIDO. 
• SUMULA 207 DO TST ESTABELECE QUE A RELAÇÃO JURÍDICA 
TRABALHISTA É REGIDA PELAS LEIS VIGENTES NO PAÍS DA 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E NÃO POR AQUELAS DO LOCAL DA 
CONTRATAÇÃO. ESSA É A ORIENTAÇÃO GERAL. EXCEÇÃO LEI 
7064/82 (PREVÊ A APLICAÇÃO DA LEI BRASILEIRA NO EXTERIOR 
DESDE QUE CONTRATADO NO BRASIL PARA TRABALHAR EM 
EMPRESA DE ENGENHARIA NO EXTERIOR.) 
 
QUESTÃO – CADERNO DE EXERCÍCIOS: 
 
Antonio, brasileiro, foi contratado no Brasil para prestar serviços em Paris, 
na França. Trabalhou durante 3 (três) anos no estrangeiro e não recebeu as 
verbas trabalhistas garantidas pela legislação trabalhista brasileira. 
Sabendo-se que o art. 651 da Consolidação das Leis do Trabalho permite 
que o empregado brasileiro que tenha trabalhado no exterior possa ajuizar 
reclamação trabalhista no Brasil, quando não existir Convenção 
Internacional dispondo em contrário, responda justificadamente: No caso de 
Antonio ajuizar a ação trabalhista no Brasil, por não existir vedação em 
Convenção Internacional, quais os direitos trabalhistas que poderá exigir: 
aqueles direitos garantidos aos empregados pela legislação trabalhista 
brasileira ou aqueles direitos assegurados aos trabalhadores em 
conformidade com a legislação francesa? Justifique. 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 
 
1. Conceito dos princípios: princípios são as idéias fundamentais que lhe dão 
forma e estrutura próprias dentro do Direito, servindo-lhe de instrumento de 
identidade e autonomia. (Rodrigues Pinto). 
2. Funções dos princípios: tríplice função 
a) informadora: inspiram o legislador, servindo de fundamento para o 
ordenamento jurídico; 
b) normativa: atuam como fonte supletiva, no caso de ausência de lei. São 
meios de integração do direito: 
c) interpretadora: operam como critério orientador do juiz ou do intérprete. (Plá 
Rodriguez) 
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO – DESMEMBRA-SE EM : 
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO OPERARIO – NÃO SE APLICA INTEGRALMENTE 
AO PROCESSO DO TRABALHO, POIS HAVENDO DÚVIDA, À PRIMEIRA 
VISTA, NÃO SE PODERIA DECIDIR EM FAVOR DO TRABALHADOR E SIM 
VERIFICAR-SE O ÔNUS DA PROVA (ARTIGO 333 CPC E 818 DA CLT); 
APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL AO TRABALHADOR – ARTIGO 
7º DA CF ( ALÉM DE OUTROS QUE VISEM À MELHORIA DE SUA 
CONDIÇÃO SOCIAL) – EX. SE O ADICIONAL DE HORAS EXTRAS 
PREVISTO EM NORMA COLETIVA FOI SUPERIOR AO PREVISTO NA LEI 
OU DA CONSTITUIÇÃO, DEVE-SE APLICAR A PRIMEIRA. 
PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS – TEMOS COMO 
REGRA QUE OS DIREITOS TRABALHISTAS SÃO IRRENUNCIÁVEIS. EX. O 
EMPREGADO NÃO PODERÁ RENUNCIAR AO SEU DIREITO DE FÉRIAS, 
SENDO NULO TAL ATO DE ACORDO COM O ARTIGO 9º DA CLT. 
FUNDAMENTOS: 
INDISPONIBILIDADE - OS DIREITOS DO EMPREGADO SÃO 
INDISPONÍVEIS EM RAZÃO DE SUA CONDIÇÃO DE NECESSITADO E 
ECONOMICAMENTE DÉBIL, NÃO PODENDO ABRIR MÃO DELES EM 
FAVOR DO EMPREGADOR. 
IMPERATIVIDADE DAS NORMAS TRABALHISTAS - NORMAS QUE 
CONTEM UM MANDAMENTO E DIRIGIDAS TAL COMANDO AO PRÓPRIO 
ESTADO. 
CARÁTER DE ORDEM PÚBLICA - SUAS NORMAS SÃO INDISPENSÁVEIS À 
ORGANIZAÇÃO DA VIDA SOCIAL. LIMITAÇÃO À AUTONOMIA DA 
VONTADE - EVITA-SE O ABUSO DA AUTONOMIA DA VONTADE EM NOME 
DOS INTERESSES SUPERIORES DO BEM COMUM (CLT, ART. 444). 
VÍCIO DE CONSENTIMENTO PRESUMIDO - O TRABALHADOR QUE 
RENUNCIA O FAZ POR IGNORÂNCIA OU ERRO QUE VICIA O ATO 
(ALONSO GARCIA). 
CLASSIFICAÇÕES: RENÚNCIA APÓS O TÉRMINO DO CONTRATO - É 
ADMITIDA PERANTE A JUSTIÇA DO TRABALHO, MEDIANTE ACORDO. 
RENÚNCIA MEDIANTE ASSISTÊNCIA SINDICAL -FLEXIBILIZAÇÃO - OS 
DIREITOS SÃO RENUNCIADOS COM A ASSISTÊNCIA SINDICAL EM 
ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, EM TROCA DA MANUTENÇÃO DO 
EMPREGO OU DA MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO. O ART. 7º 
DA CF PREVÊ EM TRÊS CASOS: REDUÇÃO DE SALÁRIOS (VI), 
COMPENSAÇÃO DE JORNADAS (XIII) E AUMENTO DE JORNADA NOS 
TURNOS DE REVEZAMENTO (XIV). 
PRESCRIÇÃO É A PERDA DO DIREITO DE AÇÃO PELA INÉRCIA DO SEU 
TITULAR E DESDE QUE INVOCADA PELO DEVEDOR COMO PREJUDICIAL 
DE MÉRITO. A PRESCRIÇÃO NÃO IMPORTA EM RENÚNCIA PARA O 
AUTOR DA AÇÃO PORQUE ESTE NÃO ABDICOU DO DIREITO AINDA QUE 
POSTULADO FORA DO PRAZO LEGAL. NA DECADÊNCIA O TITULAR DE 
UM DIREITO DEIXA DE EXERCÊ-LO DENTRO DE UM TEMPO 
DETERMINADO E O DIREITO ACABA PERECENDO. É UMA HIPÓTESE DE 
RENÚNCIA TÁCITA. EX: PRAZO DE ADESÃO A UM PLANO DE INCENTIVO 
AO DESLIGAMENTO. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE – O CONTRATO DE TRABALHO SE 
PRESUME POR PRAZO INDETERMINADO 
 
