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1) Chamar a pessoa pelo nome, cumprimentar, apresentar-se, pedir para ficar à vontade e perguntar de que maneira podemos ajudar. 2) Explorar, além do motivo que trouxe a pessoa à consulta, outros segmentos importantes: TRIAGEM ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO Nome, idade, sexo, estado civil, naturalidade, procedência e profissão QUEIXA PRINCIPAL Motivo da consulta, nas palavras do paciente, entre aspas. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL ( HDA) início, duração, localização, fatores de agravo, fatores de alívio, sintomas associados. INVESTIGAÇÃO SOBRE OS DIVERSOS APARELHOS E SISTEMAS (ISDAS) Inquérito bem objetivo, em que se pede para que a pessoa responda se apresentou algum sinal ou sintoma geral, em pele, a nível de cabeça/pescoço, aparelho cardiovascular, aparelho digestório, aparelho genitourinário, se tem manifestações osteoarticulares/musculares ou mesmo manifestações neuropsiquiátricas. HISTÓRIA MÓRBIDA PREGRESSA (HMP) Doenças prévias (especialmente àquelas com potencial de recorrência), vacinação, internações, cirurgias, medicamentos de uso contínuo, alergias medicamentosas HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR HMF Alguma doença que ocorra com frequência na família, que chame a atenção. Na prática, costumo focar especialmente nos parentes de primeiro grau (porque influencia diretamente algumas condutas de rastreamento, por exemplo: pai infartou (Doença Arterial Coronariana) com menos de 55 anos ou a mãe, com menos de 65 anos), mãe, irmã ou filha com câncer de mama, etc. HISTÓRIA FISIOLÓGICA E SOCIAL DO PACIENTE HFSP Como é o dia-a-dia, a dinâmica familiar, a alimentação, o consumo de bebidas alcoólicas (tipo, quantidade, frequência), tabagismo (quantos maços/dia e quantos anos fumados, no total), exercício físico (tipo, quanto tempo/semana), vida social, hobbies, vida sexual. 3) Solicitar consentimento para realizar o exame físico EXAME FÍSICO a) Perguntar peso e altura (para cálculo do IMC); b) Aproveitar que o paciente está sentado e aferir sinais vitais: a. Pressão Arterial (iniciando sempre pelo método palpatório para a determinação da pressão arterial sistólica e, posteriormente, prosseguir com o método auscultatório): 120/80 b. Ausculta pulmonar: Em barra grega. Pode pedir para inspirar pelo nariz e soltar pela boca. Não muito profundo nem muito rápido. c) Pedir para o paciente deitar na maca (lembrar de ficar sempre à direita dele) c. Ausculta cardíaca: FOCO AÓRTICO: 2o EIC, linha paraesternal direita FOCO PULMONAR: 2o EIC, linha paraestenal esquerda FOCO TRICÚSPIDE: 5o EIC, linha paraesternal esquerda FOCO MITRAL: 4-5o, linha hemiclavicular esquerda EXAME DE MAMA Deixar a mostra apenas a mama analisada! Sentada ou decúbito dorsal com as mãos na cabeça Faz o autoexame? Observou nodulações? a) Inspeção estática: Cor, aspecto, textura, padrão vascular, ulceração, simetria, formato, contorno mamário, abaulamentos, fissuras b) Inspeção dinâmica: Sentada coloca mão na cabeça e cintura (pode solicitar que incline para frente), Mão para cima descendo EXAME DE LINFONODOS c) Palpação dos linfonodos: Apoiar o braço da paciente no nosso braço, palpar na axila (superior, médio e inferior) 4) Retornar à mesa e relatar ao paciente quais foram os problemas identificados na história coletada e no exame físico; (“Temos três pontos que gostaria de discutir. Primeiro...”; “Agora, vamos falar sobre...”). 