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Centro Universitário Escola de Engenharia Mauá LLAABBOORRAATTÓÓRRIIOO DDEE FFÍÍSSIICCAA II ((EEFFBB220055)) 11ºº SSEEMMEESSTTRREE 22001166 2 3 SUMÁRIO O Laboratório de Física I – Normas e Procedimentos 7 L01 – RECONHECIMENTO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 13 L02 – MEDIDAS DE GRANDEZAS FÍSICAS Introdução Teórica 15 PPE 21 Relatório 23 L03 – ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS (A.S.) Introdução Teórica 29 PPE 41 Relatório 43 L04 – MESA DE FORÇA Introdução Teórica 47 PPE 50 Relatório 51 L05 – DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA DE UMA MOLA Introdução Teórica 57 PPE 60 Relatório 61 4 L06 – APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO Introdução Teórica 63 PPE 67 Relatório 69 L07 – ANÁLISE DIMENSIONAL Introdução Teórica 73 PPE 82 Relatório 85 L08 – RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS FÍSICAS – PARTE 1 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: PAPEL MILIMETRADO E EXCEL MEDIDAS DAS GRANDEZAS: MASSA E COMPRIMENTO Introdução Teórica 93 PPE 97 Relatório 99 L09 – RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS FÍSICAS – PARTE 2 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: PAPEL DILOG E EXCEL DENSIDADES: LINEAR, SUPERFICIAL E VOLUMÉTRICA Introdução Teórica 103 PPE 112 Relatório 115 5 L10 – RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS FÍSICAS – PARTE 3 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: PAPEL MONOLOG E EXCEL CONSTANTE DE AMORTECIMENTO Introdução Teórica 121 PPE 127 Relatório 129 L11 – MOVIMENTO DE QUEDA LIVRE Introdução Teórica 133 PPE 138 Relatório 141 L12 – AVALIAÇÃO PROJETO SEMESTRAL ANEXO Construção de Gráficos em papel milimetrado, mono-log e di-log Prof. Dr. Luiz Roberto Marim 6 7 O LABORATÓRIO DE FÍSICA 1. OBJETIVOS DO LABORATÓRIO DE FÍSICA: As aulas de Laboratório de Física I têm como objetivos: Manusear e utilizar instrumentos como balança, réguas, paquímetros, trenas, micrômetros, cronômetros, fotocélulas, multímetros, etc., zelando por esses instrumentos. Estimar a precisão de uma medida com base no método e no aparelho utilizado. Obter informações pertinentes aos dados experimentais (indicadores estatísticos) e calcular suas respectivas incertezas. Reconhecer e corrigir, quando couber, falhas e limitações inerentes aos instrumentos de medição. Desenvolver habilidades para uma melhor abordagem dos problemas de Física experimental, em particular a atenção, a persistência, a meticulosidade, a imaginação e o senso crítico. Reconhecer o valor do trabalho em equipe. Aprender a se relacionar com os colegas de forma a desenvolver uma ética profissional. Raciocinar de forma sistêmica, visando integrar os conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas no curso. 8 2. NORMAS E RECOMENDAÇÕES NAS AULAS DE LABORATÓRIO DE FÍSICA I Os alunos serão divididos em equipes. Essa divisão acontecerá na primeira aula de laboratório e será mantida durante todo semestre letivo. Os alunos terão liberdade para escolher seus colegas de equipe. No segundo semestre, as equipes poderão ser reorganizadas. Cada equipe de laboratório deve ter no máximo três componentes. Caso haja necessidade, o professor formará duas duplas, para atender o número máximo de alunos por equipe, evitando equipes com quatro componentes. Cada equipe terá sua bancada que será fixa no decorrer do ano. O professor pode, em função de necessidades, reorganizar a composição das equipes de laboratório, em qualquer momento do ano letivo. Cada equipe é responsável, sob todos os pontos de vista, pelo equipamento que manuseia. O material que está sobre a bancada é o necessário e suficiente para a realização do experimento. Se for constatada alguma irregularidade nesse material, o professor deve ser notificado a fim de que possam ser tomadas as devidas providências. Os relatórios, após a sua correção, serão devolvidos à equipe. Cada equipe deve manter sob sua guarda, pelo menos até o final do ano letivo, os relatórios corrigidos, que são documentos que comprovam a realização das atividades pelos alunos. Os trabalhos de laboratório serão: 9 1. Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE): cada aluno deverá trazer no início da aula essas perguntas respondidas relativas ao experimento que será realizado no dia. A PPE será vistada pelo professor(a); caso o aluno não a faça será penalizado com o decréscimo de um ponto no relatório do dia. 2. Experiências com relatórios simples que serão elaborados e entregues na própria aula, em folha própria. 3. Para cada aula, uma equipe será escolhida pelo professor para apresentação de um seminário referente ao experimento realizado. Essa apresentação deverá ser feita no Power Point e apresentada na semana seguinte. O modelo para a elaboração será disponibilizado no moodle. 4. Projetos semestrais: serão disponibilizados no moodle três roteiros por semestre. Cada equipe deverá trabalhar os roteiros e elaborar o portfólio do projeto,e posteriormente, haverá uma apresentação oral (10 min) e “debate” professor-aluno (10 min). 3. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO O desempenho do aluno será avaliado a partir das atividades realizadas durante as aulas de laboratório, das notas obtidas nos relatórios, dos seminários elaborados pela equipe e pelo projeto semestral. MÉDIA LAB = 50% (Relatórios + Seminários) + 50% Projeto Semestral A média do laboratório corresponde a 80% da média de trabalho da disciplina. 10 O aluno que não comparecer numa das aulas não poderá ter o nome incluído no relatório ou exercício relativo às atividades daquela aula. Caso o experimento seja realizado em duas aulas, a avaliação será feita conforme especificado abaixo: Ausência do aluno na aula de coleta dos dados experimentais: o aluno realizará o experimento sozinho, na aula seguinte, e deverá entregar o relatório individualmente no mesmo prazo dos demais colegas. Ausência do aluno na aula de análise e avaliação dos resultados experimentais: o aluno deverá entregar o relatório individualmente no mesmo prazo1 que os demais colegas ou será penalizado em 50% da nota2, conforme o caso. 1 Quando o relatório tiver que ser entregue no prazo informado pelo(a) Professor(a). 2 Quando o relatório tiver que ser entregue no dia da aula de avaliação e análise dos resultados experimentais. Ausência do aluno na apresentação do Seminário ou na apresentação do Projeto Semestral acarretará em nota zero. Não é permitida a reposição de aulas de laboratório com exceção dos casos previstos no regimento da Mauá. O aluno poderá fazer a reposição do conteúdo, mas não será validado com nota. Situações que não se enquadram nos casos anteriores serão analisadas pelo(a) Professor(a). 11 5. USO DOS LABORATÓRIOSE SEGURANÇA É proibido uso de telefones celulares, ou qualquer tipo de aparelho eletrônico, que venha a prejudicar o andamento da aula. O aluno não poderá sair da sala de aula para atender celulares. É proibida a alimentação e/ou ingestão de bebidas no laboratório. É proibida a saída do aluno do laboratório para beber água e ir ao banheiro. Isto deverá ser feito antes do início da aula. Ao término do experimento, a equipe deverá deixar os equipamentos organizados, a bancada limpa e os bancos sob a banca. A tolerância máxima para atrasos de chegada à aula é de 10 minutos em relação ao horário previsto para o início da aula. Após esse prazo a porta do laboratório será fechada e o aluno não poderá assistir à aula arcando com o prejuízo da falta e das atividades realizadas na mesma. Se esses atrasos forem frequentes o professor tomará as medidas cabíveis. ATENÇÃO: as aulas NÃO se iniciam 10 minutos após o horário oficial, e sim no horário oficial. Cada equipe deverá acomodar-se sempre na mesma bancada de trabalho. No final de cada aula será verificado se todo o material utilizado pela equipe se mantém íntegro. Em caso de danos, a ocorrência será registrada e a equipe será notificada, solicitando-se mais cuidado no manuseio do equipamento, que é um bem comum, principalmente quando se observar que os