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Europa Moderna em Transformação

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A Europa moderna em formação
A Idade Moderna o período histórico que começou com a Queda do Império Bizantino, em 1453, derrubado pelos turcos-otomanos, e terminou com a Revolução Francesa, em 1789. O fato é que nesse espaço de tempo houve uma enorme transformação, não apenas do continente europeu, mas de todo o globo terrestre.
A expansão marítima europeia, proporcionada pela formação dos Estados Modernos Europeus, como Espanha, Portugal, Inglaterra, França e Holanda, provocou a descoberta e integração com o chamado “Novo Mundo”, o continente americano. Esse acontecimento é um dos mais importantes da história da humanidade e está no centro dos conteúdos relativos à Idade Moderna.
Ainda em se tratando do processo de expansão marítima das nações europeias, temos a montagem do sistema colonial e do mercantilismo como modelo econômico hegemônico. Fatores como metalismo, balança comercial favorável e monopólio exclusivo da metrópole sobre suas colônias integravam esse sistema.
Não obstante, a organização das culturas e civilizações nativas do continente americano e a formação da sociedade colonial, seja na América Espanhola, Portuguesa ou Anglo-Saxônica (e Francesa), também compõem os conteúdos de Idade Moderna, apesar de integrarem seções especiais didaticamente separadas, como
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Associados a esses conteúdos, temos outros, como a formação do Absolutismo na Europa, isto é, o modelo político que se estruturou como resposta às guerras civis religiosas que se desencadearam após a Reforma Protestante, iniciada em 1517 com as 95 teses de Martinho Lutero; o Humanismo Renascentista, que edificou, entre os séculos XV e XVI, boa parte das ideias modernas, como o antropocentrismo; e o Renascimento Científico, que, associado ao humanismo, também está na base da modernidade.
eminentemente técnica, isto é: o desenvolvimento da ciência passou a depender de um aparato tecnológico que a sustentasse. Os reflexos disso, como as noções de progresso e de aceleração do tempo, podem ser vistos de forma patente hoje em dia.
Esta seção de Idade Moderna ainda oferece outros conteúdos, como as revoluções políticas burguesas, isto é, as transformações políticas que a burguesia levou a cabo progressivamente, a começar pela onda de revoluções que se sucedeu na Inglaterra, no século XVII, que é chamada comumente de Revolução Inglesa; e também aquilo que seria a base estrutural do capitalismo moderno, a Revolução Industrial.
Idade Moderna. Seção de Idade Moderna - Brasil
Renascimento
O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval.
Características do Renascimento
A razão, de acordo com o pensamento da Renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo.
Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo
Relação com a burguesia e o individualismo
Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia, que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.
As cidades italianas e o mecenato
A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio, onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveu a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas.
A profissionalização desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.
Renascimento - Brasil Escola
Na fase final do Renascimento, o Cinquecento ganhou grandes proporções, dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal, podemos destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albrercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”).
No campo científico, devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos estudiosos Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o monopólio dos saberes, até então controlados pela Igreja.
Impacto do Renascimento
Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao longo da história ocidental.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Renascimento"; Brasil Escola.
Vamos Responder ?
1 ) O que caracteriza o período de transição da Idade Média para a Idade
Moderna ?
(EF07HI04)
2 ) O Renascimento aconteceu historicamente na Idade Moderna.
a ) Explique, o que foi Renascimento e cite duas características desse movimento.
b ) O termo "Renascimento" indica o "renascer', a "retomada" de algo. Para os renascentistas, o que renascia ? Por que esse termo foi utilizado ?
(EF07HI04)
3 ) Leia o texto do historiador Peter Burke, sobre o uso do termo
Renascimento para o movimento europeu.
(EF07HI04)
"A Itália do século XVI teve o seu Rafael, mas o Japão do século XVIII teve o seu Hokusai. Maquiavel foi um poderoso e original pensador, mas também o foi historiador Ibn Khaldun, que viveu no norte da África durante o século XIV".