5) Diante tudo o que foi encontrado, definir com a pessoa as condutas que serão tomadas. Entrar em acordo a respeito do que começará a ser feito (lembre- se que o segredo é priorizar o que mais chamou a atenção), sempre levando em conta se a pessoa está motivada, ou não, para realizar as adequações. (Se ela nem estiver encarando tal aspecto como um problema (estágio de pré-contemplação) ou entender que é um problema, mas não pensa em mudar agora (estágio de contemplação), por exemplo, não vai adiantar nada darmos dicas práticas para ela parar um algum hábito nocivo. ORIENTAÇÕES Preventivo Início da relação sexual 25-64 anos Anualmente, após 02 exames seguidos (com intervalo de um ano) apresentando resultado normal, passa a ser feito a cada 03 anos. Mamografia 40 anos anualmente (SBD) 50 - 69 anos bianualmente (OMS) 6) Finalizar a consulta, definindo objetivamente quando ela volta e qual é a tarefa dela no acordo de vocês 1) Chamar a pessoa pelo nome, cumprimentar, apresentar-se, pedir para ficar à vontade e perguntar de que maneira podemos ajudar. 2) Explorar, além do motivo que trouxe a pessoa à consulta, outros segmentos importantes: TRIAGEM GESTANTE ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO Nome, idade, sexo, estado civil, naturalidade, procedência e profissão QUEIXA PRINCIPAL Motivo da consulta, nas palavras do paciente, entre aspas. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL início, duração, localização, fatores de agravo, fatores de alívio, sintomas associados: cefaleia, mamas doloridas, náusea/vômitos (frequência/intensidade), cansaço, tontura, apetite, queixas urinárias, sangue, coco, líquido. INVESTIGAÇÃO SOBRE OS DIVERSOS APARELHOS E SISTEMAS Inquérito bem objetivo, em que se pede para que a pessoa responda se apresentou algum sinal ou sintoma geral, em pele, a nível de cabeça/pescoço, aparelho cardiovascular, aparelho digestório, aparelho genitourinário, se tem manifestações osteoarticulares/musculares ou mesmo manifestações neuropsiquiátricas. HISTÓRIA MÓRBIDA PREGRESSA Doenças prévias (especialmente àquelas com potencial de recorrência), vacinação (carteira de vacinação), internações, cirurgias, medicamentos de uso contínuo, alergias medicamentosas. HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, câncer (principalmente de útero, ovário e mama), malformação congênita, gemelaridade na família e doenças infectocontagiosas. HISTÓRIA FISIOLÓGICA E SOCIAL DO PACIENTE Como é o dia-a-dia, a dinâmica familiar, a alimentação, o consumo de bebidas alcoólicas (tipo, quantidade, frequência), tabagismo (quantos maços/dia e quantos anos fumados, no total), exercício físico (tipo, quanto tempo/semana), vida social, hobbies. ANTECEDENTES MENSTRUAIS Questionar a menarca, intervalo do ciclo menstrual, duração da menstruação, regularidade (mensal), intensidade do fluxo (normal para paciente) e cor do sangue. • Perguntar sobre a data da última menstruação (DUM) – lembrando que a DUM é o primeiro dia da última menstruação, se apresenta dismenorreia (dor durante a menstruação) ou SPM (Síndrome Pré-Menstrual) antes da menstruação. • Caso a paciente não menstrue mais, questionar sobre quando ocorreu a menopausa, a idade em que ocorreu e se foi natural ou por causa externa, além de questionar também o uso de terapia hormonal e de qual tipo. Observações: Sintomas da SPM – mastalgia, cefaleia, irritação, nervosismo, distensão abdominal dentre outros. A cólica menstrual também é chamada de algomenorréia. ANTECEDENTES SEXUAIS quando ocorreu a coitarca (primeira relação sexual)? O número de parceiros na vida: se um, dois ou mais de três. Questionar sobre libido (vontade de praticar a relação sexual) normal, aumentada, diminuída ou ausente; sobre orgasmo (desejo durante a relação sexual); dispareunia (dor durante na relação sexual) se sim, há quanto tempo e se é de penetração ou de profundidade; e se apresenta sinusiorragia (sangramento durante a relação sexual). Observações: Perguntar se há mais de três parceiros, e não a quantidade exata para evitar constrangimentos a paciente. ►Anticoncepção: Questionar sobre os métodos contraceptivos (MAC) utilizados no momento e quais utilizados anteriormente (MPC). • Tipos: camisinha (condon), CHO (contraceptivo hormonal oral), CHIM/T (injetável mensal ou trimestral) ou DIU ( dispositivo intra-uterino). • Se contraceptivo hormonal questionar qual o tipo e duração de uso. ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS biópsia (vagina, colo ou vulva), cauterização, CAF (cirurgia de alta frequência), se apresenta ou apresentou algum tipo de DST e qual, se foi confirmada por exames e se realizou o tratamento, questionar sobre colpocitologia oncótica, mamografiaseus resultados e a data do último exame. Se apresenta algum corrimento ou irritação vaginal caracterizando o tempo de duração, a quantidade, coloração, odor e se realizou tratamento. Questionar sobre alterações vulvares como: prurido, tumor etc. Verificar se apresenta alguma queixa mamária ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS questionar sobre G (gestação), PN (parto natural), PC (parto cesárea), A (abortamento). • Exemplo: G3, PN2, PC1, A0. 3 gestações, 2 de parto natural 1 de cesárea e nenhum abortamento. • Qual intervalo de tempo e qual idade no primeiro parto e último parto? Questionar peso do RN (recém- nascido) que nasceu com o maior peso, se teve o puerpério normal ou patológico, se amamentou e por quanto tempo. Planejada ou não planejada, se fez tentativas e emocional. PRÉ- NATAL DO PARCEIRO 3) Solicitar consentimento para realizar o exame físico EXAME FÍSICO a) Perguntar peso e altura (para cálculo do IMC) OMS: 11,5 -16kg durante a gestação 1o tri: - 5% e 2/3o tri: + 300 a 400g (semana) b) Aproveitar que o paciente está sentada e aferir sinais vitais: a. Pressão Arterial (iniciando sempre pelo método palpatório para a determinação da pressão arterial sistólica e, posteriormente, prosseguir com o método auscultatório): 130/85 mmHg b. Ausculta pulmonar: Em barra grega. Pode pedir para inspirar pelo nariz e soltar pela boca. Não muito profundo nem muito rápido. c) Pedir para o paciente deitar na maca (lembrar de ficar sempre à direita dele) c. Ausculta cardíaca: FOCO AÓRTICO: 2o EIC, linha paraesternal direita FOCO PULMONAR: 2o EIC, linha paraestenal esquerda FOCO TRICÚSPIDE: 5o EIC, linha paraesternal esquerda FOCO MITRAL: 4-5o, linha hemiclavicular esquerda EXAME DE LINFONODOS d) Palpação dos linfonodos: Apoiar o braço da paciente no nosso braço, palpar na axila (superior, médio e inferior) EXAME DE ABDOMEM e) Inspeção: tipo, simetria, lesão, cicatrizes, estrias, cicatriz umbilical; f) Ausculta: ruído hidroaéreos: 4 quadrantes + umbigo e ruídos vasculares: aorta/renal/ilíaca/femoral; g) Percussão: abdômen, fígado e baço; Sinal do piparote: “Peteleco”. h) Palpação • Abdômen: QSD, QSE; • Lemos torres: Mão na lombar sobe e apalpa (Fígado); • Mathieu: Na inspiração profunda faz garra (Fígado); • Posição de Schuster: Fica na lateral e aperta o baço. i) Manobras: • Descompressão brusca dolorosa: Aperta e solta os 4 quadrantes; • Sinal de Blumberg: Ponto mcburney, pressiona e solta; • Sinal de Rovsing: Em sentido cônico; • Sinal do obturador: Levanta a perna e rotaciona para o lado; • Sinal de psoas: Levanta a perna reta e faz pressão; • Sinal de Giordano: “soquinho” nos dois lados das costas. 4) Retornar à mesa e relatar ao paciente quais foram os problemas identificados na história coletada e no exame físico; (“Temos três pontos que gostaria de discutir. Primeiro...”; “Agora, vamos falar sobre...”). 