danos podem ter sido causados por uso inadequado do material ou por displicência. Em caso de reincidência serão tomadas atitudes cabíveis ao caso. 12 Não é permitido manusear os equipamentos disponíveis sobre as bancadas sem a autorização do professor. É importante estar atento e obedecer as advertências do professor quanto aos itens de segurança, principalmente ao trabalhar com fogo, gases, ou equipamento elétrico. Cada aluno deverá ter a apostila do Laboratório de Física I, a qual será semestral. Cada equipe deverá ter o relatório do experimento a ser preenchido e entregue no dia da aula. Esse relatório deverá ser datado, identificado e assinado por todos os componentes da equipe presentes no dia da realização do experimento. Se a equipe não tiver o material necessário, os alunos não poderão realizar o experimento. A apostila e todos os outros documentos referentes à disciplina encontram-se na forma digital no Moodle de Física I e no xerox do Centro Acadêmico. Não é necessário o uso de avental e equipamentos de proteção individual no laboratório de Física. Troca de horário de turma SOMENTE com permuta via secretaria. No caso de alunos dependentes, entrar em contato com o coordenador da disciplina (Prof Rodrigo Cutri – rodrigo.cutri@maua.br). 13 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L01: RECONHECIMENTO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Grupo Turma Laboratório Bancada Data Nota RA NOME ASSINATURA Atividade 1 – RECONHECIMENTO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Complete o Quadro 1, que relaciona instrumentos de medição com as características indicadas em cada coluna. QUADRO 1 – Características dos instrumentos de medição. INSTRUMENTO Grandeza que mede Unidade de medida Faixa de trabalho Menor divisão da escala do instrumento (Resolução do Instrumento) SI (SIM / NÃO) SI de Base Balança Analógica Balança Digital Cronômetro Analógico Cronômetro Digital Trena Régua Amperímetro Analógico Amperímetro Digital Termômetro Analógico Termômetro Digital Luxímetro 15 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L02: MEDIDAS DE GRANDEZAS FÍSICAS 1. OBJETIVO DO EXPERIMENTO Medição direta de três grandezas fundamentais da mecânica no Sistema Internacional (S.I.) - massa, comprimento e tempo. 2. OBJETIVO DE APRENDIZAGEM Identificar incertezas de grandezas em instrumentos de medição. Representar medidas de grandezas físicas com suas incertezas. 3. INTRODUÇÃO O Sistema Internacional de Unidades – SI, é constituído de sete grandezas fundamentais: QUADRO 2 – Grandezas do Sistema Internacional de unidades - SI Grandeza fundamental Unidade de base Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Temperatura Kelvin K Corrente elétrica ampère A Quantidade de matéria Mol mol Intensidade luminosa candela cd 16 Nesta atividade serão realizadas medições de grandezas físicas fundamentais da mecânica que compõem o Sistema Internacional de Unidades, SI. Cada bancada do laboratório está equipada com dois diferentes tipos de equipamentos para a medição de uma determinada grandeza física. São eles: Balança analógica Cronômetro digital; Balança digital Trena; Cronômetro analógico Régua. Para se expressar as medidas corretamente é necessário o aprendizado de dois conceitos: algarismos significativos e incerteza do instrumento de medição. 4. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Suponha que se deseje medir o comprimento de uma barra AB usando uma régua graduada em centímetros. Figura 1 – Medição da haste AB (régua graduada em centímetros) LAB = 2,4 cm. Nesta indicação temos certeza quanto ao algarismo 2 (correto), no entanto, não temos certeza no algarismo 4 (duvidoso), uma vez que ele foi apenas avaliado. Se a medida da mesma barra AB fosse feita com uma régua graduada em milímetros teríamos: Figura 2 – Medição da haste AB (régua graduada em milímetros) LAB = 2,43 cm A B 0 1 2 3 A B 0 1 2 3 17 Neste caso há certeza nos algarismos 2 e 4 (corretos), mas não há certeza no algarismo 3 (duvidoso) pois ele foi apenas avaliado. Outro observador poderia ter, por exemplo, atribuído o algarismo 4 e não 3. Os números que representam uma medida são formados pelos algarismos corretos, isto é, aqueles que temos certeza de seu valor e por um algarismo duvidoso, isto é, que não temos certeza sobre seu valor. Na leitura efetuada, o operador leu: 2 unidades de centímetro com certeza 4 unidades de milímetros com certeza 3 unidades de décimos de milímetros por avaliação – isto é sem certeza. Observe que não teria nenhum sentido indicar o resultado da medida como: LAB = 2,435 cm Para indicar corretamente o resultado de uma medida deve-se utilizar o conceito de algarismo significativo. 5. EXPRESSÃO DO VALOR DE UMA GRANDEZA NUMA ÚNICA MEDIÇÃO Quando realizamos uma medição o que se deseja conhecer é o valor verdadeiro da grandeza. No entanto, o valor verdadeiro é algo que não se pode conhecer. O que se pode conhecer é o melhor valor experimental de uma grandeza. Esse melhor valor experimental pode ser obtido de diferentes formas, como por exemplo, a partir de múltiplas medições ou a partir de uma única medição do objeto ou evento que se deseja conhecer. Por enquanto, trataremos da determinação do melhor valor experimental, a partir de uma única medição. 2 4 3 CORRETOS DUVIDOSO 18 Inicialmente deve-se considerar que o melhor valor experimental está afetado de uma incerteza inerente do processo de medição. A essa incerteza chamaremos de erro sistemático. O erro sistemático está associado a um desvio nas medidas semprepara um valor maior ou menor, em relação ao valor verdadeiro. Se não conhecemos o valor verdadeiro de uma grandeza, como podemos saber que um valor medido desta grandeza está deslocado do valor verdadeiro? Não podemos medir o erro sistemático em relação ao valor verdadeiro, mas, uma verificação cuidadosa do instrumento utilizado, das condições ambientais, de detalhes nas tomadas das medidas e do modelo matemático utilizado podem indicar se as medidas realizadas estão deslocadas, sistematicamente, ou não, do valor verdadeiro. Por exemplo: se medirmos o intervalo de tempo de um fenômeno com um cronômetro que atrasa 5s em cada minuto, teremos como medida do intervalo de tempo um valor menor do que seria com um cronômetro que não atrasasse. Mas, uma vez que o cronômetro atrasa, ou seja, anda mais lento que o normal, a cada minuto transcorrido ele marcará 55s. Se o fenômeno tem um tempo real de 30s o cronômetro marcará 27,5s, assim, o tempo medido estará sempre aquém do valor real. Vários são os fatores que podem gerar um erro sistemático: a) fatores instrumentais: como no exemplo acima, um erro de calibração do instrumento pode ser fonte de erro sistemático. b) fatores ambientais: calor, campos magnéticos, radiação do ambiente, luminosidade, etc podem provocar mudança em instrumentos ou mesmo nos materiais medidos, provocando distorção nos dados experimentais. Por exemplo: o aquecimento provoca um aumento da dimensão de uma régua, deslocando toda sua escala que provocará leitura de valores menores que os reais. 19 c) fatores teóricos: quando uma equação física não descreve fielmente um fenômeno físico, ou ainda quando uma constante numérica é arredondada inadequadamente. Por exemplo: se numa operação matemática que utiliza números com precisão até a 4ª casa decimal é utilizado para valor de o número 3,14, corre-se o risco de termos um resultado subestimado porque quando considerado até a 4ª casa decimal, o valor de é maior que 3,14. d) fatores observacionais: neste caso o erro mais comum é o de paralaxe. O observador não se coloca de frente para o instrumento de medida de modo que ao combinar o ponteiro ou marca de medida com a escala gravada no instrumento, acaba lendo um valor maior ou menor que o real. Por isso, o observador deve sempre estar bem de frente para o instrumento que vai ler. Os erros sistemáticos são passíveis de correção e, desse modo, eliminados. No exemplo do cronômetro que "atrasava", acima citado, se todas as medidas foram feitas com ele, o experimentador poderia através de uma regra de três converter todos os dados subestimados para o valor real, desde que ele conheça o quanto o cronômetro atrasa. Existem, contudo, certos erros sistemáticos que não podem ser eliminados por vários motivos, como por exemplo, impossibilidade de comparação com um padrão que possa definir o quanto aquele instrumento desvia sistematicamente suas medidas. Por esse motivo, a todo instrumento associamos um erro chamado de erro sistemático residual. Esse erro pode ser classificado em vários tipos dependendo da margem de segurança que se quer da medida com aquele instrumento, sendo classificados em padrão, limite e provável. Este último não vem sendo utilizado em trabalhos científicos recentes. Respectivamente, estes erros definem intervalos dentro do qual se pode encontrar o valor verdadeiro com probabilidade de 68,27%, 100% e 50%. O mais usual é definir o erro sistemático residual de um instrumento como o erro padrão. 