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Filo Ctenophora: Características e Classificação

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Filo Ctenophora
Profa. Lisiane Acosta Ramos
Unidade Litoral Norte - Osório
Filo Ctenophora
Fonte: https://naturezademarmore.blogspot.com/2018/04/filo-ctenophora-caracteristicas-gerais.html
http://cifonauta.cebimar.usp.br/media/11502/ 
Ver:
	O nome do Filo Ctenophora deriva do grego: Cten = pente + phero = portar, carregar. 
	São animais caracterizados por possuir uma série de placas ciliadas em forma de pente (formados por longos cílios fundidos), dispostos em meridianos sobre a epiderme. 
	
	
	São animais transparentes e gelatinosos, diblásticos (com endoderme e ectoderme) que vivem à deriva no plâncton marinho (da superfície à 3.000 metros de profundidade. 
	Têm uma densidade populacional alta (biomassa).
	Os ctenóforos são monofiléticos e formam um pequeno filo com cerca de 100 espécies atuais. 
	São todas marinhas (algumas espécies costeiras e outras oceânicas), bioluminescentes, predadoras do zooplâncton e de ovos e larvas de peixes. 
	O corpo é muito transparente, frágil, de difícil coleta e preservação.
	A evolução do grupo permanece enigmática. Alguns autores acreditam em sua relação com os deuterostômios, pois:
a camada intermediária tem células musculares, nervosas e mesenquimáticas; 
(2) a camada intermediária desenvolve-se a partir de células do mesênquima, de modo similar à formação do mesênquima primário em equinodermes. Para estes autores, ctenóforos e equinodermes seriam grupo-irmãos.
	O grupo apresenta uma séria de semelhanças com o filo anterior (Cnidária), tais como:
 Simetria radial;
 Corpo gelatinoso;
 Camada média espessa e celular (comparável mesogléia);
 “Sistema” nervoso difuso, com presença de plexos (= rede ou interconexão de nervos).
Difere dos cnidária, pois:
1. Possui fileiras longitudinais ciliadas;
2. Organização do sistema digestório;
3. Coloblasto;
4. Ausência de cnidócitos (exceto Haeckelia rubra que adquiri cnidócidos pela alimentação, não os produz);
Fonte: https://antigo.uab.ufsc.br/biologia//files/2020/08/Cap_06.pdf
	A epiderme dos pertencentes ao filo Ctenophora é rica em células mucosas, sensoriais e coloblastos. 
	Coloblasto é o que podemos dizer ser uma SINAPOMORFIA do grupo, sendo uma estrutura que contém células adesivas que disparam filamentos, semelhantes aos cnidócitos. 
	O mesênquima (camada média) é gelatinoso e espesso, garantindo uma flutuabilidade neutra. 
	Sinapomorfia é uma característica homóloga apomórfica compartilhada por todos os descendentes de um ancestral comum. 
	É a situação que se observa quando dois táxons apresentam o mesmo caracter e este representa uma forma derivada apomórfica frente à outra ancestral plesiomórfica, sendo que esses táxons apresentam um ancestral comum.
	Outra SINAPOMORFIA do filo é possuir 8 faixas ciliadas que são repetições de placas transversais de cílios que realizam a locomoção. Nas formas lobadas, a contração dos lobos é que realiza a locomoção.
	Inclusive, esse filo possui os maiores animais que se locomovem por cílios. 
	O batimento ciliar, geralmente, é do polo aboral para o oral, caracterizando o movimento metacronal. 
	Eles podem possuir um par de tentáculos ramificados, chamados de tentílios. 
	Os tentílios são formadas por uma quantidade grande de pequenos filamentos que aumentam a área de contato com o alimento, sendo análogo aos tentáculos de Cnidária. 
	Quem forma o tentílio é a bainha ou bolsa tentacular. 
	Estrutura corporal O corpo do adulto está estruturado em três camadas à semelhança dos cnidários: um epitélio muscular (externo) como nos cnidários e uma gastroderme (interna), separados por uma mesogléia celular bem desenvolvida. 
	A mesogléia possui fibras e amebócitos derivados da ectoderme.
	Os ctenóforos possuem uma musculatura originada na mesogléia. 
	
