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- 9 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE VISCOSIDADE UTILIZANDO-SE UM VISCOSÍMETRO DE OSTWALD FORTALEZA 2016 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS ...................................................................................................... 03 2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................... 04 2.1. Materiais utilizados .................................................................................... 04 2.2. Reagentes e soluções utilizadas ................................................................. 04 2.3. Procedimento experimental ....................................................................... 04 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 05 4 CONCLUSÃO.................................................................................................... 08 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 09 1 OBJETIVOS Determinar as viscosidades relativa, dinâmica e cinemática dos soros fisiológico, caseiro e para reidratação oral, utilizando o viscosímetro de Ostwald. 2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2.1. Materiais utilizados: ● Viscosímetro de Ostwald; ● Cronometro; ● Proveta de 10mL; e ● Pipeta de sucção. 2.2. Reagentes e soluções utilizadas: 1) Água destilada; 2) Soro fisiológico (SF); 3) Soro para reidratação oral (SRO); e 4) Soro caseiro (SC). 2.3. Procedimento experimental: Mediu-se 10 mL de água destilada com um auxílio de uma proveta graduada. O conteúdo foi despejado no orifício de maior raio do viscosímetro de Ostwald. Com o auxilio da pipeta de sucção acoplada no orifício de menor raio do viscosímetro, a água foi elevada até ultrapassar a marcação a do viscosímetro. Retirou-se a pipeta de sucção e quando a água ultrapassou novamente a marcação a (ficando abaixo da marcação) o cronometro foi disparado. Quando a água ultrapassou a marcação b o cronometro foi parado. O tempo que a água levou para escoar foi anotado. O procedimento foi repetido mais duas vezes para a água destilada. De forma semelhante foi cronometrado, respectivamente, o tempo para as amostras dos soros fisiológico, reidratação e caseiro, fazendo-se a ambientação do viscosímetro sempre quando ocorria a troca de solução. No total, foram feitas 3 medições de tempo para cada solução. Todos os resultados foram anotados. Figura 01. Viscosímetro de Ostwald 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A viscosidade relativa é aquela obtida por comparação entre o tempo de vazão de uma substância padrão. Deste modo, as viscosidades dos soros fisiológicos, para reidratação oral e caseiro foram calculadas a partir da seguinte fórmula: Onde, é o coeficiente de viscosidade; é a massa específica; é o tempo de escoamento de igual volume dos líquidos; é o líquido sob análise; e é o líquido padrão. E sabendo que: ● Temperatura do laboratório onde foi realizada as análises de viscosidade = ● ● Média de tempo de escoamento da água destilada Tabela 01. Massas específicas e tempo de escoamento das amostras Substâncias SF 1,0075 12,19 12,16 12,16 12,17 SRO 1,0129 12,66 12,62 12,56 12,61 SC 1,0167 12,85 12,91 12,97 12,91 Tem-se que: A viscosidade dinâmica é aquela obtida pela seguinte fórmula: Onde, é a viscosidade dinâmica; é a viscosidade relativa do líquido sob análise; e é a viscosidade absoluta da água . Deste modo, com os resultados obtidos das viscosidades relativas, foi possível determinar a viscosidade dinâmica dos soros fisiológico, para reidratação oral e caseiro: A viscosidade cinemática é calcula a partir da razão entre a viscosidade dinâmica pela massa específica do líquido sob análise: Onde, é a viscosidade cinemática do líquido sob análise; é a viscosidade dinâmica do líquido sob análise; e é a massa específica do líquidos sob análise. Deste modo, com os resultados das massas específicas obtidos na prática de picnometria e os dados de viscosidade dinâmica, foi possível determinar a viscosidade cinemática dos soros fisiológicos, para reidratação oral e caseiro: Tabela 02. Viscosidades relativas, dinâmicas e cinemáticas Substância - - 0,8733 SF 1,035 0,9009 0,8942 SRO 1,078 0,9384 0,9264 SC 1,108 0,9645 0,9486 A partir dos resultados obtidos para as viscosidades relativa, dinâmica e cinemática, notou-se que, dentre as amostras analisadas o soro caseiro apresentou os maiores valores, enquanto que a água os menores. Tais valores podem ser justificados sabendo-se que a viscosidade, em suma, é uma medida do atrito (entre a camada de líquido e a parede do recipiente) que um líquido produz durante um determinado tempo de escoamento, deste modo quanto maior o número de moléculas em solução, maior a possibilidade de interação delas com a parede do recipiente e consequentemente, maior o coeficiente de viscosidade. O soro fisiológico, que apresenta apenas cloreto de sódio em sua composição e o qual em solução se dissocia em e , ou seja, pequenos íons, era esperado que apresentasse os menores valores de viscosidade dentre os soros sob análise. Já o soro para reidratação oral por apresentar glicose , cloreto de sódio, citrato de sódio e cloreto de potássio, ou seja, mais moléculas presentes em solução, possuiria mais interações com a parede do recipiente, provocando um maior atrito e consequentemente, maiores valores de viscosidade quando comparados com o soro fisiológico e a água destilada. Já o soro caseiro , cujo o principal constituinte é a sacarose , uma molécula grande, de grande peso molecular e com maior concentração, fará com que o mesmo apresente os maiores valores de viscosidade. Todas as premissas, levantadas antes da prática, a respeito de qual soro seria mais viscoso tinham como base o conceito de viscosidade e o conhecimento a respeito da composição e massa específica de cada soro sob análise. Além disso, o tempo calculado para o escoamento de cada soro reforçou as conclusões preliminares. Deste modo, o soro caseiro é, dentre os soros analisados, o líquidos mais viscoso. É importante ressaltar que todos os resultados, matematicamente, encontrados nesta prática são considerados aproximações devido a diferença de temperatura do laboratório durante a análise das massas específicas da água destilada e dos soros sob análise e determinação das viscosidades. Considera-se um fator de erro a troca de analista durante cada medida de tempo de escoamento. 4 CONCLUSÃO Determinou-se as viscosidades relativa, dinâmica e cinemática para os soros fisiológico, para reidratação oral e caseiro a partir do viscosímetro de Ostwald. Observou-se que as soluções que possuem maiores valores de massa específica apresentam maiores coeficientes de viscosidade, sendo o soro caseiro classificado como o líquido mais viscoso e o soro fisiológico, menos. Mesmo com a diferença de temperatura durante a análise das massas específicas e do coeficiente de viscosidade os valores esperados se mantiveram, tornando possível uma análise prévia dos resultados que poderiam ser encontrados após a prática. REFERÊNCIAS ROTEIROS DE PRÁTICAS. Físico-Química Aplicada à Farmácia. 2016.2. Universidade Federal do Ceará - Centro de Ciências. LEHNINGUER, A.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Principios de Bioquimica 5a Ed. São Paulo: Sarvier, 2011. 1304p.