Com base no texto de Peter Burker podemos dizer que ?
4 ) O Renascimento foi um período de intensa produção artística, com obras religiosas, observe a imagem a seguir : (EF07HI04)
MICHELANGELO, A criação do homem. 1510-1511
a ) Qual o nome da obra retratada na imagem ?
b ) Por que ela foi produzida ?
c ) Quem eram os mecenas e qual era o papel deles no contexto renascentista europeu ?
5 ) Sobre a arte Renascentista, leia as afirmativas e classifique- as em verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ). (EF07HI04)
a ) (	) A pintura apresenta o tema religioso, pois era permitido explorar apenas o tema durante a Idade Moderna.
b ) (	) A pintura destaca a importância dada a ciência .Na Idade Média, o estudo de cadáveresera proibida.
c ) (	) Retratos de grupos eram comuns nas obras renacentistas europeias.
d ) (	) Os artistas Renascentitas passaram a aplicar conhecimentos de Matemática e astrologia para produzir suas obras.
6 ) Complete as informações das frases a seguir :
(EF07HI04)
a )	, obra de Miguel de Cervantes, é um clássico da literatura renascentista.
b ) O Renascimento não era só conhecido como expressão artística. Esse movimento também reuniu outras áreas do conhecimento como
 	.
c ) O humanismo valorizava o ser humano e a capacidade de pensar e transformar . Por isso, pode ser caracterizado como um pensamento
.
 	.
d )Utopia, de	, é uma das obras do Renascimento inglês .
7 ) O Renascimento começou a ser criado ainda durante a	 	 quando as atividades comerciais viviam um processo de fortalecimento e as cidades se desenvolviam. (EF07HI04)
a) Alta Idade Média
b) Baixa Idade Média
c) Alta Idade Moderna
d) Baixa Idade Moderna
8 ) O berço do Renascimento foi a:
a) Península Ibérica.
b) Península Itálica.
c) Península Chinesa.
d) Península Francesa.
(EF07HI04)
9 ) Sobre o renascimento responda : (EF07HI04)
· O que foi o Renascimento ?
· Quais são suas caracteristicas ?
Formação dos Estados Nacionais
No decorrer da Idade Média, a figura política do rei era bem distante daquela que usualmente costumamos imaginar. O poder local dos senhores feudais não se submetia a um conjunto de leis impostas pela autoridade real. Quando muito, um rei poderia ter influência política sobre os nobres que recebiam parte das terras de suas propriedades. No entanto, o reaquecimento das atividades comerciais, na Baixa idade Média, transformou a importância política dos reis.
A autoridade monárquica se estendeu por todo um território definido por limites, traços culturais e linguísticos que perfilavam a formação de um Estado Nacional. Para tanto, foi preciso superar os obstáculos impostos pelo particularismo e universalismo político que marcaram toda a Idade Média. O universalismo manifestava-se na ampla autoridade da Igreja, constituindo a posse sobre grandes extensões de terra e a imposição de leis e tributos próprios. Já o particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas cidades comerciais.
Os comerciantes burgueses surgiram enquanto classe social interessada na formação de um regime político centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por meio da cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial. Além disso, a falta de uma moeda padrão instituía uma enorme dificuldade no cálculo dos lucros e na cotação dos preços das mercadorias.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Formação dos Estados Nacionais Modernos"; Brasil Escola
https://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2020/02/formacao-monarquias-nacionais-
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Além disso, a crise das relações servis causou um outro tipo de situação favorável à formação de um governo centralizado. Ameaçados por constantes revoltas – principalmente na Baixa Idade Média – e a queda da produção agrícola, os senhores feudais recorriam à autoridade real com o intuito de formar exércitos suficientemente preparados para conter as revoltas camponesas. Dessa maneira, a partir do século XI, observamos uma gradual elevação das atribuições políticas do rei.