	A cavidade gastrovascular é a única cavidade do corpo. 
	
	A boca se comunica de uma faringe (estomodeu) com um estômago central. 
	Deste partem os canais gastrovasculares transversais que desembocam nos canais inter-radiais, os quais se ramificam nos canais radiais que, ao atingirem sua porção mais distal, desembocam nos canais meridianos. 
c/ tentilhas
	Os canais meridianos estão dispostos longitudinalmente, na parte mais distal da gastroderme, por baixo das fileiras de pentes (placas ciliadas da epiderme). 
	De cada canal transversal parte um canal em direção oral. Este par de canais segue paralelo à faringe, terminado em fundo cego e são chamados de canais faríngeos.
		Há, ainda, um canal aboral único que tem origem no estômago, segue na direção aboral, ramificando-se, sob o órgão sensorial apical, em dois canais anais que se abrem para o exterior através de dois poros aborais. 
	Estes dois poros aborais permitem a saída de água do sistema gastrovascular. Os poros aborais não são homólogos ao ânus.
	
	A circulação ainda é dependente do sistema gastrovascular e a excreção e trocas gasosas são realizadas por difusão.
 
	Possuem um grande órgão sensorial localizado no polo aboral* (como se fosse um grande estatocisto), chamado de órgão apical. 
	Podem apresentar bioluminescência ou iridiscência.
* Que é distante ou que está em oposição à boca.
Suporte e locomoção 
	
	Não são encontrados elementos esqueléticos rígidos. 
	O principal mecanismo de locomoção é o batimento metacrônico (em ondas) das placas ciliadas localizadas nas oito fileiras de pentes. 
	A musculatura tem pouco efeito na locomoção. Assim, estes organismos são planctônicos e vivem à mercê das marés. 
Alimentação 
	Diferente das medusas, estes organismos se locomovem com a boca voltada para frente. São carnívoros como a maioria das medusas. A digestão se dá extra e intracelularmente pela gastroderme da cavidade gastrovascular. 
	Assim que uma presa é capturada pelos tentáculos, o ctenóforo dá um giro no corpo aproximando a boca do tentáculo; ao mesmo tempo o tentáculo se retrai dirigindo-se à boca, por onde o alimento é ingerido. 
Fonte: https://antigo.uab.ufsc.br/biologia//files/2020/08/Cap_06.pdf
= coloblasto
	As espécies tentaculadas são carnívoras, alimentando-se principalmente de micro-crustáceos e de animais gelatinosos (cnidários e outros ctenóforos). 
	Algumas espécies ao se alimentarem de cnidários, não digerem os cnidócitos, incorporando-as em seu corpo. Entretanto, nunca foram encontrados cnidócitos produzidos na ontogenia de Ctenophora. 
Fonte: https://antigo.uab.ufsc.br/biologia//files/2020/08/Cap_06.pdf
	O início da digestão é extracelular, ocorrendo na faringe. O caldo resultante é passado ao estômago e aos canais onde é completada a digestão intracelularmente.
	As células externas, do lado ciliado do canal limitam-se, provavelmente, a fornecer circulação de fluido dentro do sistema. 
	Os detritos indigeríveis são expelidos pela boca e pelos poros anais.
Sistema Nervoso
	Consiste de uma rede nervosa subepidérmica, especialmente bem desenvolvida abaixo das placas ciliadas.
	O único órgão sensorial é um apical, o estatocisto, que contém um estatólito (estrutura) responsável pelo equilíbrio e orientação do animal em relação ao plano horizontal. 
Reprodução
	São monoicos obrigatórios, isto é, hermafroditas.
	As gônadas têm a forma de duas faixas localizadas na parede espessada de cada canal meridional. Uma faixa é o ovário e a outra o testículo.
	A fecundação é, em grande maioria, externa e cruzada. Os gametas são liberados pela boca.
	
	O desenvolvimento é indireto com presença de uma larva esférica denominada cidipídio.
https://videohive.net/item/cydippid-larva-ctenophora-under-a-microscope-juvenile-larva-found-in-indian-ocean/34989103 
https://www.youtube.com/watch?v=yI18nzO-E5E 
Peines de mar, asesinos de neón | National Geographic 
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