20 O erro limite de um instrumento é o erro dado pela menor divisão do instrumento. O erro padrão é considerado como sendo metade (1/2) ou até um terço (1/3) da menor divisão do instrumento, dependendo da qualidade do instrumento. Considerando que os erros sistemáticos mais grosseiros foram eliminados, o erro sistemático residual, busca dar uma margem de segurança dentro da qual o instrumento pode ler o valor verdadeiro de uma grandeza. No trabalho que realizaremos em nosso curso, quando for realizada apenas uma medição de uma grandeza física, adota-se como incerteza o valor igual à metade da menor divisão da escala do instrumento (ANALÓGICO) ou menor divisão da escala (DIGITAL)1. Representaremos a incerteza pela letra grega sigma minúsculo . Por exemplo: Régua graduada em milímetros Menor divisão da escala: 1,0 mm Metade da menor divisão: 0,5 mm (incerteza) Medida: (35,2 ± 0,5) mm ou (3,52 ± 0,05) cm Portanto: (Medida ± Incerteza ) Unidade de medida 1Os instrumentos com escala digital também possuem uma incerteza associada a sua resolução mas no Laboratório de Física I esta incerteza será considerada como sendo igual a sua resolução ou menor divisão da sua escala. 1 AS Nº de Casas decimais Nº de Casas decimais = 21 Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE) L02: MEDIDAS DE GRANDEZAS FÍSICAS 1. Quais são as três grandezas fundamentais da Mecânica? Para cada uma delas, escreva a unidade de base no Sistema Internacional de Unidades (SI) com os respectivos símbolos. 2. O que são Algarismos Significativos? 3. Qual a incerteza da medida de uma grandeza física ao utilizarmos um instrumento analógico? E quanto ao instrumento digital? 22 23 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L02: MEDIDAS DE GRANDEZAS FÍSICAS Grupo Turma Laboratório Bancada Data Nota RA NOME ASSINATURA REALIZANDO MEDIÇÕES Determine e represente o valor experimental das grandezas físicas indicadas, utilizando os instrumentos de medição à disposição em cada estação. Considere como referência as características dos instrumentos de medição, identificadas na aula L-01. Cada um dos componentes da equipe deve realizar a medição de cada grandeza física indicada nos quadros. MEDIÇÃO DE MASSA 1. (0,5) Instrumento de Medida: Resolução da balança analógica res = _________ g. Incerteza da balança analógica I = _________ g. Resolução da balança digital res = _________ g. Incerteza da balança digital I = _________ g. 24 2. (1,5) Massa da esfera/disco: Componente da equipe Balança analógica Balança digital Esfera Disco Esfera Disco (m ± m) g (m ± m) g (m ± m) g (m ± m) g 1 2 3 Escolha uma das medidas de massa de peça e expresse o valor da grandeza física com sua respectiva incerteza. (0,5) Expressão das medidas Balança Analógica: ( ± )g Número de A.S. da medida: Número de casas decimais: Balança Digital: ( ± )g Número de A.S. da medida: Número de casas decimais: MEDIÇÃO DE COMPRIMENTO 3. (0,5) Instrumento de Medida: Resolução da escala ou régua graduada res = _________ cm. 4. (0,5) Menor divisão da escala da leitura na régua: Incerteza da escala ou régua graduada I = _________ cm. Menor divisão da escala da leitura na trena: I = _________ cm. Resolução da trena res = _________ cm. Incerteza da trena I = _________ cm. 25 4. (1,5) Comprimento das peças de madeira: Componente da equipe Peça A Peça B Réguagraduada Trena Régua graduada Trena (l ± l) cm (l ± l) cm (l ± l) cm (l ± l) cm 1 2 3 Escolha uma das medidas da tabela acima e expresse o valor da grandeza física com sua respectiva incerteza. (0,5) Expressão das medidas Régua Graduada: ( ± ) cm Número de A.S. da medida: Número de casas decimais: Trena: ( ± ) cm Número de A.S. da medida: Número de casas decimais: MEDIÇÃO DE TEMPO 5. (0,5) Instrumento de Medida: Resolução do cronômetro analógico res = _________ s. 5. (0,5) Menor divisão da escala da leitura no cronômetro analógico: I = _________ s. Incerteza do cronômetro analógico I = _________ s. Menor divisão da escala da leitura no cronômetro digital: I = _________ s. Resolução do cronômetro digital res = _________ s. Incerteza do cronômetro digital I = _________ s. 26 6. (1,5) Período de oscilação do pêndulo simples: T1: período de uma oscilação ∆t10osc : período de dez oscilações Tmédio : média do período de dez oscilações Componente da equipe Cronômetro Analógico Cronômetro Digital T1 ( ) ∆t10osc ( ) Tmédio ( ) T1 ( ) ∆t10osc ( ) Tmédio ( ) 1 2 3 Escolha uma das medidas da tabela acima e expresse o valor da grandeza física com sua respectiva incerteza. (0,5) Expressão das medidas Cronômetro Analógico: ( ± )s Número de A.S. da medida: Número de casas decimais: Cronômetro Digital: ( ± )s Número de A.S. da medida: Número de casas decimais: 27 ANÁLISE DOS RESULTADOS GRANDEZA FÍSICA: MASSA 1. (0,5) Qual dos instrumentos de medição de massa apresentou maior variação nas medidas? Por quê? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ GRANDEZA FÍSICA: COMPRIMENTO 2. (1,5) Responda os três itens que seguem para os dois conjuntos de medições: Peça A e Peça B. a) Comparando os resultados das medidas com a escala ou régua graduada e a trena, pode-se afirmar que são parecidos entre si? Justifique. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ b) Na opinião da equipe, alguma característica da peça influenciou nas medidas obtidas? Qual? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ c) Se fosse utilizado um instrumento que apresenta maior número de casas decimais, obteria melhor resultado? Justifique. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 28 GRANDEZA FÍSICA: TEMPO 3. (0,5) Responda os dois itens que seguem considerando as medições do período de oscilação do pêndulo simples. a) As medidas com os cronômetros analógico e digital foram iguais entre si? Procure explicar eventuais diferenças. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ b) Considere apenas os valores médios dos períodos de dez oscilações Tmédio. Compare os valores de Tmédio obtidos com os dois cronômetros. Pode-se dizer que um deles é melhor que o outro? Justifique a sua resposta. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 29 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L03: ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS - A.S. Cada aluno, INDIVIDUALMENTE, deve trazer todos os exercícios (relatório) já resolvidos. Esses exercícios serão discutidos em aula. 1. OBJETIVOS DA ATIVIDADE Expressar medidas e executar operações usando o número correto de algarismos significativos; Fazer arredondamento de números usando os critérios da ABNT; Escrever números e fazer operações usando notação científica. 2. MATERIAL Roteiro disponibilizado na apostila e no moodle da disciplina. 