Para convergir maiores poderes em mãos, o Estado monárquico buscou o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos. Com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações conjuntas que tinham o apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Formação dos Estados Nacionais Modernos"; Brasil Escola
Com o apoio dos comerciantes, os reis criaram exércitos mercenários que tinham caráter essencialmente temporário. Ao longo dos anos, a ajuda financeira dos comerciantes tratou de formar as milícias urbanas e as primeiras infantarias. Tal medida enfraqueceu a atuação dos cavaleiros que limitavam sua ação militar aos interesses de seu suserano. A formação de exércitos foi um passo importante para que os limites territoriais fossem fixados e para que fosse possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional.
A partir de então, o rei acumulava poderes para instituir tributos que sustentariam o Estado e, ao mesmo tempo, regulamentaria os impostos a serem cobrados em seu território. Concomitantemente, as moedas ganhariam um padrão de valor, peso e medida capaz de calcular antecipadamente os ganhos obtidos com o comércio e a cobrança de impostos. A fixação de tais mudanças personalizou a supremacia política dos Estados europeus na figura individual de um rei.
Além de contar com o patrocínio da classe burguesa, a formação das monarquias absolutistas também contou com apoio de ordem intelectual e filosófica. Os pensadores políticos da renascença criaram importantes obras que refletiam sobre o papel a ser desempenhado pelo rei. No campo religioso, a aprovação das autoridades religiosas se mostrava importante para que os antigos servos agora se transformassem em súditos à autoridade de um rei.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Formação dos Estados Nacionais
1 ) Os Estados Nacionais Português e Espanhol só se consolidaram efetivamente a partir do século XV. A formação desses dois Estados, que se
localizam na Península Ibérica, está relacionada diretamente:
(EF07HI07)
a) à aliança com holandeses, que venderam os seus domínios para ambos os Estados.
b) à expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.
c) ao acordo com o califado de Córdoba, que cedeu territórios para a criação desses Estados.
d) ao acordo com o Império Romano, que até então dominava a região.
e) à Reforma Protestante, que mudou completamente os hábitos religiosos da Península Ibérica.
2 ) Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais
europeias:
(EF07HI07)
a) a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista.
b) a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado.
c) as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre mercado.
d) o crescimento do contingente de mão de obra camponesa e a presença da concepção burguesa de ditadura do proletariado.
e) o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis.
3 ) No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra
podem ser identificados os seguintes aspectos:
(EF07HI07)
a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno.
b) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja.
c) desagregação do feudalismo e centralização política.
d) diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial.
e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja.
4 ) As nações europeias criaram a sua própria forma de centralização política a partir da: (EF07HI07)
a) Crise do feudalismo, surgimento da burguesia, expansão marítima, desenvolvimento comercial e crescimento populacional.
b) Crise do feudalismo, surgimento da monarquia, expansão marítima, desenvolvimento comercial e crescimento populacional.
c) Crise do feudalismo, surgimento do luteranismo, expansão marítima, desenvolvimento comercial e crescimento populacional.
d) Crise do feudalismo, surgimento da burguesia, expansão do poder da Igreja, desenvolvimento comercial e crescimento populacional.
5 ) Os burgueses foram responsáveis pelo surgimento das feiras livres, que desencadearam no desenvolvimento do comércio. Como foi chamadoesse
período?
(EF07HI07)
a) Renascimento cultural e urbano.
b) Renascimento comercial e urbano.
c) Renascimento comercial e cultural.
d) Renascimento comercial, urbano e artístico.
8) Sobre a transição da Idade Média para a Idade Moderna, leia o texto a
seguir :
(EF07HI07)
É evidente que o sentimento " nacional dos séculos XIV e XV é muito diferente dos nossos sentimentos nacionais. Ele se forma através de um nome comum, de um princípe comum, do orgulho de uma história comum e de uma região.
GUENÉE, bernard. O ocidente nos séculos XIV e XV. São Paulo: Pioneira, 1981. p.110.
a ) Qual foi o resultado da situação descrita no texto citado ?
b ) Caracterize a nova organização política do período descrito no texto ?
