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127Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO 2. Com o palito, diluir as amostras em solução saturada de açúcar ou sal (NaCl) até total homogeneização. 3. Completar o volume até a borda do frasco. 4. Colocar na boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato com o líquido. 5. Deixar em repouso por 15 minutos. 6. Ao final do tempo, retirar rapidamente a lâmina, voltando a parte molhada para cima. 7. Cobrir com lamínula, corar com Lugol e examinar ao microscópio (o uso de lugol e de lamínula é facultativo). Observações: Os ovos não flutuam na superfície do reagente quando a homogeneização do material fecal é incompleta, havendo uma imperfeita separação dos ovos e dos detritos fecais. A flutuação pode não ocorrer se o tempo for muito curto (menos de 30 minutos), ou muito longo (mais de 60 minutos). Nesse caso os ovos que flutuam na superfície podem descer para o fundo da pequena cuba (Suzuki, 1980). 5. Método de Faust (1938), Técnica de Centrífugo-Flutuação Método utilizado para visualização de cistos e oocistos de protozoários e ovos leves de helmintos. Materiais: - Copos de plástico; - Espátula de madeira (tipo abaixador de língua); - Tubos tipo Falcon de 15 mL; - Funil; - Lâmina; - Lamínula; - Centrífuga; - Solução de sulfato de zinco; - Copos cônicos; - Peneiras; - Alças de platina; - Luvas; - Jaleco; - Água corrente ou destilada; - Amostra de fezes fresca; - Alça de arame. Procedimentos: 1. Colocar 1 ou 2 g de fezes coletadas de várias partes do bolo fecal em frasco. 2. Adicionar água corrente e homogeneizar a amostra com a espátula. 128Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO 3. Filtrar essa suspensão através de uma peneira coprológica em um tubo cônico. 4. Com o auxilio de um funil, transferir o conteúdo para um tubo tipo Falcon. 5. Adicionar água corrente até completar 10 mL. 6. Centrifugar a 2.500 rpm por 1 minuto. 7. Descartar o sobrenadante. 8. Adicionar 1 a 2 mL de água corrente ao sedimento e ressuspendê-lo. 9. Completar com água corrente até 10 mL, agitar por inversão ou com o auxílio do agitador de tubos, e centrifugar novamente. 10. Repetir as etapas 7, 8 e 9, até que o sobrenadante se apresente relativamente claro. 11. Depois que o último sobrenadante é descartado, homogeneizar o sedimento (agitando levemente o tubo). 12. Completar com sulfato de zinco até 0,5 cm da borda do tubo e centrifugar. 13. Cuidadosamente, remover o tubo da centrífuga e, sem agitação e colocá-lo em uma estante em posição vertical. 14. Com uma alça de arame (diâmetro de 5 a 7 mm) tocar no centro da membrana formada na superfície, transferido várias alçadas para uma lâmina de microscopia. 15. No microscópio, no aumento de 400X, procurar ovos, larvas e cistos. Observações: Alguns pesquisadores preferem a sobreposição de uma lamínula na borda do tubo à remoção da película com alça. Para isso, após a etapa 11, encher o tubo até a borda com sulfato de zinco, colocar uma lamínula na superfície do tubo, deixar em contato por 10 minutos. Remover a lamínula e colocar sobre uma lâmina, para então fazer a análise microscópica (BURROWS, 1965: MELVIN & BROOKE, l982). 6. Método de Baermann (1917) e Moraes (1948) ou Técnica de Concentração de Larvas Este método é utilizado para a visualização de larvas de helmintos através de migração ativa por hidrotropismo e termotropismo das larvas que saem do material, migrando para a água quente; por densidade, se depositam no fundo do funil. As fezes devem ser frescas e sem conservantes. Costuma-se construir um pequeno suporte de tábua, com vários furos circulares para receberem os funis, facilitando o trabalho. Materiais: - Luvas; - Jaleco; - Funil com tubo de látex; - Erlenmeyer; - Água destilada ou corrente a 40ºC; - Gaze; - Clips; - Tubo cônico (Falcon) de 15 mL;