3. CONCEITOS INICIAIS Nesta atividade retomaremos a discussão sobre a obtenção de medidas de uma grandeza, já abordada em aula anterior. No entanto, o objetivo desta aula é desenvolver a capacidade de realizar a operação com medidas, sem considerar as incertezas a elas associadas. Como apresentado na aula anterior ao se realizar a medição de uma peça com uma régua graduada em milímetros, pode-se obter: LAB = 2,43 cm A B 0 1 2 3 30 Neste caso, tem-se a certeza de que os algarismos 2 e 4 são corretos, mas não se tem certeza no algarismo 3, que é duvidoso, pois ele foi apenas avaliado. Outro observador poderia ter, por exemplo, atribuído o algarismo 4 e não 3. Já foi apresentado que os números que representam uma medida são formados pelos algarismos corretos, isto é, aqueles que temos certeza de seu valor e por um algarismo duvidoso, isto é, que não temos certeza sobre seu valor. Todos eles são considerados algarismos significativos. Na medida indicada, lê-se: 2 unidades de centímetro com certeza 4 unidades de milímetros com certeza 3 unidades de décimos de milímetros por avaliação – isto é sem certeza. Não teria sentido indicar o resultado da medida como: LAB = 2,435 cm Para indicar corretamente o resultado de uma medida sem incerteza, deve-se utilizar o conceito de algarismo significativo. O ZERO COMO ALGARISMO SIGNIFICATIVO O Algarismo zero é, em alguns casos, considerado como significativo. Exemplos Escrito entre dois algarismos é significativo. 30,507 m - 5 A.S. Escrito à esquerda de um número não é significativo. 0,000 324 m - 3 A.S. Escrito à direita de um número é significativo. 32,40 m - 4 A.S. 2 4 3 CORRETOS DUVIDOSO 31 NÚMEROS EXATOS Alguns números que aparecem em aplicações científicas são exatos, como: Números presentes nas equações físicas decorrentes de deduções matemáticas como o número 2 no denominador e no expoente da expressão para a energia cinética de uma partícula: 2mv E= 2 . Número obtido pela contagem de pequenos conjuntos de objetos ou indivíduos, por exemplo, 30 pessoas, 12 livros. Não é correto, do ponto de vista científico, dizer que a população do Brasil é de, 190 000 000 de pessoas, pois isto corresponderia a um número exato. Outros exemplos: O número = 3,141 592 654 Os números irracionais como 2, 3 A velocidade da luz c = 299 792 458 m/s A aceleração normal da gravidadeg = 9,806 65 m/s2. OBSERVAÇÕES: Considere o comprimento de uma barra seja L = 12,3 m. Ao se expressar este comprimento em centímetros, lembrando que 1 m é igual a 100 cm, a conversão seria L = 1230 cm. Esta representação, no entanto não é correta, pois apresenta quatro algarismos significativos, enquanto a medida tem três algarismos significativos. Assim, para expressar corretamente a medida devemos usar a notação científica, isto é: L= 12,3 m = 1,23 x 103 cm. 32 Na conversão de unidades deve ser mantido o número de algarismos significativos. O uso de algarismos significativos está ligado ao processo de medição que envolve o tipo de instrumento utilizado e sua sensibilidade. Não tem sentido em falar em algarismos significativos caso o número não tenha sido obtido por algum tipo de medição. Não se pode usar o conceito de algarismos significativos para números que representam avaliações ou usados como base de cálculo. Por exemplo, ao se avaliar a dimensão de comprimento de uma parede como tendo 10 m. Neste caso, não há sentido em dizer que este número tem 2 algarismos significativos, pois não houve um processo de medição para determiná-lo. Da mesma forma, não há sentido em dizer que um tanque de 5000 litros tem 4 algarismos significativos enquanto não for realizada a medição de sua capacidade. Somente após a medição e dependendo do procedimento utilizado é que se pode afirmar qual o número de algarismos significativos referentes à capacidade do tanque. OPERAÇÕES MATEMÁTICAS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO O resultado da adição ou subtração deve ser apresentado com o mesmo número de casas decimais correspondentes à parcela que tem menor número de casas decimais. Observe que só podem ser somados ou subtraídos números que correspondem a medidas do mesmo tipo de grandeza. Exemplo 1: 123,456 m + 12,13 m = 135,59 m 33 Exemplo 2: 434,57 + 67,790 23,2 525,560 = 525,6 MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO O resultado da operação de multiplicação ou divisão deve ser apresentado com o número de algarismos significativos correspondentes ao fator que tem menor número de algarismos. Exemplo: Na multiplicação de 23,8 N por 1,78452 m deve-se observar que o primeiro fator contém três algarismos significativos enquanto o segundo contém seis algarismos significativos, assim o resultado da multiplicação deverá conter apenas três algarismos significativos. A operação feita na calculadora fornece: 23,8 x 1,784 52 = 42,471 576. Tal resultado não tem significado, pois apresenta muitos algarismos significativos. O resultado correto é: 23,8 N x 1,78452 m = 42,5 N.m ARREDONDAMENTO DE NÚMEROS - NORMA TÉCNICA NBR 5891 Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado for inferior a 5, o último algarismo a ser conservado permanecerá sem modificação. Exemplo: 1,2324 - Arredondado à primeira decimal: 1,2324. Torna-se: 1,2. 34 Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado for superior a 5, ou, sendo 5, for seguido de no mínimo um algarismo diferente de zero, o último algarismo a ser conservado deverá ser aumentado de uma unidade. Exemplos: 1,6666 - arredondado à primeira decimal: 1,6666 Torna-se: 1,7. 4,8505 - arredondado à primeira decimal: 4,8505 Tornar-se: 4,9. 9,95001 - arredondado à primeira decimal: 9,95001 Tornar-se: 10,0. Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado for 5, seguido de zeros, dever-se-á arredondar o algarismo a ser conservado para o algarismo par mais próximo. Consequentemente, o último a ser retirado, se for ímpar, aumentará uma unidade. Exemplo: 4,7500 - arredondado à primeira decimal: 4,7500 Tornar-se: 4,8. Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado for 5, seguido de zeros, ele permanecerá sem modificação se for par o algarismo a ser conservado. Exemplo: 4,8500 - arredondado à primeira decimal: 4,8500 Tornar-se: 4,8. 35 Observação: Nem sempre é possível fazer arredondamento para um número arbitrário de decimais. Por exemplo, o número 0,000346 não pode ser arredondado até a primeira, segunda ou terceira decimal. O arredondamento máximo deverá ocorrer na quarta decimal, isto é: 0,0003. NOTAÇÃO CIENTÍFICA As medidas de grandezas na Ciência podem levar a números extraordinariamente grandes, como a massa da Terra: 5 980 000 000 000 000 000 000 000 kg Ou a números muito pequenos: 0,00000000798 m de comprimento. Para representar tais números, faz-se uso da notação científica utilizando-se de potências de 10. Qualquer número N pode ser escrito como um número A, maior ou igual a 1 e menor que 10, multiplicado por uma potência B inteira positiva ou negativa do número 10. N = A x 10 B Exemplos: 5 980 000 000 000 000 000 000 000 kg = 5,98 x 1024 kg 0,00000000798 m = 7,98 x 10-9 m O uso da notação científica é conveniente para: Representar corretamente o resultado de uma medida utilizando todos os algarismos significativos; Facilitar cálculos numéricos; Permitir mudanças de unidades sem alterar a precisão da medida efetuada. 36 REGRAS PRÁTICAS NÚMEROS MAIORES QUE 10 Uma vez localizada a vírgula do número decimal, desloque-a para a esquerda até o primeiro algarismo não nulo. O número de casas deslocadas fornece a potência de 10 da notação científica. Exemplos: 436 789 = 4,36789 x 105 72 000, 567 = 7,2000567 x 104 NÚMEROS MENORES QUE 10 Uma vez localizada a vírgula do número decimal, desloque-a para a direita até o primeiro algarismo não nulo. O valor negativo do número de casas deslocadas fornece a potência de 10 da notação científica. Exemplos: 0,436789 = 4,36789 x 10-1 0,000324 = 3,24 x 10-4 OPERAÇÕES MATEMÁTICAS ADIÇÃO OU SUBTRAÇÃO Dados dois números X e Y para efetuar a adição ou a subtração devemos, inicialmente, representá-los usando potência de base dez, com expoentes iguais e, a seguir, faz-se a operação com a parte significativa do número. Exemplo: Para somar os números X = 356, 797 e Y = 4 315,67 escreve-se: X = 3,56797 x 102 e Y = 43,1567 x 102 X + Y = (3,56797 + 43,1567) x 102 = 46,7246 x 102 = 4,67247 x 103 37 MULTIPLICAÇÃO Dados dois números X e Y para efetuar a multiplicação devemos, inicialmente, representá-los na notação científica. A seguir, fazemos a operação com a parte significativa do número, multiplicando o resultado pelo número 10, com a potência obtida pela soma das