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Na segunda metade do século XVI, o grande êxito da Reforma Protestante sentido por toda a Europa atingiu grandes patamares, e diferentemente do que pensavam os seus detratores, seus efeitos foram irreversíveis (SILVA, Saulo Henrique Justiniano. Transformações Religiosas na Modernidade. História Moderna, Unidade II, UniFATECIE, 2020). Sobre as diversas tensões presentes na situação política na Europa pós-Reforma e seus efeitos, assinale a alternativa correta: a. Na “confissão de Augsburgo” de 1530 eram apresentados de forma clara os preceitos da fé reformada. O texto foi adotado pelas comunidades da Alemanha que aderiram à nova fé, e os príncipes protestantes formaram em 1531 a “Liga da Escamada”, um governo autônomo que foi instaurado com o rompimento deliberado da Paz de Nuremberg proposta por Carlos V. b. O “Saque de Roma” foi o desfecho trágico do momento delicado ao qual haviam chegado as disputas entre as famílias de Valois e Habsburgo. Em retaliação contra o Papa por não ter apoiado o monarca francês em seu momento de maior necessidade, Carlos V ordenou que seus soldados invadissem a cidade e pilhassem o centro da cristandade e as suas riquezas. c. O sucesso da Reforma não foi devido à força desta como uma frente de oposição à Igreja, mas sim ao conjunto de lutas políticas que assolavam a Europa, principalmente a ameaça dos Turcos Otomanos, o que contribuiu para que a fé católica acabasse se perdendo entre as classes populares, embora fosse mais simples e compreensível do que o credo protestante. d. A Dieta de Wörms de 1521 obrigou a expulsão de Lutero e seus seguidores dos territórios do Império. Tal decisão veio a ser anulada pela Dieta de Espira em 1526, mas recolocada em vigor em 1529. Alguns príncipes e governantes que já haviam assumido a posição luterana não aderiram à nova determinação, e tal atitude os deixou conhecidos como “Protestantes”. e. Embora Carlos V fosse a autoridade máxima dentro do Sagrado Império Romano Germânico, o território era um conglomerado de principados com algumas características feudais onde o imperador legislava sobre questões locais por intermédio dos príncipes. Em questões religiosas, cabia ao Vaticano assegurar a fé católica pela persuasão ou pela força.