ALCANCE DO PRINCÍPIO: 
1º PREFERÊNCIA PELOS CONTRATOS DE TRABALHO DE DURAÇÃO 
INDEFINIDA PORQUE TEM MAIS TENDÊNCIA A DURAR; ESTÁ SUJEITA A 
INDENIZAÇÃO NA DESPEDIDA; O TRABALHADOR PODE DENUNCIÁ-LO A 
QUALQUER MOMENTO E A DURAÇÃO REAL DO TRABALHO É A RAZÃO 
DETERMINANTE DA SUA DURAÇÃO E NÃO A VONTADE DAS PARTES. 
CONSEQÜÊNCIAS PRÁTICAS: A) SE NADA SE DIZ, PRESUME-SE O 
CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO; B) EM CASO DE 
PRORROGAÇÃO NÃO PACTUADA DO CONTRATO POR TEMPO 
DETERMINADO, CONVERTE-SE AUTOMATICAMENTE EM CONTRATO 
POR TEMPO INDETERMINADO; C) VENCIDO O CONTRATO DE 
EXPERIÊNCIA SEM O DESEJO DE RESCINDIR, CONVERTE-SE EM 
CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO; D) OS CONTRATOS POR 
TEMPO INDETERMINADOS SÓ ADMITEM UMA PRORROGAÇÃO, APÓS O 
QUE SE CONVERTEM EM CONTRATOS POR TEMPO INDETERMINADO; E) 
UM CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO NÃO PODE SER 
CONVERTIDO EM CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO. 
 