potências de 10, dos números X e Y, em sua notação científica. Exemplo 1: Para multiplicar os números X = 356, 797 e Y = 4 315,67 escreve-se: X = 3,56797 x 102 e Y = 4,31567 x 103 X x Y = 3,56797 x 102 x 4,31567 x 103 = 15,3981810899 x 102 + 3 = = 15,39818 x 105 = 1,53982 x 106 Exemplo 2: Para multiplicar os números X = 0,0000356797 e Y = 4 315,67 escrevemos: X = 3,56797 x 10-5 e Y = 4,31567 x 103 X x Y = 3,56797 x 10-5 x 4,31567 x 103 = 15,3981810899 x 10-5 + 3 = 15,39818 x 10-2 = 1,53982 x 10-1 DIVISÃO Dados dois números X e Y para efetuar a divisão devemos, inicialmente, representá-los na notação científica; a seguir fazemos a operação com a parte significativa do número multiplicando oresultado pelo número 10, com a potência obtida pela diferença entre potências de 10, dos números X e Y em sua notação científica. Exemplo 1: Para dividir os números X = 356, 797 e Y = 4 315,67 escrevem-se: X = 3,56797 x 102 e Y = 4,31567 x 103 38 X /Y = 3,56797 x 102 / 4,31567 x 103 = 0,826748 x 102 - 3 = 0,826748 x 10-1 = 8,26748 x 10-2 Exemplo 2: Para dividir os números X = 4 315,67 e Y = 0,0000356797 escrevem-se: X = 4,31567 x 103 e Y = 3,56797 x 10-5 X / Y = 4,31567 x 103 / 3,56797 x 10-5= 1,20956 x 103 – (-5) = 1,20956 x 103 – (-5) = 1,20956 x 103 +5 = 1,20956 x 108 POTENCIAÇÃO Dado o número X em sua representação científica para efetuar sua potenciação elevamos a parte significativa do número à potência indicada, multiplicando-a pelo número 10 elevado à potência obtida pelo produto entre a potência de 10 do número em sua representação científica e a potência indicada. Exemplos: Dado X = 4,31567 x 103 X3= (4,31567 x 103)3= 4,31567 3 x 103 x 3 = 80,37939 x 109 = 8,03794 x 1010 X4= (4,31567 x 103)4 = 4,315674 x 103 x 4 = 346,8909 x 1012 = 3,46891 x 1014 RADICIAÇÃO Dado o número X em sua representação científica, para extrair a raiz de ordem n, inicialmente escrevemos o número usando a potência de 10, múltiplo de n, a seguir efetuamos a raiz da parte significativa desta representação multiplicando o resultado pelo número 10, elevado à potência obtida pelo quociente entre a potência de 10 obtida e o número n. 39 Exemplos: Dado X = 4,31567 x 105 = 43,1567 x 104 22 4 4 1056938,6101567,43101567,43 xxxX 1055700,75699978,7510567,43110567,431 3 3 33 33 xxxX ORDEM DE GRANDEZA "A Ordem de Grandeza de um número é a potência de 10, mais próxima deste número". É uma forma de avaliação rápida, do intervalo de valores em que o resultado deverá ser esperado. Para se determinar com facilidade a ordem de grandeza, deve-se escrever o número em notação científica (isto é, na forma N = A x 10 B) e verificar se A é maior ou menor que (10) 1/2, ou seja, 10 . Se 162278,310 X a ordem de grandeza será: OG = 110 B Se 162278,310 X a ordem de grandeza será: OG = B10 Exemplos: 267,3456 = 2,673456 x 102 OG = 102 867,3456 = 8,673456 x 102 OG = 103 PREFIXOS Os múltiplos e submúltiplos das unidades SI, identificados pelos seus respectivos prefixos, devem ser verbalizados por completo, ou seja, com o prefixo mais a unidade da grandeza correspondente. 40 Isto se justifica pelo fato de que é comum encontrar pessoas que ao se referirem, por exemplo, a uma quantidade de massa igual a 14,5 kg a identificam como “14,5 quilos” o que é incorreto. Cabe lembrar que unidades em múltiplos daquelas do Sistema Internacional são consideradas unidades deste sistema. Por exemplo: MPa mega pascal, é múltiplo da unidade pascal; pF pico farad é um submúltiplo da unidade farad; GHz gigahertz é múltiplo da unidade hertz; mN milinewton é submúltiplo da unidade newton; cm centímetro é submúltiplo da unidade metro. Para mais múltiplos de grandezas, veja Rozemberg (2006), página 65. Referência: ROZENBERG, I.M. O Sistema Internacional de Unidades – SI. 3ª ed. São Paulo: Instituto Mauá de Tecnologia. 2006. 116p. 41 Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE) L03: ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS – A.S. 1. O algarismo zero é sempre considerado como um algarismo significativo? Justifique e dê exemplos. 2. Ao convertermos a unidade de uma grandeza física devemos manter o número de algarismos significativos? Cite dois exemplos. 3. Como devemos apresentar o resultado de uma adição e de uma subtração? E quanto a multiplicação e divisão? 42 4. Como represento a medida de uma grandeza física em notação científica? Qual a finalidade de seu uso? 43 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L03: ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Grupo Turma Laboratório Equipe Data Nota RA NOME ASSINATURA 1. Determine o número de algarismos significativos de: a) 23,894 N b) 15,780 000 cm c) 0,003 456 kg d) 1,456 x 10-3 Pa 2. Calcule o perímetro de um polígono cujos lados são 5,78 cm, 4,7cm, 6,891 cm e 3,2 cm. 3. Um cubo tem aresta a = 2,456 cm. Calcule: a) Área de cada face. b) A área total. 44 4. Uma esfera tem raio R = 0,456 cm. a. Calcule o volume (V = 4R3/3). b. Expresse os resultados anteriores em m3. 5. Para a determinação da aceleração da gravidade num ponto mediu-se o período de oscilação T de um pêndulo simples de comprimento L. Sabendo que g = 42L /T2, Calcule o valor g para: L = 1,250 m e T = 2,23 s. 6. O Índice de Massa Corporal (IMC) é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. O IMC é calculado dividindo a massa (em kg) pela altura (em m) ao quadrado. Calcule o IMC de um dos componentes da sua equipe. 45 7. Faça o arredondamento dos números abaixo até a casa decimal indicada: a. Terceira: 7,895505 b. Primeira: 78,855 c. Segunda 78,8550 d. Segunda 0,00156 8. Represente os números abaixo usando a notação científica: a. 56 778,879 b. 78 875 567 345 c. 0,00003456 d. 0,03467 9. Efetue as operações indicadas: a. 7,55 x 104 + 1,22 x 104 = b. 1,33 x 10-3 x 2,44 x 102 = c. 1,33 x 10-3 : 2,44 x 10-5 = 10. Calcule e represente o resultado em notação científica: a. (7,8 x 10-3) 2 = b. (4,2 x 10-2)-3 = c. 46784,23x10 = 11. Determine a ordem de grandeza dos números: a. 256 783 654 128 b. 0,00026782 c. 856 783 654 128 d. 0,00056782 46 12. Represente as grandezas abaixo, usando os prefixos convenientes: a. 256 783 N b. 0,00026782 C c. 7,55 x 103 Pa d. 7,55 x 10-4 Pa 47 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L04: MESA DE FORÇA 1. OBJETIVOS DA ATIVIDADE Verificar experimentalmente o equilíbrio estático de forças e a sua caracterização a partir dos vínculos que agem no sistema. Identificar a força resultante R e a força equilibrante E num sistema de forças convergentes. Determinar analiticamente parâmetros de situações de equilíbrio estático. Determinar o erro percentual entre resultados experimentais e resultados analíticos, de situações de equilíbrio estático. 2. MATERIAL Mesa de força; Corpos com massas identificadas e respectivos suportes; Balança digital. 3. CONCEITOS INICIAIS Os fundamentos teóricos utilizados nesta experiência já foram estudados e aplicados nas aulas de teoria e exercícios. A condição básica para o equilíbrio de forças que convergem num único ponto é: 0... 21 1 RFFFF n n i (1) 48 Para um sistema de duas forças, pode-se encontrar uma terceira força, que somada às duas anteriores, equilibra o sistema. Esta força é denominada força equilibrante E . 0 21 EFF (2) A resultante das forças 1 F e 2 F , é R . Portanto, sendo21 FFR , pode-se concluir que: 0 ER ER Assim, a força resultante possui mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto da força equilibrante. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1. Nivelar a mesa de força. Após o nivelamento não mude a posição da mesa, o que pode tirá-la do nível. 2. Pendurar em cada fio as massas indicadas no QUADRO 1. Caso o valor nominal da carga sugerida não seja obtido, utilize o valor da medição que mais se aproxima do valor nominal e anote-o no QUADRO 1. 3. Posicionar os fios 1, 2 ou 3 conforme o ângulo especificado no QUADRO 1. Os ângulos devem ser medidos a partir da graduação zero do disco (sentido anti-horário). 4. Fixar a polia no disco por onde passa o fio após ter a direção localizada. 5. Estabelecer o equilíbrio estático. O equilíbrio será estabelecido quando o “anel” ou “nó” estiver centralizado na mesa de força. 