9 ) Descreva no espaço a seguir, como ocorreram os processos de formação dos Estados modernos indicados : França, Inglaterra, Portugal, Espanha e
Sacro Império Romano :
(EF07HI07)
As Cruzadas ocorreram entre os anos de 1096 e 1270 e conduziram a Europa a um momento de crescimento comercial: ao voltarem das batalhas em terras orientais, os cruzados traziam consigo produtos de luxo, como tapetes persas, porcelanas chinesas, tecidos finos ou especiarias (temperos como cravo, canela e pimenta), que atraíam a população europeia, que já não conhecia esses requintes.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/renascimento-comercial-fim-do-feudalismo-e-o-capitalismo-comercial.htm
23 ) O texto fornece uma definição clássica das Cruzadas, movimento ocorrido durante a Baixa Idade Média europeia. No entanto, apesar do objetivo claramente definido pela Igreja na época, as Cruzadas tiveram significados distintos para os diversos grupos que dela participaram. Para os
burgueses, esse movimento significou a :
(EF07HI07)
a ) possibilidade de obter o apoio da Igreja Católica, tendo em vista que esses dois grupos não mantinham entre si relações amistosas.
b ) chance de conhecer, controlar e explorar novas rotas comerciais entre o ocidente e o oriente e aumentar suas possibilidades de lucro.
c ) oportunidade de adquirir terras e rivalizar com os senhores feudais no que dizia respeito à posse e exploração de recursos agrícolas.
d ) organização de um grupo diretamente responsável pela expansão da fé católica, o que deveria selar a aliança entre esse grupo e a Igreja.
Grandes Navegações
As Grandes Navegações foram navegações oceânicas realizadas ao longo do século XV que permitiram a exploração do Oceano Atlântico. Foram possíveis graças à acumulação de conhecimento náutico e à chegada de novas tecnologias que facilitaram a navegação. O país que possuiu as condições necessárias para iniciar as Grandes Navegações foi Portugal.
Ao longo do século XV, Portugal organizou inúmeras expedições no Oceano Atlântico, tendo como ponto de partida a conquista de Ceuta, em 1415. Os portugueses chegaram a uma série de ilhas no Atlântico, encontraram uma rota alternativa para a Índia, e chegaram ao Brasil no final do século XV. Os espanhóis, por sua vez, chegaram à América primeiro, em 1492.
As Grandes Navegações foram um acontecimento muito importante na história europeia e contribuiram para mudar o mundo radicalmente. Entre as consequências das Grandes Navegações, estão:
O estabelecimento do tráfico negreiro;
O início da colonização;
O estabelecimento das práticas econômicas do mercantilismo;
A transformação de Portugal e Espanha em dois grandes impérios ultramarinos
Pioneirismo português
A exploração do Oceano Atlântico sempre foi algo que intrigou os europeus, e, desde o período medieval, alguns avanços permitiram que ela fosse possível. Um dos primeiros povos europeus a lançarem-se numa exploração oceânica foram os nórdicos, que, no final do século VIII, alcançaram a Inglaterra, e, a partir daí, chegaram à Islândia, no século IX, e à América do Norte, no final do século X.
O acúmulo de conhecimento náutico e o desenvolvimento de novas tecnologias possibilitaram que as Grandes Navegações iniciassem-se no século XV, e os portugueses são considerados os pioneiros nesse processo. Isso aconteceu porque Portugal reunia uma série de condições que permitiram que o país lançasse-se na navegação e exploração do Oceano Atlântico.
Portugal reunia condições políticas, econômicas, geográficas, e até mesmo a sociedade portuguesa abraçou a exploração marítima. No longo prazo, sabemos que isso fez com que Portugal chegasse a locais até então desconhecidos para os europeus em geral. Novos caminhos foram descobertos e novos comércios foram abertos para eles.
