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Biomedicina

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113Biomedicina na prática: 
da teoria à bancada SUMÁRIO
Procedimentos:
1. Centrifugar a amostra a 2.000 rpm durante 10 minutos (De acordo com a ANVISA, os 
materiais coletados em swabs devem ser imersos em salina para a centrifugação);
2. Desprezar o sobrenadante;
3. Colocar duas gotas de KOH 10 a 40% em uma lâmina;
4. Flambar a alça e deixar esfriar;
5. Pegar uma alíquota do sedimento e colocar sobre o KOH;
6. Cobrir com a lamínula;
7. Aguardar cerca de 15 minutos para analisar a lâmina em aumento de 40X (caso não 
haja visualização de estruturas fúngicas, deve-se esperar até 24 horas e realizar nova 
análise).
Dica: as amostras podem ser coradas pela coloração de Gram ou Giemsa ao invés de 
KOH.
1.4. Exame direto em líquor
Materiais: 
- Lâmina;
- Lamínula;
- KOH 10 a 40%;
- Alça ou pipeta Pasteur;
- Bico de Bunsen; 
- Microscópio;
- Centrífuga;
- Luvas;
- Jaleco; 
- Tinta da China.
Procedimento:
1. Centrifugar a amostra a 2.000 rpm durante 10 minutos;
2. O sobrenadante deve ser separado caso seja necessário para outras análises 
laboratoriais;
3. Pegar uma alíquota do sedimento com pipeta Pasteur ou alça e colocar em uma 
lâmina, e cobrir com KOH e lamínula;
4. Pegar uma nova alíquota, colocar em lâmina e cobrir com uma gota de tinta da China 
e lamínula (pesquisa específica de Cryptococcus fungo mais comum nessa amostra);
5. Fazer a análise em microscópio, em aumento de 400X.
114Biomedicina na prática: 
da teoria à bancada SUMÁRIO
1.5. Exame direto em fezes
Materiais:
- Lâmina;
- Lamínula;
- KOH 10 a 40%;
- Alça ou pipeta Pasteur;
- Bico de Bunsen; 
- Microscópio;
- Centrífuga;
- Luvas;
- Jaleco; 
- Reagentes para coloração de Gram.
Procedimentos:
1. Colocar duas gotas de KOH em uma lâmina;
2. Flamba a alça;
3. Pegar uma alíquota de fezes e diluir com o KOH;
4. Cobrir com lamínula;
5. Pegar outra alíquota de fezes e colocar em outra lâmina;
6. Realizar a coloração de Gram;
7. Analisar ambas as lâminas em microscópio, com aumento de 400X.
2. Cultivo
O cultivo é a segunda etapa do diagnóstico micológico. Esse exame tem maior 
sensibilidade do que o exame direto, e através dele normalmente é possível identificar o 
gênero ou espécie do fungo. Em decorrência disso, se houver muito pouca quantidade de 
material clínico, deve-se optar pela realização do cultivo da amostra, e não do exame direto.
Existe uma grande variedade de meios de cultivo para fungos; apesar disso, um meio 
básico normalmente é utilizado: ágar Sabouraud dextrose (ASD), um meio não seletivo, que 
permite o crescimento de qualquer fungo. O ASD normalmente é acrescido de cloranfenicol, 
para impedir o crescimento bacteriano, evitando contaminações, e em casos específicos, pode 
ser acrescido de cicloeximida, para evitar o crescimento de fungos contaminantes. Como 
fungos contaminantes pode se tornar oportunistas em casos de pacientes imunodeprimidos, 
a escolha de uso desse meio deve ser cuidadosa, de acordo com o quadro clínico do paciente. 
Se houver suspeita de Ptiríase Versicolor, o ASD deve ser acrescido de óleo de oliva.
Os meios de ASD podem ser adquiridos comercialmente e hidratados no laboratório, 
conforme recomendação do fabricante, mas algumas medidas devem ser adotadas:
• Distribuir os meios em tubos, e não em placas;
• Esterilizar por autoclavação a 121oC por 15 minutos;

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