6. Anotar nos campos em branco do QUADRO 1 os resultados obtidos. 49 7. Na Atividade 2: a. Representar o DCL para o anel central para cada experimento realizado. b. Escolher um sistema conveniente de eixos cartesianos e determinar a projeção dos vetores das 3 forças que agem no anel. c. Determinar analiticamente o ângulo e a força equilibrante das situações propostas. d. Para cada resultado obtido experimentalmente, ângulo e força, e o correspondente obtido analiticamente, determinar o erro percentual, definido por: 100. calculadoValor alexperimentValor calculadoValor % (3) 50 Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE) L04: MESA DE FORÇA 1. Qual a condição para o equilíbrio de forças convergentes? 2. Defina Força Equilibrante ( E ). Correlacione-a com Força Resultante. 3. Para a realização do experimento a mesa de força deverá ser nivelada para posteriormente prendermos os corpos com suas respectivas massas e posições indicadas no experimento. Como conseguiremos verificar experimentalmente a situação de equilíbrio? 51 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L04: MESA DE FORÇA Grupo Turma Laboratório Equipe Data Nota RA NOME ASSINATURA Atividade 1 (3,0) - COLETA DE DADOS QUADRO 1 – Condições das situações de equilíbrio a serem reproduzidas experimentalmente Experimento Fio Massa (g) Força correspondente ao peso da massa (N) º 1 1 105,0 0 2 55,0 90 3 2 1 105,0 0 2 100 3 230 OBS.: a) A força peso é dada por P = m.g, sendo g = 9,81m/s2. b) Lembre-se que 1 N = 1 kg.m/s2. 52 Atividade 2 – ANÁLISE DOS DADOS EXPERIMENTO 1 1. Represente no QUADRO 2, os dados obtidos no experimento 1. QUADRO 2 - Dados relativos ao experimento 1 de equilíbrio. Fio Massa (g) Força correspondente ao peso da massa (N) º 1 105,0 1,03 0 2 55,0 0,540 90 3 OBS.: A força no fio 3 corresponde ao valor da força que equilibra as forças F1 e F2. Esta força F3 é conhecida como equilibrante. A configuração experimental do equilíbrio desta situação é apresentada na Figura. Figura 1 – Configuração de equilíbrio do experimento realizado na Mesa de Força. Figura 2 – Representação dos vetores e sistema de eixos para o experimento. 2. Determine analiticamente, os valores da massa (m3) e do ângulo (ɵ3) que colocam a situação experimental 1 em equilíbrio. Lembre-se que se há equilíbrio, a equação (1) deve ser satisfeita. Indique todos os cálculos efetuados para a obtenção desses resultados. Equacionando o equilíbrio da situação da Figura 1, para um diagrama cartesiano com eixo x coincidente com a força a 0º, como indicado na Figura 2, tem-se: 53 0 1 n i i FR 0 321 FFFR 0 0 32 0 1 3 0 21 yyy xxx FFF FFF 0 0 32 31 yy xx FF FF 0540,0 0030,1 3 3 y x F F 0540,0 0cos030,1 3 3 senF F 540,0 030,1cos 3 3 senF F 030,1 540,0 cos 3 3 F senF 5242,0tg 5238,0arctg 66,27 28 Como se pode observar, o vetor deve estar no 3º quadrante, uma vez que suas componentes são negativas. Portanto, devemos somar ao ângulo encontrado 180º, o que dá: 208' Substituindo em x, teremos: 030,1208cos 3 F 030,1)8829,0( 3 F NF 167,1 3 54 Para g=9,81m/s2, teremos: gm 91,118 3 , portanto, gxm 2 3 1019,1 3. (1,0) Determinação do Erro Percentual entre os valores obtidos no experimento e os valores calculados. A partir dos dados obtidos no Experimento 1, determine o erro percentual para a massa 3 e o ângulo 3. QUADRO 3 – Erro percentual entre valores obtidos experimentalmente e analiticamente. Valor Calculado Valor Experimental E% m3 (kg) 3 EXPERIMENTO 2 1. Represente no QUADRO 4, os dados obtidos no experimento 2. QUADRO 4 (1,0) - Dados relativos ao experimento 2 de equilíbrio (EXPERIMENTAL) Fio Massa (g) Força correspondente ao peso da massa (N) º 1 105,0 0 2 100 3 230 OBS.: A força no fio 3 corresponde ao valor da força que equilibra as forças F1 e F2. Esta força F3 é conhecida como equilibrante. 55 (0,5) Represente o DCL referente ao experimento 2. 2. (3,0) Determine analiticamente, os valores das massas que colocam a situação experimental 2 em equilíbrio. Lembre-se que se há equilíbrio, a equação (1) deve ser satisfeita. Indique todos os cálculos efetuados para a obtenção desses resultados. F1 F1x F2 F2x F3 F3x F1y F2y F3y 56 QUADRO 5 – Resultado para a determinação analítica dos valores do experimento 2 (CALCULADO) Fio Massa (g) Força correspondente ao peso da massa (N) º 1 105,0 0 2 100 3 230 OBS.: A força no fio 3 corresponde ao valor da força que equilibra as forças F1 e F2. Esta força F3 é conhecida como equilibrante. 3. (1,0) Determinação o Erro Percentual entre os valores obtidos no experimento e os valores calculados. QUADRO 6 – Erro percentual entre valores obtidos experimentalmente e analiticamente. Valor Calculado Valor Experimental E% m2 (kg) m3 (kg) 57 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L05: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA DE UMA MOLA Cada equipe deve trazer uma folha de papel milimetrado 1. OBJETIVOS Determinar experimentalmente a constante elástica de uma mola pela Lei de Hooke. 2. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Adquirir habilidade na construção de gráficos em papel milimetrado. Determinar parâmetros a partir de gráficos lineares. 3. INTRODUÇÃO O objetivo deste experimento é determinar a constante elástica deuma mola. Diversas medições serão realizadas, variando-se o valor de uma das grandezas física envolvida. Esse conjunto de dados permitirá a construção de um gráfico a partir do qual o resultado desejado será obtido. 58 4. PARTE EXPERIMENTAL 4.1. DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA PELA LEI DE HOOKE Quando um corpo está preso a uma mola deformada, a força de contato que a mola exerce no corpo chama-se força elástica. A intensidade da força elástica é dada pela lei de Hooke, por: xkF (1) Na equação (1), k é a constante elástica da mola e Δx sua deformação. O sinal negativo indica que a força restauradora tem sentido contrário à deformação provocada na mola. Neste experimento é importante que o regime elástico seja obedecido, não só pela limitação imposta pelo modelo matemático da linearidade, mas também para que não haja deformações permanentes causadas nas molas, caso o limite elástico seja ultrapassado. 4.2 MATERIAIS DO EXPERIMENTO Haste Universal Mola helicoidal Trena Balança digital Corpos de massa definida 59 4.3 ESQUEMA DO EXPERIMENTO A montagem experimental está indicada na Figura 1. 4.4 PROCEDIMENTO 1. Fixar a mola no suporte universal e medir seu comprimento natural sujeita apenas ao peso próprio. Registrar a medida. 2. Usando as massas e o suporte de massas, aplicar uma força na extremidade da mola e registrar sua respectiva deformação. Este procedimento deve ser repetido cinco vezes, com diferentes valores de massas. Registrar as respectivas deformações, organizando os dados numa tabela. Mantenha as deformações dentro do regime elástico, não ultrapassando 50,00 cm para a deformação. No cálculo da força aplicada à mola, considere g = 9,81 m/s2. 3. Construa, em papel milimetrado, o gráfico da força elástica em função da respectiva deformação da mola e, a partir do gráfico considerando a lei de Hooke, determine a constante elástica da mola. Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE) Figura 1 - Equipamento usado para determinação da constante elástica da mola, pela lei de Hooke 60 L05: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA DE UMA MOLA 1. O que representa a constante elástica de uma mola? O seu valor depende de quais características da mola? Qual a unidade da constante? 2. Neste experimento a constante elástica da mola será obtida com o auxílio de uma lei física. Qual é essa lei? Escreva-a matematicamente definindo cada grandeza física envolvida. 