2º AMPLITUDE DAS ALTERAÇÕES DO CONTRATO. PRESSUPÕE O 
ACORDO DE VONTADES PARA A ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES 
PRINCIPAIS DO CONTRATO, SALVO O EXERCÍCIO DO JUS VARIANDI 
PELO EMPREGADOR, DERIVADO DO SEU PODER DE DIREÇÃO DE 
FAZER ALTERAÇÕES ACESSÓRIAS OU SECUNDÁRIAS NO CONTRATO 
DE TRABALHO QUE NÃO AFETEM SUA ESTRUTURA. AS ALTERAÇÕES 
NÃO AFETAM A MANUTENÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. 
3º O CONTRATO DE TRABALHO É MANTIDO APESAR DA EXISTÊNCIA DE 
CLÁUSULAS NULAS E VIOLAÇÕES. 
4º RESISTÊNCIA EM ADMITIR A RESCISÃO CONTRATUAL 
EXCLUSIVAMENTE PELA VONTADE PATRONAL. 
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE DESPEDIR: A) OBRIGAÇÃO DO AVISO 
PRÉVIO; B) INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA DO FGTS, DE 40% DO 
VALOR TOTAL; C) DANOS E PREJUÍZO POR DESPEDIDA ABUSIVA NO 
CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO, DE MATERNIDADE, DE DIRIGENTE 
SINDICAL, DE INTEGRANTE DA CIPA OU DE COMISSÃO DE 
CONCILIAÇÃO PRÉVIA. 
5º INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, 
MANTIDOO CONTRATO DE TRABALHO. 
6º NOVAÇÕES SUBJETIVAS EM RELAÇÃO AO EMPREGADOR NA 
SUCESSÃO DE EMPRESAS OU NO GRUPO ECONÔMICO COMO 
EMPREGADOR ÚNICO. 
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS - 
ESTE PRINCÍPIO PROJETA O ANTERIOR, REVELANDO O CARÁTER 
IMPERATIVO DAS NORMAS TRABALHISTAS, BEM COMO A SUA 
ESSÊNCIA SOCIAL, CUJO CONTEÚDO PROTETIVO TEM ESPECTRO DE 
INTERESSE PÚBLICO COLETIVO, DELIMITANDO RESTRITIVAMENTE A 
POSSIBILIDADE DE DISPONIBILIDADE DAS PARTES, EVIDENTEMENTE 
QUE COLOCANDO A SALVO DIREITOS DO TRABALHADOR, FORMA PELA 
QUAL SE REDUZEM AS DESIGUALDADES JURÍDICAS QUE SE 
EVIDENCIAM ENTRE AS PARTES NA RELAÇÃO DE TRABALHO. 
 
ESTE PRINCÍPIO ENCONTRA-SE BEM DELINEADO PELO ART. 468, 
CAPUT, DA CLT, QUE ASSIM DISPÕE: 
 
“ART. 468 DA CLT: NOS CONTRATOS INDIVIDUAIS DE TRABALHO SÓ É 
LÍCITA A ALTERAÇÃO DAS RESPECTIVAS CONDIÇÕES POR MÚTUO 
CONSENTIMENTO, E, AINDA ASSIM, DESDE QUE NÃO RESULTEM, 
DIRETA OU INDIRETAMENTE, PREJUÍZOS AO EMPREGADO, SOB PENA 
DE NULIDADE DA CLÁUSULA INFRINGENTE DESTA GARANTIA.” 
PERCEBA QUE A LIMITAÇÃO IMPOSTA ÀS PARTES TEM O NÍTIDO 
PROPÓSITO DE OFERECER PROTEÇÃO AO TRABALHADOR, JÁ QUE O 
CONJUNTO DE GARANTIAS MÍNIMAS E ESSENCIAIS ENCONTRA-SE 
ASSEGURADO PELA LEI: NÃO SERÁ OBJETO DE NEGOCIAÇÃO PARA A 
CONCESSÃO E, MUITO MENOS, COM VISTAS À SUPRESSÃO OU 
REDUÇÃO. 
 
PARA ILUSTRAR, AS ANOTAÇÕES EM CTPS (CARTEIRA DE TRABALHO E 
PREVIDÊNCIA SOCIAL) REFERENTE A VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
JUDICIALMENTE RECONHECIDO, NÃO PODEM SER OBJETO DE 
ACORDO, JÁ QUE SE TRATA DE NORMA DE ORDEM PÚBLICA, OU, SE 
PREFERIR, NORMA COGENTE. 
 