Contudo, por que Portugal foi o país pioneiro nas Grandes Navegações? Os fatores são variados e podemos começar pela estabilização política. Desde o final do século XIV, quando aconteceu a Revolução de Avis, Portugal gozava de uma monarquia consolidada e um poder político estável nas mãos da dinastia de Avis. Outras regiões da Europa, como a Espanha, passavam por grandes conflitos de poder.
Além disso, Portugal gozava de unificação territorial, uma vez que a última parcela do território português foi anexada ao reino na metade do século XIII, quando a região de Algarve foi reconquistada e os mouros foram expulsos dela. Novamente em comparação com a Espanha, o reino de Castela travou conflitos contra os mouros durante o século XV, e o reino de Aragão travou conflitos com a França por territórios no mesmo século.
Na questão econômica, Portugal era um importante centro de comércio, e sua principal cidade, Lisboa, desde o século XIII, já mantinha contatos comerciais de longa distância, segundo o historiador Boris Fausto. Lisboa mantinha contato com mercados árabes, e o comércio local tinha prosperado bastante por meio de financiamentos realizados pelos genoveses.
O mercado árabe, por sua vez, possuía dois importantes itens para os portugueses: ouro e especiarias. O consumo das especiarias foi introduzido na Europa depois das Cruzadas, e elas eram muito utilizadas na conservação de alimentos e na produção de perfumes e medicamentos. Eram mercadorias valiosas e rendiam um lucro muito alto. O fechamento da rota que passava por Constantinopla, em 1453, tornou mais complicado o acesso a essa mercadoria.
Outro fator que não podemos esquecer é a localização geográfica de Portugal. Esse país tem todo o seu litoral voltado para o Oceano Atlântico. Além disso, Portugal fica muito próximo das correntes marítimas do Atlântico, o que facilitava e incentivava a navegação desse oceano.
SILVA, Daniel Neves. "Grandes Navegações"; Brasil Escola
1 ) Sobre as Grandes navegações , responda :
· Onde aconteceu ?
· Quais foram as consequências ?
· Em que ano chegaram ao Brasil ?
(EF07HI13)
As grandes viagens de exploração, também conhecidas como grandes navegações, só foram possíveis graças ao avanço da tecnologia marítima, com a invenção da caravela e com o aperfeiçoamento de instrumentos como a bússola (...). Para navegar era preciso saber um bocado de ciência! (...) Como a Terra pode ser considerada um enorme ímã de polos opostos, a agulha imantada indica sempre o norte geográfico. Uma vez determinado o norte, é fácil assinalar os outros pontos cardeais. Nos navios, para compensar o balanço do mar, a rosa- dos-ventos flutua num líquido que é a mistura de álcool e água, ou óleo leve. Não se sabe exatamente quem inventou a bússola. Sabe-se apenas que, para que ela fosse inventada, foi preciso reunir um conjunto de conhecimentos provavelmente produzidos em diversos lugares.
Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-ciencia-do-descobrimento
2 ) O aperfeiçoamento de instrumentos de navegação como a bússola foi de fundamental importância para o êxito das grandes viagens de exploração do
século XV, pois permitia aos navegadores :
(EF07HI13)
a ) calcular a velocidade atingida pela embarcação.
b ) estabelecer a direção a ser seguida pela embarcação.
c ) estimar o tempo de viagem a ser gasto pela embarcação. d )medir a distância percorrida pela embarcação.3 ) Explique, com suas palavras, por que Portugal foi o primeiro Estado
europeu a iniciar a expansão ultamarina.
(EF07HI13)
4 ) Com relações as navegações espanholas, responda as questões a seguir :
(EF07HI13)
a ) Qual era o objetivo de Cristovão Colombo, designado pelos reis da Espanha em sua viagem em 1492 ?
b ) Anos mais tarde, quando se confirmou que as terras encontradas por Colombo se tratavam de um novo continente, quais foram as medidas adotadas por alguns monarcas europeus em relação a América ?
http://centraldefavoritos.com.br/wp-content/uploads/2017/11/grandes-
navega%C3%A7%C3%B5es.jpg
5 ) No período das grandes navegações, Espanha e Portugal financiaram escolas de cartografia. Por qual razão a cartografia passou a ser um assunto de
Estado ?