3. Qual o gráfico que deverá ser construído neste experimento? Qual o tipo de papel necessário? Qual a grandeza física que será determinada através deste gráfico? LABORATÓRIO DE FÍSICA I 61 L05: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA DE UMA MOLA Grupo Turma Laboratório Equipe Data ___/___/___ Nota RA NOME ASSINATURA Atividade 1 (3,0) – Determinação da constante elástica da mola utilizando a Lei de Hooke. Determine a posição da mola quando não submetida a nenhum esforço e, depois, quando submetidas aos esforços correspondentes às cargas. Comprimento da mola sem estar submetida a esforço x0 = ( ) m Tabela 1 – Força e elongação sofrida pela mola. n Massa (kg) Força (N) x (m) ∆x= (x-x0) (m) 1 2 3 4 5 6 (5,0) Construa o gráfico da força em função da elongação da mola e determine a constante elástica da mola. 62 Módulo da constante elástica determinada pelo gráfico (2,0) k = ( ) N/m 63 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L06: APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO 1. OBJETIVOS Determinar experimentalmente a constante elástica de uma mola. Determinar experimentalmente as componentes da força de reação num pino articulado. 2. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Aplicar o equilíbrio de translação e de rotação. 3. INTRODUÇÃO TEÓRICA Para que um corpo esteja em equilíbrio estático, a resultante de todas as forças externas que nele atuam deve ser nula e o torque resultante de todas as forças externas também deve ser nulo. Assim, as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um corpo rígido são: 1ª Condição de Equilíbrio: 0 extext FR (equilíbrio de translação) 2ª Condição de Equilíbrio: 0 extext (equilíbrio de rotação) Quando um corpo está sujeito a um sistema de forças no plano Oxy, como no experimento que será realizado, as forças podem ser decompostas em seus componentes x e y. Consequentemente, as condições de equilíbrio apresentadas acima podem ser escritas como: 64 1ª condição de equilíbrio: 0 0 y x F F 2ª condição de equilíbrio: 0O Os somatórios xF e yF representam as somas algébricas dos componentes x e y das forças que atuam no corpo e O representa a soma algébrica dos torques das forças em relação ao um eixo perpendicular ao plano Oxy, passando pelo ponto arbitrário pólo O, que pode pertencer ao corpo ou estar fora dele. Para determinar o momento de uma força utiliza-se Fr OO , com módulo MO = Fl O . , sendo: MO = O= Momento da força em relação ao pólo O l = braço da força F = Força aplicada O = Polo em relação ao qual será determinado o torque O valor positivo do torque é considerado como aquele provocado por uma força que age no sentido anti-horário, em relação ao pólo - . 65 4. PARTE EXPERIMENTAL 4.1. MATERIAIS DO EXPERIMENTO Balança digital Corpo de massa definida Trena Mola helicoidal Corpo para equilíbrio estático 4.2. ESQUEMA DO EXPERIMENTO Figura 1 - Equipamento usado no estudo do equilíbrio do corpo rígido 66 4.3. PROCEDIMENTO 1. Medir o comprimento da haste. Registre na Tabela. 2. Medir o comprimento x0 da mola sem carga. Anote na Tabela. 3. Medir a massa da haste horizontal, descontando a massa do suporte deslizante que está gravada na própria peça. 4. Medir a massa da carga que será pendurada na haste: Carga Q = massa dos massores + suporte dos massores + suporte deslizante 5. Montar o arranjo experimental, como indicado na Figura 1, fixando a mola no furo intermediário mais distante do pino A. 6. Medir o comprimento da mola distendida. 7. Localizar a posição d da carga Q, em relação ao pino A, de modo que a haste permaneça na horizontal. 8. Realizar as medições necessárias para se determinar a constante elástica da mola, pela condição de equilíbrio estático do corpo rígido. 67 Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE) L06: APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO 1. Quais são as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um corpo rígido? 2. Como determinamos o momento de uma força? Defina cada uma das grandezas físicas envolvidas.3. Quais as grandezas físicas referentes à mola que serão determinadas neste experimento? E quanto ao pino? 68 69 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L06: APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO Grupo Turma Laboratório Equipe Data ___/___/___ Nota RA NOME ASSINATURA Atividade 1 (3,0) – Dados da haste em equilíbrio horizontal. Grandezas Físicas Medidas (unidades S.I.) Comprimento da haste Comprimento da mola sem carga Comprimento da mola distendida Posição da carga Q em relação ao pino articulado Massa do suporte deslizante Massa da haste (sem o suporte deslizante) Peso da haste Massa dos massores 70 Massa do suporte dos massores Massa da carga Q Peso da carga Q ângulo θ (entre direção da mola e haste horizontal) Cat. oposto = Cat. Adjacente= θ = (1,0) Diagrama de Corpo Livre para a haste horizontal (1,0) Identifique o polo e um sistema Oxy, para a representação das forças. 71 Atividade 2 (3,0) – Determine a força elástica da mola (Fel) e a força de reação no pino A (Ax e Ay). Use as condições de equilíbrio de translação e de rotação. Atividade 3 (2,0) – A partir do valor da força elástica, determine a constante elástica da mola (k). 72 73 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L07: ANÁLISE DIMENSIONAL Cada aluno, INDIVIDUALMENTE, deve trazer todos os exercícios já resolvidos. Esses exercícios serão discutidos em aula. 1. OBJETIVOS DA AULA Apresentar os conceitos básicos da Análise Dimensional. Aplicar os conceitos da homogeneidade dimensional. Indicar como se realiza a previsão de equações físicas. Reconhecer alguns exemplos de aplicação em engenharia. 2. MATERIAL DE AULA Roteiro disponibilizado na apostila e no moodle da disciplina. 3. CONCEITOS INICIAIS Análise Dimensional é o estudo de grandezas físicas a partir de um conjunto de grandezas, que formam um sistema coerente de unidades. A Análise dimensional permite deduzir a relação entre as grandezas físicas que participam de um fenômeno e expressá-la na forma de uma equação física. GRANDEZA FÍSICA É toda entidade física observável susceptível de uma definição quantitativa. 74 MEDIÇÃO Medir uma grandeza física significa compará-la com um padrão dessa grandeza, de mesma natureza, definida como a unidade da medida. O resultado desta comparação é denominado MEDIDA da grandeza. Após a medição, associa-se à grandeza um número que indica quantas vezes a grandeza medida é maior ou menor que a unidade de medida. Assim, pode-se expressar a grandeza física como o produto de um número m(G) (obtido pela medição) pela unidade de medida da grandeza U(G). G = m(G). U(G) (1) Exemplo: Dizer que o comprimento L de uma barra é 6,63 metros, isto é L = 6,63 m, significa dizer que o comprimento da barra é 6,63 vezes maior que a unidade de comprimento definida como sendo 1 metro. A grandeza física é L, o resultado da medição é m(L) = 6,63 e a unidade da medida é U(L) = m. SISTEMA DE UNIDADES Sistema de unidades é qualquer conjunto de unidades de grandezas físicas convenientemente escolhidas. Se as unidades das grandezas físicas escolhidas forem independentes entre si, o sistema de unidade é dito coerente. As grandezas de um sistema coerente de unidades que, por meio de combinações, permitem gerar as outras grandezas são denominadas fundamentais e as grandezas geradas pelas fundamentais são denominadas derivadas. 75 O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES – SI O Sistema Internacional de Unidades - SI – é um sistema coerente formado por sete unidades fundamentais cujas definições podem ser encontradas no livro O sistema internacional de unidades - SI (ROZEMBERG, 2006). Essas grandezas estão representadas no QUADRO. QUADRO 1 – Grandezas do Sistema Internacional de Unidades - SI Grandeza fundamental Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Temperatura kelvin K Corrente elétrica ampère A Quantidade de matéria mol mol Intensidade luminosa candela cd Em Rozemberg (2006) pode-se encontrar todas as regras de grafia, plural e observações pertinentes a adoção do SI. FÓRMULA DIMENSIONAL E EQUAÇÃO DIMENSIONAL o Lei física. Tratando-se de uma ciência natural a Física baseia-se em leis fundamentais, de caráter experimental, que expressam a relação entre as grandezas que participam de um fenômeno observado. Por exemplo, a segunda lei de Newton afirma que a força aplicada a um corpo em movimento é diretamente proporcional à sua massa e, também, é diretamente proporcional à aceleração que o corpo adquire. Pode-se assim escrever: F m isto é, a força é diretamente proporcional à massa; F a isto é, a força é diretamente proporcional à aceleração. 