5) Diante tudo o que foi encontrado, definir com a pessoa as condutas que serão tomadas. Entrar em acordo a respeito do que começará a ser feito (lembre- se que o segredo é priorizar o que mais chamou a atenção), sempre levando em conta se a pessoa está motivada, ou não, para realizar as adequações. (Se ela nem estiver encarando tal aspecto como um problema (estágio de pré-contemplação) ou entender que é um problema, mas não pensa em mudar agora (estágio de contemplação), por exemplo, não vai adiantar nada darmos dicas práticas para ela parar um algum hábito nocivo. ORIENTAÇÕES Consultas ideal até 28 semanas: mensalmente 28-34 semanas: quinzenalmente 34-41 semanas: semanalmente Mínimo: 1o tri: 1 consulta 2o tri: 2 consultas 3o tri: 3 consultas PRÉ NATAL —> até 42 dias após o nascimento. Exames Obrigatórios* Tipagem sanguínea e fator Rh; coombs indireto Hemograma completo Glicemia de jejum TOTG 75g se < 92 (24-28 semanas) Urina 1 e urocultura Sorologias* HIV Sífilis Toxoplasmose IgM e IgG (só vai repetir se a paciente for susceptível, ou seja, IgM- e IgG-: mensalmente/trimestral) Hepatite B e C 1o tri TS e fator Rh-: coombs indireto mensal Hemograma Glicemia de jejum U1 e URC HIV/Sífilis/parto Hepatite B e C (repetir no 3o tri se exposição) USG transvaginal 7-6 semanas CCN 6-12 semanas precisão de até 5 dias em relacao da data da última menstruação. Morfológico 1o tri: 11 a 13sem+6d CCN: 45-84mm 2o tri TOTG 75g: 24-28 sem HIV/Sífilis/parto Morfológico* 20 a 24 semanas Ecocardiograma fetal > 28 semanas Indicações: cardiopatia no MORFO, TN aumentado, historia congênita e diabetes pré-gestacional. 3o tri Hemograma U1 e URC HIV/Sífilis/parto Preventivo a partir de 20 semanas Ultrassonografia obstétrica 28 semanas Vacinas dT e dTpa (difteria, tétano e coqueluche) completar esquema vacinal a apartir de 20 semanas (ideal ate 36 semanas) 2a doses da dT: 3a dose de dTpa; 1a dose de dT: 1a dose de dT e 1a dose de dTpa; Incompleto: 2a dose de dT e 1a dose de dTpa (intervalo mínimo de 1 mês entre as vacinas); Completo: 1a, 2a e 3a dose de dT: 1a dose de dTpa. dTpa será a 3a dose! Hepatite b completar esquema vacinal Toda gestante a partir de 20 semanas Nenhuma dose: iniciar o esquema vacinal completo 3 doses 0, 30 e 180 dias; 1a ou 2a dose: 3a dose; + 10 anos: 1a dose de reforço. HIV dose dobrada + 4 doses (0, 1, 2 e 6 ou 12 meses) Anti-Hbs* Reagente: não vacinar Não reagente: vacinar Influenza campanha anual, dose única e qualquer idade gestacional (20 semanas) COVID-19 Qualquer idade gestacional Vacinas sem vetor viral Anvisa: coronavac e pfizer ⚠️ Contraindicadas Vírus vivos atenuados Sarampo, caxumba e rubéola (SCR) Poliomielite, varicela, dengue e HPV Infecções Gonococo Chlamydia trachomatis Disuria + urocultura negativa Riscos: prematuridade, rotura prematura de membranas ovulares, restrição de crescimento fetal e infecção puerperal. Tratar o parceiro! Toxoplasmose na gestação Tto depende da idade gestacional 💊 Espirsniciba, pirimetamina e sulfadiazina Sífilis na gestação 1a consulta gestante faz o VDRL Gestante +: inicia o tratamento nela (3 semanas, 2 ampolas de penicilina e - titulação); Parceiro - : 1 dose de ataque + VDRL; Parceiro +: 1o dose de ataque em cada nadega + exame de titulação; TTo RN RN +: exame de sangue; rx ossos longos; coleta de liquor, 10 dias de penicilina. RN - : 2 VDRL - (1e 3 mês) liberada Em casos especiais: mãe não fez as medicações de tto não teve - na titulação parto > 30 dias da última dose VDRL no parto da mãe e RN se o do RN: ok = ou < mãe tem que tto o RN Gestante que não tratou: reinicia tto e VDRL parceiro Suplementação ácido fólico 30 dias antes da concepção ou 1a consulta pré natal até 12 semana de gestação (2o tri) Ferro Fe elementar 30 - 60mg/d 12-14 semanas ate o puerpério 42o pós-parto) hb 8-11g/dL (anemia) Sulfato ferroso 150 - 350 mg/d vegetariana: sempre suplementa (nutri) Diabetes gestacional glicemia em jejum (8-12horas) <92 mg/dL: normal —> realizar TTGO de 75g entre 24-28 semanas de gestação. 92mg/dL já é diabetes gestacional, NÃO FAZ TTGO! alimentação e atividade física (2 semanas): TTO insulina tratamentos não farmacológicos (alimentação/exercicio) por 2 semanas, não abaixou diabetes, tto com insulina? Curva glicêmica 2o trimestre? Hiperêmese gravídica vomitar +20x e inclusive água Náusea, vômitos (pico: 7-9ª semana e a partir da 11ª redução) image1.jpg