O EMPREGADO NÃO PODE DISPOR DE SUAS FÉRIAS; NÃO PODE 
INDIVIDUALMENTE FIRMAR ACORDO QUE REDUZA O SEU SALÁRIO; 
NÃO PODE PRESCINDIR DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA NA 
REALIZAÇÃO DE TRABALHOS QUE COLOQUEM EM RISCO SUA VIDA OU 
SAÚDE E ETC. 
PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL 
 ESTE PRINCÍPIO ASSEGURA A IRREDUTIBILIDADE SALARIAL, 
REVELANDO-SE COMO ESPÉCIE DO GÊNERO DA INALTERABILIDADE 
CONTRATUAL LESIVA. 
 
O CONTEÚDO EM SI DA PROTEÇÃO OFERECIDA POR TAL PRINCÍPIO É 
GARANTIR AO TRABALHADOR PERCEBER A CONTRAPRESTAÇÃO A 
QUE FAZ JUS POR SEU TRABALHO, DE MANEIRA ESTÁVEL, NÃO 
SUJEITA AS OSCILAÇÕES DA ECONOMIA E ÀS INSTABILIDADES DO 
MERCADO E, POR EXTENSÃO, ASSEGURAR A SATISFAÇÃO DE UM 
CONJUNTO, AINDA QUE EVENTUALMENTE MÍNIMO, DE SUAS 
NECESSIDADES, ENTRE AS QUAIS A ALIMENTAÇÃO. 
 
HÁ DIVERSOS DISPOSITIVOS LEGAIS QUE ASSEGURAM TUTELA EM 
RELAÇÃO AOS SALÁRIOS: 
 
“ ART. 7º, DA C.F.: - SÃO DIREITOS DOS TRABALHADORES (...) ALÉM DE 
OUTROS: 
 
VI – IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO, SALVO O DISPOSTO EM 
CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVO; 
 
X – PROTEÇÃO DO SALÁRIO NA FORMA DA LEI, CONSTITUINDO CRIME A 
SUA RETENÇÃO DOLOSA 
EXATAMENTE POR NÃO TER QUALQUER POSSIBILIDADE DE AUFERIR 
GRANDES VANTAGENS DE ORDEM ECONÔMICA PARA SI PRÓPRIO, 
PRERROGATIVA EXCLUSIVA DO DETENTOR DOS MEIOS DE PRODUÇÃO 
E/OU DE CAPITAL, NÃO PODE O TRABALHADOR PARTICIPAR DOS 
RISCOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA, QUER ATRAVÉS DA REDUÇÃO 
DIRETA DO VALOR NOMINAL DE SEU SALÁRIO (E, AMPLIATIVAMENTE, 
DE SUA REMUNERAÇÃO); QUER ATRAVÉS DA REDUÇÃO DE JORNADA 
DE TRABALHO, TAREFA OU ALTERAÇÃO DE CRITÉRIO NA APURAÇÃO 
DE VALORES DE COMPOSIÇÃO DE SUA REMUNERAÇÃO. 
 
ATENTE PARA O FATO DE QUE, COMO EXCEÇÃO À REGRA, HÁ 
POSSIBILIDADE DE HAVER REDUÇÃO SALARIAL: SE DECORRENTE DE 
CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. 
 
 QUESTÕES OBJETIVAS: 
1ª) (OAB/SP – 132º EXAME Março 2007) Tendo em vista o princípio da 
primazia da realidade, é correto afirmar que: 
 a) simples documento firmado por pessoa alfabetizada, por ocasião da 
admissão no emprego, renunciando aos direitos trabalhistas, tem plena 
validade. 
b) para o Direito do Trabalho, a verdade real deve prevalecer sobre a forma. 
c) Simples documento firmado por pessoa alfabetizada, por ocasião da 
admissão no emprego, renunciando aos direitos trabalhistas, tem plena 
validade, desde que em presença de duas testemunhas. 
 d) toda prestação de serviços configura relação de emprego. 
 
2ª) (OAB/RS – 2006.1) Classifica-se como fonte formal heterônoma específica 
do Direito do Trabalho: 
a) o acordo coletivo. 
b) a convenção coletiva. 
c) o Código Civil. 
d) a sentença normativa

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