76 Assim, a força é proporcional ao produto das duas grandezas: F ma A representação anterior é uma lei física. Observe que ela contém o símbolo de proporcionalidade . o Equação física As ciências naturais exatas permitem escrever a lei física numa equação física que permite obter uma relação entre as medidas das grandezas que participam do fenômeno. Para tanto, é necessária a introdução de uma constante de proporcionalidade, F = k.m.a (1) A constante de proporcionalidade depende da escolha do sistema de unidades e da definição das grandezas. No caso da equação (1) k = 1 e, portanto, F = m.a (2) Esta é uma equação física que indica que a variável F associada à força é uma função das duas variáveis m e a, associadas respectivamente à massa e à aceleração, isto é F = f (m,a) podendo-se assim usar os recursos matemáticos. o Símbolo dimensional O símbolo dimensional de uma grandeza derivada é indicado por uma letra que representa a grandeza colocada entre colchetes, isto é: Símbolo dimensional da grandeza G: [G] É convenção, introduzida por J. C. Maxwell (1831-1879), físico escocês que elaborou as famosas equações do eletromagnetismo, indicar os símbolos das grandezas fundamentais sem a colocação de colchetes. Os símbolos 77 dimensionais das grandezas fundamentais do SI, escolhidos por convenção são mostrados no QUADRO : QUADRO 2 – Grandezas da base do SI com seus respectivos símbolos dimensionais Grandeza fundamental Símbolo dimensional Comprimento L Massa M Tempo T Temperatura Corrente elétrica I Quantidade de matéria N Intensidade luminosa I0 o Fórmula dimensional. Toda grandeza física pode ser expressa pelo produto de uma constante numérica por potências das grandezas fundamentais. Para o Sistema Internacional: G = k M L T I N I0 Exemplo: 2 2 dt xd m dt dv mmaF [F] = [m].[a] = M.L.T-2 o Dimensão de uma grandeza física A dimensão de uma grandeza física emrelação a uma grandeza fundamental é o valor de expoente da grandeza fundamental na fórmula dimensional. 78 Exemplo: [F] = M.L.T-2 A dimensão da força em relação à massa M é 1, em relação ao comprimento L é 1, em relação ao tempo T é -2 e 0 em relação às demais unidades do SI. HOMOGENEIDADE DIMENSIONAL Uma equação física é homogênea se todos os termos da equação tiverem a mesma dimensão em relação a uma mesma grandeza fundamental. Princípio da Homogeneidade Toda equação física verdadeira é dimensionalmente homogênea Observe que o inverso não é verdadeiro, isto é, uma equação pode ser dimensionalmente homogênea e, no entanto, não ter significado físico. Exemplo: A conservação de energia mecânica relacionando a energia potencial gravitacional com a energia cinética de um anel de raio R em movimento combinado de translação e rotação fornece a equação: 22 22 Imv mgh (2) A equação (2) tem três termos, sendo m a massa do corpo, g a aceleração da gravidade, h altura, v a velocidade, I momento de inércia (I = mR2) e a velocidade angular. 79 As fórmulas dimensionais das grandezas envolvidas na equação são: [m] = M [v] = L T-1 [g] = L T-2 [I ] = M L2 [h] = L [] = T-1 Assim: 22 Ivmhgm M.L.T-2.L = M.(L.T-1)2 = M.L2.(T-1)2 M.L2.T-2 = M.L2.T-2 = M.L2.T-2 Todos os termos da equação têm a mesma dimensão, indicando que a equação é homogênea. Deve-se observar que as constantes numéricas não participam na análise dimensional. PREVISÃO DE FÓRMULAS FÍSICAS Após a análise experimental, que indica quais variáveis participam de um fenômeno físico, o princípio da homogeneidade permite, de forma limitada, proceder à previsão de equações físicas. Se uma grandeza G num fenômeno físico depende das grandezas X, Y e Z, é possível, em alguns casos, determinar-se a forma funcional desta dependência na forma de um monômio: cba ZYkXXYXfG ..),,( Note que k é uma constante de proporcionalidade sem dimensão que nunca pode ser determinada pela Análise Dimensional. 80 Exemplo: A velocidade de propagação de uma onda mecânica num fio depende da densidade linear de massa do fio , isto é, a massa por unidade de comprimento e da força de tração F a que está submetido o fio. Assim: v = f (F,) v = k.Fa.b Como a equação é dimensionalmente homogênea: [v] = [F]a.[]b Desde que: [v] = L.T-1, [F] = M.L.T-2 e [] = M.L-1, tem-se: L.T-1 = [M.L.T-2]a.[M.L-1]b Ou: L.T-1 = Ma.La.T–2a.Mb.L-b L.T-1 = Ma+b.La-b.T–2a Assim: 12 1 0 a ba ba O sistema fornece a = ½ e b = - ½. Logo: FkkFv // 2121 A constante adimensional k é determinada experimentalmente, sendo k = 1. Portanto a velocidade de propagação de uma onda mecânica num fio com densidade linear de massa ., mantido sob força de tração F é dada por: 81 F kv EXEMPLO DE APLICAÇÃO NA ENGENHARIA. Usa-se a Análise Dimensional em projetos de Engenharia nos quais existem a necessidade de se prever o comportamento de estruturas, máquinas, dispositivos, sistemas naturais como escoamentos de fluidos. Na vida real para que se solucionem problemas na Engenharia, é necessária uma combinação de análise através de um modelo matemático e informação experimental através de medições para obtenção de resultados. Quando o teste experimental de um protótipo em escala real se torna impossível ou muito caro (como normalmente acontece), a única opção viável para solucionar o problema é através de medições em modelos reduzidos. Referência ROZENBERG, I.M. O Sistema Internacional de Unidades – SI. 3ª ed. São Paulo: Instituto Mauá de Tecnologia. 2006. 116p. OLIVEIRA, A. Análise Dimensional. 1ª ed. São Paulo: Escola de Engenharia Mauá, 1979 82 Perguntas Preparatórias do Experimento (PPE) L07: ANÁLISE DIMENSIONAL 1. O que é Análise Dimensional? Qual a finalidade de seu estudo? 2. Defina Símbolo Dimensional. Quais são os símbolos dimensionais das grandezas fundamentais do S.I.? 3. Defina Fórmula Dimensional. Expresse-a para o S.I. 83 4. O que é dimensão de uma grandeza física? 5. Qual a condição para uma equação física ser homogênea? O que diz o Princípio da Homogeneidade? 84 85 LABORATÓRIO DE FÍSICA I L07: ANÁLISE DIMENSIONAL Grupo Turma Laboratório Equipe Data Nota RA NOME ASSINATURA DEFINIÇÕES 1. Qual a definição da unidade fundamental metro? 2. Qual a definição da unidade fundamental segundo? 3. Qual a definição da unidade fundamental quilograma? 86 FÓRMULA DIMENSIONAL 4. Escreva as fórmulas dimensionais das seguintes grandezas mecânicas, usando como base as grandezas: comprimento L, massa M e tempo T. a) Velocidade b) Aceleração c) Força d) Área e) Pressão f) Energia g) Trabalho h) Potência i) Freqüência j) Massa específica k) Volume l) Velocidade angular 5. As unidades das grandezas abaixo recebem, no Sistema Internacional, nomes especiais. Escreva o nome destas unidades no SI e expresse-as nas unidades de base. a) Força b) Frequência c) Pressão d) Calor e) Trabalho f) Potência 87 6. a) Partindo da equação de estado dos gases ideais PV = nRT, onde P é a pressão, V o volume, T a temperatura absoluta e n o número de mols, expresse a unidade da constante universal dos gases R em termos das unidades fundamentais do Sistema Internacional. b) Pesquise a equação física que representa a Lei da Gravitação Universal de Newton e expresse a unidade da constante da gravitação universal G em termos das unidades fundamentais do Sistema Internacional. 88 PRINCÍPIO DA HOMOGENEIDADE 7. As equações abaixo são propostas para descrever o comportamento de gases reais, relacionando as variáveis de estado: volume V, pressão P e temperatura T. Expresse, em cada equação, as unidades das constantes a, b, c e k em termos das unidades fundamentais do SI. a) Equação de Van der Waals: kTbV V a P 2 b) Equação de Berthelot: kTbV TV a P 2 89 GRUPOS ADIMENSIONAIS 8. Para permitir uma melhor análise de fenômenos físicos é conveniente combinar grandezas físicas que participam do fenômeno em grupos denominados grupos adimensionais. Mostre que os seguintes grupos são adimensionais. Considere que ∆P é a variação de pressão, L representa comprimento, v o módulo da velocidade escalar, g o valor da aceleração da gravidade, a massa