(EF07HI13)
6 ) Qual são as diferenças entre a expansão maritíma portuguesa e a
espanhola no inicio do século XVI ?
(EF07HI13)
Reformas Protestante
A reforma protestante foi um movimento reformista iniciado quando Martinho Lutero escreveu um documento conhecido como 95 teses. Essa reforma foi motivada pela insatisfação de Lutero com as práticas e alguns princípios teológicos praticados pela Igreja, sendo um de muitos movimentos do tipo que aconteciam na Europa desde a Idade Média.
A ação de Lutero não teve como propósito a ruptura com a Igreja, mas tal rompimento aconteceu de todo modo como reação dessa instituição contra o monge alemão. A reforma protestante deu início a outros reformismos religiosos na Europa e também foi impulsionada por motivos políticos e econômicos.
A reforma protestante ocorreu em um contexto de grandes transformações sociais, políticas, culturais e econômicas na Europa. A formatação da Europa nos moldes medievais estava em declínio e novas realidades estavam surgindo. Era uma Europa que via o comércio desenvolver-se e novos interesses políticos surgindo.
Tratou-se de um período de mudanças culturais, pois a cultura renascentista defendia a ideia do homem no centro de todas as coisas como forma de quebrar a grande influência religiosa. As artes encontravam novas formas de expressão e o conhecimento científico avançava. A invenção da imprensa, no século XV, foi um fator crucial, pois garantiu maior produção de livros e ampliou a circulação de ideias.
No campo religioso, a contestação da Igreja Católica era uma prática que vinha acontecendo desde meados da Idade Média. Esses movimentos religiosos questionavam a falta de moralidade, o abuso do poder, a avareza, a corrupção e todo tipo de desvio comuns na Igreja Católica na Europa. Alguns historiadores entendem, por exemplo, que os valdenses, surgidos na França, no século XII, já eram um movimento reformista.
A doutrina de Martinho Lutero ficou conhecida como Luteranismo. Embora rejeitasse o nome, seus seguidores passaram a ser identificados como "luteranos", porém o próprio Lutero preferia o termo "evangélico".
A ideia central desta doutrina religiosa é a “justificação pela fé”. Para Lutero, Deus não salvará o ser humano pelos seus atos e sim pela fé de cada em Jesus Cristo.
Desta maneira, a relação entre os fiéis e Deus é direta, sem a mediação da Igreja e esta somente seria encarregada de ensinar e orientar os fiéis.
Como consequência, Lutero só admite a Bíblia como fonte para a fé e rejeita a Tradição Oral usada pelos católicos. Em 1580, porém, os luteranos definem outros escritos que podem ser usados para aprofundar a crença como o "Credo de Niceia" e "A Confissão de Augsburgo".
Martinho Lutero - Toda Matéria (todamateria.com.br)
Entendemos que a reforma protestante foi um movimento reformista iniciado por Martinho Lutero em 1517. O contexto em que Lutero estava inserido é que nos ajuda a entender o porquê de o movimento iniciado pelo monge alemão ter tido sucesso, diferentemente dos outros movimentos reformistas que aconteceram, como os já mencionados.
Primeiramente, é importante conhecermos o que motivou Lutero a manifestar-se contra as práticas vigentes da Igreja naquele período. Ele era um monge agostiniano e professor de teologia, portanto, era um membro do clero. Não obstante, ele não concordava com certas práticas realizadas no século XVI, e sua inquietude a respeito disso levou-o a posicionar-se.
1 ) Explique o que foi a Reforma Religiosa ?
(EF07HI05)
2 ) Explique a contestação sobre a Igreja Católica :
(EF07HI05)
3) O pensamento de Martinho Lutero tinha a ideia central de "Justificação
pela fé " , explique :
(EF07HI05)
Resumo
4 ) Faça um resumo com suas palavras sobre a Reforma Protestante. (EF07HI05)
Bons Estudos !!